Trabalho sobre tipos de poesias elaborado por alunos do 1º ano D - Colégio São José - Granja - Ce.
Size: 2.28 MB
Language: pt
Added: Jun 16, 2009
Slides: 29 pages
Slide Content
Colégio Estadual São José
Tipos de Poesias
Equipe:
José Marcelo,Natanael,Glailson,Leonardo,
Nº:22,37,20,24
Professora:Mirla
Serie:1ºD
Tipos de Poesias
Equipe:
José Marcelo,Natanael,Glailson,Leonardo,
Nº:22,37,20,24
Professora:Mirla
Serie:1ºD
Tipos de Poesias
Equipe:
José Marcelo,Natanael,Glailson,Leonardo,
Nº:22,37,20,24
Professora:Mirla
Serie:1ºD
TIPO DE POESIAS
HAICAI
SONETO
BALADA
RONDÓ
VILANCETE
CORDEL
Isso é só o começo
O QUE É HAICAI
Haicai é um poema de origem japonesa, que
chegou ao Brasil no início do século 20 e hoje
conta com muitos praticantes e estudiosos
brasileiros. No Japão, e na maioria dos países do
mundo, é conhecido como Haiku.o Haicai
clássico japonês obedece a quatro regras:
# Consiste em 17 sílabas japonesas, divididas em três
versos de 5, 7 e 5 sílabas
# Contém alguma referência à natureza (diferente da
natureza humana)
# Refere-se a um evento particular (ou seja, não é uma
generalização)
# Apresenta tal evento como "acontecendo agora", e
não no passado.
HAICAI
Grécia
engana-se quem vê
na velha pedra branca
pretexto
para ensolarado tour matinal
desculpa
para disparo de máquina digital
à pedra alva coube ser
pedra-ponte que se faz agora e todo sempre
pedra-cálida que agrega azuis
pedra-terra que tempera atmosferas
pedra-seca que funde urina e sol e ossos
mesmo o mítico mar
que todos sabem:
é azul-esverdeado de doer
é icônico é belo é referencial
mesmo o decantado mar heróico
que pediu e cumpriu potências
que guarda ouro em leito museu
este épico mar
só pôde ser forma
por autorização da pedra
o ar de cada ilha pode ser doce
se a pedra quiser exalar
a mulher envoluma-se de sensuais
se sua pele é pedra lazuli
a baleia quer retornar
ao cemitério da pedra porosa
o velho ri e muito ejacula
pois sua potência sorve pedra
a areia na pele do bebê
sãos grãos de força-pedra engana-se
quem só acredita ver
mera pedra instrumental:
os sentidos da alma
foram esculpidos
à pedra
Soneto
É um poema de forma fixa, composto por 14
versos.
Pode ser apresentado em 3 formas de distribuição
dos versos:
Soneto italiano ou petrarquiano: apresenta
duas estrofes de 4 versos (quartetos) e duas
de 3 (tercetos)
Soneto inglês ou "Shakespeareano": três
quartetos e um dístico
Soneto monostrófico: Apresenta uma única
estrofe de 14 versos.
SONETO
O que mais dói
Patativa do Assaré
O que mais dói não é sofrer saudade
Do amor querido que se encontra ausente,
Nem a lembrança que o coração sente
Dos belos sonhos da primeira idade.
Não é também a dura realidade
Do falso amigo, quando engana a gente,
Nem os martírios de uma dor latente,
Quando a moléstia o nosso corpo invade.
O que mais dói e o peito nos oprime,
E nos revolta mais que o próprio crime,
Não é perder da posição um grau.
É ver os votos de um país inteiro,
Desde o praciano ao camponês roceiro,
Para eleger um presidente mau.
O que é balada
É UM POEMA NARRATIVO DE TEMA E
CARATER MELANCÓLICO
A FESTA DA NATUREZA
Chegando o tempo do inverno,
Tudo é amoroso e terno,
Sentindo o Pai Eterno
Sua bondade sem fim.
O nosso sertão amado,
Estrumicado e pelado,
Fica logo transformado
No mais bonito jardim.
Neste quadro de beleza
A gente vê com certeza
Que a musga da natureza
Tem riqueza de incantá.
Do campo até na floresta
As ave se manifesta
Compondo a sagrada orquesta
Desta festa naturá.
Tudo é paz, tudo é carinho,
Na construção de seus ninho,
Canta alegre os passarinho
As mais sonora canção.
E o camponês prazentero
Vai prantá fejão ligero,
Pois é o que vinga premero
Nas terras do meu sertão.
Natureza
vvvvv
O que é Vilancete
Era uma forma poética comum na Península Ibérica
, na época da Renascença. Os vilancetes podiam
também ser adaptados para música: muitos
compositores ibéricos dos séculos XV e XVI, como
Juan del Encina ou o português Pedro de Escobar
compuseram vilancetes musicais.
Este tipo de poema tem um mote - o início do
poema que, na música, funciona como refrão -
seguido de uma ou mais estrofes - as voltas, coplas
ou glosas - cada uma com 7 versos. A diferença
entre o vilancete e a cantiga depende do número de
versos no mote: se houver 2 ou 3 é um vilancete, se
houver 4 ou mais é uma cantiga.
Esperança
Enforquei minha Esperança;
Mas Amor foi tão madraço,
Que lhe cortou o baraço.
Foi a Esperança julgada
Por setença da Ventura
Que, pois me teve à pendura,
Que fosse dependurada:
Vem Cupido com a espada,
Corta-lhe cerce o baraço.
Cupido, foste madraço.
CORDEL
O termo Literatura de Cordel deve-se ao fato de
que os folhetos ficavam expostos à venda
pendurados num barbante (cordão, cordel). A
origem do folheto de Cordel, segundo Luís da
Câmara Cascudo, deve-se à iniciativa dos
cantadores de viola em imprimir e vender a sua
poesia e à "adaptação à poesia das histórias em
prosa que vieram de Portugal e da Espanha".
Em Portugal, o folheto era conhecido por "Literatura
de Cego", devido a uma lei promulgada por Dom
João VI que limitava a sua venda à Irmandade do
Menino Jesus dos Homens Cegos de Lisboa.
O folheto em Portugal era escrito em forma de prosa.
Ao chegar ao Brasil, passou a ser escrito em
sextilhas de versos de sete sílabas. O primeiro
brasileiro a publicar um romance de Cordel foi,
provavelmente, Sílvio Pirauá (1848/1913), famoso
cantador de viola paraibano.
Os poetas populares do Nordeste dividem a
Literatura de Cordel em dois tipos: Romance (ficção)
e Folheto de Época (narrativa de fatos).
CORDEL SOLIDÁRIO
Ao Poeta Carlos Aires
Eu me faço solidário
Porque os versos matutos
Cumprem bem o seu fadário
E o Repentista na rima
Faz gorjeio de canário.
O dom que tem o poeta
Não se encontra em armário
A poucos foi reservado
Um perfeito estuário
Que supera a Ciência
E qualquer vocabulário.
Não podemos aviltar
Esse dom do Repentista
Consagrado pelo mundo
Através do sertanista
E que vem pela escrita
Nas letras dum cordelista.
Carlos Aires faz cultura
Sendo assim bom sertanejo
Ao retratar o Sertão
Com seu verso benfazejo
Pra quem nunca foi migrante
E pra quem virou andejo.
A Escola do Repente
Tem o nome de “SERTÃO”
O diploma que se tira
Tem o nome de “CONDÃO”
E na rima você tem
A mais bela “PROFISSÃO”.
O Cordel é um arauto
Da CULTURA POPULAR
Não precisa de requinte
Pra sucesso conquistar
E a mensagem do campônio
Patativa
História do Patativa
Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do
Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de
Santana, pequena propriedade rural, no município de
Assaré, no Sul do Ceará. É o segundo filho de Pedro
Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Foi
casado com D. Belinha, de cujo consórcio nasceram
nove filhos. Publicou Inspiração Nordestina, em
1956, Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970,
Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados
Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de cordel
e poemas publicados em revistas e jornais.
Cresceu ouvindo histórias, os ponteios da viola e folhetos de
cordel. Em pouco tempo, a fama de menino violeiro se
espalhou. Com oito anos trocou uma ovelha do pai por uma
viola. Dez anos depois, viajou para o Pará e enfrentou muita
peleja com cantadores. Quando voltou, estava consagrado: era
o Patativa do Assaré. Nessa época os poetas populares
vicejavam e muitos eram chamados de 'patativas' porque
viviam cantando versos. Ele era apenas um deles. Para ser
melhor identificado, adotou o nome de sua cidade.Filho de
pequenos proprietários rurais, Patativa, nascido Antônio
Gonçalves da Silva em Assaré, a 490 quilômetros de Fortaleza,
inspirou músicos da velha e da nova geração e rendeu livros,
biografias, estudos em universidades estrangeiras e peças de
teatro. Também pudera. Ninguém soube tão bem
Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro
na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4
anos. No livro 'Cante lá que eu canto cá', o poeta dizia que no
sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para 'ser
poeta de vera é preciso ter sofrimento'.
Patativa só passou seis meses na escola. Isso não o impediu
de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três
universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a
arte de versejar. Desde os 91 anos de idade com a saúde
abalada por uma queda e a memória começando a faltar,
Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua
vida, 'já disse tudo que tinha de dizer'. Patativa morreu em 08
de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome.