pedroaugustosousarodrigues
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Aug 27, 2018
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Anatomia cirúrgica e angiográfica da vascularização do telencéfalo.
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Language: pt
Added: Aug 27, 2018
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Slide Content
ANATOMIA DAS ARTÉRIAS SUPRATENTORIAIS PEDRO AUGUSTO S. RODRIGUES Neurocirurgia - Unicamp
PONTOS CHAVES Segmentação anatômica da ACI e seu trajeto no pescoço. Principais ramos da ACI e locais de origem dos mesmos. Identificação na angiografia dos segmentos da ACI e dos deus ramos. Identificação dos joelhos da artéria carótida cavernosa na angiografia e suas relações com os nervos cranianos. Relação da ACI com o processo clinoideo anterior e com o nervo óptico
Limites do triângulo opticocarotídeo. Descrever o trajeto intracraniano da artéria oftálmica, da artéria comunicante posterior e da artéria coroidéia anterior. Relação da AComP e o III nervo; descrever o padrão fetal dessa artéria. O que são artérias perfurantes , e os limites da substância perfurada anterior.
Descrever o percurso da artéria cerebral média, anterior e posterior e os respectivos territórios de irrigação (face convexa, basal ou medial). Identificar tais artérias na angiografia. Identificar a artéria comunicante anterior, artéria recorrente de Heubner e lenticuloestriadas.
O encéfalo é irrigado por dois sistemas arteriais que se comunicam entre si: SISTEMA CAROTÍDEO SISTEMA VERTEBRO-BASILAR
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA A ACI se origina da ACC no nível C3-C4 ou C4-C5. Inicialmente possui dois segmentos, o bulbo carotídeo e o segmento cervical (C1). Situa-se medialmente à ACE a medida que ascende no pescoço, embora origina-se lateralmente a esta; é anterior e mediamente a VJI. Não apresenta ramos cervicais.
Artéria carótida cavernosa Está recoberta pelo gânglio trigeminal. Joelho posterior (mais medial) e joelho anterior (mais lateral). O VI nervo é inferior e lateral a ela, no interior do seio. Os III, IV, V1 e V2 estão na parede lateral do seio cavernoso Emite três ramos importantes: tronco posterior (artéria meningo-hipofisária), tronco ínfero-lateral e artérias capsulares (pequenas e inconstantes).
Artéria Oftálmica Primeiro ramo de C4. Nasce na superfície superior do terço médio de C4. Originam-se abaixo no nervo óptico acima do teto dural. Uma parte delas tem origem no interior do seio cavernoso (8%). Geralmente não emitem ramos perfurantes. O segmento oftálmico dá origem a artérias hipofisárias superiores. O comprimento médio intracraniano é muito curto, cerca de 3mm. A artéria oftálmica pode se originar da artéria meníngea média.
Artéria comunicante posterior A AComP geralmente origina-se na porção postero-medial ou posterior de C4. Tem percurso posterior acima e medialmente ao III nervo, lateralmente ao túber cinério. Quando a AComP mantém como fonte principal da ACP, essa configuração é denominada fetal. Emite em média 8 ramos perfurantes, sendo a artéria pré-mamilar o mais proeminente desses, irrigando túber cinéreo, assoalho do III ventrículo.
O Triângulo Opticocarotídeo
Artéria coroidéia anterior Nasce do segmento C4, raramente origina-se da ACM ou da AComP. Em seu trajeto, atravessa de lateral para medial o trato óptico, assumindo posição lateral ao trato óptico ao longo de todo seu trajeto. No corpo geniculado lateral, a ACorA atravessa novamente o trato óptico de medial para lateral, atingindo o ponto coroidéo inferior. Possui segmentos cisternas (24mm) e plexal.
Artéria Coroidéa Anterior Em média possuem nove ramos perfurantes, penetram no trato óptico, no unco, pedúnculo cerebral, corno temporal, corpo geniculado lateral, hipocampo e outros. Há intercâmbio significativo entre o território irrigado por ACorA, ACP, AcomP, ACM. A oclusão da ACorA acarreta os 3H: hemianopsia, hemianestesia e hemiplegia, resultados da isquemia do braço posterior da capsula interna e do trato óptico, radiações ópiticas e corpo geniculado lateral.
Artéria cerebral média Representa a maior e a mais complexa artéria cerebral. Surge como bifurcação da ACI, sua origem encontra-se na extremidade medial do sulco lateral, lateralmente ao quiasma óptico, abaixo da substância perfurada anterior. Entra na cisterna opercular, circundando opérculos até emitir ramos para o córtex. Ao passar pela substância perfurada anterior emite então ramos lenticuloestriados.
Segmentação da ACM M1 (esfenoidal): inicia na origem da ACM e termina em uma curva de 90 graus (joelho), na junção dos compartimentos esfenoidal e operculoinsular. É subdivido em seguimento pré-bifurcação e pós-bifurcação (proximal ao joelho). M2 (insular): começa no joelho, onde a ACM passa sobre o límen da ínsula e termina no sulco circular da ínsula, a maior ramificação acontece distalmente ao joelho, terminam no topo do sulco circular, consistindo em 6 a 8 artérias tronco principais.
M3 (opercular): começa no sulco circular da ínsula e termina na superfície do sulco lateral, estão intimamente relacionados a superfície dos opérculos frontoparietal e temporal. Se curvão 180 graus formando alças. M4 (cortical): composto por ramos que se dirigem para a convexidade lateral. M1 se bifurca em 6 a 8 artérias tronco principais por hemisférios, cada tronco individual (segmento M2 ou M3) origina tipicamente de um a cinco ramos corticais (M4), divididos em grupos anterior, intermediário e posterior.
Ramos perfurantes da ACM Denominados artérias lenticuloestriadas ( média de 10). Nascem principalmente do segmento pré-bifurcação da artéria cerebral média. São dividas no grupamento medial (menos constante), lateral e intermédio
Ramos perfurantes da ACM Medial: menos frequente, surgem da pré-bifurcação Intermédia: presente em 90% dos hemisférios. Nascem predominantemente de na porção pré-bifurcação, ou no tronco principal de M1 ou ainda de algum ramo proximal. Lateral: presente em quase todos hemisférios. Pode originar tanto de M1 (pré e pós-bifurcação) quanto de M2.
Distribuição cortical A ACM irriga toda convexidade cerebral, exceto pólo occipital, frontal nem a margem superior do hemisférios. A região cortical é dividida em 12 áreas de irrigação. O tronco principal da ACM pode dividir em três maneiras: bifurcação (troncos superior e inferior), trifurcação (dando origem a três troncos, superior, médio e inferior) ou divisão em múltiplos troncos (quatro ou mais). Em geral uma artéria são responsáveis pela irrigação de cada uma das áreas corticais,
As setas indicam M2 contornando o sulco circular da ínsula. A seta maior o ponto silviano posterior, emergência da artéria angular.
Artéria cerebral anterior Nasce na extremidade medial do sulco lateral, lateralmente ao quiasma ópticos abaixo da substância perfurada anterior. Contorna o joelho do corpo caloso indo em direção a cisterna pericalosa, terminando no plexo coróide do III ventrículo. É o menor dos dois ramos da ACI.
Segmentação da ACA A1 (pré-comunicante): . acima do quiasma óptico até unir-se a AComA. A hipoplasia desse segmento correlacionasse com a formação de aneurismas. A2 (infracaloso): começa na AcomA, dirige à lamina terminal e termina na junção do rostro do corpo caloso. A3 (pré-caloso): se estende em torno do joelho e termina onde a artéria se curva abruptamente para sentindo porterior. A4 (supracoloso): porção anterior do segmento horizontal A5 (caloso posterior): porção posterior do segmento horizontal
Artéria comunicante anterior Faz união das duas A1. O comprimento médio é de 2-3 mm com diâmetro aproximada de 1 mm. Quanto maior for a diferença de tamanho entre as artérias A1 direito e esquerdo, maior será o tamanho da AComA. Pode assumir uma variedade de formas.
Artéria pericalosa Porção da ACA distal a AComA. Diferentemente da artéria calosomarginal, essa está constantemente presente. Geralmente é a artéria formada pela bifurcação (próximo ao joelho do corpo caloso) que dá origem as artérias pericalosas e calosomarginal. Toda trajetória da artéria periculosa, com exceção da sua porção posterior está abaixo da margem livre da foice cerebral. Irriga o corpo caloso por ramos perfurantes denominados ramos calosos
Artéria calosomarginal É definida pela artéria que cursa próximo ou no sulco do cíngulo e que dá origem a dois ou mais ramos corticais. Presente em 80% dos hemisférios e seu curso é paralelo ao da artéria pericalosa. Origina-se principalmente de A3, mas também de A2 e A4,
SEGMENTO A1
SEGMENTO A2
Artéria recorrente de Heubner Curva-se na direção oposta a sua origem, passando acima da bifurcação da ACI e da ACM na parte medial do sulco lateral. Geralmente oriundo do segmento distal de A1 ou da porção proximal de A2 ( mais comumente de A2). Em seu trajeto está intimamente relacionada à porção superior ou posterior de A1. Pode entrar na SPA como um único tronco ou se ramificar. Irriga a porção anterior do núcleo caudado, o termo anterior do puramente, fascículo uncinado, parte âóntero-inferior do braço anterior da cápsula interna.
Ramos perfurantes basais e corticais O segmento A2 dá origem a cerca de 4 ou 5 ramos perfurantes basais, e irrigam o hipotálamo anterior, o septo pelúcido, pilar do fornico e outros. Apresentam variações importantes. Os ramos corticais irrigam o córtex, substancia branca adjacente desde o polo frontal até o lobo parietal. São identificados 8 ramos: orbitofrontal, frontopolar, grupo frontal interno, paracentral e as artérias parietais
Artéria cerebral posterior A ACP origina-se da bifurcação da basilar unindo-se à AComP na margem lateral da cisterna interpenducular. Envolve o tronco encefálico em seu trajeto pelas cisternas crural e amaines e se dirige para a porção posterior dos hemisférios cerebrais. Irriga tálamo, mesencéfalo, plexo coróide, paredes do VL e III ventrículo. Do ponto de vista embriológico a ACP nasce como ramo da ACI.
Segmentação da ACP P1(pré-comunicante): estende-se da bifurcação da AB até a junção da AComP. Nos casos de padrão não fetal, P1 é mais calibroso que a AcomP. Os ramos relativamente constantes de P1 são: Artéria talamoperfurantes, que entra no encéfalo pela substância perfurada posterior. Artéria coroidea póstero-medial ( dirige para III ventrículo e VL) Ramo para a placa colicular. Ramos para o pedúnculo cerebral e segmento do mesencéfalo.
Segmentação da ACP Segmento P2: começa na AComP, percorre cisterna crural e circundante. É divida didaticamente em P2A ou segmento curral ou peduncular, pois envolve o pedúnculo cerebral na cisterna curral. O segmento P2P ou circundante, continuação de P2A.
Segmentação da ACP Segmento P3 ou colicular: projeta-se posteriormente a partir borda posterior da superficie lateral do mesencéfalo, alcançando a cisterna colicular. Segmento P4: incluem ramos que se dirigem para a superfície cortical.
Ramos para ACP 1) Ramos perfurantes centrais para diencéfalo e mesencéfalo 2) ramos ventriculares 3) ramos cerebrais, que irritam o córtex e o corpo caloso
Ramos perfurantes Diretos e circunflexos Os ramos perfurantes diretos incluem as artérias talomoperfurantes as artérias talamogeniculadas e perfurantes pedunculares . As tamoperfurantes originam-se de P1(geralmente no terço médio) e entram no encéfalo pela SPA; nascem no aspecto posterior de P1 e na maioria dos casos, representa a maior ramo desse vaso. As talamoperfurantes irrigam porção posterior do tálamo, hipotálamo, subtálamo e parte do mesencéfalo (incluindo substância reticular)
Ramos perfurantes O quadro clínico produzido por lesão das talamogeniculadas incluem: distúrbios somestésicos, fraqueza motora, déficit de memória, disautonomia, diplopia, paresia do III par + tremor rural (síndrome de Nothnagel). As perfurantes pendunculares nascem de P2 e direcionam-se ao pedúnculo cerebral, irrigam os tractos corticoespinhais e corticobulbaregs
Ramos perfurantes Os ramos circunflexos originam de P1 e P2, os curtos irrigam os corpos geniculados, os longos (artérias coliculares), os folículos. As talamogeniculadas originam-se diretamente de P2, diretamente abaixo do tálamo lateral e penetram na cisterna circundante. Irrigam a metade posterior do tálamo lateral e a perna posterior da cápsula interna e o trato óptico. O infarto produzido por essas perfurantes desencadeia a Síndrome de Dejerine e Roussy: perda contralateral das sensibilidade superficial e profunda, dor intensa, hemianopsia homônima.