V PorUs- LARISSA 2º VERSÃO - 13-09-25.pptx

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Trabalho sobre verbo e sua multifuncionalidade no contexto digital


Slide Content

Larissa Gomes de Jesus - UESC ( [email protected] ) Gessilene Silveira Kanthack - UESC ( [email protected] ) ST03 - Português em Uso: Funcionalismo e Ensino O uso do verbo PEGAR no português brasileiro contemporâneo: propriedades formais e funcionais.

OBJETIVOS DO ESTUDO Geral : Investigar propriedades formais e funcionais do verbo pegar na rede social X. Específicos : Descrever as configurações morfossintáticas da construção. Identificar nuances semânticas e pragmáticas que caracterizam os usos. Reconhecer os contextos discursivos associados. Analisar a natureza das construções a partir das propriedades de esquematicidade , composicionalidade . Atestar a produtividade das construções a fim de verificar o grau de rotinização/ convencionalização na língua.

PERSPECTIVA TEÓRICA Base teórica: Gramática de Construções (GC). Goldberg (2006), Croft (2001), Traugott & Trousdale (2021), Bybee (2016). Concepção de língua: Sistema simbólico emergente. Pareamento forma ↔ função. Rede dinâmica de construções.

CORPUS Fonte : rede social X (antigo Twitter). Coleta : ocorrências do verbo pegar em forma infinitiva. Período: 15 primeiros dias de agosto/2025. Justificativa: Linguagem concisa e dinâmica. Escrita com marcas de oralidade. Contextos espontâneos de comunicação.

METODOLOGIA Abordagem qualiquantitativa (Cunha Lacerda, 2016). Etapas: Qualitativa: descrição formal e funcional das construções. Quantitativa: análise de frequência type e token . Critérios analíticos: Forma: constituições morfossintáticas, itens lexicais. Função: aspectos semânticos, pragmáticos e discursivos. Propriedades: esquematicidade , composicionalidade e produtividade.

RESULTADOS PRELIMINARES Aspectos formais O verbo pegar seleciona itens lexicais diversificados no esquema V + SN. Aspectos funcionais Esses itens assumem funções e sentidos diversos. Foi possível agrupar os usos em subesquemas , que organizam os significados recorrentes.

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + Apanhar] → Apreensão manual: ação física de agarrar/segurar/apanhar algo com a mão (ou capturar), resultando em contato e posse momentânea do objeto. “Ninguém vai pegar meu telefone / pegaram meu telefone’’. (X, 2025) ‘’alguns de voces precisam urgente pegar o rg olhar a data de nascimento e agir de acordo’’. (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + Nsentimento ] → desenvolver estado afetivo. “ pegar nojo de alguém é pior do q pegar ódio ” (X, 2025) “a sensação terrível de pegar birra de uma pessoa que você precisa conviver” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [ PEGAR + Ndoença ] → contrair enfermidade. “Tem que ser muito tanso pra pegar vírus em 2025”. (X, 2025) “oi tenho medo de pegar conjuntivite ”. (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + transporte] → embarcar/tomar . ‘’Uma vez, quando fui pegar um onibus , vi dois jovens falando que o Naruto é furry pq ele vira uma raposa.” (X, 2025) “sair cedo todo dia pra pegar transporte publico lotado pra chegar no trabalho e fazer coisas que poderiam ser feitas em casa.” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + ranking/posição] → alcançar colocação “Preciso pegar 1° no GymRats ainda esse mês, duas mocreia tão tentando me derrubar”. (X, 2025) “Golden é o caralho, cadê os sensatos pra fazer mutirão pra takedown pegar top 1 no Spotify Global???”. (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + fenômeno natural] → ser alcançado pela chuva / tomar sol ‘’A pior coisa que eu fiz foi pegar essa chuva toda ontem escutando meu álbum, nunca mais.’’ (X, 2025) “ir à praia, tirar fotinhas , pegar um sol quente na cara [...]” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + pessoa] (romântico/sexual) “depois q eu descobri q a lookmhee q queria pegar a sonya desde o início [...]” (X, 2025) “mor ja te apresentei p mh mae agr so falta vc querer me pegar ” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + N aquisitivo] → obter/adquirir “queria pegar o contato da psicóloga da tarciane [...]” (X, 2025) “ to querendo pegar os 3 meses de apple music grátis” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Subesquemas produtivos [PEGAR + confronto] → enfrentar/ oporse “gente, sério vamos pegar essa árbitra na porrada #CopaAmericaFEM” (X, 2025) “RUMO AO HEPTA CRUZEIRO EU QUERO PEGAR O MELHOR TIME NAS QUARTAS” (X, 2025)

RESULTADOS PRELIMINARES Domínios observados Cotidiano/rotina (mobilidade, clima): pegar ônibus; pegar chuva/sol Saúde : pegar gripe/vírus/tétano/conjuntivite; pegar atestado Consumo/burocracia/finanças : pegar boleto, cupom, celular, plano/universitário Entretenimento/mídia/fandom : pegar top 1, direitos, conteúdo; pegar carona (metaf.) Esportes/games : pegar (o) time (enfrentar); pegar 1º/topo; pegar 25 kg Relações/convivência : pegar amizade, pegar no pé, pegar alguém Jurídico/política : pegar X anos de prisão; a justiça vai te pegar

A PESQUISA APLICADA AO ENSINO Propostas práticas com pegar Didática da construção (GC): explorar “V + SN” com pegar a partir de dados reais, explicitando a relação forma–sentido ( subesquemas por classes semânticas do SN). Objetivo formativo: aproximar descrição linguística e prática pedagógica, fortalecendo um ensino que integra forma, função e uso.

A PESQUISA APLICADA AO ENSINO Propostas práticas com pegar Atividade 1 — Mapa de contextos: classificar ocorrências por domínio discursivo (saúde, mobilidade, entretenimento etc.) e discutir como o contexto ativa sentidos distintos.

A PESQUISA APLICADA AO ENSINO Propostas práticas com pegar Atividade 2 — (Re)textualização digital: transformar tweets em explicações curtas (e vice-versa), observando adaptações formais e efeitos de sentido do ambiente digital.

CONCLUSÕES Em síntese, a análise evidencia “pegar” como altamente produtivo no padrão V+SN: a classe semântica do SN e o domínio discursivo orientam a leitura, fazendo o verbo oscilar de realizações literais a usos idiomáticos e discursivos, com sinais de convencionalização em curso; esse mapeamento confirma a gramática como rede emergente e fornece insumo direto para práticas pedagógicas que aproximem forma e sentido de dados reais de uso.

Referências BYBEE, J. Língua, uso e cognição . Tradução de Maria Angélica Furtado da Cunha. Revisão técnica: Sebastião Carlos Leite Gonçalves. São Paulo: Ed. Cortez , 2016 . CROFT, W. Radical Construction grammar : syntactic theory in typological perspective. Oxford: Oxford University Press, 2001. CUNHA LACERDA, P. F. A. O papel do método misto na análise de processos de mudança em uma abordagem construcional : reflexões e propostas. Revista LinguíStica , Rio de Janeiro, v. esp., p. 83- 101, dez. 2016. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/ index.php / rl / article / view /5440/4032. Acesso em: Ago de 2025. CUNHA, C. F. da; CINTRA, L. F. L. Nova gramática do português contemporâneo. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. GOLDBERG, A. Constructions : A Construction Grammar Approach to Argument Structure . Chicago: The University of Chicago Press, 1995. GOLDBERG, A. E . Constructions at Work : The Nature of Generalization in Language . Oxford: Oxford University Press, 2006. REDE X. Disponível em: https://x.com/userede TRAUGOTT, E. C.; TROUSDALE, G. Construcionalização e mudanças construcionais . Tradução de Taíse Peres de Oliveira e Angélica Furtado da Cunha. Petrópolis: Vozes, 2021.