Um verso um texto

EdilsonAmaral4 86 views 27 slides Jul 26, 2020
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About This Presentation

Apresento a minha primeira obra


Slide Content

Um verso um texto

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Um v

verso um texto
PENSAMENTOS ESPALHADOS EM UM MUNDO
REAL
D E E D I L S O N A . R I B E I R O

Um verso um texto

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Um verso
Um texto
PENSAMENTOS ESPALHADOS EM UM MUNDO
REAL

Um verso um texto

1


Copyright© 2020 Edilson Amaral Ribeiro
Primeira Edição
Título: Um Verso Um Texto
Revisão: Edilson Amaral Ribeiro
Editoração Electrónica: Edilson Amaral
Ribeiro
Capa: Edilson Amaral Ribeiro
Endereço electrónico:
[email protected]
1 Poesia moçambicana

A reprodução de qualquer parte desta obra é
vedada sem prévia autorização do autor.

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Copyright® 2020
Edilson Amaral Ribeiro
Todos os direitos reservados

Um verso um texto

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Dedico meus poemas e poesias de ilusão
amorosa, superação e situações ligadas ao
nosso quotidiano a toda sociedade juvenil e
adulta...

Um verso um texto

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À minha sociedade e ao mundo real

Um verso um texto

5

INTRODUÇÃO

Quer saber como foi que me tornei um
sonhador no mundo dos poemas e poesias?

Já era jovem. Quando em várias conversas
com uma amiga, que gostava muito de ler
literaturas e escrever algumas crónicas,
partilhávamos pensamentos diversificados
sobre o meio em que estamos, foi assim que
se deu minha paixão pelas palavras, pelas
letras e pelos poemas.

Depois, houve a entrega, do corpo e da
alma ao mundo da escrita e sedutor dos
poemas. A princípio, eu não compreendia,
mas ao mesmo tempo, me encantou.
A vida seguiu seu rumo e, tal que cada dia
que vivia presenciava situações, as quais me
cativavam a escrever versos que tornavam-
se poemas e poesias, formando assim este
livro.

Espero a vossa compreensão, se não me
entendeu, eu confesso; muitas vezes não me
entendo, mas quem sabe juntos, nos meus
versos de ilusão amorosa, superação e
situações ligadas ao nosso quotidiano,
voando em pensamentos e spalhados,
possamos chegar ao mundo real.

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ÍNDICE


7Vem do nada

9Não sei porquê

11A vida de esperança

13Trevas do amor

15A voz do surdo-mudo

17A natureza dentro do Homem

19A minha actualidade

23Mil homens uma mulher

25Glossário

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VEM DO NADA

Lá do ventre, da sua mãe,
Ouviam-se choros,
Do bebe inocente, mãe inconsciente,
Choro, de quem lutava, pela sobrevivência,
Ainda no ventre, da sua mãe, sobrevivente,
Sem saber, qual é a lei, da sobrevivência,
No mundo das tentações.

Mas uma vez, ele chora,
E a sua mãe, inconsciente,
Preocupada, com os choros,
Vindo do seu embrião,
Sem chão, coloca-se de joelho,
Questionando:
- Porquê? Porquê? Porquê te colocas nessa
posição, e choras?

Sinto sempre, o seu choro em meu ventre,
Acalmo-te, e continuas chorando,
Fazendo-me, recordar, o seu pai,
Que brincava, agressivamente,
Com as minhas curvaturas.

Já se passavam, oito meses,
Quando no nono mês...
Fazias, movimentos de chegada,
Ao mundo das tentações,
Mas tu, inocentemente, não sabias,
De onde vinhas,

Um verso um texto

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E porquê vinhas, ao mundo das tentações,

Feliz, porque apagaria em mim,
Todas, as brincadeiras, do seu pai,
Me cobria de ouro, a cada passa, que dava,
No mundo, das tentações,

E assim digo:
-Vem do nada,
Do lugar, que não importa mas recordar,
E hoje, sou pai e mãe, do meu próprio filho,

Tudo isso, porque muito cedo,
Atinge o gemer, da verdadeira, mulher,
forçadamente.

Em minha mente, o ruído do aborto,
Se ouvia, como a timbila, timbilando,
O meu cérebro.

Pois agora, digo vem do nada, mas do nada,
Não partirá, pois a história, da mudança,
Inicia com o seu explodir.

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NÃO SEI PORQUÊ

Não sei porquê, não sei porquê,
Só sei, que a minha vida de produção,
Era, a minha sobrevivência, por isso,
Acabei percebendo, que:

Não gostava de escrever,
Porque, as minhas letras,
E visão, eram retrocedidas.

Não gostava de desenhar,
Porque, não sabia, pegar na grafite.

Não gostava de falar,
Porque, a minha voz,
Era, a mais audível,
No silêncio.

Não estudava, porque, na verdade,
O meu caderno, e o grafite,
Era menos importante, que ir, a machamba,
Com o meu animal, de quatro patas,
Junto, com a minha mãe, camponesa.

Fui abstendo-me, de vários factos da vida,
Porque, a minha vida, de enxada,
Chamou-me ainda no ventre,
Da minha bela mãe, camponesa,

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Essa, que em tempos livres, afia,
As suas enxadas, com o rosto,
Coberto de lágrimas, esperando,
Que um dia, tudo possa mudar.

Os dias, vão passando, enquanto isso,
A minha idade, vai se distanciando,
E os meus olhos, não escondem,
As lágrimas, de um dia,
Saber pegar no grafite,
Para substituir, o meu macacão,
Azulado do camponês,
Pelo terno azulado do empresário,
Mas, a minha sobrevivência,
Não, deixa.

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A VIDA DE ESPERANÇA

Já se fazia sentir, o calor do chicote,
Quando nasci, tudo isso, porque vinha,
A mão-de-obra, para ser governada.

Muitos, por aqui, passaram,
Mais de mim, só queriam,
Tirar o proveito, e tiraram,
Lá passava, o n'winyi wa tiku,
Com o seu pau, na mão,
Alongado de fios de pneu,
Quando a minha geração,
Se colocava a cantar,
Ao som, do xigubu,

Fazendo movimentos, demostrando,
A sua felicidade, obrigada.

Na inocência, o n'winyi wa tiku,
Se colocava, a dançar,
Aos sons do xigubu, sem saber,
A mensagem, transmitida
Pelos sons, e canções, da minha geração,
Porque eram, verdadeiros, donos do mundo,
e mudos linguísticos.

O tempo, se passou, quando,
O mudo linguístico, despertou-se,
Ao som do xigubu, pegando,
Na espingarda, apontado, no seu alvo,

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Como se, trata-se, do abate,
De animais ferozes,
Mas era, a minha geração,
Lutando pela liberdade, do seu povo,
Frente, a aquele, que se achava,
Dono do mundo, só porque, levava,
Consigo, grandes armamentos, de guerra.

Era, a minha geração,
Que incansavelmente, lançava,
Flechas, para aquele, que se dizia,
Ser o dono, de toda raça negra da terra.

Era minha geração, que no final da batalha,
Fazia fogueira, festilizando,
O momento de glória, frente,
Aos falsos donos da terra,
Essa é a minha geração, libertadora.

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TREVAS DO AMOR

Sou apenas um amador,
Um amador, inconsciente,
Nas trevas do amor,
Um amador, que pelo mundo,
Das pétalas pretas do sofrimento,
Tem andado, só por amar,

Aquele, que tem observado, as velas pretas,
Iluminando, o seu coração, amador,
Simbolizando, o seu sofrimento,

Aquele, que inocentemente, vive, o abismo,
Do seu sonho, amador.

Mas na verdade, sou apenas, um amador.
Amador, que por muito tempo,
Tem amorosando, com seu sentimento
incontestavilizado,

Amador, que viu, as pétalas,
E as velas pretas,
Como responsáveis,
Dos seus dias escurecidos,
No seu grande, sentimento amador.

Oh! Amador
Lá acabava, a sua vela, escurecida de amor,
Quando, acolá, se observa,
Uma verdadeira luz, ditando, a chegada,

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De uma nova vida, de amor,
Amor radiante, aos olhos de quem vê,
Amor ardente, ao homem, amador,

Nesse momento,
Todas pétalas pretas de sofrimento,
Foram transformando-se,
Em pétalas vermelhas,
As velas pretas, em velas vermelhas,
Simbolizando, a boa nova do amor.

Mas uma fase chegou, quando,
O relâmpago, do amor devastador,
Destruiu, todo meu sonho, amador,
E desesperado, fiquei,

Oh, meu Deus!
Que diabo é esse, que tanto me segue?

Perguntando, ao altíssimo, sabendo,
A resposta da minha pergunta,
Desesperada.

Era, a fase de transição.
Transição, com sofrimento, dor,
Destruição e amor,
Era, a fase de transição.

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A VOZ DO SURDO-MUDO

Enquanto muitos falavam, eu gritava:
Socorro! Socorro!
Enquanto muitos calavam, eu suplicava,
Com minha voz, em tom bem alto:
-Ajuda-me! Ajuda-me!

Ouvindo o calar das vozes, e lá do fundo,
Aparecia a pergunta:
Quem serei, no mundo dos falantes?
-Apenas um surdo; ou
-Um mudo falante,

Mas se sou um surdo-mudo,
Oiço, a voz, do meu coração,
Cheio de tristeza.
Sou aquele mudo, com a voz alta,
Comparada a buzina do comboio.

Gostaria, que as pessoas ouvissem os sons
Dos falantes, como eu oiço, gostaria, de ver,
As pessoas, gritando bem alto, como a
minha bela voz.

Mas na verdade, sou um surdo-mudo,
Surdo, para ouvir, os belos sons,
Da natureza.
Mudo, para alegrar, os seres,
Com a minha bela voz,
Esquadrizada.

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-Ajude-me! Ajude-me!

Clamo por ajuda, gritando, a cada dia,
Chorando, a cada piscar, dos meus olhos,
Mas ninguém, poderá ouvir-me,
E nem falaram comigo.
Pois, sou o dono, dos meus, pensamentos.

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A NATUREZA DENTRO DO HOMEM

Pará! Pará! Pará!
O que queres de mim? Mandei-te parar.
Porquê me castiga tanto? Pará!
Você é homem. Então grita.
Você é homem. Então sofra.

Se paro, tu paras de gritar e sofrer.
Então sofra.
Somos todos homens,
Então todos sofreremos,

Sofreremos, por sua causa homem,
Lutaremos, por sua causa homem,
E morreremos por sua causa:
Homem da selvagem;
Homem egoísta,
Homem arrogante,
Homem injusto,
Homem impaciente,
Homem destruidor.

Mas na verdade, só me vem a pena,
Do seu egoísmo, e ignorância,
Pois a tristeza,
Sempre te seguirá.

O seu carácter, vai destruindo o mundo,
Tornando, a sociedade, o lugar,
Onde as pessoas, alimentam o seu ego,

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Sem se preocupar,
Com a minha sustentabilidade.

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A MINHA ATUALIDADE

São momentos! São momentos!

São momentos que vão passando,
A cada segundo, a cada dia,
A cada instante.

São momentos.

São momentos que incansavelmente,
Eu paro e me pergunto: será que esse,
É o momento?

São momentos.

É o momento, em que paro e analiso!
-Porquê que estou neste mundo?

São momentos.

São momentos que incansavelmente,
Vou a batalha com a minha txova xitaduma,
Às ruas do zimpeto, para ganhar o pão para
Conseguir ter o dia ultrapassado.

São momentos.

São momentos que a cada instante,
Os desafios vão fluindo como as cheias de
2000.

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São momentos.

São momentos em que olhamos,
E percebemos que estamos num mundo só,
E sem ninguém,
Porque apenas são momentos,
Que vão passando.

São momentos.

São momentos que juntos nos unimos,
Gritamos de felicidade ao som do xigubu,
Dançando uma boa marrabenta,
Um bom mapico e um bom pandza,
A moda moçambicana.

São momentos.

São momentos em que as nossas famílias
Em zonas recônditas, pegam no seu
Instrumento de caça e de cultivo,
Para a mata e machamba,
Em busca de alimento,
Para sua sobrevivência.

São momentos.

São momentos que em os nossos avos,
Juntos dos seus bisnetos, netos e filhos
Ficam de baixo de uma árvore,

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Para contar uma boa nkaringana.

São momentos.

São momentos em que os jovens,
Comparam a sua idade, com a era dos seus
Pais, dizendo que os tempos são outros.
Esquecendo das suas raízes e culturas,
Perdendo os princípios éticos e morais.

São momentos.

São momentos que vão trazendo,
Transformações destruidoras para jovem,
Pensando que o mundo é da tecnologia,
Esquecendo que os mitos foram favoráveis,
Para um boa educação e princípios morais.

São momentos.

São momentos em que muitos jovens
São encontrados embriagados,
Nas ruelas das grandes cidades,
Armados de soruma, porque alegam,
Que os tempos são outros,
Desenvolvendo uma sociedade violentas.
E hoje eu digo são momentos que dão pena,
E as lágrimas vão correndo, num passado
Inocente.

São mementos.

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Mil HOMENS UMA MULHER

Foste criadora de pensamentos,
E sonhos inexistentes,
A cada segundo, de um falar seu,
Trazes ilusões, em pensamento
Masculinizados, sem pensar, na dor,
Que podes causar, por onde você passa.

Foste dona, do mundo ocupado,
Fizeste, as donas fugirem,
Alegando, que só você é a dona,
Na verdadeira, tu és, a dona,
Do relâmpago matadouro.

Te esconde, por detrás,
Da sua beleza atraente,
Por ser uma esmeralda, tendes saber que,
Todas esmeraldas podem ser
Transformadas, em pó,
E ai, na verdade vera, que o valor
Da mesma, não será,
O mesmo.

Tu! Só tu!
O que queres, de ti? Responda-me sua...

Causas terror em inocentes, deixando-os,
Pensar, que a vida, é feita de rosas,
Avermelhadas.

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O seu sentimento, como se fosse,
Aquele amor, que arde, agressivamente,
Em suas veias, demostrando, a reacção,
Do bombeamento sanguíneo,
Que você causou, em seu coração.

Esses homens, inocentemente,
Caem inconscientemente,
Em suas encantadas, fazendo-os,
Flutuar de razões, inexistentes.

Criadora, de momentos lagrimados,
E faseados, na vida, de quem, na verdade,
Quer vela, como aquela, dona de casa,
Dos seus filhos, do seu lar,
E sua verdadeira musa.

Por muito tempo, isso perdurou,
Tardiamente, isso libertou, a vontade,
De você, quer tudo que, desvalorizou,
Enquanto poderia ter com facilidade,
Pois o verdadeiro amor, te seguia,
A cada passo que dava, nas ruelas
Da cidade.

Foste seguida, pelo arrependimento,
Que você mesmo, causou, em seu coração,
Hoje estas, na solidão constante,

Pois, as suas curvaturas,
E a sua beleza atraente, já não é vista

Um verso um texto

24

Com nenhum homem, das grandes ruas
Da cidade.

A vida, nos dá momentos de aprendizagem,
E hoje acredito que a sua solidão,
Ira transmitir conhecimento,
Para aquelas que são suas verdadeiras
Parceiras, pois nem toda beleza é duradoira,
E nem sempre temos o nosso verdadeiro
amor atrás de nós.

Um verso um texto

25

GLOSSÁRIO

Timbila: dança do Sul de Moçambique,
Timbilando: palavra constituída a partir do
termo “timbila”, dança do Sul de
Moçambique.
N'winyi wa tiku: dono da terra.
Xigubu: instrumento musical, predominante
do Sul de Moçambique.
Festilizando: palavra constituída a partir do
termo “festejar”,
Amorosando: palavra constituída a partir do
termo “ fazer amor”,
Incontestavilizado: palavra constituída a
partir do termo “incontestável”.
Esquadrizada: palavra constituída a partir
do termo “esquadra”.
Txova xitaduma: carinha usada como
carroça.
Marrabenta: dança do Sul de Moçambique.
Pandza: dança do Sul de Moçambique.
Nkaringana: contos, histórias.
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