Três contos africanos

fabianaesteves76 23,449 views 22 slides May 11, 2014
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1
OS TRES GRAVETOS

WITT

Certa manhá, o monarca de um poderoso reino haucá, no
interior da Nigeria, acordou seus súdivos aos gritos:

— Tragam o adivinho da corte imediatamente a minha
presenga — ordenow

Näo tardou muito para que um homenzinho de barrete
colorido e camisoláo branco aparecesse.

= O que aconteceu? — perguntou o revelador de sonhos e
segredos ao irado senhor.

— O anel cravejado de pedras preciosas que dei a minha filha
como presente de casamento sumiu do quarto dela ontem à noite.

— Os guardas nao viram nenhum movimento? — quis saber o
homem entendido em mistérios e coisas do ourro mundo.

— Nao. Mandei prender os trés sentinelas que passaram a
noite em frente ao aposento, em tumos separados. Mas eles juram
que nao sabem de nada.

O adivinho, sem perder a calma, disse:

— Nao vai ser dificil encontrar o culpado.

— Como? — perguntou o rei, mastigando um pedaco de
noz-de-cola.

© adivinho lentamente retirou trés graveros do mesmo
tamanho de uma bolsa de couro de crocodilo que trazia ao
ombro e entregou-os ao rei.

— Ao anoitecer, cada prisioneiro deve receber um desses —
avisou. — Diga que o ladräo será aquele cujo graveto civer crescido,
até o cantar do galo, dois dedos de comprimento.

E assim foi feito.

Ma manhä seguinte, dois dos graveros estavam do mesmo
tamanho. Menos um, que havia diminuido exatamente dois dedos.

— Foi ele — disse o adivinho apontando para o trémulo guarda
que segurawa o menor pedaco, — Pode procurar entre suas coisas,
que achará o anel.

A joia realmente foi encontrada
costurada no forro da roupa do
acusado.

OVAL Foi 0 TRVOVE

DO ADIVINHO
PARA PEGAR 0 LADPRAO?
SE NAO SABE, VEA NA

PAGINA SEGUINTE.

© guarda, durante a noite, com
medo de ser descoberto, corrou dois
dedos do graveto que havia recebido.

TRES MERCADORIAS MUITO: ESTRANHAS

vn... AA rr

Um velho camponës, teimoso como uma mula, precisava
atravessar um trecho do caudaloso rio Niger carregando um
leopardo, uma cabra e um saco chelo de inhames.

A garotada das aldeias situadas em margens opostas
sentou-se no chao _barrento, na maior algazarra, para ver como
o rabugento conseguiria transpor a perigosa correnteza.

A canoa do homem. era muito pequena e ele só poderia
carregar um de seus: perrences de cada vez.

—5e deixar a cabra como inhame — disse um dos meninos _,
a esfomeada come tudo.

en largar o leopardo com a cabra, o manchado devora ©
bichinho — opinou outro ‚Baroto.

irritado coma zombaria, © aldeáo reclamou em altos brados:

_ voces, nao aprenderam, de acordo com nossa tradigao,
vez de ficarem criticando, por que nao
am se estivessem em meu lugar?
Lembrem-se — argumentou, citando um antigo provérbio — “quem
é welho ja foi jovem”. |

As palavras do anciáo na mesma hora deixaram a meninada
em siléncio. 3

O homem nao desistiu e, como nao queria perder nada,
pós-se a pensar, agachado à beira da água lamacenta. No entanto,
ebrasse a cabega, nao encontrava uma solugáo.

por mais que

ANTES DE SABER 0 FINAL
DA HiSTORIA, VOCE SERIA
(APAZ DE RESOLVER A
QUESTAOZ SE NAO
CONSEGUIR, WIRE
A PAGINA.

O aldeáo, desesperado, recor-
reu a um lavrador de cabelo grisalho
montado em um burrico acaminho
de um mercado distante dali.

- Primeiro — disse o homem.
depois de cogar a cabega por um
instante —, vocé tem de remar com a
cabra para a outra margem e deixar
o leopardo com o saco de inhame.
Esse animal, como todos sabem, náo
gosta de comer raizes.

— Depois — continuou —,
atravesse pra cá e carregue O saco
de inhame pra la. Ao voltar, traga a
cabra com wocé.

- E, pra completar a travessia
— arremarou —, leve o leopardo e,
em seguida, retorne para buscar a
cabra.

Foi assim, Finalmente, que o
camponés atravessou © ria.

De acordo com um ditado
africano, “ninguém deve rir de um
velho”.

Ele pegou um frasco de perfume e despejou todo o conteúdo
nos pelos de um burro. Depois, levou o animal para um cercado
no fundo de seu estabelecimento.

Em seguida, chamou os empregados e falou:

— Preciso descobrir o autor do roubo que aconteceu na noite
passada. Saiam, um por um, passer a mao no pelo do burro que
esta lá atrás e me esperem na cozinha.

E, num tom de ameaga, avisou:

— Cuidado! © animal zurrará quando o ladräo o tocar.

Os homens, sem pestanejar. obedeceram ao patráo e sairam
para cumprir à tarefa.

Mas o burro permaneceu calado are ©
final da escranha prova. Mesmo assim o dono da
pousada descobru quem era o ladráo.

VOCE SABE
QUEM FOt 0 CULPADO?
OVAL FOI 0 TRUQUE?
SE NAO SABE, PASSE PARA
A PÁGINA SEGUINTE.

Para espanto do lesado comercianre, o dono da pousada
reuniu os empregados e cheirou a mao de cada um. Assim que
verminou a inspecáo, anunciou, triunfante:

— O ladrao & esse aqui — disse, apontando para um dos
homens. — Podem revistar a quarto dele.

Dico e feito. As cintilantes moedas, como ele havia adivinha-
do, foram encontradas dentro de um jarro de barro enterrado
debaixo da cama do acusado.

Mo curro dia, ao se despedir, o viajante, curiosa, perguntous:

Como foi que vocé descobriu o larápio?

Náo foi io dificil. 56 um dos homens náo rinha a mao
perfumada. Ele, com medo de ser denunciado, nao tocou no pelo
do burro.

&
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