Webquest Caso Pluvioso

TatianeMOMartins 1,008 views 22 slides Aug 27, 2008
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About This Presentation

Uma webquest sobre leitura de poemas.


Slide Content

LEITURA E SENTIDO
Língua Portuguesa
Uma WebQuest para o 9
o
ano do Ensino Fundamental
Elaborada por: Tatiane Martins
Email: [email protected]
Blog: http://tatianemomartins.blogspot.com
Introdução | Tarefa | Processo | Avaliação | Conclusão |

Créditos | Página do Professor | Ética na Internet - Vaticano
 

Introdução
Caros alunos, 
Temos discutido muito o tema “Leitura”. Como 
já foi visto, o ato de ler é um processo bastante 
abrangente e complexo. Exige uma participação 
efetiva do leitor que vai dialogar com o texto. 
Ter essa competência significa ter 
poder.  

Parafraseando Wittgenstein 
(Ludwig Wittgenstein - Biografia), filósofo
do século XX,
 
os horizontes do mundo de
um
indivíduo são os horizontes de
suas palavras.

Podemos associar essa idéia às duas versões 
do provérbio popular: “quem tem boca vai a 
Roma” ou “quem tem boca vaia Roma”. 
E aí, alunos, o que vocês preferem: ir a Roma 
e às Romas do mundo inteiro ou ficar somente 
por aqui? Preferem ter poder de decisão para 
“vaiar” aquilo com o que não concordam ou ser 
eternamente conduzidos por outros? A decisão é 
de vocês! Caso queiram desenvolver e aprimorar 
essa competência leitora, mãos à obra. Cumpram 
as tarefas abaixo não só como obrigação. Eu 
estou torcendo pelo grupo!

Ah! Só mais uma coisinha... Uma vez ouvi 
de um professor que, quando uma pessoa não 
sabe falar ou escrever bem, aparecem logo outras 
que falam e escrevem por elas, não para elas. 
Então, qual dessas posições vocês querem 
ocupar?

 Vocês deverão ler os textos que lhes forem 
apresentados aqui, assistir ao vídeo e escutar as 
músicas expostas, acompanhando os passos para a 
leitura de textos poéticos. Após essa etapa, 
precisarão fazer a leitura cuidadosa do livro 
Poeme-se. Cada grupo terá de selecionar em 
seguida, pesquisando em livros ou em sites
(indicados no final), um poema da Literatura 
Brasileira. Reservem-no logo com a professora, 
pois um mesmo poema só poderá ser trabalhado, 
no máximo, duas vezes.
Tarefa

  
 Para começar, lembrem-se de que este 
trabalho se realizará em grupos de três ou quatro 
alunos e deverá ser feito da mesma forma como se 
monta qualquer equipamento que dependa de 
manual, isto é, seguindo passo-a-passo o que lhes 
for indicado. 
O entendimento de informações posteriores 
dependerá da leitura, reflexão/discussão entre os 
membros da equipe.
O Processo

  
 Leiam a notícia, presente no link abaixo:
 
Folha Online – Cotidiano

Agora, verifiquem o que vocês entenderam.
(O grupo deverá discutir cada uma das questões.)
 
• De que trata a reportagem?
• O jornalista que escreveu esse texto objetivou o quê?
•O texto foi escrito em linguagem predominantemente 
denotativa ou conotativa?
• A base do assunto é real, hipotética ou imaginária 
(ficcional)?
• A linguagem utilizada é culta ou coloquial?

Agora, verifiquem novamente o que vocês
entenderam.
 
• De que trata o texto?
• Quem escreveu esse texto objetivou o quê?
•O texto foi escrito em linguagem predominantemente 
denotativa ou conotativa?
• A base do assunto é real, hipotética ou imaginária 
(ficcional)?
• A linguagem utilizada é culta ou coloquial?

Ouçam esta música:
 
 

Assistam a este clássico:
 

Refletindo...
 
O modo como a chuva foi apresentada nos 
dois primeiros textos que vocês leram promove as 
mesmas sensações do exposto nessas duas músicas? 
Por quê?
 

Novos caminhos...
 
Agora, que vocês leram sobre perigos, 
problemas, alegrias ou sonhos que a chuva pode 
causar, tentem mergulhar neste texto diferente. É 
um outro estilo: um texto poético. Quem o escreveu 
foi um dos maiores poetas brasileiros:
 
Carlos Drummond de Andrade.

Caso pluvioso
Carlos Drummond de Andrade
A chuva me irritava. Até que um dia
descobri que maria é que chovia.
A chuva era maria. E cada pingo
de maria ensopava o meu domingo.
E meus ossos molhando, me deixava
como terra que a chuva lavra e lava.
Eu era todo barro, sem verdura...
maria, chuvosíssima criatura!
Ela chovia em mim, em cada gesto,
pensamento, desejo, sono, e o resto.
Era chuva fininha e chuva grossa,
matinal e noturna, ativa...Nossa!
Não me chovas, maria, mais que o justo
chuvisco de um momento, apenas susto.
Não me inundes de teu líquido plasma,
não sejas tão aquático fantasma!
Eu lhe dizia em vão - pois que maria
quanto mais eu rogava, mais chovia.
E chuveirando atroz em meu caminho,
o deixava banhado em triste vinho,
que não aquece, pois água de chuva
mosto é de cinza, não de boa uva.
Chuvadeira maria, chuvadonha,
chuvinhenta, chuvil, pluvimedonha!

Eu lhe gritava: Pára! e ela chovendo,
poças d’água gelada ia tecendo.
Choveu tanto maria em minha casa
que a correnteza forte criou asa
e um rio se formou, ou mar, não sei,
sei apenas que nele me afundei.
E quanto mais as ondas me levavam,
as fontes de maria mais chuvavam,
de sorte que com pouco, e sem recurso,
as coisas se lançaram no seu curso,
e eis o mundo molhado e sovertido
sob aquele sinistro e atro chuvido.
Os seres mais estranhos se juntando
na mesma aquosa pasta iam clamando
contra essa chuva estúpida e mortal
catarata (jamais houve outra igual).
Anti-petendam cânticos se ouviram.
Que nada! As cordas d’água mais deliram,
e maria, torneira desatada,
mais se dilata em sua chuvarada.
Os navios soçobram. Continentes
já submergem com todos os viventes,
e maria chovendo. Eis que a essa altura,
delida e fluida a humana enfibratura,
e a terra não sofrendo tal chuvência,
comoveu-se a Divina Providência,
e Deus, piedoso e enérgico, bradou:
Não chove mais, maria! - e ela parou.

Para refletir...
e procurar o sentido do texto.

•Quem parece ser “maria”?
•Qual deverá ser a relação existente entre 
“maria” e o eu-lírico?
•Como se caracteriza a força da chuva ao longo 
do texto?

  
Tendo cumprido todas as etapas anteriores, 
este trabalho se encerrará com a apresentação, em 
vídeo, do poema escolhido por vocês. Ele poderá 
ser lido, recitado, musicado, interpretado, 
desenhado, animado. É necessário conhecer o 
poeta, para depois em aula conversarmos sobre ele. 
Fiquem à vontade para desenvolver o trabalho, 
mas façam-no com muita criatividade e empenho.
Avaliação

 
Vocês leram textos de diferentes tipos e de 
diferentes abordagens. É importante aprender a ver 
as diversas estratégias de uso de nossa língua, para 
entender as infinitas possibilidades de criação 
humana. Mergulhar nesse fantástico mundo de 
beleza – que são as palavras – é mergulhar em um 
oceano de conhecimento.
Conclusão

 Se vocês gostaram desse poema de Carlos 
Drummond de Andrade ou, pelo menos, acharam-
no curioso, descubram outros nos sites listados a 
seguir. Colocando o nome de qualquer poeta, por 
exemplo, no Google, aparecerão inúmeras páginas 
com poemas, biografias, textos, vídeos, músicas. 
Cuidado, no entanto, com os sites. Procurem 
sempre usar os que são confiáveis. 
Releituras - Carlos Drummond de Andrade
Revista Agulha - Jornal de poesia
Memória Viva (Há poemas recitados pelo próprio poeta Carlos Drummond de Andrade.)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u373647.shtml
 
http://www.abril.com.br/noticia/abril/no_92600.shtml
 
http://br.youtube.com/watch?v=UeCos1pDrzM&feature=related
 
http://br.youtube.com/watch?v=bkEvy-9yVyQ&feature=related
 
http://www.webquest.futuro.usp.br/
http://br.youtube.com/watch?v=bkEvy-9yVyQ&feature=related
 
MARTINS. Tatiane. Poeme-se. Ed. Litteris: Rio de Janeiro, 2007.
Créditos & Referências
A