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piroxenas equidimensionais, óxidos de Fe e Ti e, nalguns casos, olivinas. A textura intergranular
é holocristalina. A textura dolerítica é um equivalente de grão mais grosseiro da textura
intergranular das rochas vulcânicas. Nestes dois tipos de textura a piroxena e outros minerais
ferro-magnesianos ocupam o espaço disponível entre os cristais maiores de plagioclase.
Muitas rochas afaníticas que parecem ser holocristalinas em amostra de mão, mostram,
em lâmina delgada, quantidades menores de vidro. A textura intersertal, típica de muitas rochas
basálticas, tem as mesmas características da textura intergranular, excepto a presença de vidro
castanho entre os grãos microcristalinos, como resultado de cristalização incompleta.
A textura traquítica é caracterizada por ripas de feldspato alinhadas sub-paralelamente.
Algumas rochas vulcânicas podem apresentar textura seriada (ou dimensional seriada)
mostrando uma variação contínua da dimensão dos cristais da mesma espécie mineralógica,
como por exemplo, grãos de plagioclase e piroxena variando entre 0,01 e 0,5mm.
A textura fanerítica é característica de rochas nas quais os grãos dos principais minerais
constituintes são suficientemente grandes para serem identificados à vista desarmada. Todavia,
minerais acessórios, como apatite, zircão esfena e opacos, só são visíveis ao microscópio. As
rochas faneríticas são tipicamente intrusivas e reflectem cristalização em condições de
arrefecimento lento e velocidades de nucleação relativamente baixas comparadas com a
velocidade de crescimento.
As rochas faneríticas têm textura equigranular, ou simplesmente granular, se os grãos
têm dimensões similares (Fig. 1). Cada fase cristalina experimentou taxas de nucleação e
crescimento semelhantes. Outras rochas faneríticas têm textura heterogranular, ou seja,
possuem grãos de dimensão variável. Estas incluem as rochas com textura porfiróide, nas quais
há uma distribuição bimodal da população dos grãos, isto é, fenocristais e matriz de dimensão
mais reduzida, e as rochas com textura seriada, nas quais a dimensão do grão varia de uma forma
contínua (Fig. 1). Muitos granitos possuem textura seriada (Fig. 1), sendo constituídos por
apatites e zircões apenas visíveis ao microscópio, óxidos de Fe e Ti ligeiramente maiores, mas
inferiores a 1mm, silicatos máficos maiores, grãos de quartzo e plagioclase ainda maiores e
cristais de feldspato potássico na ordem dos 2 a 3cm, ou maiores. A variação mais ao menos
contínua da granulometria reflecte, provavelmente, a maior ou menor facilidade de nucleação
entre os diferentes minerais que precipitam conjuntamente a partir do magma; os óxidos de Fe e
Ti têm velocidade de nucleação elevada, a velocidade de nucleação dos feldspatos alcalinos é a
menor e a dos outros minerais é intermédia.