Teoria geral da burocracia burocracia

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MUITO BOM


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DISCIPLINAS : TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO








 No início do século XX, Max Weber, ao analisar as grandes organizações, as quais denominou de
burocracia, considerou esse como o século das burocracias.
 O aparecimento das burocracias coincidiu com o despontar do Capitalismo e a divulgação da Ética
Protestante (que enfatizava o trabalho como um dom de Deus e a poupança como forma de evitar a
vaidade e a ostentação).
 O modelo burocrático surgiu como reação contra a crueldade e os julgamentos tendenciosos e
parciais, práticas administrativas do início da Revolução Industrial.
 A forma burocrática de administração alastrou-se por todos os tipos de organizações: indústrias,
escolas, igrejas, governo, etc..
 A organização burocrática é nitidamente monocrática e seus dirigentes possuem poder e elevado
status social e econômico- sejam proprietários ou não.
 Um professor americano de filosofia, James Burnham (1905), publicou na década de 40 um livro
prevendo que o sistema do futuro será o gerencialismo (managerialism) e a nova classe dirigente do
mundo será a dos administradores.
 Na sua visão, nem o capitalismo nem o socialismo terão longa duração. O capitalismo devido à sua
incapacidade de resolver os grandes problemas da humanidade (endividamento, desemprego,
depressão, distribuição de riqueza). O socialismo estaria falido e prestes a desaparecer, pois a
classe operária estaria se esvaziando e se tornando classe média.
 Na nova ideologia haveria maior ênfase no planejamento em detrimento da liberdade individual,
mais responsabilidades e ordem do que os direitos naturais.
 O livro de James Burnham retrata a visão de uma nova sociedade de organizações e o primeiro
teórico das organizações foi incontestavelmente Max Weber.
 Weber estudou as organizações sob um ponto de vista estruturalista, preocupando-se
fundamentalmente com sua racionalidade (relação entre uso de recursos e objetivos).
 Com a proliferação das burocracias, a Teoria Administrativa – até então voltada apenas para os
fenômenos internos da organização – ganhou nova dimensão por meio da abordagem estruturalista:
além do enfoque intra-organizacional, surgiu o enfoque interorganizacional.

 Assim, a abordagem estruturalista se impõe definitivamente sobre a Abordagem Clássica e a
Abordagem das Relações Humanas.

 ABORDAGEM ESTRUTURALIS TA – cuja ênfase é na ESTRUTURA - compreende:
 TEORIA DA BUROCRACIA; e
 TEORIA ESTRUTURALISTA, que lhe deu continuidade.




ASSUNTO: ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO

 MAX WEBER ( 1864-1920)
 Nasceu em Erfurt, na Turíngia. Com 5 anos mudou-se para Berlim.
 Formou-se em direito, dedicou-se também à economia, filosofia e história.
 Um dos mais destacados teóricos econômicos e sociológicos de todos os tempos.
 Criador da Sociologia da Burocracia.
 Professor das Universidades de Friburgo e de Heidelberg.
 PRINCIPAIS OBRAS DE WEBER
 A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, SP, 1967;
 The Theory of Social and Economic Organization, NY, 1947.

 PRINCIPAIS AUTORES DA TEORIA DA BUROCRACIA
 Max Weber (1864-1920)
 Robert Merton
 Philip Selznick
 Alvin W. Gouldner
 Richard H. Hall
 Peter M. Blau
 Richard Scott

 ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA

1. A Teoria Burocrática surgiu na Teoria Geral da Administração por volta dos anos 40,
principalmente em função dos seguintes aspectos:

a) Fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações Humanas:
1. Contraditórias entre si;
2. Dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização (mecanicismo x
romantismo ingênuo).
3. Necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos
participantes da organização;
b) Necessidade de um modelo de organização racional.
1. Aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana.
c) O crescente tamanho e complexidade das empresas.
2. Passou a exigir modelos organizacionais bem mais definidos.
3. Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas se mostraram insuficientes para
responder à nova situação, que se tornava mais complexa.
d) O ressurgimento da Sociologia da Burocracia com a descoberta dos trabalhos de Max Weber (1864-1920).
4. Homem pode ser pago para agir e se comportar de maneira preestabelecida, sem que
suas emoções interfiram no seu desempenho;
5. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores não
tardaram em tentar aplicá-lo na prática em suas empresas.

TEORIA DA BUROCRACIA

 Embora as origens da burocracia remontem à antiguidade histórica, a burocracia (como forma de
organização), o capitalismo e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que
surgiram a partir das mudanças religiosas (protestantismo).

 Weber não considerou a burocracia como um sistema social, mas como um tipo poder, tendo
para tanto, estudado os tipos de sociedade e os tipos de autoridade.



1. SOCIEDADE TRADICIONAL – predominam características patriarcais e patrimonialistas (família,
clã, etc.)
 SOCIEDADE CARISMÁTICA – predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas
( grupos revolucionários, partidos políticos, etc.)
 SOCIEDADE LEGAL, RACIONAL OU BUROCRÁTICA – predominam normas impessoais e
racionalidade na escolha dos meios e fins ( empresas, exércitos, etc.)



 Para Weber , a cada tipo de sociedade corresponde um tipo de autoridade.
 Autoridade significa a probalidade de que uma ordem específica seja obedecida e representa o
poder institucionalizado e oficializado.
 O poder é, portanto, a possibilidade de imposição de arbítrio por parte de uma pessoa sobre a
conduta das outras. Ter autoridade é ter poder. A reciproca nem sempre é verdadeira.
 A autoridade é legitima quando é aceita. Se a autoridade proporciona poder, este conduz à
dominação.
 A dominação é uma relação de poder na qual a pessoa que impõe seu arbítrio sobre as demais -
acredita ter o direito de exercer o poder- e a pessoa dominada considera sua obrigação
obedecer-lhes as ordens.
 As crenças que legitimam o exercício do poder existem tanto na mente do líder como na dos
subordinados. Tais crenças retratam as diferenças básicas entre os diversos sistemas de
dominação.
 Weber estabelece uma tipologia de autoridade baseando-se não nos tipos de poder empregados,
mas nas fontes e tipos de legitimidade aplicados.

 Weber aponta três tipos de autoridade legítima:

 AUTORIDADE TRADICIONAL
 Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque sempre foi a
maneira pela qual as coisas foram feitas.
 Domínio patriarcal: Pai de família, Chefe do clã, Tribo, Sociedade medieval (despotismo
real).....
 Poder tradicional: não é racional, pode ser transmitido por herança e é extremamente
conservador (mudanças => violências).
 Legitimação: tradições, hábitos, usos e costumes.
 Aparato administrativo:
TIPOS DE SOCIEDADE PARA WEBER:
TIPOS DE AUTORIDADE

 Forma patrimonial – são os servidores pessoais do senhor que preservam a
dominação tradicional e são dependentes economicamente.
 Forma feudal – são aliados do senhor (vassalos ou suseranos) que lhe prestam um
juramento de fidelidade, exercem uma jurisdição independente, não dependem do
senhor no que tange à remuneração e à subsistência.

- AUTORIDADE CARISMÁTICA
 Os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas por causa da influência
da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam.
 Domínio: Líderes de Grupos Revolucionários, Partidos Políticos, etc..
 Poder Carismático: não é racional, não pode ser delegado, nem recebido em herança, como
o tradicional.
 Legitimação: características pessoais ( heroísmo, magia, poder mental) carismáticas do
líder. Carisma – qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoa. Ex: Hitler, Kenedy,
Matarazzo, Ford.
 Aparato administrativo: É inconstante e instável. É constituído de discípulos e
subordinados leais e devotados. A seleção não se baseia na qualificação pessoal e nem na
capacidade técnica. Se o subordinado deixa de merecer a confiança do líder, ele é
substituído por outro mais confiável.

1. AUTORIDADE LEGAL, RACIONAL OU BUROCRÁTICA
1. Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas porque concordam
com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o
comando.
2. Domínio: Autoridade técnica, meritocrática e administrada.
3. Poder Legal: Legal, racional, impessoal, formal e burocrática.
4. Legitimação: Crença na justiça da Lei. Promulgação de normas legais previamente
definidas e impostas a todos.
5. Aparato administrativo: burocracia, fundamentado nas leis e na ordem legal.

 Weber identifica três fatores que favorecem o desenvolvimento da moderna burocracia:
 Desenvolvimento de uma economia monetária: A moeda racionaliza as transações
econômicas e permite a centralização da autoridade e o fortalecimento da
administração burocrática.
 O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do Estado
Moderno: Apenas esse tipo burocrático de organização poderia arcar com a enorme
complexidade e tamanho de tais tarefas.
 A superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de
administração: sobre qualquer outra forma de organização.
ÊNFASE DA TEORIA BUROCRÁTICA: ESTRUTURA.




 A burocracia, no conceito de Weber, é a organização eficiente por excelência.
CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA, SEGUNDO MAX WEBER:

 O leigo passou a dar o nome de burocracia (papelório, ineficiência,..) aos defeitos do sistema
(disfunções) e não ao sistema em si mesmo.

 Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características principais:

1. CARÁTER LEGAL DAS NORMAS E REGULAMENTOS:
 A burocracia é uma organização baseada em normas e regulamentos previamente
estabelecidos por escrito ( Constituição para os Estados, os estatutos para a empresa
privada, etc.) que define como a organização deverá funcionar.
 Busca cobrir todas as áreas da organização e prever todas as ocorrências possíveis.
 As normas e regulamentos são racionais porque são coerentes com os objetivos visados.
 São legais porque conferem às pessoas investidas da autoridade poder de coação sobre
os subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina.
 São escritos para assegurar uma interpretação sistemática e unívoca, economizar
esforços e possibilitar a padronização.

2. CARÁTER FORMAL DAS COMUNICAÇÕES:
 A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas (formalização).
 Todas as ações (regras, decisões e ações administrativas) são feitos por escrito para
proporcionar comprovação e documentação adequadas.
 A burocracia lança mão de rotinas e de formulários para facilitar as comunicações.

3. CARÁTER RACIONAL E DIVISÃO DO TRABALHO:
 A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do
trabalho buscando a eficiência da organização. Daí o aspecto racional da burocracia.
 Cada participante deve saber qual é a sua capacidade de comando sobre os outros, e
principalmente, quais são os limites de sua tarefa, de seus direitos e de seu poder, para
não ultrapassar esses limites, interferir na competência alheia ou prejudicar a estrutura
existente.
 As incumbências administrativas são diferenciadas e especializadas, e as atividades são
distribuídas de acordo com os objetivos a serem atingidos.

4. IMPESSOALIDADE NAS RELAÇÕES:
 A distribuição de atividades é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas
envolvidas.
 A administração da burocracia é realizada sem considerar as pessoas como pessoas, mas
como ocupantes de cargos e funções.
 O poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa.
 Também a obediência prestada pelo subordinado ao superior é impessoal. Ele obedece
ao superior, não em consideração à pessoa, mas ao cargo que o superior ocupa.
 As pessoas vêm e vão, os cargos e funções permanecem.

5. HIERARQUIA DE AUTORIDADE:
 A burocracia é uma organização que estabelece os cargos segundo o princípio de
hierarquia da autoridade.

 Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. Cada cargo inferior deve estar sob o
controle e a supervisão de um posto superior.
 A autoridade - o poder de controle resultante – é inerente ao cargo e não ao indivíduo
específico que desempenha o papel oficial.
 A distribuição de autoridade dentro do sistema serve para reduzir ao mínimo o atrito.
 O subordinado está protegido da ação arbitrária de seu superior, dado que as ações de
ambos se processam em um conjunto mutuamente reconhecido de regras.

6. ROTINAS E PROCEDIMENTOS ESTANDARTIZADOS:
 A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas para o desempenho
de cada cargo.
 O ocupante de um cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que
ele faça. As atividades devem ser executadas de acordo com as rotinas e procedimentos
fixados por ela.
 A estrutura da burocracia é projetada de acordo com os princípios racionais: a disciplina
no trabalho e o desempenho do cargo são assegurados por um conjunto de regras e
normas que tentam ajustar completamente o funcionário às exigências do cargo e às
exigências da organização, a fim de que a máxima produtividade seja atingida.
 Todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões claramente
definidos.
 Esses padrões facilitam a avaliação do desempenho de cada participante.

7. COMPETÊNCIA TÉCNICA E MERITOCRACIA:
 A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito, na
competência técnica, na capacidade do funcionário em relação ao cargo e não em
preferências pessoais.
 A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios,
válidos para toda organização, de avaliação e de classificação e não em critérios
particulares e arbitrários.
 Daí a necessidade de exames, cursos, concursos, testes e títulos para a admissão e
promoção dos funcionários.

8. ESPECIALIZAÇÃO DO ADMINISTRADOR QUE SE SEPARA DA PROPRIEDADE:
 A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e
administração.
 O dirigente não é necessariamente o dono do negócio (ou grande acionista), mas um
profissional especializado na sua administração.
 Existe um princípio de completa separação entre a propriedade que pertence à
organização e a propriedade pessoal do funcionário.

9. PROFISSIONALIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES:
 A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus
participantes, pelas seguintes razões:

 É um especialista:
 Cada funcionário é especializado nas atividades do seu cargo.

- A especialização varia conforme o nível hierarquico ( generalista /mais especialista).
 É assalariado:
 Recebem salários e não devem receber pagamentos de clientes, a fim de preservar
sua orientação para a organização, suas normas e regulamentos (única fonte de
renda).
 É ocupante de cargo:
- Seu cargo é a principal atividade na organização, tomando todo seu tempo de
permanência nela (é seu meio de vida, o seu ganha pão).
- É nomeado por superior hierárquico:
 É selecionado por sua competência e capacidade e nomeado (admitido), promovido
ou demitido da organização pelo seu superior hierárquico.
- Seu mandato é por tempo indeterminado:
 Não porque o cargo seja por tempo vitalício, mas porque não existe uma norma que
determine previamente o tempo de permanência de um funcionário, seja no cargo,
seja na organização.
- Segue carreira na empresa:
 Funcionário que demostre mérito, capacidade e competência, pode vir a ser
promovido para outros cargos superiores (faz do trabalho a sua carreira).
- Não possui a propriedade dos meios de produção:
 O administrador profissional administra a organização em nome dos proprietários.
 É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa:
 Defende os interesses do seu cargo e da sua organização, em detrimento dos demais
interesses envolvidos.
 O administrador profissional tende a controlar cada vez mais as burocracias:
 Dispersão e fragmentação da propriedade das ações das grandes organizações (em função
dos riscos de investimentos).
 Os administradores profissionais, por meio de sua carreira na organização, chegam a
posições de controle, sem possuírem a propriedade da coisa comandada e
controlada (grande poder).

10. PREVISIBILIDADE DO FUNCIONAMENTO:
 A conseqüência desejada da burocracia é a previsibilidade do comportamento dos seus
membros de acordo com as normas e regulamentos da organização, visando máxima
eficiência possível.
 Weber não previu nenhuma variação no comportamento humano e nem considerou a
organização informal.
 A organização informal aparece como fator de imprevisibilidade das burocracias, pois o
sistema social racional puro de Weber pressupõe que as reações e o comportamento
humano sejam perfeitamente previsíveis, uma vez que tudo estará sob o controle de
normas racionais e legais, escritas e exaustivas.




 Racionalidade, em relação ao alcance dos objetivos da organização.
 Precisão, na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres.
VANTAGENS DA BUROCRACIA, PARA WEBER:

 Rapidez, nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito o por quem, e as ordens e
papéis tramitam por canais preestabelecidos.
 Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. A informação é
fornecida apenas a quem deve recebê-la.
 Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de custos e de
erros, pois os procedimentos são definidos por escrito.
 Continuidade da organização por meio de substituição do pessoal que é afastado. Critérios de
seleção de pessoal baseado na capacidade e na competência técnica.
 Redução do atrito entre pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido dele e quais
são os limites entre as suas responsabilidades e as dos outros.
 Constância, os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias.
 Subordinação dos mais novos aos mais antigos de modo que o superior possa tomar decisões que
afetam o nível mais baixo.
 Confiabilidade o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, e os casos similares são
tratados da mesma maneira. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser
despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais (amor, raiva, preferências
pessoais, etc.) elimina a discriminação pessoal.
 Benefícios sob o prisma das pessoas , pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre
as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas em
seus campos particulares, podendo fazer carreira na organização em função de seu mérito
pessoal e competência técnica.

 H. LASKI - acrescenta que o trabalho é profissionalizado, o nepotismo é evitado, as condições de
trabalho favorecem a moralidade econômica e dificultam a corrupção.
 R. BLAUNER- enfatiza a equidade das normas burocráticas quase sempre baseadas em padrões
universais de justiça e de trabalho igualitário.
 W. E. MOORE - salienta que a burocracia tem a virtude de assegurar a cooperação entre um
grande número de pessoas sem que estas se sintam necessariamente cooperadoras.

RACIONALIDADE BUROCRÁTICA
1. Um conceito muito ligado à burocracia é o da racionalidade (adequação dos meios aos fins).
2. Organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para implementação das metas (da
organização e não de seus membros).
3. Quanto mais racional e burocrática a organização, mais os seus membros se tornam simples
engrenagens de uma máquina, ignorando o propósito e o significado de seu comportamento.
4. Para Weber, a racionalidade funcional é atingida pela elaboração – baseada no conhecimento
científico – de regras que servem para dirigir, partindo de cima, todo comportamento de encontro à
eficiência.
5. Burocratização em um sentido mais amplo, refere-se também às formas de agir e de pensar que
existem não somente no contexto organizacional, mas que permeiam toda a vida social.
6. O racionalismo para Weber, pode referir-se aos meios racionais e sua adequação ou inadequação
para se chegar a um fim qualquer, como também pode referir-se à visão racional do mundo com base
em conceitos cada vez mais precisos e abstratos, desenvolvidos inclusive pela ciência, que rejeitam
toda religião e os valores metafísicos ou tradicionais (desmistificação do próprio mundo).
7. Embora considerasse a burocracia a forma mais eficiente de organização criada pelo homem, Weber
temia essa grande eficiência, cujos resultados advindos da crescente burocratização do mundo
moderno, seriam uma enorme ameaça à liberdade individual e às instituições democráticas das
sociedades ocidentais.

8. É o que ORWEL previu em seu livro em 1984.

DILEMAS DA BUROCRACIA

1. A organização burocrática, para ser eficiente, exige um tipo especial de legitimidade,
racionalidade, disciplina e limitação de alcance. Pois existem pressões de forças exteriores para o
burocrata seguir normas diferentes das da organização e o compromisso dos subordinados com
as regras burocráticas tende a se enfraquecer gradativamente.

2. A racionalidade da estrutura racional precisa ser constantemente protegida contra pressões
externas, a fim de ser dirigida para os seus objetivos e não para outros. Posto que, a capacidade
para aceitar regras como legítimas, principalmente quando repugnam os desejos da pessoa,
exige um nível de renúncia que é difícil de manter. Assim, as relações burocráticas tendem a se
desfazer, seja na direção carismática ou tradicional, em que as relações disciplinares são mais
“naturais” e “afetuosas” e menos separadas das outras.

3. A ausência ou morte de um chefe não-burocrático da organização – onde as identificações são
pessoais e não-burocráticas - provoca uma crise, a chamada crise de sucessão, gerando período
de instabilidade. Isto porque nas organizações existem além dos burocratas os chefes não-
burocráticos, que indicam e nomeiam os subordinados. Esses chefes (não burocráticos)
desempenham importante papel de estimular a ligação emocional e mesmo irracional dos
participantes com a racionalidade da organização. Na organização burocrática, se os indivíduos
se ausentam, morrem ou se aposentam, são substituídos por outros pelo critério de qualificação
técnica, e a eficiência não é prejudicada.




 Para Weber, burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas se resumem na
previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter maior eficiência da organização.

 Para ROBERT K. MERTON:
 a burocracia apresenta também conseqüências imprevistas (ou indesejadas) que levam à
ineficiência (denominou de disfunções da burocracia).
 os cientistas têm dado muita ênfase aos resultados positivos e às funções da organização
burocrática, descuidando-se das tensões internas de tais estruturas.
 o leigo, por sua vez, tem exagerado nas imperfeições da burocracia.
 não existe uma organização plenamente racional e o formalismo não tem a profundidade
descrita por Weber.
 o tipo ideal de burocracia sofre transformações quando operado por homens.
 o homem (excluído dos estudos de Max Weber, que descreveu um sistema social desumano e
mecanicista), quando participa da burocracia, faz a previsibilidade do comportamento que
deveria ser a maior conseqüência da organização, escapar ao modelo preestabelecido.
DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA.

 cada disfunção é o resultado de algum desvio ou exagero em cada uma das características do
modelo burocrático explicado por Weber.


1. As DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA são basicamente as seguintes:

1. INTERNALIZAÇÃO DAS REGRAS E EXAGERADO APEGO AOS REGULAMENTOS:
1. As normas e regulamentos passam a se transformar de meios em objetivos.
2. funcionário burocrata torna-se um especialista, não por possuir conhecimentos de suas tarefas,
mas por conhecer perfeitamente as normas e os regulamentos que dizem respeito ao seu cargo.
3. Os regulamentos, de meios, passam a ser os principais objetivos do burocrata e passam a
trabalhar em função deles.

4. EXCESSO DE FORMALISMO E PAPELÓRIO:
1. A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações na burocracia, a fim de que
tudo possa ser devidamente testemunhado por escrito, pode conduzir ao excesso de papelório.
2. O excesso de papelório constitui uma das mais gritantes disfunções da burocracia.

3. RESISTÊNCIA ÀS MUDANÇAS:
1. Como tudo na burocracia é padronizado, previsto com antecipação, o funcionário geralmente se
acostuma com a rotina e passa a dominar o seu trabalho com plena segurança e tranqüilidade.
2. Qualquer possibilidade de mudança na organização é encarada como uma ameaça à sua
segurança.
3. A mudança passa a ser indesejável e a resistência à mudança pode ser passiva e quieta, como
pode ser ativa e agressiva, por meio de reclamações, tumultos e greves.

4. DESPERSONALIZAÇÃO DOS RELACIONAMENTOS:
 A burocracia tem como característica a impessoalidade no relacionamento entre os funcionários:
ela enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam.
 A despersonalização do relacionamento leva os funcionários a conhecer os colegas não pelos
seus nomes pessoais, mas pelos títulos dos cargos que ocupam.

5. CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL:
 Na burocracia quem toma decisões em qualquer situação será aquele que possui a mais elevada
categoria hierárquica, independentemente do seu conhecimento sobre o assunto.
 Categorizar significa classificar as coisas, estereotipadamente, a fim de lidar com elas com mais
facilidade.
 Quanto mais se lançar mão da categorização no processo decisorial, menor será a procura de
alternativas diferentes de solução.

6. SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E REGULAMENTOS:
 A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de garantir que as pessoas façam
exatamente aquilo que delas se espera.
 Como uma burocracia eficaz exige devoção estrita às normas e regulamentos, essa devoção às
regras e regulamentos conduz à sua transformação em coisas absolutas:

1. as regras e rotinas não são consideradas como relativas a um conjunto de objetivos, mas passam
a ser absolutas e sagradas para o funcionário.
 O impacto dessas exigências burocráticas sobre a pessoa provoca profunda limitação em sua
liberdade, iniciativa, criatividade e espontaneidade, além da incapacidade de compreender o
significado de suas próprias tarefas e atividade para a organização como um todo.
 Estudando o efeito da estrutura burocrática sobre a personalidade dos indivíduos, alguns autores
chegaram a algumas conclusões, como:
 a “incapacidade treinada” (no conceito de Thorstein Veblen);,
 a “deformidade profissional (no conceito de Warnotte); ou
 a “psicose ocupacional” (segundo Dewey),
para mostrar que o funcionário burocrata trabalha em função dos regulamentos e das rotinas e não em
função dos objetivos organizacionais que foram realmente estabelecidos.

2. EXIBIÇÃO DE SINAIS DE AUTORIDADE:
 Como a burocracia enfatiza a hierarquia, torna-se necessário um sistema capaz de indicar quem
detêm o poder.
 Surge o uso intensivo de símbolos ou sinais de status, como uniforme, localização da sala, do
banheiro, do estacionamento, do refeitório, do tipo de mesa, etc. como meios de indicar quais
são os principais chefes da organização.

3. DIFICULDADE NO ATENDIMENTO A CLIENTES E CONFLITOS COM O PÚBLICO:
 O funcionário está voltado para as normas e regulamentos internos e para o superior hierárquico
que avalia seu desempenho.
 Os clientes são todos atendidos de forma padronizada (de acordo com os regulamentos).
 Os clientes pressionam, pois pretendem soluções personalizadas, então o funcionário passa a
perceber essas pressões como ameaça.
 Com essas disfunções, a burocracia torna-se esclerosada, fecha-se ao cliente, que é seu próprio
objetivo, e impede a inovação e a criatividade.
 As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato de que a burocracia não
leva em consideração a organização informal e a variabilidade humana (diferenças individuais)
que necessariamente introduz variações no desempenho das atividades organizacionais.
 A exigência do controle que norteia toda a atividade organizacional é a origem das conseqüências
imprevistas na burocracia.





 O modelo de Merton baseia-se nas conseqüências não previstas (disfunções da burocracia) de
organizar de acordo com os princípios da máquina (sistema fechado).
1. Começa com a exigência de controle por parte da organização, visando garantir a previsibilidade
do comportamento humano. Estabelece, para tanto, normas e regulamentos, padrões de
procedimentos e penalidades pelo não-cumprimento.
2. A ênfase e a confiança nas regras conduzem as pessoas a uma justificativa da ação individual e a
disfunções como a rigidez no comportamento e a defesa mútua na organização.
1. A rigidez reduz a eficácia organizacional e põe em risco o apoio da clientela.
MODELO BUROCRÁTICO DE ROBERT K. MERTON
Fernando Minouro Ida

2. Assim, enquanto houver qualquer pressão externa, o funcionário atende estritamente às regras
internas da organização e não se preocupa com o problema do cliente, mas com a defesa e
justificação do seu próprio comportamento na organização, pois é a ela que deve prestar contas.

3. Para Merton, a burocracia não é tão eficiente como salienta Weber, mas apresenta, na prática,
uma série de distorções (disfunções), que prejudicam o seu funcionamento e a levam à
ineficiência.





1. Weber, ao formular o modelo burocrático de organização, não previu a possibilidade de
flexibilidade da burocracia para atender a duas circunstâncias:
2. A adaptação da burocracia às exigências externas dos clientes; e
3. A adaptação da burocracia às exigências internas dos participantes.

1. Philip Selznick realizou um estudo sobre a organização da T.V.A. (Tennesswee Valley Authority),
em 1942, e propôs uma nova abordagem da Sociologia da Burocracia diferente do weberiano.




1. Houve interação entre a organização (que planejava instalações de fábricas, de energia elétrica,
etc.) e o meio ambiente (interesses políticos locais dos fazendeiros, sua influência política no
congresso e as vantagens dela decorrente, como a votação e a aprovação de verbas extras à
T.V.A., etc.)

2. A partir dessa interação, a T.V.A., passou a assumir outros compromissos ideológicos e
transformou o seu objetivo inicial.

3. Baseado nessa pesquisa, Selznick salienta alguns princípios que ajudam o estudo da organização
formal, isto é, da burocracia:
1. A organização burocrática é uma estrutura social adaptativa (as organizações formais estão
sujeitas às pressões do ambiente e necessitam se ajustar e modificar seus objetivos
continuamente).
2. Dentro da organização desenvolve-se uma estrutura informal que torna-se paralela ao próprio
sistema formal de delegação e controle.
3. A burocracia deve ser compreendida duplamente, sob o ponto de vista estrutural e funcional, e
não sob o ponto de vista de um sistema fechado e estável, como no modelo weberiano.

INTERAÇÃO DA BUROCRACIA COM O AMBIENTE - PHILIP SELZNICK
Conclusões de Selznick:

1. O modelo de Selznick pode ser assim explicado:
1. Começa com a exigência de controle por parte da alta administração.
2. Institui-se delegação de autoridade.
3. Cada subunidade procura adaptar sua política à doutrina oficial da organização, produzindo
subobjetivos que são reforçadas pela rotina diária.
4. As decisões, tomadas com base em critérios estabelecidos pela organização, agem como reforço
adicional assim como o treinamento especializado em cada subunidade.
5. A internalização de subobjetivos depende, em grande parte, da operacionalidade dos objetivos
da organização e qualquer variação nessa operacionalidade afeta o conteúdo das decisões
diárias.

1. A delegação de autoridade traz conseqüências funcionais e disfuncionais para a realização dos
objetivos da organização.

2. Para Selznick, a burocracia não é rígida nem estática, como afirmava Weber, mas adaptativa e
dinâmica, interagindo intensamente com o ambiente externo e adaptando-se a ele.

1. Quando o produto ou serviço de uma organização não é aceito pelo seu ambiente, a organização
deixa de existir, a não ser que receba subsídios de outra organização ou modifique o produto ou
serviço. Assim, a estrutura burocrática pode absorver a mudança sem modificar sua estrutura.

2. A burocratização é útil até o ponto em que traz eficiência, mas nem sempre essa eficiência
compensa a rigidez com que está associada.




1. Alvin W. Gouldner concluiu, com base em suas pesquisas, que não há um único tipo ou modelo
de burocracia, mas uma enorme variedade de graus diferentes de burocratização.

1. Para Gouldner, as regras burocráticas têm várias funções, a saber:
1. Representam um equipamento funcional da supervisão cerrada, pois:
1. são uma forma de comunicação dirigida para aqueles que querem fugir às responsabilidades;
2. oferecem um substituto para a repetição pessoal das ordens pelo supervisor.
1. Apóiam o respeito à autoridade, sem necessidade de utilização de métodos violentos e
repressivos de legitimação.
2. Legitimam o castigo e as sanções.
3. Especificam um nível mínimo de desempenho aceitável.

1. GOULDNER distingue três tipos de comportamento burocrático:

2. A burocracia fingida
3. as normas são impostas de fora (como não fumar) e sua violação dava status aos infratores.
GRAU DE BUROCRATIZAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES – ALVIN W. GOULDNER

4. neste tipo de burocracia, o moral costuma ser elevado, porquanto os valores informais do grupo
são reforçados pela possibilidade de violação conjunta das regras impostas de fora e mal
controladas.

1. A burocracia representativa:
1. as regras são promulgadas por especialistas, cuja autoridade é aceita pelos supervisores e
operários.
2. as regras têm o apoio de todos, pois integram o sistema de valores predominante na fábrica.
3. a alta qualidade do trabalho confere prestígio, originando uma atitude de solidariedade e de
exortação aos infratores.

1. A burocracia punitiva:
2. as regras são impostas pelas pressões da administração ou dos empregados, na tentativa de
coagir a outra parte.
3. a autoridade e o comando são realçados e a infração às regras severamente punida.

1. Essas três formas de burocracia podem coexistir em diferentes graus em uma mesma
organização, formando um tipo misto de burocracia.

2. Weber analisara a burocracia sob um ponto de vista puramente mecânico e não político,
preocupando-se em mostrar como as normas e as leis são estabelecidas e obedecidas. Ignorou os
aspectos subjetivos e informais da aceitação dessas normas e da legitimação da autoridade.

1. Gouldner salienta que qualquer modelo burocrático leva fatalmente a consequências não –
previstas por Max Weber.

1. O modelo de Gouldner pode ser assim explicado:
1. A exigência de controle por parte da organização conduz à imposição de regras burocráticas
(maior a exigência de controle mais regras burocráticas).
2. As regras burocráticas definem o que é permitido e o que não é permitido(diretrizes gerais e
impessoais).
3. Isto faz com que os participantes tenham maior visibilidade das relações de poder e das normas.
4. Essas normas provocam um aumento do nível de tensão no relacionamento interpessoal.
5. A adoção de diretrizes gerais e impessoais induz ao conhecimento de padrões mínimos
aceitáveis.
6. Ao verificar a diferença entre os objetivos da organização e sua efetiva realização na prática
devido ao comportamento padrão, a organização reage e impõe maior rigor na supervisão na
tentativa de forçar as pessoas a trabalharem mais: a organização intensifica a burocracia
punitiva, o que aumenta a visibilidade das relações de poder.
7. Reinicia-se o ciclo, isto é, o círculo vicioso da supervisão fechada.

1. No modelo de Gouldner, o processo burocrático é um ciclo instável, buscando sempre a
estabilidade e o equilíbrio, mas provocando tensões e conflitos interpessoais.

2. A organização é visualizada como um sistema instável.

1. Para Gouldner, não há um tipo único de burocracia, mas uma infinidade de tipos, variando de um
continuum, que vai desde o excesso de burocratização (num extremo) até a ausência quase
completa de burocracia (no extremo oposto).

2. A constatação de Gouldner de que não há uma burocracia, mas diversos graus de burocratização
das organizações, levou muitos autores a analisar as dimensões da burocracia.




1. A burocracia está sendo entendida atualmente mais como um continuum do que como uma
maneira absoluta.
2. O conceito de burocracia é mais válido empiricamente quando abordado dessa maneira, do que
considerando a organização totalmente burocrática ou não burocrática.

3. Hall selecionou seis dimensões contínuas da estrutura organizacional:
1. Especialização: indica o grau em que o trabalho é dividido e fracionado na organização.
2. Hierarquização: indica o grau em que se define a hierarquia de autoridade na organização.
3. Estandardização: indica o grau de padronização (cargos, rotinas..) na organização.
4. Formalização: indica o grau em que as normas, as instruções, os procedimentos e as
comunicações são feitos por escrito e codificados em manuais.
5. Centralização: indica o grau em que a tomada de decisões é localizada no nível mais elevado da
organização.
6. Impessoalidade.

1. Cada uma dessas seis dimensões pode variar independentemente das demais (pode estar
altamente burocratizada na hierarquização e ao mesmo tempo estar escassamente burocratizada
quanto `a impessoalidade).

2. Tudo é uma questão de dosagem: excessiva burocratização (conduzindo a uma rigidez e
inflexibilidade) burocratização insuficiente (conduzindo à desorganização e à indisciplina).

3. Uma analogia grosseira: a quantidade ideal de gordura no organismo humano (obesidade
/magreza).





APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA BUROCRACIA.
A DIMENSÃO DA BUROCRACIA - RICHARD HALL

1. A burocracia tem defensores e adversários.

2. CHARLES PERROW é um advogado da burocracia:
3. a burocracia é uma forma de organização superior a todas as outras; as chances de levá-la
adiante ou mudá-la são provavelmente inexistentes no Ocidente, neste século.
4. os erros atribuídos à burocracia na verdade são conseqüências do fracasso em burocratizar
suficientemente.
5. a preocupação extensiva com a reforma, “humanização” e descentralização das burocracias, têm
servido apenas para obscurecer a verdadeira natureza da burocracia e têm-nos desviado do seu
impacto sobre a sociedade, que é mais importante do que o impacto sobre os membros de uma
organização em particular.
6. Perrow insiste: “Não concordamos em ter como origem da burocracia funcionários nervosos,
inseguros, mesquinhos, ocupados apenas em manter o status a todo custo, ou em aumentar sua
força e influência pessoal (...) a forma burocrática resulta de uma tentativa bem-sucedida de
atingir o que todas as organizações buscam – diminuir o impacto de influências externas sobre
os seus membros; propiciar um alto grau de especialização para garantir eficiência e competência
e controlar tanto quanto possível as inseguranças e variabilidades do ambiente”.
7. Os críticos atribuem ao modelo burocrático a responsabilidade por bloquear a criatividade dos
indivíduos, retardar as decisões importantes, aumentar as quantidades de documentos e
formulários de utilidade nula ou duvidosa, etc.
8. Contudo, o erro não está na burocracia ou no modelo burocrático, mas na ineficiência que se foi
introduzido ao longo dos tempos nos sistemas burocráticos.
9. Nenhuma organização – pública ou privada – tem condições de funcionar adequadamente, se
não estabelecer objetivos a alcançar e padrões de desempenho e se não tiver registros e
controles que lhe permitam saber se o desempenho real está ou não de acordo com o
desempenho esperado.

10. Principais aspectos críticos da Teoria da Burocracia:

EXCESSIVO RACIONALISMO DA BUROCRACIA
1. DANIEL KATZ e ROBERT L. KAHN:
1. a organização burocrática é super-racionalizada e não leva em conta a natureza organizacional e
o meio ambiente.
2. as vantagens da burocracia têm sido exageradas e esse sistema consegue sobrevivência e
eficiência apenas quando:
1. os requisitos criativos são mínimos, a submissão à autoridade é quanto basta e não há
necessidade de identificação com as metas organizacionais.
2. as exigências do ambiente sobre a organização são claras e suas implicações óbvias podendo
esbanjar informações.
3. a rapidez em tomada de decisão é um requisito de importância.
4. as circunstâncias organizacionais se aproximam das do sistema fechado, com requisitos mínimos
de mudança do meio.
1. CHARLES PERROW chama a teoria burocrática de visão “instrumental” das organizações e que
envolve:
1. especialização.
2. necessidade de controlar as influências exercidas pelos fatores externos sobre os componentes
internos da organização.
3. necessidade de lidar com um ambiente externo imutável e estável.

MECANICISMO E AS LIMITAÇÕES DA “TEORIA DA MÁQUINA”
1. A Teoria Tradicional – de Taylor (Administração Científica), de Fayol (Teoria Clássica) e de Weber
(modelo burocrático) – aborda os problemas organizacionais muito mais em termos de sistema
fechado do que aberto.
2. A expressão “teoria da máquina” pode ser aplicada aos três modelos porque a organização, embora
composta por pessoas, é considerada uma máquina construída para cumprir uma tarefa.
3. Para Katz e Khan alguns dos principais conceitos explícitos ou implícitos da teoria da máquina são:
1. Especialização das tarefas;
2. Padronização do desempenho da função;
3. Unidade de comando e centralização da tomada de decisão;
4. Uniformidade de práticas institucionalizadas: além da padronização das tarefas, as maneiras de
lidar com o pessoal são uniformes para cada nível ou status.
5. Não-duplicação de função: a fim de garantir a centralização.
1. Katz e Kahn salientam as principais fraquezas da teoria da máquina:
1. Pouca importância às influências do meio ambiente, em constante mudança, exigindo
modificação constante da organização.
2. Limitações na concepção de tipos de intercâmbio com o ambiente (não considerando na entrada
e na saída elementos como valores e necessidades das pessoas e da comunidade)
3. Pouca atenção aos subsistemas da organização.
4. Negligência quanto à organização informal.
5. Concepção da organização como um arranjo rígido e estático de peças e órgãos.
1. O modelo weberiano é altamente mecanicista e tem mais coisas em comum com os teóricos da
gerência administrativas (como Fayol) do que os autores posteriores que desenvolveram estudos
a partir do modelo burocrático.

ÉTICA PROTESTANTE
1. Weber defendia a tese de que a prosperidade do Ocidente era decorrente da ética protestante
(trabalho como dádiva de Deus, poupança e recatamento).
2. Weber zombava do confucionismo por ser anticapitalista em sua época.
3. O crescimento do Japão e da Coréia faz lembrar que a ética confucionista substituiu a ética
protestante como segredo do sucesso econômico desses países.

CONSERVANTISMO DA BUROCRACIA
1. WARREN G. BENNIS aponta as seguintes críticas à burocracia:
1. A burocracia não leva adequadamente em conta o crescimento pessoal e o desenvolvimento da
personalidade das pessoas.
2. Ela desenvolve a conformidade e o “pensamento de grupo”.
3. Ela não considera a “organização informal” e os problemas emergentes.
4. Seu sistema de controle e de autoridade está irremediavelmente ultrapassado.
5. Não possui meios adequados para resolver diferenças e conflitos entre classes e entre grupos
funcionais.
6. As comunicações (e idéias criativas) são bloqueadas ou distorcidas por causa das divisões
hierárquicas.
7. Os recursos humanos não são plenamente utilizados, por causa da desconfiança, do medo de
represálias.

8. Não pode assimilar o influxo de novas tecnologias que ingressam na organização.
9. Ela pode modificar a estrutura da personalidade daquelas pessoas que refletem o homem
obtuso, obscuro, isto é, o condicionado “homem organizacional”.
1. Embora a burocracia tenha representado uma resposta adequada às condições do século XIX, ela
tem-se mostrado vulnerável às condições contemporâneas do mundo atual.
2. BENNIS sintetiza essas condições em quatro ameaças impostas à burocracia:
1. Transformações rápidas e inesperadas do ambiente.
2. Aumento de tamanho, pois o simples acréscimo das atividades tradicionais da organização não é
suficiente para sustentar o seu crescimento.
3. Crescente complexidade da tecnologia moderna, exigindo maior integração entre atividades e
pessoas altamente especializadas e de competências diferentes.
4. Mudanças radicais no comportamento administrativo e na filosofia dos negócios, impondo a
necessidade de maior flexibilidade da organização.
1. FREMONT E. KAST e JAMES E. ROSENZWEIG salientam que o caminho moderno consiste em
utilizar o modelo burocrático de Weber, como ponto de partida, mas reconhecendo as suas
limitações e conseqüências disfuncionais:
1. A forma burocrática é a mais apropriada para as atividades rotineiras e repetitivas da
organização, atividades em que a eficiência e a produtividade constituem o objetivo mais
alto.
2. A forma burocrática não é adequada às organizações altamente flexíveis, que se vêem à frente de
muitas atividades não-rotineiras, e em que a criatividade e a inovação são importantes.

ABORDAGEM DE SISTEMA FECHADO
1. ALVIN W. GOULDNER ao analisar a literatura sobre as organizações complexas encontrou dois
modelos:
1. Os modelos “racionais” de organização que adotam a lógica de sistema fechado, em busca da
certeza e da previsão exata: é o caso da Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica
de Fayol ou da Teoria da Burocracia de Weber;
2. Os modelos “naturais” de organização, adotam a lógica de sistema aberto, na expectativa da
incerteza, uma vez que o sistema contém mais variáveis do que somos capazes de
compreender de uma só vez, estando algumas sujeitas a influências que não podemos prever
ou controlar, obedecendo a uma outra lógica.
1. JAMES D. THOMPSON: “a lógica do sistema fechado busca a certeza, incorporando apenas as
variáveis diretamente associadas ao empreendimento; a lógica do sistema aberto alterna sua
atenção entre o empreendimento e incorpora a incerteza, reconhecendo a interdependência
entre a empresa e seu ambiente”.
2. A Teoria da Burocracia concebe as organizações como se elas fossem entidades absolutas,
existindo no vácuo, como sistemas fechados (livre de qualquer intervenção externa).

ABORDAGEM DESCRITIVA E EXPLICATIVA
1. A Administração Científica, a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas – foram
predominantemente prescritivas e normativas (prescritivas porque estabelecem prescrições e
receituários/ normativas porque essas prescrições são consideradas a melhor maneira de se lidar
com as organizações e devem funcionar como normas para o administrador).
2. A Teoria da Burocracia caracteriza-se por uma abordagem descritiva e explicativa (preocupa-se em
descrever e analisar as organizações, a fim de que o administrador possa escolher qual a maneira
mais apropriada de lidar com elas, levando em conta a sua natureza, as tarefas, os participantes, os
problemas envolvidos, a situação, as restrições, etc).

3. A abordagem descritiva e explicativa tem a vantagem de proporcionar conhecimento mais profundo
sobre o objeto de estudo e ampla flexibilidade e versatilidade na solução dos problemas, sem a
preocupação de confiná-la a prescrições ou normas pré-fabricadas visando a uma aplicação
universal.
4. Apesar das críticas ao mecanicismo da burocracia, a abordagem metodológica da Teoria da
Burocracia voltada para a descrição e explicação dos fatos trouxe uma nova impostação à teoria
administrativa, quê começou a se libertar dos padrões antecipadamente estabelecidos como dogmas
de atuação do administrador.

CRÍTICAS MULTIVARIADAS À BUROCRACIA
1. WEBER: embora reconheça a importância da estrutura informal, não a inclui no seu tipo ideal de
burocracia (os seus membros são vistos como seguidores de regras e procedimentos).
2. R. K. MERTON: a forma burocrática exerce influência sobre a personalidade dos seus membros e
estimula uma aderência inflexível às normas e regulamentos que de meios se tornam fim em si
mesmo.
3. PHILIP SELZNICK: sugere alterar o modelo burocrático enfatizando a manutenção da organização
como um sistema adaptável e cooperativo.
4. ALVIN W. GOULDNER: mostrou que os mecanismos burocráticos originam certas formas de liderança
e controle autocráticos que levam a conseqüências disfuncionais para a organização.
5. AMITAI ETZIONI: as distinções de Weber entre os tipos de autoridade são exageradas, muito embora
o mestre tenha discutido a “combinação de diferentes tipos de autoridade” (há muitos tipos mistos,
como organizações semiburocráticas, no antigo Egito, China Imperial).
6. O conflito interno na organização é considerado indesejável (pois as pessoas seguem
comportamentos prescritos dentro de uma estrutura integrada racionalmente).



1. Para alguns autores, o modelo burocrático constitui um terceiro pilar da Teoria Tradicional da
Organização, ao lado do “Taylorismo” e da obra de Fayol e Gulik.

2. Weber está mais identificado com a organização formal do que propriamente com a síntese ou
fusão da organização formal com a informal, a qual é a base do estruturalismo.

3. A teoria weberiana se assemelha à Teoria Clássica da organização quanto à ênfase colocada na
eficiência técnica e na estrutura hierárquica da organização, bem como a predominância da
organização industrial.

4. Algumas diferenças entre as teorias:
5. A Teoria Clássica preocupou-se com detalhes, como a amplitude ótima, alocação de autoridade e
responsabilidade, número de níveis hierárquicos enquanto a teoria de Weber preocupou-se
sobretudo com os grandes esquemas de organização e sua explicação.
6. Quanto ao método, autores clássicos utilizaram a abordagem dedutiva enquanto Weber a
indutiva.
7. A Teoria Clássica refere-se quase que exclusivamente à moderna organização industrial enquanto
a teoria de Weber é parte integrante de uma teoria geral da organização social e econômica.
POSIÇÃO DA TEORIA DA BUROCRACIA NA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES

8. A Teoria Clássica é normativa e prescritiva enquanto a teoria de Weber é descritiva e explicativa.

1. Comparando as teorias de WEBER x TAYLOR x FAYOL:
1. TAYLOR procurava métodos científicos para realizar o trabalho rotineiro das organizações - sua
maior contribuição foi a para a GERÊNCIA.
2. FAYOL estudava as funções de direção - sua maior contribuição foi para a DIREÇÃO.
3. WEBER preocupava-se com as características, com o crescimento e com as conseqüências da
burocracia – sua maior contribuição foi para a ORGANIZAÇÃO, considerada em conjunto.
1. Os três autores ocuparam-se daquilo que se poderia chamar de componentes estruturais da
organização.


Referência:

Chiavenato, Idalberto. Teoria Geral da administração: abordagens descritivas e explicativas, volume 2.
São Paulo. Makron Books, 1998.

Unidade 5 : Teoria da Burocracia

1. Introdução

Nesta unidade introduziremos a Teoria da Burocracia, que surge da necessidade de ordem e precisão na
organização. Assim abordaremos suas principais colaborações para a Administração e você deverá
entender o modelo burocrático de Organização, as vantagens e desvantagens deste tipo de modelo e os
tipos de autoridade.

2. Conteúdo teórico

 Teoria da Burocracia

Histórico
No início do século XX, Max Weber, sociólogo alemão, publicou a obra da burocracia. Contudo, somente
em 1947, quando a obra foi traduzida para o inglês que passou a ser reconhecida.

O aparecimento das burocracias coincidiu com o despontar do capitalismo.
O modelo burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade, o nepotismo e os
julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicas das práticas da Revolução Industrial.


- Ênfase na estrutura, na eficiência, nas pessoas e no ambiente

Desdobramentos da abordagem
Max Weber (1864 -1920) ficou famoso pela teoria das estruturas e autoridade. "Weber salienta que o
sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas nem das
relações de propriedade, mas, de um novo conjunto de normas sociais às quais denominou "ética
protestante".

- A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação
do meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance
desses objetivos.

Conceito de homem organizacional:
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das
Relações Humanas, "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", ou
seja, o homem que desempenha papéis em diferentes organizações.

Na sociedade das organizações, moderna e industrializada, aparece a figura do "homem organizacional"
que participa simultaneamente de várias organizações.

- O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em todas as organizações,
precisa ter as seguintes características de personalidade:
1- Flexibilidade: constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como na diversidade dos papéis
desempenhados nas diversas organizações. 2- Tolerância as Frustrações: evita o desgaste emocional
decorrente do conflito necessário entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja
mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram envolver toda a
organização.
3- Capacidade de adiar as recompensas: poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização,
em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade profissional.
4- Permanente desejo de Realização: garantir a conformidade e cooperação com as normas que
controlam e asseguram o acesso a posições de carreira dentro da organização, proporcionando
recompensas e sanções sociais e materiais.

Completa separação entre propriedades:
- Organização: detentora dos meios de produção
- Administrador: dirige a organização
-Funcionários: utiliza máquinas e equipamentos para a realização do trabalho.

Autoridade
Autoridade: “Probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido”.
- Representa o poder institucionalizado e oficializado.
- Poder implica potencial para exercer influencia sobre as outras pessoas.

 Conceito:
Para Weber, poder é:
“a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo contra qualquer forma
de resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade”.

A autoridade proporciona o poder: ter autoridade é ter poder. Contudo, nem sempre ter poder significa ter
autoridade.
A autoridade depende da capacidade de justificar seu exercício (legitimidade). A legitimidade é o motivo
que explica por que um determinado número de pessoas obedece às ordens de alguém, conferindo-lhe
poder.

A autoridade é legítima quando é aceita.

o Tipos Autoridade

1- Autoridade Tradicional – Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque
essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas. Ex: Pai de Família.

2- Carismática – Os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa
da influência da personalidade e da liderança do
superior. Carisma
– Qualidade extraordinária, que não pode ser recebido em herança.

3- Autoridade legal ou burocrática – Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como
justificadas, porque concordam com certos preceitos ou normas que consideram legítimas.
Autoridade técnica, meritocrática e
administrada. (leis e ordens legais)




TIPOS DE
SOCIEDA DE
A UTORIDADE
SOCIEDA DE EXEMPLO A UTORIDA DE LEGITIMA ÇÃ O A DMINISTRA
TIVO
TRA DICIONA L P a tria rcal e
pa trim onialista.
C onservantismo
C lã , Tribo,
fa m ília
socie dade
medieval
Nã o é
ra ciona l. Poder
herdado
de le gado.
Ba se ado no
“senhor”
Tra diçã o, hábitos,
usos e costumes.
Form a
pa trim onial e
form a feudal.
CA RISMÁ TICA P e rsonalista,
mística e a rbitrá ria .
R e volucionaria
Grupos
revolucion
á rios,
pa rtidos
políticos,
na çõe s em
re voluçã o
Nã o é
racional, nem
he rda da, nem
de le gável.
Ba se ada no
“carisma”
C a ra cterística s
pessoais
(he roísmo,
m a gia poder
mental)
ca rism áticas do
líde r.
Inconstante e
instável.
Escolhido pela
le a ldade e
devoção
ao líde r e
nã o por
qua lifica ções
técnicas.
LEGA L,
RA CIONA L OU
BUROCRÁ TICA
Racionalidade
dos m eios e dos
obje tivos.
Estados
m odernos,
gra ndes
empresas e
e x é rcitos
Legal,
ra ciona l,
im pe ssoal
formal e
m e ritocráti ca
Justiça da Lei.
P rom ulgaçã o e
re gulamentaçã
o de normas
le ga is previamente
definidas.
Burocracia
2




A Teoria da burocracia, segundo Weber, é baseada em:

. Caráter legal das normas – é uma organização ligada por normas e
regulamentos estabelecidos antes por escrito.
. Caráter formal das comunicações - é uma organização ligada por
comunicações escritas.
. Divisão do trabalho (racional) – se caracteriza por uma sistemática divisão do

trabalho.
. Impessoalidade nas relações - a distribuição das atividades é feita
impessoalmente, ou seja, não
considera as pessoas como pessoas e sim, como cargos que elas ocupam.
. Rotinas e procedimentos – fixa as regras e norma técnicas para desempenho
de cada cargo.
. Competência técnica e meritocrática – a escolha das pessoas é baseada no
mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.
. Especialização da administração – administradores da burocracia não são
donos, acionistas ou proprietários.
. Profissionalização dos participantes – profissionalização dos participantes.
. Previsibilidade do funcionamento – a conseqüência desejada da burocracia é
a previsibilidade do comportamento dos seus membros.

- Vantagens da burocracia:
1. Racionalidade
2. Precisão na definição e operação do cargo
3. Rapidez nas decisões
4. Univocidade de interpretação (informação é fornecida apenas a quem deve recebê-la).
5. Uniformidade de rotinas e procedimentos (padronizar)
6. Continuidade da organização (capacidade e competência técnica).
7. Redução do atrito entre as pessoas
8. Constância (mesmo tipo de decisão tomado nas mesmas circunstâncias).
9. Confiabilidade
10. Benefícios para as pessoas nas organizações (trabalho é dividido de maneira ordenada.



- Disfunções da Burocracia
Internalizarão das regras e apego aos regulamentos.
Excesso de formalismo e de papelório.
Resistência às mudanças.
Despersonalização do relacionamento (impessoalidade).
Rígida hierarquização de autoridade.
Superconformidade às rotinas e aos procedimentos.
Exibição de sinais de autoridade (quem detém o poder).
Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.


Graus da burocratização

Graus de burocratização
ESCASSES DE
BUROCRATIZAÇÃO
 DIMENSÕES  EXCESSO DE
BUROCRATIZAÇÃO
Falta de especialização,
bagunça
 DIVISÃO DO TRABALHO  Superespecialização,
responsabilidade
Falta de autoridade  HIERARQUIA  Autoridade, autocracia e
imposição
Liberdade excessiva  REGRAS E REGULAMENTOS  Ordem e disciplina
Ausência de documentos
Informalidade
 FORMALIZAÇÃO DAS
COMUNICAÇÕES
 Excesso de papelório
Formalismo
Ênfase nas pessoas  IMPESSOALIDADE  Ênfase nos cargos
Apadrinhamento  SELEÇÃO E PROMOÇÃO DE PESSOAL  Excesso de exigências
DESORDEM  EFICIÊNCIA  RIGIDEZ
4. Os Níveis da Organização

Nível Institucional: É o nível mais alto, composto dos dirigentes ou altos funcionários. É também
denominado nível estratégico, pois é responsável pela definição dos principais objetivos e das estratégias
organizacionais relacionadas a longo prazo.
Nível Gerencial: É o nível intermediário, situado entre o institucional e o técnico, cuidando do
relacionamento e da integração desses dois níveis. Uma vez tomadas as decisões no nível institucional, o
nível gerencial é o responsável pela sua transformação em planos e programas para que o técnico os
execute.
Nível Técnico: É o nível mais baixo da organização. Também denominado nível operacional, é o nível
em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas. É o nível
que cuida da execução das tarefas a curto prazo e segue os programas e rotinas desenvolvidas pelo nível
gerencial.
Excesso de
normas e
regulamentos
Escassez de
normas e
regulamentos
Excessivamente
burocratizada: Muito pouco
burocratizada:

Objetivos Organizacionais

Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta atingir; um objetivo é um
estado que se procura, e não um estado que se possui.
A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que essa organização atinge seus
objetivos.

Funções dos objetivos organizacionais:
- pela apresentação de uma situação futura indica uma orientação que a organização procura seguir;
- os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma organização;
- os objetivos servem como padrões para avaliar o êxito da organização;
- os objetivos servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que tenta verificar e
comparar a sua produtividade.

Os objetivos são ideais que a organização pretende atingir e transformar em
realidade.
Dois modelos de organização:
- modelos de sobrevivência: quando a organização desenvolve objetivos que lhe permitem simplesmente
existir e manter sua produtividade;

- modelos de eficiência: desenvolve objetivos que lhe permitem não apenas existir, mas também funcionar
dentro de padrões de crescente eficiência.

O estabelecimento de objetivos por uma organização é intencional, é um processo de interação entre a
organização e o ambiente.
Diretores
Gerentes e chefes
Nível Institucional
Nível Técnico
Decisões
Planos
Operações
Supervisores
executores
Nível gerencial

Uma organização depende de outras organizações para seguir seu caminho e atingir seus objetivos.
Assim, o importante não é somente a análise organizacional, mas também a análise interorganizacional,
que está voltada para as relações externas entre uma organização e outras organizações no ambiente.

Apreciação Crítica
O excessivo racionalismo
Mecanicismo
Conservantismo da burocracia Abordagem do sistema fechado.
Ainda continua muito voltada para prescrição de receituários pelos quais o administrador deve lidar
com as organizações.

3. Aplicação na prática

As demandas pelo modelo burocrático

Bennis afirma que a burocracia surgiu da necessidade de ordem e de precisão na organização em função da
demanda dos trabalhadores que exigiam um tratamento imparcial e justo. Ela surgiu como ma resposta
criativa a uma era radicalmente nova e constituiu durante muito tempo a organização ideal para os valores
e necessidades da era vitoriana que se caracterizava pela permanência, estabilidade e quase ausência de
mudança. Embora inspiradas no mundo do século XIX, as burocracias cresceram e se desenvolveram no
século XX, dominando o panorama empresarial. Foi um modelo conservador que predominou durante todo
o período da Era Industrial. Somente a partir do final da década de 1980 é que os programas de
enxugamento e redução de níveis hierárquicos (downsizing) para compactar a dimensão vertical das
organizações e de reengenharia (redesenho organizacional) orientados para processos horizontais e
substituição da hierarquia vertical e departamentalização conseguiram desmantelar e desmontar os
colossos burocráticos. A maior parte das grandes organizações burocráticas da época – GM, IBM, GE,
Dupont, Ford – passaram por programas intensos de redução de peso e de tamanho para se tornarem mais
flexíveis e adaptáveis ao dinâmico mundo dos negócios. Agora a burocracia é uma espécie jurássica em
extinção. Apesar de condenado como anacrônico e ineficaz nos tempos atuais da Era da Informação, o
modelo burocrático ainda serve de base para muitas organizações cujas atividades são rotineiras e de
elevada previsibilidade no seu funcionamento.

Texto retirado de:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.p.281.

4. Revendo nossos estudos ou Revisão

Nesta sessão estudamos:


o Tipos Autoridade
1- Autoridade Tradicional – Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas,
porque essa sempre foi a maneira pela qual as coisas foram feitas. Ex: Pai de Família.

2- Carismática – Os subordinados aceitam as ordens do superior como justificadas, por causa da
influência da personalidade e da liderança do superior. Carisma
– Qualidade extraordinária, que não pode ser recebido em herança.

3- Autoridade legal ou burocrática – Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas,
porque concordam com certos preceitos ou normas que consideram legítimas. Autoridade técnica,
meritocrática e administrada. (leis e ordens legais)

A Teoria da burocracia, segundo Weber, é baseada em:

. Caráter legal das normas – é uma organização ligada por normas e regulamentos estabelecidos antes por
escrito.
. Caráter formal das comunicações - é uma organização ligada por comunicações escritas.
. Divisão do trabalho (racional) – se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho.
. Impessoalidade nas relações - a distribuição das atividades é feita impessoalmente, ou seja, não considera
as pessoas como pessoas e sim, como cargos que elas ocupam. . Rotinas e procedimentos – fixa as regras e
norma técnicas para desempenho de cada cargo.
. Competência técnica e meritocrática – a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência
técnica e não em preferências pessoais.
. Especialização da administração – administradores da burocracia não são donos, acionistas ou
proprietários.
. Profissionalização dos participantes – profissionalização dos participantes. . Previsibilidade do
funcionamento – a conseqüência desejada da burocracia é a previsibilidade do comportamento dos seus
membros.

- Vantagens da burocracia:
1. Racionalidade
2. Precisão na definição e operação do cargo
3. Rapidez nas decisões
4. Univocidade de interpretação (informação é fornecida apenas a quem deve recebê-la).
5. Uniformidade de rotinas e procedimentos (padronizar)

6. Continuidade da organização (capacidade e competência técnica).
7. Redução do atrito entre as pessoas
8. Constância (mesmo tipo de decisão tomado nas mesmas circunstâncias).
9. Confiabilidade
10. Benefícios para as pessoas nas organizações (trabalho é dividido de maneira ordenada.

- Disfunções da Burocracia
Internalizarão das regras e apego aos regulamentos.
Excesso de formalismo e de papelório.
Resistência às mudanças.
Despersonalização do relacionamento (impessoalidade).
Rígida hierarquização de autoridade.
Superconformidade às rotinas e aos procedimentos.
Exibição de sinais de autoridade (quem detém o poder).
Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.


Objetivos Organizacionais

Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta atingir; um objetivo é um
estado que se procura, e não um estado que se possui.

A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que essa organização atinge seus
objetivos.
5. Para saber mais:

Ver:

CARAVANTES, G. R., C.C. PANNO e M.C. KLOECKNER. Administração: teorias e processos. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2005, cap. 22.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração: manual compacto para
cursos de formação tecnológica. São Paulo: Atlas, 2004, cap. 12.

MEIRELES, Manuel; PAIXÃO, Marisa Regina. Teorias da administração: clássicas e modernas, São
Paulo: Futura, 2003.

LACOMBE, Francisco José Masset; HEIILBORN, Gilberto Luiz José. Administração: princípios e tendências,
São Paulo: Saraiva, 2003.

STEPHEN, Robbins, P. DAVID, Decenzo, A. Fundamentos de Administração. 4 ed. São Paulo: Pearson,
2004. Disponível em: http://aulaaberta.bvirtual.com.br/editions/1093-fundamentos-de-administracao

SILVA, Reinaldo O. Teorias da Administração. 1 ed. São Paulo: Pearson, 2008. Disponível em:
http://aulaaberta.bvirtual.com.br/editions/1056-teorias-daadministracao.dp

SOBRAL, Filipel E PECI, Alketa. Administração: Teoria e pratica no contexto brasileiro. São Paulo:
Pearson, 2008. Disponível em:
http://aulaaberta.bvirtual.com.br/editions/1061-administracao.dp

6. Referências

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

CARAVANTES, G. R. Administração:Teorias e Processo. São Paulo: Ed. Prentice Hall, 2005.

STONER, J. A. F. & R. E. FREEMAN. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 1982, cap. 1.
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