Uma Visão Abrangente sobre a Ascaridíase.pdf

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About This Presentation

A ascaridíase é uma infecção parasitária causada pelo verme Ascaris lumbricoides, também conhecido como lombriga. É uma das infecções parasitárias mais comuns em todo o mundo, especialmente em áreas com saneamento básico precário e condições higiênicas inadequadas.

*Sintomas:*

- Do...


Slide Content

Ascaridíase:
Uma Visão
Abrangente
Explorando a epidemiologia, ciclo de vida e manejo
da ascaridíase.

Sumário
• Contexto Global e Agente Etiológico
• Ciclo de Vida e Transmissão
• Patogenia e Manifestações Clínicas
• Diagnóstico e Complicações
• Estratégias de Controle e Prevenção

Ascaridíase:
Contexto Global
A ascaridíase é a helmintíase intestinal
mais prevalente, impactando
aproximadamente 800 milhões de
indivíduos anualmente. Reconhecida como
um problema de saúde pública global, sua
carga é mais significativa em regiões
tropicais e subtropicais, como África
Subsaariana e Sudeste Asiático. A doença
está intrinsecamente ligada a condições
de saneamento precárias e afeta
desproporcionalmente populações
vulneráveis.
Mapa global de biomas e distribuição de Ascaridíase.

O Agente Etiológico
• Agente etiológico: *Ascaris lumbricoides*.
• Classificado como nematoide (verme redondo).
• Corpo cilíndrico, não segmentado, robusto.
• Fêmeas atingem até 40 cm de comprimento.

Epidemiologia e Transmissão
A epidemiologia da ascaridíase está intrinsecamente ligada a condições
de saneamento básico precárias, resultando na contaminação ambiental
por ovos de *Ascaris lumbricoides*. A principal via de transmissão é a
ingestão de ovos embrionados presentes em alimentos crus mal lavados,
água não tratada ou solo contaminado, como observado em
comunidades rurais da região Norte e Nordeste do Brasil. Essa dinâmica
a estabelece como uma parasitose endêmica, afetando
desproporcionalmente populações vulneráveis globalmente.

Crianças brincando em ambiente rural, um fator de risco
para Ascaridíase.
Fatores de Risco
• Contato direto com solo contendo
ovos embrionados de Ascaris.
• Ingestão de água ou alimentos crus
contaminados (ex: vegetais).
• Hábitos de higiene pessoal
inadequados, especialmente infantil.
• Ausência ou deficiência de
saneamento básico e esgoto.

Ciclo de Vida: Ingestão e
Eclosão
A infecção por *Ascaris lumbricoides* inicia-se pela ingestão de ovos
embrionados, presentes em alimentos ou água contaminados por fezes
humanas. No lúmen do intestino delgado, os ovos eclodem, liberando
larvas L2 que penetram a mucosa intestinal. Este é o ponto de partida
para a migração sistêmica do parasita, um evento crucial na patogenia
da ascaridíase.

Penetração Intestinal e
Acesso Circulatório
Trajeto Hepato-
Pulmonar e
Desenvolvimento
Após a ingestão dos ovos embrionados de
Ascaris lumbricoides, as larvas de
segundo estágio (L2) eclodem no intestino
delgado. Elas penetram ativamente a
parede intestinal, utilizando enzimas e
movimentos mecânicos. Dali, acessam a
circulação porta hepática ou os vasos
linfáticos mesentéricos, iniciando a fase
sistêmica da infecção.
As larvas, transportadas pelo sangue,
chegam ao fígado, onde permanecem por
3 a 5 dias e crescem, tornando-se L3.
Subsequentemente, migram para o
coração direito e, via artéria pulmonar,
atingem os pulmões. Nos capilares
alveolares, rompem a parede e penetram
nos alvéolos, onde sofrem mais uma
ecdise antes de ascender pela árvore
brônquica.

Fase Pulmonar e
Ascensão
Após a ingestão, as larvas de *Ascaris
lumbricoides* migram para os alvéolos
pulmonares, onde sofrem duas mudas (L3
para L4 e L4 para L5), crescendo
significativamente. Posteriormente,
ascendem pela árvore brônquica, traqueia
e faringe, um processo que pode induzir
tosse e sibilância. O reflexo de deglutição
as direciona de volta ao trato
gastrointestinal, completando essa fase
crucial do ciclo. Sistema respiratório humano e migração de larvas de
Ascaris.

Maturação Intestinal
• Larvas L4 migram para o intestino delgado.
• Mudas finais: desenvolvimento para vermes adultos.
• Diferenciação sexual em machos e fêmeas.
• Acoplamento e início da ovoposição.

Produção e Eliminação de
Ovos
No intestino delgado, fêmeas adultas de *Ascaris lumbricoides* realizam
a oviposição, liberando uma quantidade impressionante de ovos. Cada
fêmea pode produzir cerca de 200.000 ovos não embrionados
diariamente, que são eliminados nas fezes do hospedeiro. Este processo
é fundamental para a dispersão ambiental e a continuidade do ciclo de
vida do parasita.

Patogenia Larval Patogenia dos Vermes
Adultos
A migração das larvas de Ascaris
lumbricoides pelos pulmões desencadeia
reações inflamatórias e alérgicas
significativas. Isso pode resultar em
pneumonite eosinofílica, clinicamente
conhecida como Síndrome de Löffler,
caracterizada por tosse, dispneia e
infiltrados pulmonares transitórios. A
intensidade da patogenia larval é
diretamente proporcional à carga
parasitária e à resposta imunológica do
hospedeiro.
Os vermes adultos no intestino delgado
exercem ação espoliativa, competindo por
nutrientes e contribuindo para a
desnutrição, especialmente em crianças.
Sua presença pode causar obstrução
mecânica do lúmen intestinal, uma
complicação grave que pode exigir
intervenção cirúrgica. Além disso,
metabólitos tóxicos liberados pelos
parasitas podem induzir reações
sistêmicas, e a migração errática pode
obstruir ductos biliares ou pancreáticos.

Manifestações Clínicas: Larvas
• Febre, tosse seca e dispneia aguda.
• Bronquite e pneumonia eosinofílica.
• Síndrome de Loeffler: infiltrados pulmonares transitórios.
• Eosinofilia sanguínea periférica acentuada.

Manifestações Clínicas:
Adultos
A presença de vermes adultos no intestino pode induzir dor abdominal
difusa, diarreia e vômitos, comprometendo a absorção de nutrientes.
Casos de alta carga parasitária, como em crianças de regiões
endêmicas, frequentemente resultam em desnutrição e obstrução
intestinal. Esta complicação, por exemplo, pode exigir intervenção
cirúrgica de emergência.

Diagnóstico Laboratorial
• **EPF**: Padrão ouro, busca por ovos.
• **Ovos de *Ascaris***: Férteis (com embrião) ou inférteis (irregulares).
• **Técnicas de concentração**: Hoffman, Lutz, Ritchie aumentam
sensibilidade.
• **Vermes adultos**: Identificação em vômito, fezes ou eliminação.

Complicação
Mecanismo/Apresentação
Clínica
Manejo Clínico
Obstrução Intestinal Aguda Emaranhado de vermes adultos no
intestino delgado, causando íleo
paralítico ou mecânico. Comum em
crianças.
Desparasitação com anti-helmínticos
(ex: albendazol), hidratação,
descompressão nasogástrica.
Cirurgia em falha terapêutica ou
isquemia.
Migração Errática
(Biliar/Pancreática)
Vermes no ducto biliar comum
(colangite, icterícia) ou pancreático
(pancreatite aguda).
Colangiopancreatografia Retrógrada
Endoscópica (CPRE) para remoção,
analgésicos, antibióticos (se
infecção), anti-helmínticos após
estabilização.
Apendicite Obstrução do lúmen apendicular por
um ou mais vermes, levando a
inflamação e dor aguda.
Apendicectomia em casos de
apendicite aguda confirmada.
Desparasitação pós-operatória para
erradicar outros vermes.
Perfuração Intestinal Perfuração da parede intestinal por
vermes, resultando em peritonite.
Rara, mas de alta mortalidade.
Laparotomia exploradora, reparo da
perfuração, lavagem peritoneal,
antibioticoterapia de largo espectro e
anti-helmínticos.

Ascaridíase: Controle Sustentável é
Possível?
Diante dos desafios persistentes, como a integração de quimioterapia em
massa, melhoria do saneamento básico e educação em saúde pode
assegurar a prevenção duradoura da ascaridíase?

Recursos
https://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/
pdebusca/producoes_pde/
2013/2013_uel_cien_pdp_maria_de_fatima_garla_sella.pdfhttps://
periodicos.pucminas.br/sinapsemultipla/article/download/
18905/14002https://pt.slideshare.net/slideshow/ascaridase-
23948487/23948487https://fpp.edu.br/wp-content/uploads/2024/07/
RELATO-DE-EXPERIENCIA-DE-EDUCACAO-EM-SAUDE-SOBRE-
ASCARIDIASE-E-HIGIENE-PESSOAL.pdf

Conclusão
• Prevalência e Impacto: Helmintíase mais
comum, afetando populações vulneráveis.
• Ciclo Complexo: Envolve migração larval e
maturação intestinal, essencial para a
patogenia.
• Patogenia Variada: Desde Síndrome de
Löffler até obstruções intestinais graves.
• Diagnóstico e Manejo: Baseado em exames
parasitológicos e intervenções
clínicas/cirúrgicas.
• Controle Integrado: Saneamento, educação
em saúde e quimioterapia em massa são
cruciais.
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