A tromboelastografia e a tromboelastometria são métodos diagnósticos utilizados em cirurgias e outras intervenções de grande e pequena escalas, já que permite uma melhor compreensão e avaliação do sistema hemostático humano, abrangendo as possibilidades de um quadro com prognósticos posi...
A tromboelastografia e a tromboelastometria são métodos diagnósticos utilizados em cirurgias e outras intervenções de grande e pequena escalas, já que permite uma melhor compreensão e avaliação do sistema hemostático humano, abrangendo as possibilidades de um quadro com prognósticos positivo e negativo. É uma metodologia relativamente nova e que consegue fornecer informações importantes sobre a hemostasia “in vivo”, e não somente dos fatores plasmáticos da
coagulação como as metodologias tradicionais.
Size: 4.95 MB
Language: pt
Added: Nov 01, 2019
Slides: 57 pages
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Tromboelastografia e tromboelastometria Dr. Nelcivone Soares de Melo Médico/Hematologia/Patologia Clínica Goiânia/2019
01/11/2019 nsm 7 Coagulação: cascata VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA XII XI IX VIII X V II I VII III CONTATO LESÃO TISSULAR Kk Ca++ FP Ca++ FIBRINA
01/11/2019 nsm 8 Formação e estabilização da fibrina FIBRINOGÊNIO MONÔMEROS DE FIBRINA POLÍMEROS DE FIBRINA FIBRINA ESTÁVEL XIIIa XIII TROMBINA
01/11/2019 nsm 9 Inibidores da coagulação Ka XIIa XIa VIIIa Va IXa Xa IIa ATIII PROTEINA C PROTEINA S
01/11/2019 nsm 10 Fibrinólise PLASMINOGÊNIO PLASMINA FIBRINA FRAGMENTO X FRAGMENTOS Y+D FRAGMENTOS E+D SRE SK tPA XIIa KK a2-ANTIPLASMINA a2-MACROGLOBULINA VIA INTRÍNSECA VIA EXTRÍNSECA
01/11/2019 nsm 11 Hemostasia: juntando tudo A N T I C O A G U L A N T E S A T I V A D O R E S P L A S M I N O G Ê N I O P L A S M I N A FIBRINA PDF/pdf I N I B I D O R E S SRE XII XI IX VIII X V II I III VII Ca++ FP Ca++ Kk
Modelo de coagulação em superfícies celulares 01/11/2019 NSM 12 Fases da coagulação Inciação Amplificação Propagação Finalização Endotélio vascular e células sanguíneas circulantes são perturbados; Interação do FVIIa derivado do plasma com o FT. Trombina ativa plaquetas, cofatores V e VIII, e FXI na superfície das plaquetas. Produção de grande quantidade de trombina, formação de um tampão estável no sítio da lesão e interrupção da perda sanguínea. O processo da coagulação é limitado para evitar oclusão trombótica ao redor das áreas íntegras dos vasos. Carvalho, MG et all: Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.32 no.5 São Paulo 2010
Modelo de coagulação em superfícies celulares 01/11/2019 NSM 13
01/11/2019 nsm 14 Testes convencionais XII XI IX VIII X V II I III VII Ca++ FP Ca++ Kk TC=5-10min TCA=70-180s TTPA= 25- 3 5 s TT= 6-10 s TP=12 -15 s
Testes estáticos convencionais TCA, TP, TTPA, FIBRINOGÊNIO, PLAQUETAS São insatisfatórios no contexto dinâmico intraoperatório Demandam tempo Não avaliam a função plaquetária São feitos no plasma Em temperatura de 37°C (~temperatura do paciente) 01/11/2019 NSM 15
Solução .... Tromboelastografia O que é a tromboelastografia? Quando e onde ela pode ser utilizada? Quais informações ela nos fornece? 01/11/2019 NSM 16
Tromboelastografia: o que é? A tromboelastografia foi descrita em 1948 por H. Hartert Avalia dinâmicamente a função hemostática global por meio de uma amostra de sangue total. Avalia as propriedades viscoelásticas do sangue durante a formação, manutenção e destruição do coágulo. Avalia a função plaquetária e sua interação com as hemácias. 01/11/2019 NSM 17
A tromboelastografia avalia ... Formação do coágulo Cinética do coágulo Força e estabilidade do coágulo Resolução do coágulo 01/11/2019 NSM 18
Tromboelastógrafo 01/11/2019 NSM 19
Tromboelastografia: como funciona? 01/11/2019 NSM 20
Tromboelastografia: como funciona? 01/11/2019 NSM 21
Tromboelastometria Rotacional (ROTEM®, TEM InternationalGmbH, Munich, Germany) Tempo de coagulação (CT e CTF) Dinâmica da formação do coagulo (CTF e angulo α) Firmeza do coagulo (A5, A10, A15 e MCF) Estabilidade do coágulo no decorrer do tempo [CLI30, CLI45, CLI60) Lise máxima (ML) ] CT (reflete o inicio da formação do coágulo) CTF (reflete a elaboração e formação do coágulo em função da trombina formada e traduz a atividade enzimática da trombina) Angulo α (reflete a dinâmica da formação do coágulo) Amplitude da firmeza do coágulo em 5, 10 e 15 minutos após CT (A5, A10 e A15 respectivamente) MCF (representa a firmeza máxima do coágulo) 01/11/2019 NSM 35
Tromboelastometria Rotacional (ROTEM®, TEM InternationalGmbH, Munich, Germany) EXTEM - Via de coagulação extrínseca INTEM – Via da coagulação intrínseca FIBTEM - Polimerização da fibrina HEPTEM - Influência da heparina ECATEM - Inibidores diretos da trombina APTEM – Fibrinólise 01/11/2019 NSM 36
Tromboelastometria rotacional 01/11/2019 NSM 37
Tromboelastometria rotacional 01/11/2019 NSM 38
Tromboelastometria rotacional 01/11/2019 NSM 39
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TEG vs TEM 01/11/2019 NSM 41
Tromboelastometria : benefícios 01/11/2019 NSM 42 Prevenção do risco de sangramento em procedimentos cirúrgicos Diagnóstico de potenciais causas de hemorragia Terapêutica guiada por metas Racionalização do uso de hemocomponentes Redução de complicações com hemocomponentes: TRALI, TACO, TRIM e TEV Redução de infecções virais e bacterianas Monitorização de estados de hipercoagulabilidade Crochemore T, Piza FM, Rodrigues RR, Guerra JC, Ferraz LJ, Corrêa TD TRALI: Transfusion-related lung injury ; TACO: Transfusion-associated cardiac overload ; TRIM: Transfusion-associated immunomodulation ; TEV: Tromboembolismo venoso
Tromboelastometria : benefícios 01/11/2019 NSM 43 N = 1.175 65% Plasma fresco congelado Falência múltipla de órgãos: +2,1% Síndrome de desconforto respiratório agudo; +2,5% 41% Plaquetas Sem impacto nos desfechos analisados 28% Crioprecipitado Falência múltipla de órgãos: -4,4%
Tromboelastometria : benefícios 01/11/2019 NSM 44 A significant association was found between transfusion of fresh frozen plasma and: ventilator-associated pneumonia with shock (relative risk 5.42, 2.73-10.74), ventilator-associated pneumonia without shock (relative risk 1.97, 1.03-3.78), bloodstream infection with shock (relative risk 3.35, 1.69-6.64), and undifferentiated septic shock (relative risk 3.22, 1.84-5.61). The relative risk for transfusion of fresh frozen plasma and all infections was 2.99 (2.28-3.93).
Tromboelastometria : benefícios 01/11/2019 NSM 45 Calatzis A., Schramm W., Spannagl M. (2002) Management of Bleeding in Surgery and Intensive Care. In: Scharrer I., Schramm W. (eds) 31st Hemophilia Symposium Hamburg 2000. Springer, Berlin, Heidelberg
Tromboelastometria: indicações 01/11/2019 NSM 46 Coagulopatia associada ao trauma e à hemorragia maciça Transplante hepático Cirurgia cardíaca Cirurgias de grande porte, ortopédicas e neurocirurgicas Hipotermia Hemorragia pós-parto/neonatologia Estados de hipercoagulabilidade Terapia pró-coagulante Anticoagulação com heparina não fracionada Crochemore T, Piza FM, Rodrigues RR, Guerra JC, Ferraz LJ, Corrêa TD
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01/11/2019 NSM 48 Crochemore T, Piza FM, Rodrigues RR, Guerra JC, Ferraz LJ, Corrêa TD Lier H, Vorweg M, Hanke A, Görlinger K. Thromboelastometry guided therapy of severe bleeding. Essener Runde algorithm. Hamostaseologie. 2013;33(1):51-61. Review
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Conclusões 01/11/2019 NSM 55 Rapidez e precisão no diagnóstico Terapêutica individualizada Racionalização no uso de hemocomponentes Redução de complicações relacionadas à transfusões Redução da morbi-mortalidade em pacientes graves Praticidade, reprodutibilidade e custo-efetividade
01/11/2019 NSM 56 Referências 1. CALATZIS A., SCHARMAMM W., et al: Management of Bleeding in Surgery and Intensive Care. In: Scharrer I., Schramm W. (eds) 31st Hemophilia Symposium Hamburg 2000. Springer, Berlin, Heidelberg. 2. GARCIA-NETO, J : O ROTEM tem a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar?. Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências. São Paulo. 2017. 3. BRENNI, M.; WORN M. et al. Successful rotational thromboelastometry -guided treatment of traumatic haemorrhage , hyperfibrinolysis and coagulopathy. Acta Anesthesiol Scand, v. 54, p. 111-117, 2010. 4. FERREIRA, C. N.; SOUSA, M. O. et al . O novo modelo da cascata de coagulação baseado nas superfícies celulares e suas implicações. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 32, n. 5, p. 416-421, 2010. 5. HAAS, T.; SPIELMANN, N. et al. Comparison of thromboelastometry (ROTEM) with standard plasmatic coagulation testing in paediatric surgery. British Journal of Anaesthesia , v. 1, n. 108, p. 36-41, 2012. 6. SPIEL, A.O., MAYR, F.B. et al. Validation of rotation thrombelastography in a model of systemic activation of fibrinolysis and coagulation in humans. Journal of Thrombosis and Haemostasis , v. 4, p. 411-416, 2006. 6. THEUSINGER, O.M.; NÜRNBERG, J. et al. Rotation thromboelastometry (ROTEM) stability and reproducibility over time. European Journal of Cardio-thoracic Surgery, v. 37, p. 677-683, 2010.