Inteligencia Artificial na formação: Ética, legalidade e Responsabilidade
Size: 10.23 MB
Language: pt
Added: Sep 26, 2025
Slides: 11 pages
Slide Content
Inteligência Artificial na Formação:
Ética, Legalidade e
Responsabilidade
Co-criar com IA na Educação e Formação: Ferramentas e
Estratégias
Chamo-me Vera e sou formadora e consultora em
Direito Digital, Proteção de Dados e Inteligência Artificial.
Tenho ampla experiência enquanto formadora em
diferentes contextos e prática como advogada.
Nos últimos anos, também tenho trabalhado como
formadora de formadores, ajudando colegas a
compreenderem como podem usar ferramentas de IA
nas suas práticas pedagógicas.
Nesses contextos, abordo não só o potencial da IA, mas
também os seus limites, riscos e responsabilidades
legais.
Quem sou eu
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A Inteligência Artificial já não é apenas uma curiosidade
tecnológica.
Está a transformar a forma como ensinamos e aprendemos.
No contexto da formação profissional, pode ser usada para
criar conteúdos mais dinâmicos, personalizar tarefas e
apoiar formadores em atividades repetitivas.
Mas a sua utilização também levanta riscos sérios:
dependência excessiva,
trabalhos sem autenticidade,
questões de plágio e problemas de proteção de dados.
É por isso que é fundamental falarmos do tema com
seriedade e clareza.
Porque falar de IA na
formação?
O papel da IA como apoio ao formador
A IA deve ser vista como um apoio ao trabalho do formador, e não como uma substituição.
O ChatGPT pode ajudar a
gerar exemplos, simular
entrevistas ou criar
pequenos textos para
comparação de estilos.
O papel de decisão e de validação é
sempre humano.
Cabe ao formador escolher,
adaptar e avaliar o que é realmente
útil para a aprendizagem.
O Canva permite desenvolver
apresentações ou materiais
visuais de forma rápida
Éticano uso da IA 01 03 02 04
Transparência
Justiça
Responsabilidade
AutenticidadeO formando deve saber
quando está a interagir com
um recurso criado por IA. A justiça obriga-nos a avaliar
o esforço do formando e
não apenas o resultado
gerado por uma ferramenta. A responsabilidade é sempre
do formador, que não pode
delegar decisões
pedagógicas numa máquina Os trabalhos devem reflitir
verdadeiramente as
competências adquiridas
Quando falamos de ética, falamos de valores práticos. É fundamental sermos transparentes
A utilização de IA em contexto formativo tem de estar em conformidade
com o Regulamento Geral de Proteção de Dados.
Sempre que introduzimos dados pessoais em sistemas externos, temos
de questionar:
quem os controla?
onde ficam armazenados?
serão reutilizados para outros fins?
Estas perguntas não são meros detalhes técnicos, são exigências legais.
Cumprimento da lei e proteção de dados
Avaliação justa
A avaliação é o momento mais sensível da formação. O que está em causa não é apenas medir conhecimentos,
mas validar competências que pertencem ao formando.
Se aceitarmos trabalhos que foram simplesmente
produzidos por uma IA, estamos a certificar a máquina, não
a pessoa.
Por isso, a avaliação deve incluir tarefas
criativas,
reflexivas e
personalizadas,
de forma a garantir que só o esforço humano é validado.
É esta a prática que sigo e também transmito aos
formadores com quem trabalho.
Permite organizar e compilar informação ao longo das
sessões, criando sínteses que apoiam tanto o formando
como o formador.
Serve como único apoio, nunca como momento de
avaliação e incentivo o formador a trabalhá-la em
conjunto com o formando.
Ferramentas de apoio:
NotebookLM
A dependência tecnológica é real: alguns formandos
acabam por confiar mais na resposta da IA do que na sua
própria capacidade (e no conhecimento do formador).
Há o risco do plágio, quando os trabalhos são meras cópias
de outputs automáticos.
Questão da proteção de dados, quando se partilham
informações pessoais em ferramentas que não oferecem
garantias.
A tendência para uma perda de pensamento crítico: aceitar
a resposta da IA sem questionar é um erro que temos de
evitar
Riscos concretos
Definir critérios de avaliação claros.
Incluir tarefas reflexivas e personalizadas.
Sensibilizar para ética e responsabilidade.
Ensinar colegas formadores a aplicar os mesmos
princípios nas suas práticas.
Estratégias do formador e do formador de
formadores
O papel do formador mudou. Hoje somos guardiões da ética e
da legalidade no uso da tecnologia. Já não chega saber
despejar PowerPoints e corrigir trabalhos com um ar sério.
Agora, é preciso:
Mediar a relação entre inovação tecnológica e integridade
pedagógica.
Preparar os formandos para um mundo onde o ChatGPT
pode escrever um relatório, mas não sabe fritar uma
fartura sem te queimar.
Promover pensamento crítico sobre o que é verdadeiro,
ético, legal e útil.
Ensinar a usar ferramentas digitais (IA, Canva, Trello, etc.)
sem perder o norte e os dados pessoais pelo caminho.
Ser um modelo de responsabilidade digital, sem entrar em
paranóias de ciberataques nem romantizar o "AI faz tudo".
O papel do formador hoje