Tuberculose e Hanseníase, doenças negligenciadas

AdrianoCosta696471 330 views 33 slides Mar 16, 2024
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Tuberculose e Hanseníase, doenças negligenciadas


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Hanseníase Prof. Enfermeiro Adriano Costa

Introdução A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.

Ainda representa um grave problema de Saúde Pública no Brasil e em países em desenvolvimento Agravantes inerentes a qualquer doença de origem sócio econômica, Repercussão psicológica gerada pelas incapacidades físicas Estigma e isolamento do portador na sociedade

Hanseníase Agente etiológico: O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente, em forma de bastonete Reservatório: O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé Modo de transmissão: A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo

Período de incubação: longo período de incubação, em média, 2 a 7 anos Há referências a períodos mais curtos (7 meses), como também a mais longos (10 anos) Período de transmissibilidade Doentes paucibacilares (PB): não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar Doentes multibacilares (MB): constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado

Diagnóstico Clínico Diagnóstico essencialmente clínico e epidemiológico Realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico) Baciloscopia: de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB

Reações Hansênicas Os estados reacionais ou reações hansênicas são alterações do sistema imunológico, que se exteriorizam como manifestações inflamatórias agudas e subagudas, que podem ocorrer mais frequentemente nos casos MB Elas podem ocorrer antes (às vezes, levando à suspeição diagnóstica de hanseníase), durante ou depois do tratamento com Poliquimioterapia (PQT): Reação Tipo 1 ou reação reversa (RR) – caracteriza-se pelo aparecimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas), infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite) Reação Tipo 2, cuja manifestação clínica mais frequente é o eritema nodoso hansênico (ENH) – caracteriza-se por apresentar nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e dor denervos periféricos (neurite)

Tratamento

Segundo Pedrazzani, os profissionais de enfermagem possuem um papel muito importante nas ações de controle da hanseníase Prevenção da hanseníase Busca e diagnóstico dos casos Tratamento e seguimento dos portadores prevenção Tratamento de incapacidades Gerência das atividades de controle, Sistema de registro e vigilância epidemiológica e pesquisas

Referências Bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológico . Brasília, 2009 FOCACCIA, R. Tratado de Infectologia . 4 ed., Ed. Atheneu, São Paulo – SP, 2010 FREITAS, C. A. S. L., et al. Consulta de enfermagem ao portador de Hanseníase no Território da Estratégia da Saúde da Família: percepções de enfermeiro e pacientes. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília 2008; 61: 757-63

Tuberculose (TB)

Introdução Problema de saúde prioritário no Brasil Juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença Estima-se que, cerca de 1/3 da população mundial, esteja infectada com o Mycobacterium tuberculosis , estando sob risco de desenvolver a enfermidade Torno de oito milhões de casos novos e quase 3 milhões de mortes por tuberculose, ocorrem anualmente Com o surgimento, em 1981, da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA/aids), vem-se observando, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, um crescente número de casos notificados de tuberculose, em pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) A associação HIV/TB constitui, nos dias atuais, um sério problema de saúde pública, podendo levar ao aumento da morbidade e mortalidade pela TB, em muitos países

Agente Etiológico Bacilo de Koch Mycobacterium tuberculosis O complexo M. tuberculosis é constituído de várias espécies: M. tuberculosis , M. bovis , M. africanum e M. microti

Reservatório O reservatório principal é o homem Em algumas regiões, o gado bovino doente Em raras ocasiões, os primatas, aves e outros mamíferos Fonte de infecção: é o indivíduo com a forma pulmonar da doença, que elimina bacilos para o exterior (bacilífero)

Modo de Transmissão Pessoa a pessoa, principalmente, através do ar Fala, espirro e tosse de um doente de tuberculose pulmonar Gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo

Período de Incubação: em torno de 12 meses. Após a infecção pelo M. tuberculosis , transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias Período de Transmissibilidade: transmissão plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, e não tiver iniciado o tratamento ↓ PATOGENICIDADE ↑ INFECTIVIDADE

Fisiopatologia- Período de Infecção Indivíduo recebe uma carga infecciosa de bacilos da tuberculose, pela primeira vez (primo-infecção) ↓ 1 a 2 bacilos alcançam o pulmão, vencendo as defesas da árvore respiratória ↓ Ficam localizados nos alvéolos da periferia pulmonar (apresentará uma reação inflamatória e exsudativa de tipo inespecífica) ↓ 15 dias depois Bacilos se multiplicam livremente (não existe ainda imunidade adquirida) ↓ Atingem via linfo-hematogênica ↓ Comprometem os linfonodos e órgãos dos diversos sistemas e aparelhos (fígado, baço, medula óssea, rins e sistema nervoso) = disseminação considerada “benigna”, ↓ Bacilos ficarão latentes, ou serão destruídos pela ação da imunidade que se instalará

Manifestações Clínicas No início da 2ª ou 3ª semana: organismo normal reconhece a presença de elemento estranho, sendo capaz de mobilizar o sistema de defesa imunológico específico (luta hospedeiro-invasor) → destruição ou inativação do agente agressor Passa a haver: no pulmão, local da inoculação inicial, um foco pequeno, arredondado, de 1 a 2mm, esbranquiçado, de consistência amolecida e constituído, principalmente, por material caseoso Esse foco é circundado por afluxo celular de linfócitos, células epitelióides (macrófagos ativados e modificados) e macrófagos (foco primário), localizado principalmente no terço médio, compreendendo a parte inferior do lobo superior, lobo médio e, particularmente, o ápice do lobo inferior Normalmente, esse nódulo é único, e com as dimensões mencionadas, mas há relatos da existência de múltiplos focos primários e de focos de maiores dimensões À associação do foco primário aos gânglios satélites da sua região, dá-se o nome de Complexo Primário de Ranke O foco pulmonar regressivo, que pode ser visto nas radiografias, chama-se foco de Gohn Cerca de 90% da população infectada consegue bloquear o avanço do processo, a partir da formação do complexo primário de Ranke, permanecendo apenas como infectados

Manifestações Clínicas Tuberculose primária: ocorre durante uma primo-infecção, pode evoluir tanto a partir do foco pulmonar, quanto do foco ganglionar ou, então, em consequência da disseminação hematogênica Isso acontece em 5% dos primo-infectados. Tuberculose pós-primária: ocorre no organismo que tem sua imunidade desenvolvida, tanto pela infecção natural quanto pelo BCG. Dos primo-infectados, 5% adoecerão tardiamente, em consequência do recrudescimento de algum foco já existente no seu organismo ( reativação endógena ) Também pode ocorrer a reinfecção exógena , ou seja, o paciente adoecer por receber nova carga bacilar do exterior. O quadro clínico não apresenta nenhum sinal ou sintoma característico. Quadro clínico: Comprometimento do estado geral Febre baixa vespertina com sudorese Inapetência e emagrecimento Quando a doença atinge os pulmões, o indivíduo pode apresentar dor torácica e tosse produtiva, acompanhada ou não de escarros hemoptóicos Nas crianças também é comum o comprometimento ganglionar mediastínico e cervical

Diagnóstico Laboratorial Baciloscopia direta do escarro: método prioritário, permite descobrir a fonte mais importante de infecção (doente bacilífero) . A baciloscopia direta deverá ser indicada para todos os sintomáticos respiratórios (indivíduo com tosse e expectoração por três semanas e mais) Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: uma por ocasião da primeira consulta, e a segunda na manhã do dia seguinte, ao despertar Cultura de escarro ou outras secreções: Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto do escarro Diagnóstico de formas extrapulmonares (meníngea, renal, pleural, óssea e ganglionar) Diagnóstico de tuberculose em pacientes HIV positivo Acompanhamento do teste de sensibilidade, nos casos de suspeita de resistência bacteriana às drogas, ou ao final do segundo mês de tratamento quando a baciloscopia se mantem positiva, retratamento após falência ao esquema básico ou reinício após abandono Exame Radiológico Prova Tuberculínica (PPD)

Tratamento As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes: Isoniazida – H Rifampicina – R Pirazinamida – Z Etambutol – E 1ª fase (ou de ataque): as 4 drogas preconizadas serão administradas em comprimidos compostos por dosagens fixas de Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg 2ª fase (ou de manutenção): 2 drogas preconizadas que serão administradas em comprimidos com dosagens fixas de Rifampicina 150mg e Isoniazida 75mg

Esquema básico para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/4RH Indicações: Casos novos: todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (exceto meningoencefalite) infectados ou não pelo HIV Retratamento : recidiva (independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio) ou retorno após abandono com doença ativa

Esquema para tuberculose meningoencefálica para adultos e adolescentes (a partir de 10 anos de idade) - 2RHZE/7RH Para todos os casos (crianças, adolescentes e adultos): Internação mandatória nesses casos Recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona, dexametasona ou outros), por um período de 1 a 4 meses, no início do tratamento. A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica deverá ser iniciada o mais cedo possível

Esquema para Falência ao Esquema Básico Casos de suspeita de falência ao esquema básico, solicitar cultura com identificação e teste de sensibilidade Encaminhados à unidade de referência para avaliação e definição do esquema terapêutico a ser instituído baseado no teste de sensibilidade aos fármacos Até que a unidade básica receba o resultado destes exames e encaminhe o paciente para referência, o esquema básico deve ser mantido

Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) Fármaco utilizado: Isoniazida (H), na dose de 5 a 10mg/kg de peso, até a dose máxima de 300mg/dia Tratamento reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento O número mínimo de doses preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses) Indicações: A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento

Imunização Vacina BCG, sigla decorrente da expressão bacilo de Calmette-Guérin Preparada a partir de uma cepa derivada do M. bovis , atenuada por sucessivas passagens através de meio de cultura A vacina BCG confere poder protetor às formas graves de tuberculose, decorrentes da primoinfecção No Brasil, é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano

Dúvidas?
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