DESEMVOLVIMENTO
Editora: Gold, autor: Bernardo Guimarães, lançamento 1875.
A obra A escrava Isaura se passa em meio ao reinado de D. Pedro II, época em que o
romantismo de amadurecia, passando a retratar problemas sociais, como a escravidão.
O desenvolvimento da agricultura, principalmente no cultivo do café e da cana-de-
açúcar, contribuiu para o aumento exponencial da economia escravagista, que explorou
covardemente a mão-de-obra dos negros trazidos da África, comercializados de forma
idêntica a uma mercadoria qualquer.
Vale lembrar que após o processo de independência, o Brasil manteve por quase um
século a escravidão e a exploração dos negros. Ou seja, mesmo considerado um pais livre, o
Brasil tinha grande parte de sua população presa no interior das senzalas, o que construiu uma
imagem contraditória.
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 1825.
Em 1847 iniciou os estudos na faculdade de Direito de São Paulo, onde conheceu Álvares de
Azevedo e Aureliano Lessa com os quais se juntavam para dar realidade as imaginações
românticas, sendo este um ponto de encontro entre a literatura e a vida.
Bernardo Guimarães expressou em sua poesia o mundo exterior, demonstrando a
vivência no meio paulistano, porém, vale mencionar como elementos mais relevantes de sua
obra poética o encanto pela vida, além disso, construiu textos dotados de musicalidade e
demonstrou forte preocupação com a métrica.
A história se passa nos primeiros anos do reino de D. Pedro II inicialmente em uma fazenda
em Campos dos Goitacazes. Isaura, escrava branca e bem-educada, é assediada pelo seu
senhor, recém-casada. Isaura de recusava a ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera no
passado, sua mãe, que em pouco tempo morrera. Para força-la a ceder Leôncio manda Isaura
para a senzala trabalhar com as outras escravas.
O livro a Escrava Isaura foi muito difundido na época de sua publicação, pois além, de
apresentar uma linguagem simples e direta, a obra retratava um problema muito próximo da
realidade, a escravidão.