Tipos e riscos anestésicos na enfermagem

AnaPatrici 2 views 40 slides Oct 21, 2025
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Anestesia segura


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Tipos e Riscos Anestésicos Profa. Ma. Ana Patrícia Araújo Torquato Lopes [email protected]

A palavra anestesia tem origem grega ( an = privação, aísthesis = sensação e ia = perda da sensibilidade). O termo anestesia é empregado para perda de qualquer tipo de sensibilidade, sendo causada por estados patológicos ou provocada artificialmente por agentes anestésicos A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda da consciência e certo grau de amnésia. Em outras palavras, a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa, com preservação da consciência

A anestesia tem como principais objetivos: Extirpar a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia. Promover relaxamento muscular. Proporcionar condições ideais para a atuação da equipe cirúrgica.

O primeiro relato sobre anestesia data do século I d.C., com o uso da mandrágora , uma planta fervida e misturada ao vinho, que produzia analgesia. O éter era pesquisado desde o século XIV, sendo utilizado em uma ressecção cirúrgica em 1846. Depois, foram descobertas várias drogas com poderes anestésicos e analgésicos, incluindo o clorofórmio, o óxido nitroso e a cocaína.

Oficialmente, 16 de outubro de 1846 é considerado o dia em que foi realizada a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral. No final do século XIX surgiu a anestesia regional, embora os populares cirurgiões peruanos já utilizassem a propriedade entorpecente da cocaína nas trepanações de crânio.

Com o desenvolvimento dos mecanismos para a aplicação das drogas e com o surgimento de novos fármacos, a anestesia tornou-se cada vez mais segura, quando relacionada ao alívio da dor , à hipnose , ao controle dos reflexos autonômicos , ao bloqueio neuromuscular e à diminuição dos estímulos neuro - -humorais

ANESTESIA: ASPECTOS GERAIS A enfermagem não participa da escolha dos métodos e dos fármacos utilizados no procedimento anestésico-cirúrgico, desenvolve atividades que subsidiam o anestesiologista nesse processo; A assistência de enfermagem prestada ao paciente anestesiado no período intraoperatório também merece destaque, não só pela previsão, provisão, controle e avaliação dos materiais e equipamentos utilizados nas anestesias geral e regional, realizados pelo enfermeiro, mas também por sua atuação na indução anestésica, monitoração, intubação, extubação endotraqueal e em situações de emergência.

Após o início da anestesia, alguns procedimentos, como o posicionamento adequado do paciente na mesa cirúrgica, a monitoração dos parâmetros clínicos, o acompanhamento da indução anestésica, o aquecimento do paciente e a sondagem vesical integram atividades desenvolvidas pelos enfermeiros no período intraoperatório .

Ao término da cirurgia, o foco da assistência de enfermagem voltou-se à extubação do paciente, ao controle dos sinais vitais, à aspiração endotraqueal, aos cuidados com a segurança do paciente e a sua transferência para a Unidade de Internação (UI) ou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A escolha do tipo de anestesia para determinado procedimento é influenciada por uma variedade de fatores, como condições fisiológicas; doenças preexistentes, condições mentais e psicológicas, recuperação pós-operatória, necessidade de manuseio da dor pós-operatória, tipo e duração do procedimento cirúrgico, posição do paciente durante a cirurgia e exigências particulares da equipe de cirurgia

Na avaliação pré-operatória, o enfermeiro/enfermagem investiga os seguintes itens: Estado de saúde do paciente. História da doença atual: sinais e sintomas, exames realizados, hipóteses diagnósticas, tratamento e evolução da doença. História de doenças preexistentes, que possam interferir no sucesso da anestesia, como a asma, que pode acarretar em broncoconstrição aguda grave no início da anestesia ou durante a intubação.

Infecção de vias aéreas superiores (VAS), que predispõe o paciente, principalmente as crianças, a complicações pulmonares, como broncoespasmo e obstrução de VAS por rolhas de muco Hipertensão, que pode aumentar a incidência de complicações pós-operatórias, como infarto agudo do miocárdio (IAM) ou acidente vascular encefálico (AVE). Hérnia hiatal, com sintomas de refluxo esofágico, que aumenta o risco de aspiração pulmonar.

Uso de medicamentos, em especial anti-hipertensivos, antianginosos, antiarrítmicos, anticonvulsivantes e anticoagulantes. Reações adversas a fármacos e alergias. Antecedentes familiares de complicações anestésicas. Tabagismo, que aumenta os riscos de complicações pulmonares. Uso de álcool e drogas, que aumenta os riscos de complicações anestésicas.

A maioria dos procedimentos cirúrgicos requer inconsciência (hipnose), analgesia (ausência de dor), amnésia (perda temporária da memória), relaxamento neuromuscular , boa exposição visceral com total controle respiratóri o e dos reflexos autonômicos ; outros requerem bloqueio da condução dos impulsos em tecidos nervosos. Para a obtenção de uma anestesia segura, como não existe um único fármaco capaz de produzir todos os efeitos desejáveis citados, são necessárias várias drogas, com ações farmacológicas diversas, e que são administradas simultaneamente

Deve avaliar as condições de oxigenação , ventilação , circulação e temperatura do paciente. American Society of Anestesiologist (ASA) propõe como padrões básicos da monitoração intraoperatória de medidas de segurança ao paciente Presença do Anestesiologista na SO; Avaliação contínua da oxigenação, Ventilação, Circulação, Temperatura Eletrocardiografia; Acesso à via aérea; Aspiração das vias aéreas; Acesso venoso periférico e/ou central

As anestesias são classificadas, quanto ao tipo, em: Anestesia geral: Inalatória, Intravenosa e Balanceada. Anestesia regional: peridural, espinhal e bloqueio de plexos nervosos. ƒ Anestesia combinada: geral e regional. ƒ Anestesia local

ANESTESIA GERAL Anestesia geral é um estado de inconsciência reversível, caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular e depressão neurovegetativa, resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. Tem como objetivo a depressão irregular e reversível do sistema nervoso central (SNC), produzida por fármacos, que determinarão graus variados de bloqueio sensorial, motor, de reflexos e cognição

Existem três tipos de anestesia geral: Anestesia geral inalatória. Anestesia geral intravenosa. Anestesia geral balanceada. Como em todos os tipos da anestesia geral ocorre um comprometimento significativo do SNC, é necessário que o paciente tenha a permeabilidade das vias aéreas garantida e, para isso, se faz necessária a intubação traqueal.

Didaticamente, a anestesia geral pode ser dividida em três fases: Fase da indução: corresponde ao período compreendido entre a administração de agentes anestésicos até o início do procedimento cirúrgico (início da incisão cirúrgica). Fase da manutenção : corresponde ao período compreendido entre o início do procedimento cirúrgico até o seu término. Fase da emergência ou do despertar: corresponde à reversão da anestesia ou ao período em que o paciente começa a “acordar” da anestesia e, em geral, termina quando ele se encontra pronto para deixar a SO.

ANESTESIA GERAL INALATÓRIA Na anestesia geral inalatória, os agentes anestésicos voláteis são utilizados sob pressão e o estado de anestesia é alcançado quando o agente inalado atinge concentração adequada no cérebro, levando à depressão. Desde a utilização do éter dietílico como anestésico, a depressão é variável e apresenta-se, didaticamente, em estágios de analgesia, excitação, anestesia cirúrgica e sobredose

ANESTESIA GERAL INTRAVENOSA Na anestesia geral intravenosa, a infusão de fármacos é realizada, como o próprio nome diz, por um acesso venoso, tendo como meta atingir os cinco elementos de uma boa anestesia. Para isso, são empregados os anestésicos venosos não opioides (barbitúricos, cetamina , droperidol , etomidato , propofol e benzodiazepínicos), opioides ( fentanil , alfentanil , sufentanil e remifentanil ) e bloqueadores neuromusculares

ANESTESIA GERAL BALANCEADA A anestesia geral balanceada é aquela realizada pela combinação de agentes anestésicos inalatórios e intravenosos. Esse tipo de anestesia tem sido amplamente empregado nos mais diversos procedimentos cirúrgicos, para a realização de operações de inúmeras especialidades. É uma técnica antiga e bem difundida, uma vez que não existe um anestésico intravenoso ideal e único que proporcione anestesia adequada.

ANESTESIA REGIONAL Anestesia regional é definida como a perda reversível da sensibilidade, em decorrência da administração de um agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo; Dividida em 3 tipos.

ANESTESIA RAQUIDEANA (ESPINHAL OU RAQUIANESTESIA) A anestesia espinhal ou raquianestesia é realizada mediante a aplicação de anestésico local no espaço subaracnoide , espaço que contém o líquido cefalorraquidiano (LCR), localizado entre as membranas dura-máter e subaracnóidea, resultando em bloqueio simpático, bloqueio motor, analgesia e insensibilidade aos estímulos

A raquianestesia é feita em procedimentos cirúrgicos realizados abaixo da cicatriz umbilical, isto é, correções de hérnias umbilical e inguinal, cirurgias urológicas, ginecológicas, vasculares e ortopédicas; O posicionamento adequado para a realização da raquianestesia é o decúbito lateral na posição fetal (pernas fletidas com os joelhos próximos do abdome e o mento do tórax), ou sentado sobre a mesa cirúrgica, aproximando o mento do tórax.

O objetivo do posicionamento é garantir a flexão máxima das vértebras lombares A punção subaracnoidea é realizada no espaço intervertebral lombar de L2 e L3 ou L3 e L4 ou, ainda, L4 e L5, utilizando agulhas calibres 25G, 26G, 27G do tipo cortante ( Quincke ), ponta de lápis ( Whitacre ) ou ponta de Huber ( Atraucan )

Existem três tipos de raquianestesia : A raquianestesia simples , na qual o anestesiologista , após a punção, faz uma única dose de anestésico local; O bloqueio combinado raquiperidural , no qual é realizada, com um sistema próprio de punção única, a introdução da agulha de raqui e, em seguida, o cateter de peridural para manutenção da analgesia; A raquianestesia contínua , na qual é inserido um cateter subaracnoide

Entre as possíveis complicações decorrentes da raquianestesia , destacam-se: Cefaleia pós- raquianestesia : Retenção urinária Lesão das raízes nervosas durante a introdução da agulha, desencadeando dor e parestesias , persistentes no pós-operatório Hematoma espinhal Meningite séptica Meningite asséptica

Síndrome da cauda equina, decorrente do trauma direto ou indireto das raízes nervosas, isquemia, infecção ou reações neurológicas Problemas de posicionamento podem ocorrer em virtude do bloqueio dos estímulos dolorosos e sensitivos Sintomas neurológicos transitórios, caracterizados por dor de moderada intensidade na região lombar, que se irradia para as nádegas e face dorso-lateral das pernas, bilateralmente Hipotensão causada pelo bloqueio dos nervos simpáticos, que controlam o tônus vasomotor, levando a uma vasodilatação27-29. ƒ Parada respiratória, como resultado de um bloqueio acidentalmente alto (anestesia espinhal alta ou total), causando paralisia dos músculos respiratórios e necessitando de intubação imediata e ventilação

ANESTESIA PERIDURAL (EPIDURAL) A anestesia peridural é realizada mediante aplicação de anestésico no espaço peridural (localizado entre a membrana dura-máter e o espaço subaracnoide ), bloqueando a condução nervosa e causando insensibilidade aos estímulos. O anestésico injetado no espaço epidural sofre, inicialmente, uma difusão nesse espaço e, posteriormente, vai para outros locais, como o espaço subaracnoide . Após a difusão, o anestésico local se fixa ao tecido nervoso, bloqueando raízes nervosas intra e extradurais

O posicionamento e o local de punção para a anestesia peridural são os mesmos da raquianestesia

Dentre as possíveis complicações decorrentes da anestesia peridural Punção subaracnoide acidental, podendo causar cefaleia, hipotensão, bradicardia e parada respiratória Punção vascular com infusão do anestésico local em uma veia, podendo acarretar toxicidade sistêmica Infecção local/abscesso epidural , Retenção urinária. Hematoma peridural. Dor Lombar

BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS O bloqueio de nervos periféricos de uma determinada região consiste na administração de um anestésico local, provocando perda da sensibilidade local. O início e a duração do bloqueio estão relacionados com o fármaco usado e com sua concentração e seu volume

Entre as possíveis complicações decorrentes desses bloqueios, destacam-se: Injeção acidental intravascular. Superdose do anestésico local. Lesão do nervo, decorrente do trauma causado pela agulha. Compressão do nervo, decorrente do volume de anestésico administrado

ANESTESIA LOCAL Anestesia local é a infiltração de um anestésico local, realizada pelo médico, que é responsável pela prescrição e administração de todas as drogas anestésicas na área a ser manipulada. A enfermagem é responsável pela monitoração do paciente, devendo contar com cardioscópio , manguito para medida de pressão arterial não invasiva e oxímetro de pulso

Os anestésicos locais bloqueiam a condução de impulsos nos tecidos nervosos, em virtude da afinidade que possuem por tal tecido, sendo essa ação reversível. A extensão da anestesia depende do local da aplicação, do volume, da concentração e da difusão do fármaco utilizado. A maioria dos anestésicos locais utilizados possuem efeito vasodilatador e as drogas mais comumente utilizadas são lidocaína, bupivacaína e ropivacaína

A anestesia local pode ser tópica ou infiltrativa . A anestesia local tópica consiste na aplicação de anestésicos locais em mucosas, como oral, nasal, esôfago e no trato geniturinário. Na anestesia infiltrativa , os anestésicos locais são administrados no meio intra e/ou extravascular e atingem seu objetivo quando chegam às terminações nervosas específicas; Os sinais vitais devem ser verificados pelo menos a cada 15 minutos

Apesar da simplicidade da técnica, da exigência de poucos equipamentos, assim como do fato de ser econômica, não inflamável e apresentar quase ou nenhuma incidência de complicações, podem ocorrer reações tóxicas sistêmicas e locais, geralmente de maneira discreta e, consequentemente, tratável. Na maioria das vezes, estão relacionadas aos erros de técnica ou superdosagem . Os pacientes que não forem assistidos imediatamente poderão apresentar reações graves, como hipotensão, bradicardia, pulso irregular, palidez, sudorese e arritmias, podendo ocorrer inclusive parada cardíaca, depressão respiratória, ansiedade, tontura e convulsões

SEDAÇÃO Independentemente do tipo de anestesia programada, a sedação é comumente realizada. A sedação pode ser feita com a administração de fármacos como propofol , midazolam e remifentanila ou, ainda, pela combinação dessas drogas; Os benzodiazepínicos, de modo geral, são ansiolíticos, amnésicos, sedativos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes.

Vale salientar que não possuem efeito analgésico e, por isso, podem desencadear agitação. Atualmente, a droga mais utilizada para sedação tem sido o midazolam , em virtude de suas características, que incluem: ser solúvel em água, não provocar irritação ou flebite e possuir maior ação amnésica

Vamos Exercitar! Quais são os principais tipos de anestesia e suas características distintas? Como a escolha do tipo de anestesia é feita para diferentes procedimentos cirúrgicos? Explique o papel das drogas anestésicas durante um procedimento cirúrgico. Quais são os diferentes tipos de drogas anestésicas e como elas afetam o corpo do paciente? Quais são os cuidados pré-anestésicos necessários para garantir a segurança e o conforto do paciente antes de uma cirurgia? Como a equipe de enfermagem pode auxiliar nesses cuidados? Quais são as complicações mais comuns associadas à anestesia geral e quais são os principais riscos que os pacientes enfrentam durante a administração de anestesia? Como essas complicações podem ser prevenidas e tratadas?
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