Texto Introdutório - A frança antes da revolução

PIBIDHISTRIA1 126 views 2 slides Aug 24, 2017
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About This Presentation

Este texto tem como objetivo apresentar as características do país da França antes da Revolução que ocorreu na mesma no ano de 1789.


Slide Content

Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
EEEMP Elpídio de Almeida
Série: 2º
Turno: Tarde
Professor Supervisor: Eriberto Souto
Bolsistas: Maria Emília, Milena Xavier, Natalia Santos, Natália Correia e Thais Costa.

A FRANÇA ANTES DA REVOLUÇÃO.

A França era ainda um país agrário em fins do século XVIII. De seus 23 milhões
de habitantes, cerca de 20 milhões viviam no campo. Embora o capitalismo já tivesse
começado a provocar mudanças em sua estrutura, sua organização social ainda estava
baseada em estamentos, à semelhança da Idade Média. Mas, como efeito da penetração
do capitalismo, já se percebia certa mobilidade social.
O clero, com 120 mil religiosos, dividia-se em alto clero (bispos e abades com
nível de nobreza) e baixo clero (padres e vigários de baixa condição); era o primeiro
estado. A nobreza constituía o segundo estado. Com 350 mil membros estavam
divididos em três subgrupos. A nobreza palaciana vivia em pensões reais e usufruía de
cargos públicos. A nobreza provincial vivia no campo. Havia ainda a nobreza de toga,
constituída de pessoas oriundas da burguesia, que haviam comprado seus cargos e
títulos de nobreza.
O terceiro estado compreendia 98% da população. Era formado por diversos
subgrupos que já começavam a se constituir em classes sociais. No topo, a alta
burguesia era composta por banqueiros, financistas e grandes empresários. A média

burguesia era formada por profissionais liberais, médicos, dentistas, professores,
advogados e outros. Na pequena burguesia estavam os artesãos mais ricos, lojistas,
pequenos comerciantes.
A parte mais baixa do terceiro estado composta de um conjunto heterogêneo de
grupos sociais, formado por artesãos, aprendizes e proletários. Outro setor do terceiro
estado era o da população rural, onde se encontravam os servos ainda em condição
feudal (uns 4 milhões), e os camponeses livres e semilivres.Dessa forma, no interior do
terceiro estado existiam grupos sociais que lutavam entre si (operários contra
capitalistas, por exemplos).
O terceiro estado arcava com o peso de impostos e contribuições para o rei, o clero
e a nobreza. Os outros dois estados não pagavam tributos e ainda viviam à custa do
dinheiro público. Nessas condições, a principal reivindicação do terceiro estado era a
abolição dos privilégios e a instauração da igualdade civil.
No plano político, o terceiro estado lutava por maior participação nas decisões do
Estado e por igualdade de tratamento em relação à nobreza e ao clero. Essas pretensões
se chocavam com o absolutismo monárquico. O rei monopolizava a administração,
concedia privilégios, esbanjava luxo, controlava tribunais e condenava os opositores à
prisão na odiada fortaleza da Bastilha.
A cobrança dos impostos era feita por particulares, já que a máquina do Estado
mostrava-se ineficiente. Para obter grandes lucros, os arrecadadores exploravam ao
máximo os contribuintes do terceiro estado. Só os gastos da corte e da nobreza que
viviam em Versalhes representavam 10% das despesas de toda França, peso que recaia
sobre os ombros do povo. O déficit do orçamento era enorme. Na época da revolução, a
dívida externa chegava a 5 bilhões de libras, enquanto o dinheiro em circulação não
passava de 2,5 bilhões de libras.Os filósofos iluministas denunciavam a situação.
Formavam-se clubes para ler seus livros .