Resumo: Trauma de Face II - Fratura de Mandíbula
Dr. Brunno Rosique
Cirurgião Plástico
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Language: pt
Added: May 19, 2022
Slides: 8 pages
Slide Content
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Chefia : Dr. Valdemar Mano Sanches
Dr. Brunno Rosique Lara
Trauma de Face
Fraturas
Classificação:
1. Craniofaciais:
a. Disjunção craniofacial;
b. Craniorbitárias;
2. Faciais:
a. Segmento Médio;
i. Orbitárias;
ii. Intraorbitárias;
iii. Nasais;
iv. Nasomaxilares;
v. Maxilares
b. Segmento Inferior (Mandíbula)
DENTIÇÃO
Fraturas de mandíbula produzem alterações na relação entre os dentes superiores e inferiores. No
caso de pacientes desdentados, há alteração da oclusão entre as próteses.
Oclusão
Angle (1899) classificou a oclusão de acordo com o alinhamento da cúspide mesial
bucal do primeiro molar superior em relação ao sulco mesial bucal do primeiro molar
mandibular.
O dente normal está intimamente relacionado com a maxila e a mandíbula, e a restauração da
oclusão em fraturas geralmente indica redução da fratura. Em vários casos a simples amarração dos dentes
em oclusão promove redução e fixação da fratura.
Técnica de Gilmer (1887)
Desvantagem: a boca não pode ser aberta sem que se solte a amarra.
Método com Barra
Outros Métodos
FRATURAS DE MANDÍBULA
Devido à posição proeminente e sua forma anatômica a mandíbula é um dos locais de fratura mais
freqüentes em trauma de face. É a fratura mais freqüente na face em acidentes automobilísticos.
A mandíbula é um osso forte, mas com áreas de fraqueza: ângulo subcondilar e porção distal do
corpo.
Músculos da Mandíbula
1. Grupo Posterior:
i. m. Masseter: eleva a mandíbula;
ii. m. Temporal: as fibras anteriores elevam a mandíbula e as posteriores retraem
a mandíbula após a protrusão;
iii. m. Pterigóide lateral: protraem a mandíbula e deprimem o queixo; também
realizam movimentos latero-laterais;
iv. m. Pterigóide medial: ajuda a elevar a mandíbula fechando a boca, ajudam a
protrair a mandíbula;
2. Grupo Anterior:
i. M. Genioióideo: eleva o osso hióide e abaixa a mandíbula;
ii. M. Genioglosso: deprime a língua, eleva o osso hióide e deprime a mandíbula;
iii. M. Miloióideo;
iv. M. Digástrico.
Diagnóstico –
2- Manipulação bimanual produz movimentação anormal;
3- Palpação do côndilo no canal auditivo com crepitação ou movimentação anormal;
4- Falha de oclusão;
5- Imobilidade;
6- Sangramento ou hematoma intraoral;
7- Desvio lateral;
8- Dor;
9- Rx
Classificação – As fraturas de mandíbula são classificadas de acordo com a localização, as condições dos
dentes, a direção da fratura, e associação com lesão da pele ou mucosa.
Classificação de Kazanjian e Converse (1949) – Essa classificação tem relação com o tratamento da
fratura. É baseada na presença ou ausência de dentes em cada lado da fratura:
Classificação pela Localização – Dingman e Natvig (1964)
Tratamento
O objetivo é restaurar a função da mandíbula e a eficiência mastigatória da dentição. Os princípios
do tratamento são:
1. Redução dos segmentos ósseos para sua posição anatômica;
2. Restaura a relação de oclusão adequada;
3. Estabelecer uma fixação que irá segurar os segmentos ósseos e manterá a relação de
oclusão, até que a cicatrização ocorra.
4. Controle da infecção.
Fraturas Dentoalveolares
Lesões nos dentes anteriores são mais freqüentes que nos posteriores devido sua posição e pela
característica anatômica do alvéolo. Os dentes em boas condições devem ser recolocados em sua posição e
fixados com arame e arco metálico. Em casos de dentes frouxos ou com doença periodontal são removidos
para prevenir infecção.
Fraturas Classe I
Aplicação de fixação intermaxilar por um período de 4 a 6 semanas. Alguns casos
podem necessitar da redução cirúrgica.
Fraturas Classe II
O controle do
segmento sem dentes varia de
acordo com a direção da fratura
e a posição do dente.
A – Fixação intermaxilar
B e C – Redução cirúrgica
D – Fixação intermaxilar dependendo do desvio
E – Redução cirúrgica
Fraturas Classe III
Representam menos de 5% das fraturas de mandíbula. Ocorrem na porção do osso onde a atrofia é
mais avançada.
Algumas fraturas são bilaterais e o deslocamento pode variar de mínimo a moderado. Nos casos
onde o desvio é mínimo o tratamento pode ser conservador, com dieta pastosa. As opções de tratamento
cirúrgico incluem:
1. Prótese intraorais;
2. Amarra circunferêncial
3. Fios interfragemntos;
4. Fixação com placas e parafusos.
Fraturas do Côndilo
Intracapsulares – Redução incruenta. Oclusão intermaxilar com elástico à noite e
fisioterapia por 4 semanas;
Cominutivas – Incisão pré-auricular, exerese de fragmentos soltos e fixação com elásticos.
Subcondilares – Quando não houver deslocamento significante pode ser tratada com fixação
em oclusão. Nos deslocamentos maiores a redução é cirúrgica.
Fraturas do Processo Coronóide
A maioria é acompanhada de outras fraturas na mandíbula ou zigoEm geral é de tratamento conservador. Em
casos com grande desvio é realizado a redução aberta com acesso pela incisão de Risdon ou Retromandibular
e fixação interfragmento com fios de aço ou placas .
Complicações
Precoces:
Hemorragia
Obstrução da via aérea e aspiração
Infecção
Tardias:
Anquilose da Articulação Temporomandibular;
Não União;
Má União;
Má oclusão;
Deformidade Facial