Material da disciplina de Economia Empresarial
Prof. Milton Henrique [email protected]
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Language: pt
Added: Jun 29, 2012
Slides: 62 pages
Slide Content
Economia Empresarial
Unidade III – Teoria da Produção
Milton Henrique do Couto Neto [email protected]
Teoria da Produção
•Serve de base para análise das relações entre
produçãoprodução e custoscustos de produção;
•Constitui-se no alicerce do estudo da
determinação da procura da firma com
relação aos fatores de produção de que
necessita quando da realização do processo
produtivo.
Produção
•Transformação, pela empresa, dos fatores
adquiridos em produtos para a venda no
mercado.
Firma
•Unidade técnica que produz bens e serviços.
•Unidade de produção que atua
racionalmente, procurando maximizar seus
resultados relativos a produção e lucro.
Produção
Insumos Produto Acabado
As empresas transformam insumos, também denominados
fatores de produção, em produtos acabados.
Produção
Pouco Insumo Pouco Produto Acabado
Muito Insumo Muito Produto Acabado
Restrição financeira? Restrição econômica? Restrição técnica?
Fatores de Produção
Mão de ObraMateriais Capital
Trabalhadores
especializados
Matéria primaEdificações
Trabalhadores
não
especializados
Eletricidade,
água, etc.
Equipamentos
Esforços
empreendedores
dos
administradores
Inventários
Função Produção
•Relação entre a quantidade física dos fatores
e a quantidade física do produto;
•Relação que indica quanto se pode obter de
um ou mais produtos a partir de uma dada
quantidade de fatores.
Ou...
Tipos de Produção
•Processo de Produção
–Indica quanto de cada fator se
faz necessário para obter certa
quantidade de produto.
•Função Produção
–Indica o máximo de produto que
se pode obter a partir de uma
dada quantidade de fatores,
mediante a adequada escolha
do processo de produção.
É diferente de...
Várias formas
de se produzir
A forma mais
eficiente de
produção
Indica:
Função Produção - Matemática
Onde q é a quantidade produzida do bem e X
1
,
X
2,
X
3
, ..., X
n
identificam as quantidades utilizadas
de diversos fatores, respeitado o processo de
produção mais eficiente escolhido.
q = f (X
1, X
2, X
3, X
4, ..., X
n)
Microeconomia
(simplificado) q = f (X
1, X
2)
Onde: q>0; X
1
>0 e X
2
>0
Curto Prazo X Longo Prazo
Quando nos referimos a produção:
•CURTO Prazo CURTO Prazo refere-se ao período de tempo
no qual um ou mais fatores de produção não
podem ser modificados.
•LONGO Prazo LONGO Prazo corresponde ao período de
tempo necessário para tornar variáveis todos
os insumos.
Ou seja, não tem relação com o tempo específico
(dia, mês, ano, etc.).
Função Produção - Economia
•Quando pelo menos 1 fator é fixo e os
demais variáveis
–Abordagem ClássicaClássica ou de Curto Prazo Curto Prazo da
Teoria da Produção;
•Quando todos os fatores são variáveis
–Abordagem ModernaModerna ou de Longo Prazo Longo Prazo da
Teoria da Produção.
Função Produção
Com 1 Variável
Abordagem Clássica – Curto Prazo
Neste caso, a quantidade produzida, para que se
possa variar, dependerá da variação da
quantidade utilizada do fator variável associada à
contribuição constante do fator fixo, em cada
combinação dos fatores utilizados.
q = f (X
1, X
2
0
)
q = Quantidade de Produto;
X
1
= Fator Variável
X
2
0
= Fator Fixo
Produto Médio e Produto Marginal
Mão de
Obra (L)
Capital
(K)
Produto Total
(q)
0 10 0
1 10 10
2 10 30
3 10 60
4 10 80
5 10 95
6 10 108
7 10 112
8 10 112
9 10 108
10 10 100
q = f (L, K)
q = Quantidade de Produto;
L = Mão de Obra - VariávelVariável
K = Capital - FixoFixo
Produto Médio e Produto Marginal
Mão de
Obra (L)
Capital
(K)
Produto Total
(q)
Produto Médio
(q/L)
0 10 0 -
1 10 10 10
2 10 30 15
3 10 60 20
4 10 80 20
5 10 95 19
6 10 108 18
7 10 112 16
8 10 112 14
9 10 108 12
10 10 100 10
q = f (L, K)
q = Quantidade de Produto;
L = Mão de Obra - VariávelVariável
K = Capital - FixoFixo
Produto Médio e Produto Marginal
Mão de
Obra (L)
Capital
(K)
Produto Total
(q)
Produto Médio
(q/L)
Produto Marginal
(∆q/∆L)
0 10 0 - -
1 10 10 10 10
2 10 30 15 20
3 10 60 20 30
4 10 80 20 20
5 10 95 19 15
6 10 108 18 13
7 10 112 16 4
8 10 112 14 0
9 10 108 12 -4
10 10 100 10 -8
q = f (L, K)
q = Quantidade de Produto;
L = Mão de Obra - VariávelVariável
K = Capital - FixoFixo
Produto Total, Médio e Marginal
•Produto Total (PT)
–Volume total produzido de um determinado
produto;
•Produto Médio (PM)
–Volume médio de produtos que foram produzidos
com o fator de produção disponível;
•Produto Marginal (PMg)
–Volume de produção adicional ocasionado pelo
acréscimo de uma unidade do fator de produção;
Graficamente
Produto Total
Produto Médio
Produto Marginal
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
Acima de 8 unidades de mão de
obra os volumes de produção não
são tecnicamente eficientes.
10
20
30
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
10
20
30
“RENDIMENTOS CRESCENTES”
PT está aumentando a uma taxa crescente;
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
10
20
30
Ponto de Rendimento Marginal Máximo
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
”RENDIMENTOS
DECRESCENTES”
PT está crescendo a uma taxa decrescente
10
20
30
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
Ponto de Produto Total Máximo
10
20
30
Graficamente
A
B
C
D
60
112
234
8
L
q
L
q/L
Produto Total
M
Produto Médio
Produto Marginal
”RENDIMENTOS
NEGATIVOS”
PT está diminuindo
10
20
30
Análise dos 3 Estágios
•Estágio 1: RENDIMENTOS CRESCENTES
–Aumento da mão-de-obra provoca aumento no produto total, no
produto marginal e no produto médio
•Estágio 2: RENDIMENTOS DECRESCENTES
–Aumento da mão-de-obra provoca aumento do produto total,
diminuição dos produtos marginal e médio
•Estágio 3: RENDIMENTOS NEGATIVOS
–Aumento da mão-de-obra provoca diminuição nos produtos totais,
marginal e médio
Lei dos Rendimentos Decrescentes
“À medida que unidades de um recurso
variável (como por exemplo mão de obra) são
adicionadas a um recurso fixo (como capital ou
terra), a partir de algum ponto, o produto
marginal ou extra atribuído a cada unidade
adicional do recurso variável irá se reduzir.”
Se mais empregados forem adicionados numa empresa com
uma quantidade de equipamentos constante, a produção
deverá aumentar em proporções cada vez menores.
Custos de Produção
•Custo Fixo (CFT)
–São os custos que não mudam com as variações
na quantidade produzida;
•Custos Variáveis (CVT)
–São os custos que variam com o nível de
produção;
•Custo Total (CT)
–É a soma do custo fixo e do custo variável.
Custos de Produção
Custo Fixo
Custo
Variável
Custo
Total
Custos de Produção
Custo Fixo
Custo Variável
Custo Total
Custo Fixo
Custos de Produção
•Custo Fixo Médio (CFM)
•Custo Variável Médio (CVM)
•Custo Total Médio (CTM)
Q
CFT
CFM=
Q
CVT
CVM=
CVMCFM
Q
CT
CTM +==
Custos
MédiosMédios ou
UnitáriosUnitários
Custos de Produção
•Custo Marginal (CMg)
–Representa o custo adicional ou extra da
produção de mais 1 unidade de produto.
–Por conseguinte representa também o custo que
pode ser economizado ao não se produzir mais 1
produto.
Q
CT
CMg
D
D
=
Em contrapartida
•Produto Receita Marginal (PRM
g
)
–Representa a receita adicional ou extra da
produção de mais 1 unidade de produto.
Q
RT
PRM
g
D
D
=
Nível Ótimo de Insumo PRM
g
=CM
g
PRM
g
<CM
g
A receita a cada unidade produzida é menor que o custo;
PrejuízoPrejuízo Vale a pena produzir menos...
PRM
g
>CM
g
A receita a cada unidade produzida é maior que o custo.
LucroLucro Vale a pena produzir mais...
Custo de Produção
•Custo Marginal (CMg) x Produto Marginal (PMg)
PMg
W
CMg=
OndeOnde::
W = Salário por unidade de
trabalho ou mão de obra
Por exemplo:
Se um trabalhador custa R$ 400,00 por semana e aumenta a produção
em 10 unidades, então seu custo marginal é de R$ 40,00;
Se um trabalhador custa R$ 400,00 por semana e aumenta a produção
em 2 unidades, então seu custo marginal é de R$ 200,00;
Custo de Produção
•Custo Marginal (CMg) x Produto Marginal (PMg)
PMg CMg
Trabalho por
período
Produto por
período
L
0 Q
0
Formatos das Curvas de Custo
Produção
(unidades/ano)
Custo
($ por
ano)
25
50
75
100
01234567891011
CMg
CTMe
CVMe
CFMe
Formatos das Curvas de Custo
•Com relação à reta que
parte da origem e
tangencia a curva de
custo variável:
–Inclinação = CVMe
–A inclinação da curva de
CV num ponto = CMg
–Logo, CMg = CVMe para
7 unidades de produção
(ponto A)
Produção
Custos
100
200
300
400
012345678910111213
CF
CV
A
CT
Formatos das Curvas de Custo
•Custos unitários
–CFMe diminui
continuamente
–Quando CMg < CVMe ou
CMg < CTMe, CVMe &
CTMe diminuem
–Quando CMg > CVMe ou
CMg > CTMe, CVMe &
CTMe aumentam
Produção (units/ano.)
Custo
($ por
ano)
25
50
75
100
01234567891011
CMg
CTMe
CVMe
CFMe
Formatos das Curvas de Custo
•Custos unitários
–CMg = CVMe,CTMe
nos pontos de mínimo
de CVMe e CTMe
–O CVMe mínimo
ocorre num nível de
produção mais baixo
que o CTMe mínimo,
devido ao CF
Produção (units/ano.)
Custo
($ por
ano)
25
50
75
100
01234567891011
CMg
CTMe
CVMe
CFMe
Deslocamentos das Curvas de Custos
CFM CVM CTM CMg
Aumento do
Custo Fixo
Aumenta Inalterada Aumento Inalterada
Aumento do
Custo Variável
Inalterada Aumenta Aumenta Aumenta
Diminuição do
Custo Fixo
Diminui Diminui Diminui Diminui
Diminuição do
Custo Variável
Diminui Diminui Diminui Diminui
CFM
CVM
CTM
CMg
0 1 2 3 4 5 6 7
35
59
75
95
120
150
190
245
Custo FixoCusto Fixo
Custo VariávelCusto Variável
Custo MarginalCusto Marginal
Produção Q
Custo
Custo
Produção Q
24
16
20
25
30
40
55
1234567
CMg
Lei dos Rendimentos
Decrescentes
Custo
Produção Q
24
16
20
25
30
40
55
1 2 3 4 5 6 7
CMg
Preço de Mercado
Suponha que o preço de mercado seja de R$ 40,00
PrejuízoLucro
Até 6 unidades produzidas:
CMg < Preço → Lucro
Acima de 6 unidades produzidas:
CMg > Preço → Prejuízo
Ponto de Equilíbrio
para a Empresa
LUCRO MÁXIMO!LUCRO MÁXIMO!
Custo
Produção Q
24
16
20
25
30
40
55
1 2 3 4 5 6 7
CMg
Preço de Mercado
Preço de Mercado
Preço de Mercado
A R$ 40,00 o ideal é produzir 6 unidades;
A R$ 30,00 o ideal é produzir 5 unidades;
A R$ 25,00 o ideal é produzir 4 unidades;
Etc.
Curva da Curva da OFERTAOFERTA!!
Função Produção
Com 2 Variáveis
Resumo
•Até aqui a demanda cresce e, no curto prazo,
para atender ao aumento da demanda a empresa
contrata mais mão-de-obra, mesmo que isso
signifique a produção ultrapassar a capacidade
eficiente das suas fábricas e equipamentos.
•Se o aumento da demanda persistir então com o
passar do tempo a empresa ampliará sua
capacidade para atender à demanda mais
eficientemente.
Tempo necessário para isso
LONGO
PRAZO
Menor custo!
Isoquantas
1 2 3 4 5
1 20 40 55 65 75
2 40 60 75 85 90
3 55 75 90 100 105
4 65 85 100 110 115
5 75 90 105 115 120
Mão de Obra
Capital
ExemploExemplo: 2 unidades de mão de obra por ano e 3 unidades de
capital por ano resultam em 75 unidades de produto por ano
q = f (X
1, X
2)
Existem outras formas de obter 75 unidades de produto por ano!
Isoquantas
IsoquantaIsoquanta é uma curva que
representa todas as possíveis
combinações de insumos, que
resultam no mesmo volume
de produção
Capital por ano
Mão de Obra por ano1 2 3
1
2
3
4
5
Q
1
= 55
Q
2
= 75
Q
3
= 90
Taxa Marginal de Substituição Técnica
Capital por ano
Mão de Obra por ano
1 2 3
1
2
3
4
5
X
Y
TMST
D
D
=
É a taxa pela qual um insumo pode ser
substituído por outro no processo de produção,
enquanto o produto total permanece constante.
1
2
2
==TMST
Pode-se substituir 1 unidade
de capital por 1 unidade de
mão de obra que o produto
total não irá se modificar.
Linhas de Isocusto
•Se C
X
e C
Y
forem os preços unitários dos
insumos X e Y, respectivamente, o custo total
C de uma determinada combinação de
insumos será:
YCXCC
YX ..+=
Resolvendo a equação para Y:
X
C
C
C
C
Y
Y
X
Y
.-=
Equação das Retas
de Isocusto “CC”
Linhas de Isocusto
Capital por ano
Mão de Obra por ano
C
1
= R$ 200,00 C
2
= R$ 350,00C
3
= R$ 450,00
Isoquantas e Isocustos
Capital por ano
Mão de Obra por ano
C
1
= R$ 200,00 C
2
= R$ 350,00C
3
= R$ 450,00
Q
1
= 55
Q
2
= 75
Q
3
= 90
Minimização do Custo Total
Capital
por ano
Mão de Obra por ano
C
3
= R$ 450,00
Q
3
= 90Menos
custo
Ponto ÓtimoPonto Ótimo
Região Região
FactívelFactível
Maximização da Produção Total
Capital
por ano
Mão de Obra por ano
C
3
= R$ 450,00
Q
3
= 90
Mais
produção
Ponto ÓtimoPonto Ótimo
Região Região
FactívelFactível
Critério Equimarginal
•O PONTO ÓTIMO PONTO ÓTIMO onde os custos totais serão
minimizados e a produção total será
maximizada é definido por:
Y
Y
X
X
C
PMg
C
PMg
=
Rendimentos Constantes de Escala
•Se a quantidade de insumos dobra, a
produção também dobra; o custo médio é
constante para todos os níveis de produção.
Insumos
Produtos
Acabados
+ 10%+ 10% + 10%+ 10%
Mesma eficiência
Rendimentos Crescentes de Escala
•Se a quantidade de insumos dobra, a
produção mais do que dobra; o custo médio
diminui com o aumento da produção.
Insumos
Produtos
Acabados
+ 10%+ 10% + 20%+ 20%
Melhora a eficiência
Rendimentos Decrescentes de Escala
•Se a quantidade de insumos dobra, a
produção aumenta menos do que o dobro; o
custo médio se eleva com o aumento da
produção.
Insumos
Produtos
Acabados
+ 10%+ 10% + 8%+ 8%
Piora a eficiência
Escala e Custos
$
Qtd.
A
B
Custo Médio de
Longo Prazo
Ou
Custo Unitário
Insumos (I)Produção (Q)Proporção I/QCusto por unidade ($)
24 8 3 30
48 24 2 20
96 48 2 20
192 60 3,2 32 Q
I
PC
unitário.=
Considere o preço de cada insumo = R$ 10,00
Custo médio e custo marginal a longo prazo
Produção
Custo
($ por unidade
de produção
CMeLP
CMgLP
A
O custo marginal de longo
prazo determina a evolução
do custo médio de longo
prazo:
Se CMgLP < CMeLP, CMeLP está diminuindo
Se CMgLP > CMeLP, CMeLP está aumentando
Logo, CMgLP = CMeLP no ponto de mínimo do CMeLP
Economia e Deseconomia de Escala
•Economias de EscalaEconomias de Escala
–O aumento da produção é maior do que o
aumento dos insumos.
•Deseconomias de EscalaDeseconomias de Escala
–O aumento da produção é menor do que o
aumento dos insumos.
Medição da Economia de Escala
•E
c
= variação percentual do custo resultante de um
aumento de 1% na produção
)//()/( QQCCEc DD=
CMg/CMe)//()/( =DD= QCQCEc
E
C
< 1: CMg < CMe
Economias de Escala
E
C
= 1: CMg = CMe
Economias Constantes de Escala
E
C
> 1: CMg > CMe
Deseconomias de Escala
Qtd
$
CMeLP
CMgLP
A