Trauma de Face - Radiografia e Exame Clínico.

BrunnoRosique1 213 views 7 slides May 18, 2022
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About This Presentation

Resumo: Trauma de Face 1
Exame Clínico e Radiografia
Dr. Brunno Rosique
Cirurgião Plástico


Slide Content

Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Chefia : Dr. Valdemar Mano Sanches
Dr Brunno Rosique Lara
Trauma de Face
Atendimento Inicial

Introdução
A incidência de traumatismos na face é alta, por ser uma área exposta e com pouca proteção. O
principal mecanismo de trauma é o acidente com automóveis. Em acidentes automobilísticos as lesões da
face ocorrem em 75 % de todas as vítimas. Outras causas freqüentes são as quedas de bicicleta, queda da
própria altura e agressões físicas.
O tratamento precoce do trauma de face diminui a possibilidade de deformidades permanentes e de
distúrbios funcionais. Porém é necessário diagnosticar e tratar outros traumas associados, que possam causar
a morte do paciente, antes de tratar o trauma de face.
Os ferimentos da face devem ser lavados e cobertos com gazes estéreis para diminuir a
contaminação, até que se possa realizar o tratamento adequado. Sangramentos são controlados por
compressão local direta. O clampeamento ou eletrocauterização as cegas é contra-indicado devido ao risco de
lesão iatrogênica de outras estruturas.
Existem três situações de emergência nos traumas de face:
1- Obstrução das Vias Aéreas;
2- Hemorragia;
3- Aspiração.

Estabelecimento e controle da via aérea: Intubação orotraqueal ou nasotraqueal, e via aérea cirúrgica
(cricotireoidostomia e traqueostomia)

Controle do sangramento nasofaringeo é feito de três formas (a artéria maxilar interna é o
principal foco de sangramento)
A- Tamponamento Nasal;
B- Curativo Compressivo Externo;
C- Ligadura Arterial Seletiva









Exame Clínico

Um exame físico minucioso é sempre indicado, inclusive para pacientes que apresentam apenas
escoriações superficiais ou pequenas abrasões.
As lesões da face podem ser divididas em três categorias: (1) ferimento de partes moles; (2)
ferimento associado à fratura; (3) fraturas sem outros ferimentos.
O exame deve ser ordenado, superior para inferior ou inferior para superior. Sinais e sintomas
produzidos pelas lesões da face incluem dor, crepitação, hipoestesia na distribuição de um nervo especifico,
paralisia, falha de oclusão, distúrbios visuais, assimetria de face, deformidades, respiração ruidosa, lacerações,
sangramentos e contusões.

Na inspeção deve ser feita a comparação de um lado com o outro, observando a simetria e
deformidades. As superfícies ósseas são palpadas ordenadamente:
- Margens da órbita superior e inferior;
- Nariz;
- Arco zigomático;
- Eminências do malar;
- Bordas da Mandíbula.

Em seguida realiza-se a inspeção da cavidade oral e palpação dos arcos dentários, a fim de
identificar irregularidade óssea, edema, hematoma, movimentação, dor e crepitação.
A presença de hipoestesia ou anestesia na distribuição do nervo supraorbital, infraorbirtal e
mentoniano, sugerem fraturas na região das raízes nervosas.
Os movimentos dos músculos da expressão facial (nervo facial), devem ser examinados no paciente
consciente e cooperativo.
A excursão e o movimento lateral da mandíbula, presença de dor durante a abertura da mandíbula, a
relação entre os dentes e a simetria dos arcos dentários são pistas importantes para o diagnóstico de fraturas
envolvendo a dentição.
Colocando um dedo dentro do canal auditivo pode detectar o movimento do côndilo da mandíbula.
Otorragia pode indicar uma laceração do canal auditivo, deslocamento do côndilo ou fratura da base do crânio
(fossa média).
Edema e sangramentos podem mascarar assimetrias da face.





Radiografias

As incidências mais empregadas na avaliação do trauma de face incluem: Caldwelll
(posteroanterior); Waters, Towne, e lateral;

Waters: Empregado para visualização oblíqua anterior da órbita, malar, arco zigomático. É
importante para o diagnóstico de fraturas da maxila, seios maxilares, assoalho da órbita, borda infraorbitaria e
arco zigomático. Também permite visualizar ossos nasais, processo nasal da maxila e borda supraorbitária.




Caldwell: Usada para demonstrar os seios frontais, osso frontal, células etmoidais anteriores e sutura
zigomaticofrontal.

Fronto-Occipital: usada quando não se pode colocar o paciente sentado ou em decúbito ventral.
Essa projeção permite visualização satisfatória da órbita, das asas do esfenóide, osso frontal, seios frontal e
etmoidal, septo nasal, palato duro, mandíbula e arcos dentários.



Waters Reverso: Similar ao Waters, mas devido a maior distância entre os ossos e o filme há
aumento das estruturas.

Obliqua da Órbita (Forame Óptico): Demonstra o forame óptico, a parede lateral do seio frontal, o
teto e a parede lateral da órbita;



Semiaxial (Titterington): Arco zigomático e órbitas são bem visualizados nesta projeção;












Lateroanterior (Fuchs): Visão obliqua do arco zigomático, sem sobreposição de estruturas.

Perfil: É importante na avaliação da relação da maxila com a mandíbula, e para fraturas da placa
vertical do osso frontal.



Lateral do Nariz: Visão detalhada dos ossos do nariz do lado próximo ao filme.



Axial do Nariz: A visão superoinferior dos ossos do nariz é usada para demonstrar deslocamento
lateral ou medial de fragmentos ósseos. Mostra apenas os ossos que se projetam além do plano da glabela e
dos incisivos superiores.

Submentovértice: projeção axial da mandíbula, processo coronóide e côndilo. Também mostra os
arcos zigomáticos e a base do crânio.








Panorâmica de Mandíbula: Incidência de maior precisão para diagnóstico de fraturas de
mandíbula (92%).