TEORIAS DEMOGRÁFICAS DESENVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO CONCEIÇÃO APARECIDA FONTOLAN
TEORIAS DEMOGRÁFICAS: Imagine se hoje fosse o seu aniversário! E você convidou muitos amigos e amigas! Também não esqueceu seus familiares e vizinhos! Você precisaria de bastante comida e bebida, não é mesmo?
Mas, no meio da noite, começa a chegar mais gente! Na verdade, os seus amigos, familiares e vizinhos chamaram também seus próprios colegas e pessoas mais próximas!
E você se pergunta, será que a comida vai dar? E a bebida? Será que vai caber todo mundo aqui? Pois é... Esse tipo de preocupação não acontece só com você. Há duzentos anos, já havia gente preocupada com o crescimento da população no mundo! Desde aquela época foram elaboradas muitas teorias para explicar e solucionar o problema do crescimento populacional.
Dilema: é a superpopulação que gera a pobreza ou é a pobreza que gera a superpopulação?
Inúmeras teorias foram elaboradas para tentar explicar o crescimento populacional. Dentre elas, é comum se destacarem três, que estão profundamente inter-relacionadas: a malthusiana, a neomalthusiana e a reformista.
Teoria Malthusiana A teoria demográfica formulada pelo economista inglês Thomas Robert Malthus (1776-1834) foi publicada em 1798, no livro Ensaio sobre o princípio da população . Segundo Malthus, a população mundial cresceria em um ritmo rápido, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...)
Assim, segundo a visão de Malthus, ao final de um período de apenas dois séculos, o crescimento da população teria sido 28 vezes maior do que o crescimento da produção de alimentos. Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.
Malthus chegou a propor como única solução - para o problema da defasagem entre população e alimentos - o que ele chamou de "sujeição moral", ou seja, a própria população deveria adotar uma postura de privação voluntária dos desejos sexuais, com o objetivo de reduzir a natalidade, equilibrando o crescimento demográfico com a possibilidade de expansão da produção de alimentos.
Na realidade, ocorre grande concentração de alimentos nos países ricos e, consequentemente, má distribuição nos países pobres. Porém, em nenhum momento a população cresceu conforme o cálculo de Malthus .
Neomalthusianismo No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus chamados de neomalthusianos. Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento populacional, e em virtude disso seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade, que se dariam através do famoso e bastante difundido, "planejamento familiar". Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas anti-natalistas, mas com exceção da China onde a natalidade caiu pela metade em quarenta anos nos outros praticamente não surtiu efeito.
Hoje em dia existem também os chamados ecomalthusianos, que defendem a tese de que o rápido crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais, e por consequência sérios riscos para o futuro. No Brasil nunca chegou a acontecer um controle de natalidade rígido por parte do estado nacional, mas a partir da década de 70 o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por entidades nacionais e estrangeiras como a Fundação Ford, que visavam o controle de natalidade no país.
Reformistas ou marxistas Diferentemente do que defendem os neomalthusianos, os demógrafos marxistas, consideram que é a própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional . E por conta disso, defendem reformas de caráter sócio-econômico que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações dos países subdesenvolvidos, segundo eles isso traria por consequência o planejamento familiar espontâneo, e com isso a redução das taxas de natalidade e crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países hoje desenvolvidos.
1 º Fase: Caracteriza-se por ter elevadas taxas de natalidade e mortalidade, ligadas à cultura dos filhos serem mão-de-obra ocasionando uma alta natalidade, e baixas ou mesmo nenhuma condi ç ões de saneamento resultando em epidemias tendo um alto í ndice de mortalidade, o que faz a popula ç ão crescer muito pouco. A Europa passou por ela antes de 1760 O Brasil passou por ela antes de 1940
2 º Fase: Ocorre um decr é scimo da mortalidade, como consequência das melhorias alimentares e sanit á rias, a evolu ç ão da medicina (combate à s doen ç as como C ó lera e Mal á ria no Brasil), a urbaniza ç ão e a expectativa de vida. No entanto, a alta taxa de natalidade é mantida, o que acarreta um intenso crescimento populacional (explosão demogr á fica). A Europa passou por ela entre 1760 a 1880 O Brasil passou por ela entre 1940 a 1970
3ºFase : Nessa fase temos a queda acelerada da taxa de natalidade devido a educa ç ão familiar ao acesso a m é todos anticoncepcionais, a entrada da mulher no mercado de trabalho e a manuten ç ão da taxa de mortalidade fixando o modelo urbano. A Europa passou por ela entre 1880 a 1940 O Brasil est á no ciclo final dessa fase.
4ºFase: Observa-se nessa fase baixas taxas de natalidade devido ao alto custo de se criar filhos e a opção de manter o padrão de vida e baixas taxas de mortalidade com consequente queda do crescimento populacional ou sua estagnação. Há consequências: aumento da proporção de idosos podendo ocasionar um rombo na previdência; encolhimento da população e necessidade de imigrantes para trabalhar nos empregos de mais baixo salário. Alguns pa í ses da Europa como a Alemanha e It á lia estão nessa fase .