Vidav e obra de Platão e Sócrates

FilipeSimoKembo 1,251 views 2 slides Oct 10, 2014
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PLATÃO
Platão nasceu em 427 a.C. Era filho de Perectioné e Aríston, homem
rico cuja genealogia remontava aos primórdios de Atenas. Aríston deu ao filho, a quem
chamou de Aristocles, a melhor educação que se poderia dar a alguém naquela época.
Platão - palavra que se utilizava para designar homens com ombros largos - foi a alcunha
que Aristocles adquiriu, ainda novo, por causa da sua constituição física. Platão não teve
esposa, nem deixou filhos.
No princípio dedicou-se à poesia, tendo posteriormente deixado o
cultivo das musas para se entregar à Filosofia. Ainda jovem familiarizou-se com Crátilo,
discípulo de Heraclito e, por seu intermédio, com a doutrina heraclitiana. Quando
conheceu Sócrates (409 a.c.) tinha dezoito anos de idade. Acompanhou-o durante dez
anos, até à sua morte em 399 a.C.
O processo e a condenação de Sócrates - acusado de corromper a
juventude e de não acreditar nos deuses da cidade - deixaram Platão profundamente
abalado. A partir dessa altura, não deixou de procurar ver em que medida poderia
contribuir para melhorar a vida política e a constituição do estado. Deu-se conta que essa
melhoria somente poderia ser efectuada através da Filosofia.
"Vi que o género Humano não mais seria libertado do mal se antes não
fossem ligados ao poder os verdadeiros filósofos, ou os regedores do estado não fossem
tornados, por divina sorte, verdadeiramente filósofos." (Platão, Carta VII).
Em risco de ser perseguido, por ser aluno de Sócrates, Platão viajou
para o Egito, para a Sicília e para a Itália. No Egito aprendeu tudo sobre o relógio de água
que mais tarde introduzido na Grécia. Em Itália conheceu o trabalho de Pitágoras e
começou a apreciar o valor da Matemática.
Quando retornou a Atenas, por volta de 387 a.c., Platão fundou uma
escola denominada Academia à frente da qual se manteve até à sua morte, em 347 a.C.
Profundamente decepcionado com a sua própria experiência política, dedicou-se à
educação dos jovens que iriam assumir cargos de governo no futuro e que, assim, seriam
capazes de melhorar a liderança política das cidades da Grécia.
Platão é, não só um dos maiores Filósofos de todos os tempos, como
um dos maiores escritores da História da Humanidade. Deixou cerca de trinta textos sob
a forma de diálogo. Diálogos que não têm Platão como protagonista. Na maioria, é
Sócrates que aparece como figura principal e pensa-se que, nos primeiros, Platão estará
realmente a exprimir o pensamento do mestre.
SÓCRATES
Sócrates foi o pioneiro do que atualmente se define como Filosofia
Ocidental. Nascido em Atenas, por volta de 470 ou 469 a.C., seguiu os passos do pai, o
escultor Sofrônico, ao estudar seu ofício, mas logo depois se devotou completamente ao
caminho filosófico, sem dele esperar nenhum retorno financeiro, apesar da precariedade
de sua posição social. Seu trabalho seria marcado profundamente pelos textos de
Anaxágoras, outro célebre filósofo grego.

No início, Sócrates caminhou pelas mesmas veredas dos sofistas, mas
ao retomar seus princípios ele os universalizou, empreendendo a jornada típica do
pensamento grego. Suas pesquisas iniciais giraram em torno do núcleo da alma humana.
Até hoje este filósofo é sinônimo de integridade moral e sabedoria, pois sempre agiu com
ética, responsabilidade, e tornou-se padrão de perfeita cidadania.
Ele desprezava a política e não se adaptava à vida pública, embora tenha
exercido algumas funções no quadro político, inclusive como soldado. Seu método
filosófico ideal era o diálogo, através do qual ele se comunicava da melhor forma possível
com seus contemporâneos, no esforço de transmitir seus conhecimentos para os cidadãos
gregos. Além de legar ao mundo sua sabedoria sem par, ele também formou dois
discípulos fundamentais para a perpetuação e desenvolvimento de seus ensinamentos –
Platão e Xenofontes, embora não tenha deixado por escrito o fruto de suas pregações.
Casado com Xantipa, nunca priorizou sua família, sempre entregue ao
exercício dos dons de que era dotado. Sua essência crítica e justa o levava a crer que tinha
uma importante missão, a de multiplicar seres igualmente dotados de sabedoria,
probidade, moderação. Este caminho o levaria a se chocar com a cúpula dos governantes,
na qual conquistaria inimigos e insatisfação. A contundência de sua fala, o rigor de sua
personalidade, seu viés crítico e mordaz, suas ideias muitas vezes opostas à estrutura
social vigente e o método educativo de que se valia, geraram-lhe antagonistas no seio da
estrutura política que então dominava a Grécia.
O comportamento de Sócrates desencadeou em sua prisão, acusado por
Mileto, Anito e Licon, de perverter a juventude e renegar os deuses cultuados pelos
gregos, trocando-os por outros. Recebendo a oportunidade de advogar a seu favor, diante
do tribunal e dos homens, ele se recusou, pois não pretendia renunciar ao que acreditava
e ao que pregava a seus conterrâneos. Ele preferia ser condenado pela justiça terrena e
preservar, diante da imortalidade, a verdade de sua alma. Assim, optou pela morte,
decretada por seus juízes, através do voto da maioria.
Mesmo diante da chance de fugir, arquitetada por seu seguidor Criton,
com a complacência da justiça grega, ele recuou, pois não desejava ferir as leis de seu
país. Ao esperar a execução de sua sentença, prorrogada por um mês - graças a uma lei
que não permitia o cumprimento desta pena enquanto um navio empreendesse uma
jornada até Delos, oferecida em cumprimento de um voto -, preparou-se psicologicamente
para esta viagem além-túmulo, em conversas espiritualizadas com seus amigos.
Após ter bebido calmamente seu cálice de cicuta, veneno mortal, ele
teria dito “devemos um galo a Esculápio”, pois acreditava que o suposto deus da Medicina
o tinha libertado da enfermidade conhecida como ‘vida’, liberando-o para a morte. Desta
forma ele partiu em 399 a.C., aos 71 anos.
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