MANEJO SANITÁRIO DO REBANHO
CAPRINO
O manejo sanitário é o conjunto de práticas
utilizadas na propriedade com o objetivo de
diminuir o aparecimento de doenças no rebanho,
evitando assim os prejuízos que as mesmas possam
causar.
MANEJO SANITÁRIO DO REBANHO
CAPRINO
Práticas para Prevenção de Doenças
Prevenir as doenças é melhor do que tratá-las!
Um manejo preventivo adequado diminui os
custos com os tratamentos, aumentando a
rentabilidade e a produtividade do rebanho.
OTIMIZAÇÃO
DO
SISTEMA
DE
PRODUÇÃO
SANIDADE
NUTRIÇÃO
REPRODUÇÃO
GENÉTICA
SINAIS DE SAÚDE
Vivacidade e altivez
Apetite normal
Pêlos lisos e brilhantes
Ruminação presente
Desenvolvimento corporal compatível
com a idade e raça
Temperatura - 38,5 a 39,5°C
Fezes e urina normais
PROGRAMA DE SAÚDE ANIMAL
Elementos necessários
Cooperação do proprietário
Organização (Escrituração zootécnica)
Água e alimentos de boa qualidade
Identificação dos animais
Treinamento dos manejadores
Medicina veterinária preventiva
Instalações adequadas e higiênicas
Alimentação disponível e balanceada
Descarte orientado
Esquema de vermifugação estratégica
Calendário de vacinações
Controle e tratamento das doenças mais freqüentes
Análise do custo-benefício
DOENÇAS QUE
ACOMETEM OS CAPRINOS
Enterotoxemia
• Não Infecciosa
• Mortalidade 100%
• Morte súbita
• Pouco resistentes ao
ambiente
• Condições: Pastagem abundante, alimentação
rica em grãos
Distribuição Mundial
Freqüência nos vários países
Freqüência no Brasil
Epidemiologia da Linfadenite Caseosa
Nigéria: 6% (Ameh, 2000)
Turquia: 1.1% a 3.5% (Çetinkaya, 2002)
Canadá: 21% (Arsenault, 2003)
Rio de Janeiro: 22% (Langenegger, 1991)
Bahia: 30% (Costa et al., 1973)
Austrália: 26% (Paton, 2003)
Ceará: 41% (Silva, 1984)
Localização dos linfonodos
superficiais
Transmissão
Contato entre animais infectados
Condições naturais (ferimentos na pele)
Sinais clínicos
• Visualização dos abscessos
• Linfadenite visceral: não tem diagnóstico por
exame clínico
Métodos de diagnóstico
•Exame clínico (palpação)
•Isolamento e identificação do
agente
•Testes sorológicos - IHS/
ELISA / DOT BLOT
•Teste de pele - “linfadenina”
Tratamento
Controle
•Fazer inspeção periódica do rebanho
•Isolar e tratar os animais com
abscessos,
•Desinfectar o umbigo dos animais recém-
nascidos
•Evitar a aquisição de animais com
abscesso(s)
•Eliminar, na medida do possível, os
animais com abscessos – Descartar
reincidentes
Profilaxia
•VACINAS: 3 Meses com Reforço aos 30 Dias /Repetir
Anualmente: Células Vivas
Atenuadas
Bacterinas / Toxóide
GLANVAC / D-T
•Testes Sorológicos
•Identificar e tratar abscessos
•Os clostrídeos são bactérias anaeróbicas
•podem desenvolver formas resistentes,
•os esporos, capazes de permanecer nas áreas
contaminadas durante muitos anos;
•Presentes normalmente no solo e no tubo digestivo
dos animais, mesmo sadios. pelos sintomas e lesões
observados nos animais doentes.
Botulismo
•Conteúdo ruminal (500 g).
•Intestino delgado com conteúdo (enviar 30
cm de alças intestinais com as duas
extremidades amarradas).
•Fígado (enviar fragmentos com 5 cm x 5
cm).
Diagnóstico
Tétano
•Doença normalmente fatal
• Presentes no solo
• Fezes dos animais
• Ferimentos profundos
• Necrose Tecidual
Sinais Clínicos
• Rigidez muscular (contrações)
• Tremores
• Prolapso 3
a
pálpebra
• Mudança Caminhar
• Posição cavalete
• Salivação e Timpanismo
Diagnóstico
• Achados Clínicos
Tratamento
•Baixa resposta
•Doses elevadas Penicilina 20.000UI/Kg
•Relaxantes muscular: 2 x dia - 8 a 10 dias
Controle
•Desinfecção instrumentos
•Cuidados nos procedimentos realizados
•Vacinação Toxóide
Animais Jovens: 1
a
dose (3 meses);
Primeira Vacinação: duas doses intervaladas
(4-6 semanas) e revacinar anualmente;
Fêmeas gestantes: 50 dias antes do parto.
Pododermatite
• Incidência: estações ano, sistema de criação
• Perdas econômicas: Reprodutores, Fêmeas final de
prenhez
• Predisposição: Clima, genética, solo, distúrbio
nutricional, exercícios, aclimatação, confinamento
•Sinais: Claudicação, Febre, Edema, Produção de leite,
Infertilidade temporária
• Isolamento doentes
• Casqueamento: duas vezes ao ano (Início e final do
verão), em animais confinados sempre que necessário
• Compra de animais
•Descarte
• Pedilúvio
Controle
Hiperplasia Interdigital
Pododermatite Contagiosa
Pododermatite Circunscrita
Andrea Alice da Fonseca Oliveira
Pododermatite Paradígito
Pododermatite Séptica
PODODERMATITE NECRÓTICA
Corte do casco dos animais duas vezes ao ano (Início
e final do verão)
Em animais confinados:casqueamento sempre que
necessário
Pedilúvio: após o casqueamento
Casqueamento
Mastite
• Etiologia múltipla
• Fatores Predisponentes
•Impacto econômico e de saúde pública
Mastite
Mastite
Diagnóstico
• CMT
• Contagem de células somáticas
• Cultura e testes físico-químicos
Controle e prevenção
• Adoção de boas práticas de produção
• Medidas higiênico-sanitárias
Mastite
Necessidades de pesquisa
• quantificação dos prejuízos
• fatores de virulência da Staphyloccocus aureus
• relação células somáticas, raças e lactação
• melhoramento genético para aumentar a resistência
• vacinas
Brucelose Caprina e Ovina
Agente etiológico: Brucella melitensis
Orquite e epipidimite nos machos
Aborto e esterilidade nas fêmeas
Sintomas
•Data da última detecção de Brucella melitensis na Croácia
informada a OIE: 1992
•Natureza do diagnóstico: laboratorial por
soroaglutinação rápida (SRP),
•Data da primeira comprovação da doença: 14 de julho
de 2004.
•Animais afetados: três rebanhos de cabras e um rebanho
de ovelhas resultaram afetados.
Brucelose Caprina e Ovina
Transmissão
Medidas de controle:
•Sacrifício sanitário: não tem cura
•Quarentena das propriedades
afetadas;
•Controle dos deslocamentos no
interior do país,
•Triagem.
Brucelose Caprina e Ovina
Salmonelose e Colibacilose
•são enfermidades bacterianas infecto-
contagiosas ocasionadas por
•estirpes patogênicas de Salmonella Dublin
(SD) e Escherichia coli enterotoxigênica
(ETEC)
•ocasionando elevados prejuízos econômicos
devido a alta mortalidade de animais jovens
Controle
•melhorias sanitárias
•uso de antibióticos
•administração de colostro aos
neonatos
•vacinas em teste
Salmonelose e Colibacilose
VERMINOSE GASTROINTESTINAL
•TRANSMISSÃO
Ingestão:alimentos e água contaminados com ovos e larvas
•SINTOMAS
Diminuição do apetite, emagrecimento, pêlos arrepiados e
sem brilho, anemia e, às vezes, diarréia.
VERMINOSE GASTROINTESTINAL
JJ FF MM AA MM JJ JJ SSAA DD NNOO
PERÍODO CHUVOSO PERÍODO SECO
LEGENDA:
Vermes adultos nos animais
Larvas nas pastagens (L 3)
Vermifugação Estratégica
JJ FF MM AA MM J J SA DD NNOO
PERÍODO CHUVOSO PERÍODO SECO
LEGENDA:
Vermes adultos nos animais
Larvas nas pastagens (L 3)
Vermifugação Estratégica
VERMIFUGAÇÃO ESTRATÉGICA
VERMIFUGAÇÃO ESTRATÉGICA
COMO VERMIFUGAR?
•Pesar todos os animais antes de vermifugar. Se não for possível,
separar por lotes e pesar alguns animais representativos do grupo.
•Fazer jejum de água e comida de 12 horas antes de vermifugar.
•Uma boa prática é retirar a água e comida ao final da tarde e
vermifugar na manhã do dia seguinte.
•Após administrar o vermífugo, é aconselhável manter os animais
somente com água por mais 6 horas.
COMO VERMIFUGAR?
•Evitar o pastejo ao amanhecer (antes das 9 horas) e ao
entardecer (após as 16 horas).
•Evitar pastagens muito baixas e a superpopulação de animais.
•Alternar agricultura e pecuária na pastagem.
•Excluir os indivíduos mais sensíveis às verminoses.
Controle Sanitário
–Vermifugar o lote antes de entrar no pasto
•Método Famacha
–Exame visual mucosa ocular e vermifugação
individual
•Acompanhamento do número de OPG
–Exame mensal em 20% do lote
–Vermifugação de todo lote a partir de OPG 800.
Medidas profiláticas adicionais para o
controle de nematódeos:
•Limpar e desinfetar as instalações;
•Manter as fezes em locais distantes dos animais ;
•Evitar super-população nas pastagens;
•Separar os animais por faixa etária;
•Vermifugar os animais ao trocar de área;
•Incorporar ao rebanho animais vermifugados;
•Manter os animais no aprisco até no mínimo doze horas após a
vermifugação;
•Animais jovens ao ser vermifugados devem ser colocados em pastagem
descontaminadas;
•Descanso da pastagem em épocas chuvosas deve ser superior a 50 dias.
• Gênero – Poxvirus
• Impacto Econômico/Sanitário
• Redução do desenvolvimento corporal
• Aumento do custo da produção (medicamento x
mão de obra)
• Mortalidade de animais jovens
• Perda de peso
Ectima Contagioso
Ectima Contagioso
Profilaxia e Controle
• Vacinação (crostas dessecadas)
• Isolamento dos enfermos
• Fornecer colostro
• Limpeza e desinfecção das instalações
• Tratamento com iodo/glicerina
Ectima Contagioso
• Depreciação Econômica do rebanho
• Barreiras sanitárias
• Queda na produção de leite
• Redução da qualidade do leite
• Redução do índice de conversão
alimentar
• Mortalidade de animais jovens
• Dificuldade de monta (reprodutores)
• Abate prematuro de animais positivos
• Custo para implantação de programas
de controle
Impacto Econômico/Sanitário
•Exame Clínico: não fecha
diagnóstico
•Exame Laboratorial:
métodos diretos
métodos indiretos
DIAGNÓSTICO
1
2
3
4
5
6
P 28
P 28
GP 135
1
2
3
4
5
6
Ag
Ag
Identificação Permanente dos
Animais
Reprodução Programada
Parto Assistido
Banco de Colostro de Cabras
Soronegativas
Banco de Leite de Vaca
Boas Condições Gerais de Higiene e
Manejo
MEDIDAS DE CONTROLE
“Não me importa saber se um animal é capaz de
pensar, sei que é capaz de sofrer e por isso o
considero meu próximo."
OBRIGADO!