1 - PORTFÓLIO - LAIARA.doc

13,004 views 57 slides Nov 18, 2022
Slide 1
Slide 1 of 57
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51
Slide 52
52
Slide 53
53
Slide 54
54
Slide 55
55
Slide 56
56
Slide 57
57

About This Presentation

portfólio técnico em enfermagem.


Slide Content

CURSO: TÉCNICO DE ENFERMAGEM




DENISE LAIARA NOGUEIRA PACHEGO VIANA




AS VIVÊNCIAS DURANTE A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
DE UMA TÉCNICA DE ENFERMAGEM



PORTFÓLIO





SANTA CRUZ/RN
2022

DENISE LAIARA NOGUEIRA PACHECO VIANA






AS VIVÊNCIAS DURANTE A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
DE UMA TÉCNICA DE ENFERMAGEM



PORTFÓLIO







Trabalho apresentado a Escola Técnica de
Enfermagem Florence - ETEF, como parte dos
requisitos para obtenção de nota no
Componente Curricular Fundamentos da
Enfermagem ministrado pelo docente Magda
Jaqueline Santos da Silva






















SANTA CRUZ/RN
2022

Dedico este trabalho aos que amo tanto, especialmente, meus pais Maria Daluz Nogueira e
Luiz Pacheco, minha filha, Ayra Thuanny e meu esposo Jacson Viana

AGRADECIMENTOS

Agradeço, inicialmente a Deus, como fonte de vida, luz, inspiração, amor e sabedoria,
tanto me inspirou e me instruiu sabiamente, no caminhar para a realização de mais um sonho
na minha vida, como pessoa e como profissional.
Agradeço aos meus pais Maria Daluz e Luiz Pacheco, pelo carinho e dedicação com
que sempre tem me dado forças e orientação para trilhar os caminhos da vida, nos percalços
do sucesso profissional, mesmo no enfrentamento das angústias e dificuldades do dia a dia.
Vocês são pessoas incríveis com as quais posso contar, tendo em vocês, uma bússola de
orientação e apoio.
A minha filha Ayra Thuanny, pelo carinho e amor incondicional com os quais posso
contar, na mais pura ingenuidade e idílio. Sua existência é fonte de inspiração e luz para o
meu caminhar. Assim como, o meu companheiro de tantas lutas, Jacson Viana, com o qual
conto sempre nos momentos de mais pura aflição e/ou felicidade.
Aos meus colegas, sejam aqueles do cotidiano, da turma de estudos e do estágio ou
ainda da profissional, que sempre estiveram, com as experiências de cada um, mesmo sem
uma palavra, simplesmente com suas ações como sujeitos sociais; a vocês sou grata pelo
aprendizado que adquiri ao longo dessa jornada.
Aos profissionais docentes da turma de Técnica de Enfermagem da Escola de
Enfermagem da ETEF, todos, incondicionalmente, vocês são especiais e fico lisonjeada com o
carinho, atenção e dedicação dispensados a todos os formandos, em especial, a professora
orientadora do estágio, Magda Jaqueline, com que convivemos mais próximo e com quem
trocamos tantas experiências, como indivíduos e como profissionais em constante formação.
Enfim, agradeço a cada contribuição, de cada pessoa, amigo, próximo ou mesmo
distante, que souberam imprimir suas razões de ser e de existir na minha vida. Grata e feliz
por que aprendo com todos, em particular, com aqueles que estão dispostos a uma simples
palavra e carinho, de afago ou de instrução para a vida.

"A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la
como arte, requer uma devoção tão exclusiva,
um preparo tão rigoroso, quanto a obra de
qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar
da tela morta ou do frio mármore comparado
ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de
Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a
mais bela das artes!"

Florence Nightingale.

LISTA DE ABREVIAÇÕES OU SIGLAS

ANVISA - Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
AVC - Acidente Vascular Cerebral
AGE - Ácidos Graxos Essenciais
BCF - Batimentos Cardíacos Fetais
CEM - Central de Esterilização de Materiais
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem
COFEN - Conselho Regional de Enfermagem
EPI - Equipamento de Proteção Individual
ETEF - Escola Técnica de Enfermagem Florence
FC - Frequência Cardíaca
HGT - Hemoglicoteste
HMRC - Hospital Regional Mariano Coelho
LPP - Lesão Por Pressão
MID - Membro Inferior Direito
MIE - Membro Inferior Esquerdo
MSD - Membro Superior Direito
MSE - Membro Superior Esquerdo
NEP - Núcleo Ensino e Pesquisa
NIR - Núcleo de Internação e Regularização
NPH - Protamina Neutra de Hagedorn
PA - Pressão Arterial
PCO2 - Pressão Parcial do Gás Carbônico
PHMB - Polyhexametileno Biguanida (Polyhexanida - antisséptico e antimicrobiano)
PNI - Pressão Arterial Não Invasiva
SDV - Sonda Vesical de Demora
SF - Soro Fisiológico
SNE - Sonda Nasoenteral
SRPA - Sala de Recuperação Pós-Anestésica
SUS - Sistema Único de Saúde
TP - Temperatura
UBS - Unidade Básica de Saúde
UTI - Unidade de Terapia Intensiva

SUMÁRIO

1. INICIANDO A VIVÊNCIA TÉCNICA DO ESTÁGIO....................................
2. VIVENCIANDO O ESTÁGIO NA SUA PLENITUDE.........................................
2.1 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA .................................................
2.1.1 Materiais e Finalidades.........................................................................................
2.1.2 Técnica Utilizada na Realização de Curativo......................................................
2.1.3 Pesquisando Sobre Úlcera Arterial......................................................................
2.2 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO EM CLÍNICA CIRÚRGICA I......................................
2.2.1 Anotação de Enfermagem.....................................................................................
2.2.1 Anotação de Enfermagem.....................................................................................
2.3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NO ABRIGO MONSENHOR EXPEDITO..................
2.3.1 Anotação de enfermagem......................................................................................
2.4 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA CLÍNICA MÉDICA...............................................
2.4.1 Anotação de enfermagem......................................................................................
2.4.1 Anotação de enfermagem......................................................................................
2.5 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO EM CLINICA CIRÚRGICA II.....................................
2.5.1 Anotação de enfermagem...............................................................................
2.5.2 Anotação de enfermagem...............................................................................
2.5.3 Anotação de enfermagem...............................................................................
2.6 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA OBSTETRÍCIA E PEDIATRIA.............................
2.7 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NO CENTRO CIRÚRGICO.........................................
2.8 VIVÊNCIA DO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI........................
2.8.1 Procedimentos Realizados no Estágio..................................................................
2.8.2 Valores de Referência de Glicemia.......................................................................
3 CONVERSANDO COM OS MÉTODOS ..................................................................
4 AQUELES RELATOS QUE MA RCAM AS EXPERIÊNCAI NA TÉCNICA. ...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. .......................................................................
APÊNDICES...................................................................................................................





07
08
11
11
15
16
20
24
24
25
28
29
31
31
32
33
34
34
35
38
44
46
47
50
51
53
54

7


1 INICIANDO A VIVÊNCIA TÉCNICA DO ESTÁGIO

Neste portfólio, abordam-se os relatos e explanações acerca da vivência do período do
estágio supervisionado do Curso de Técnico de Enfermagem, sendo este o procedimento
correto para a sistematização de conhecimentos científicos apresentados na ementa do curso,
possibilitando uma formação profissional para atuar em ambiente hospitalar ou diverso.
Nessa perspectiva, apresenta-se o objetivo proposto para a realização dos estudos e
elaboração do presente portfólio, todos os relatos, procedimentos, experiências e vivência in
loco, assim como, os procedimentos metodológicos, os resultados do estudo com a articulação
das ideias formalizadas por diversos teóricos da área e contempla ainda um olhar crítico-
reflexivo da autora sobre a importância deste trabalho na formação do Técnico de
Enfermagem, tendo em vista a referência que esta obra assume perante a atividade e funções
da clínica médica, nos mais diversos ambientes em que exerce a profissão.
Como auxiliar da clínica médica, o Técnico de Enfermagem representa a triagem de
inúmeros problemas que se acumulam nos ambulatórios, implicando na sua intervenção, a
preparação para a clínica por profissional médico, assim como, preparando os procedimentos
técnicos que favorecem a boa prática médica com viés humanizador, além de buscar
minimizar as incidências de fatores adversos e melhorar a qualidade do serviço em saúde.
Assim, mesmo sem a experiência qualificadora de um profissional, essa etapa do curso
possibilita ao Técnico de Enfermagem, uma visão holística dos procedimentos de pré-clínica
médica, organização dos ambientes hospitalares e a percepção global do que representa cada
contexto e/ou temática, fundamentais para que conheça mais e melhor sobre o paciente.
Diante esse olhar, compreende-se que estas práticas favorecem a intervenção com
domínio de causa, tendo em vista que o contato com o paciente representa o
compartilhamento de informações essenciais que favorecem a triagem e credencia a definição
de um prognóstico técnico a altura do que representa os serviços em saúde, como direito
constitucional e ação governamental ou privada que preza pelo bem estar de uma sociedade.
Esse trabalho objetiva descrever as ações efetivadas durante o estágio, construindo
fundamentos científicos sobre a vivência, fundamentando-se em Pereira e Leite (2017), Ivo e
Takahashi (2014) e outros. Está organizado em cinco seções: essa breve nota introdutória, a
vivência em si, ou seja, o cronograma de atividades do estágio desenvolvidas num
determinado recorte temporal, especificando as ações por ambiente de estágio, assim como,
apresenta o método para elaboração desse referencial e, por fim, conclui com algumas
considerações importantes e especifica as referências bibliográficas utilizadas no debate.

8


2 VIVENCIANDO O ESTÁGIO NA SUA PLENITUDE

Inicialmente, quero ressaltar o quanto essa formação no Curso de Técnico de
Enfermagem se tornou para mim um suporte de saberes e experiências e o quanto vale como
norteamento para minha vida profissional, pois as coisas se transformação e, como todo ser
em permanente processo de mutação e experienciação, assim sou; uma eterna e em constante
movimento de aperfeiçoamento e aprendizado contínuo.
No que concerne a grade curricular, estudamos diversos componentes curriculares até
chegar ao componente-chave, Fundamentos da Enfermagem. Nesse, vivencia-se toda a parte
teórica de como é feita a técnica e, para isso, o professor Jefferson Rodrigues ensinou a
técnica com a qual começamos a praticar nas monitorias, primeiro nos bonecos, depois nos
nossos colegas.
Lavagens das mãos checklist, embolar, marcar como são realizadas as medicações das
prescrições médicas, as anotações de enfermagem, a administração de medicamentos via
intramuscular, pulsão de veias, pulsão e colocação de soro, aplicação de medicações
intramuscular no músculo deltóide na região do braço, na região glútea, vento glútea, vasto
lateral da coxa e ainda a aplicação de medicação subcutânea na face ventral do antebraço,
região abdominal na pele umbilical e região interescapular.
Quanto aos tipos de seringas utilizadas na administração das medicações, destacam-se
os materiais necessários para aplicação das injeções como: Jelco, escalpe, tamanhos e cores,
sua finalidade qual paciente usar, agulha 40x12, só para aspiração da medicação, bolas de
algodão, luvas de procedimento, garrote, esparadrapo e a colocação de luvas estéreis.
Outro procedimento importante é como é aspirado a medicação para a seringa, retirada
do ar da seringa, posição do bisel na aplicação de cada via, a importância da aspiração da
seringa quanto a aplicação de medicações, tanto intramuscular como intravenosa. Nesse
sentido, é preciso dizer que na intramuscular a aspiração não pode vir retorno sanguíneo, pois
é um sinal de que a aplicação atingiu algum vaso, causando lesão no mesmo. No caso da
aplicação endovenosa ou intravenosa, deve-se ficar atento a qualquer sinal de oclusão e, se
constatado, não prosseguir com a medicação.
Outros aspectos relevantes do curso e da teoria vivenciada nos diversos componentes
curriculares, diz respeito ao estudo dos tipos de choques, classificados como: hipovolêmico,
anafilático, séptico e progênito, os tipos de vias, oral, parental, nasal, subcutânea, ocular,
sublingual, intramuscular, intradérmica, via retal e via auricular.

9


Durante a formação, aprendemos como é feito a arrumação das camas, os tipos de
cama, cama aberta, cama fechada, cama de operado, dobradura dos lençóis da cama, como é
realizada a contenção do paciente no leito, como é feita a mensuração da pressão arterial,
como é realizado banho no leito, a movimentação do paciente, os cuidados, enfim, uma série
de cuidados e tratamentos com paciente.
Assim, até mesmo o procedimento de empacotamento do paciente no pós-morte. A
técnica de curativos que aprendemos no posto de saúde e/ou na UBS Marlene Ricardo no
bairro do JK, em Currais Novos/RN. Dessa forma, depois de toda essa prática, fomos para
clínica cirúrgica vivenciar situações jamais vistas, sendo preciso estabelecer vínculos entre a
fundamentação teórica do aprendizado com a prática objetiva das técnicas da Enfermagem,
vivivenciados e experienciados em todos os campos de estágio.
Acerca do processo de estágio, a Lei n.º 11.788/2008, regulamenta as atividades de
estágio realizadas por estudantes de todos os níveis de formação. O presente texto, entre
outros, tece comentários sobre a importância desse dispositivo e analisa as implicações
decorrentes do Art. 1.º, em que define o estágio como ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior,
de educação profissional de ensino médio, da educação especial e dos anos finais de ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Vale ressaltar o que diz a lei quanto ao papel que a agência educativa deverá
desempenhar no conjunto das atividades e no seu gerenciamento, seja nos estágios de caráter
obrigatório, definido como tal no projeto de curso, ou nos estágios de caráter não obrigatório.
Nesse sentido, os estágios de caráter obrigatório, por exemplo, em Técnica de Enfermagem,
podem ser realizados internamente, dentro das dependências da agência formadora, ou
externamente, em diferentes ambiente como hospitais, clínicas, escolas, empresas, mediante
celebração de um termo de compromisso entre educando, parte concedente do estágio e
instituição de ensino.
Conforme o parágrafo 1º, do Art. 3º da Lei 11.788/2008: O estágio como ato educativo
escolar deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino,
e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso
IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação final.
Nessa perspectiva, vale salientar que o papel do Estágio Supervisionado vai muito
além da prática da teoria aprendida nas universidades, ela faz com que o aluno reflita sobre o

10


seu papel enquanto profissional, bem como a humanização do seu trabalho ao tratar um
paciente (FILHO, 2010).
O estágio contribui não somente para a formação teórica prática, mas no
desenvolvimento de ações e posturas que o profissional deve ter quando formado, e ainda
como proceder em situações que lhe são colocadas no atendimento ao paciente, que não são
descritas na teorias, como intercorrências, e também como sua atuação possibilita uma
transformação na sociedade e sua contribuição na recuperação ou no cuidado do indivíduo, e
ainda no estágio é possível o desenvolvimento do campo profissional que melhor se
identifica, buscando assim se especializar nesse campo (PEREIRA; LEITE, 2017).
O recorte temporal para o estágio está disposto conforme o cronograma (a seguir), em
120 horas de atividade na UBS Marlene Ricardo, bairro do JK, em Currais Novos/RN.

Quadro 1: Cronograma das atividades do estágio
Local Dia
Carga
Horária
Caracterização da Atividade
Currais Novos/RN 18/08 6h Vivência em Saúde Pública - UBS Marlene Gomes
Currais Novos/RN 19/08 6h Vivência em Saúde Pública - UBS Marlene Gomes
Currais Novos/RN 26/08 6h Vivência em Saúde Pública - UBS Marlene Gomes
Currais Novos/RN 02/09 6h Vivência em Saúde Pública - UBS Marlene Gomes
Currais Novos/RN 09/09 6h Vivência em Saúde Pública - UBS Marlene Gomes
Currais Novos/RN 01/10 6h Clínica Cirúrgica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 05/10 6h Clínica Cirúrgica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 11/10 6h Clínica Cirúrgica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 13/10 6h Abrigo Monsenhor Expedito
Currais Novos/RN 20/10 6h Abrigo Monsenhor Expedito
Currais Novos/RN 05/11 6h Clínica Médica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 12/11 6h Clínica Médica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 19/11 6h Clínica Cirúrgica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 03/12 6h Clínica Cirúrgica - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 16/12 6h Obstetrícia e Pediatria - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 27/12 6h Obstetrícia e Pediatria - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 09/02 6h Centro Cirúrgico - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 16/02 6h Centro Cirúrgico - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 21/03 12h UTI - Hospital Regional Mariano Coelho
Currais Novos/RN 01 a 18/04 80 Redação final do portfólio
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

11


Assim, o estágio, ao meu olhar, representa uma oportunidade singular de vivenciar
novas experiências, confrontando a teoria com a prática e instigando novas percepções e
aprendizados, capazes de fazer do profissional da Enfermagem, um excelente técnico
comprometido com uma nova realidade.

2.1 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE PÚBLICA

O primeiro momento do estágio foi enfatizando o componente curricular Saúde
Pública com atendimento ao público realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS), Marlene
Ricardo do Nascimento Gomes, no município de Currais Novos/RN, cujas datas selecionadas
foram assim dispostas: dia 18, 19 e 26 de agosto e dia 02 e 09 de setembro de 2021.
Ao enfatizar a importância da prática do estágio, no contexto da saúde pública, Ito e
Takahashi (2009 apud IVO; EVANGELISTA, 2014, p. 125), consideram que:

O enfermeiro atuante na prática tem papel fundamental no processo de
aprendizagem do aluno que desenvolve o estágio curricular em sua unidade de
trabalho, pois será uma referência importante de trabalho, o facilitador e o integrador
do aluno ao serviço e a equipe de saúde, sendo necessário que este profissional
esteja seguro para transmitir a sua experiência.

Para o encontro inicial, a professora Magda Jaqueline Santos da Silva nos
recepcionou, falou um pouco sobre ela, qualificando como ex-aluna da Escola Técnica de
Enfermagem Florence (ETEF), atualmente enfermeira especialista em lesões de pele e
curativos. Inicialmente, não fomos direto a prática, ficamos dois dias com relatos da
experiência teórica em que a mesma falou que não tínhamos como realizar curativos sem
conhecer a teoria, já que foi assim disposto que a mesma ministraria essa teoria, para os
alunos, porque não havíamos visto no campo das monitorias, que são atividades práticas
realizadas na escola ETEF de Currais Novos/RN.
Ela ministrou as aulas apresentado os materiais, como o tipo de sabão que é usado na
limpeza dos ferimentos, os tipos de feridas e lesões, para que pudéssemos conhecer e agir de
forma correta durante as nossas interseções ao longo desse momento vivencial.

2.1.1 Materiais e Finalidades

Para atuar, profissional e experiencialmente, o formando do Curso de Técnico de
Enfermagem, assume um compromisso bastante enaltecedor, do ponto de vista do processo de

12


relações humanas com os demais atores envolvidos, além de buscar compreender como
funciona os equipamentos, dispositivos e ferramentas com as quais vai trabalhar/interagir,
sendo de importância significativa a sua melhor prática para constar no seu prontuário de
formanda e em constante processo evolutivo de formação.
Nesse sentido, durante a realização do estágio, pudemos ter contato e/ou manipular
produtos como:
Clorexidina - sabão utilizado para lavagem da pele lesionada.
O Iodo - Produto que só é mais utilizado no primeiro atendimento ao paciente se a
lesão ou ferimento estiver muito sujo. Só é feito, essa limpeza com iodo, no caso, se for
algum acidente para retirar areia, pedaços de pau e outros.
A professora Magda Jaqueline nos relatou que é uma solução iodada e é mais
encontrada no hospital. Porém, vem sendo menos utilizada por causa da sua ação
degermante
1
.
O álcool iodado, conforme bula do produto, quando em contato prolongado com a pele
íntegra causa irritação moderada, portanto, se torna impróprio à limpeza de tecidos
danificados. O Soro fisiológico (SF) a 0,9% é o que mais se utiliza para limpeza e desinfecção
de feridas e, até mesmo, por ser mais fácil de ser adquirido pelo paciente.
Quanto a limpeza de feridas, trabalha-se com o PHMB, Polihexan 0,1% 100ml
Helianto e essa solução é utilizada para limpeza de feridas, controle da carga microbiana,
hidratação, desodorização e controle do biofilme a cada troca de curativo. À base de PHMB
0,1%. A professora relembrou ainda um pouco do sistema tegumentar, suas camadas e outras
especificidades, para depois falar exatamente de tipos de lesão, os quais classificou como:
√ Ferida aguda - corte cirurgia – rápido fechamento.
√ Ferida Crônica- lesão demora mais que habitual para cicatrizar.
√ Pé diabético, ulceras venosas, ulcera arteriais.
√ Laceração – lesão bordas desiguais, rasgão
√ Lesão por pressão – ferida ou espessura tecidos se rompem.
√ Ferida de espessura superficial – atinge somente a epiderme
√ Ferida de espessura parcial- atingem epiderme e a derme.
A figura 1 mostra uma lesão por pressão espessura total, atingindo assim todas as
camadas da pele até a parte óssea.


1
Substância usada para limpeza e desinfecção das mãos em hospitais, pelo médico e outros profissionais de
saúde, e para limpeza da pele do paciente antes da realização de cirurgias

13


Figura 1: Estrutura tegumentar da pele

Fonte: PHTLS (2007).

A equipe do estágio, em conversa paralela, classifica a professora como muito
inteligente/experiente, naquele momento repassou o conteúdo de forma clara e objetiva,
aprofundando mais o assunto, perguntando aos estagiários quais as seis funções da pele. As
respostas foram, desde a proteção, eliminação de calor suor, para manter a temperatura
corporal a termorregulação, a sensibilidade, o metabolismo, sintetizar vitamina D, imagem
corporal.
Partindo desse ponto, perguntou aos estagiário sobre as fazes do processo de
cicatrização das feridas?
Primeira resposta: inflamação.



Fase inflamatória:
Caracterizada pela presença de exsudato (secreção), que dura de um a quatro dias,
dependendo da extensão e natureza da lesão.
Dor, edema o inchaço.
Sangramento - hemostasia.
Vermelhidão - hiperemia.
Exsudato: ferida não tem glândulas, secreta por isso chama-se exudação.

14



Fase Ploriferativa – tecido neonigenese – formação de novos vasos tecidos de
granulação. Essa fase pode durar até, 21 dias.




Maturação – Que é a cicatrização da ferida, finalização do colágeno e epitélio,
remodelação do colágeno.
O tecido epitelial - contém glândulas diferentes, lagrimas suor.
Processo de cicatrização que engloba as três fases citadas acima - inflamação,
exudação, ploriferativa pode ser acelerado se algumas medidas forem tomada.
Manter o organismo hidratado, bebendo, no mínimo, dois litros de água por dia, é fator
fundamental para a boa cicatrização. Uma dieta equilibrada, com proteínas, carboidratos e
gorduras, também ajuda a acelerar a regeneração da pele. Alguns fatores podem prejudicar a
cicatrização da pele, tornando o processo mais demorado e podendo causar complicações e
prejuízos estéticos e funcionais. Esses fatores são definidos como fatores locais, como:
Características da ferida: dimensão, profundidade, aspecto da secreção, hematomas,
edemas e presença de corpo estranho.
Ambiente seco - dificulta o processo inflamatório, a pele necessita da umidade.
Cuidados: higienização, material e curativos utilizados.
Isquemia tecidual: a falta de oxigenação dificulta a proliferação das células.
Infecção local: quando o processo de cicatrização é retardado por conta de
contaminação bacteriana.
Traumatismo edema líquidos extravasculares infecção local.
Faixa etária: a idade avançada dificulta a resposta da fase inflamatória.
Necrose: morte dos tecidos casca dura.
Estado nutricional: uma dieta pobre em proteínas e vitaminas interfere em todas as
fases da cicatrização. A má nutrição, magro ou gordo diminui a resposta imunológica e a
síntese de colágeno. O resultado disso, além da demora na cicatrização, pode resultar em
deiscência de suturas.
Doenças crônicas: diabetes mellitus, obesidade, hipertensão, entre outras.

15


– Terapia medicamentosa: antiinflamatórios, antibióticos e quimioterápicos podem
interferir no processo cicatricial. Os medicamentos interferem diretamente na fase
inflamatória da cicatrização da pele e/ou ferida.
– Tratamento tópico inadequado: utilização de produtos inapropriados, como sabão
comum.
– Distúrbios cicatriciais: distúrbios na cicatrização, como atrofia cicatricial, onde o
tecido destruído não é totalmente substituído por tecido cicatricial, cicatriz hipertrófica e
queloides.
Queloide é um crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local de um
traumatismo, corte ou cirurgia de pele.
Incontinência urinaria é um fator que prejudica a cicatrização da ferida, por esse
motivo é essencial a troca do curativo todo dia.
Lesão por pressão não é uma ferida contaminada e uma lesão causada pelo
pressionamento da pele contra os ossos ou superfícies, mas tem que ser cuidada. Uma das
principais medidas e formas de prevenir ou evitar a lesão por pressão é a mudança de decúbito
e elevação do membro afetado, evitando a isquêmica tecidual que a falta de circulação
sanguínea local. Ter cuidado com essa lesão não ser contaminada evitar uma infecção e que a
lesão atinja todas as camadas da pele lesão por pressão total.
Nessas lesões por pressão podemos usar o soro fisiológico (SF) 0,9% para limpeza, a
clorexidina degermante que é um sabão e AGE óleo de girassol de origem vegetal que
favorece a cicatrização de feridas, alivia da dor, hidrata e previne lesões.
A professora nos informou que a Rifocina deixou de ser utilizada por sua ação
antibacteriana, considerando que a mesma elimina as bactérias necessárias, na primeira fase,
que é a inflamatória, dificultando assim a cicatrização de feridas. Usa-se a Trok-G, pomada de
uso tópico, mas se houver suspeita de infecções, identificando caso de mau odor, febre,
hepiremia ou dor, pode ser realizado exame de cultura de bactérias.

2.1.2 Técnica Utilizada na Realização de Curativo

Nessa etapa, observou-se como é realizado o curativo. Conforme a professora,
primeiro se faz a lavagem das mãos, depois calça-se as luvas estéreis, lava-se o local da lesão,
tirando toda a sujidade e expele um jato com soro fisiológico na pele e depois na lesão. No
caso desse curativo que a professora e enfermeira Magda Jaqueline estava demonstrando a

16


técnica, do membro inferior na região da perna, o paciente tinha sofrido um acidente de moto
e buscou o atendimento ambulatorial para realizar o curativo.
Após o jato de soro fisiológico, coloca-se ma solução de clorexidina degermante,
lavando a região próximo a lesão por fora, depois joga o soro, limpando e retirando o sabão,
troca-se a luva, vai molhando a gaze estéril com soro fazendo uma limpeza circular na lesão
pra retirar a sujidade de dentro para fora, para não levar a contaminação de fora para dentro da
ferida lesão. Depois de feita essa pequena fricção, algumas vezes, troca-se as gazes e, ao
constatar que a ferida está limpa e a gaze não demonstra mais resíduos de sujeira.
É importante que a gaze não encoste no soro fisiológico e nem na pele do paciente,
quando utilizada na lesão para não trazer bactérias da pele para a lesão. Para finalizar o
curativo, usa-se uma gaze limpa dobrada ao meio, coloca-se Ácidos Graxos Essenciais
(AGE), óleo de girassol, usado em cicatrização de feridas, uma gaze com AGE e outra em
cima sem o AGE, segura com as luvas ainda estéreis, coloca-se atadura fixando bem ao
membro do paciente, fecha-se com esparadrapo e finaliza o curativo.
Há vários tipos de curativos e diversos tipos de coberturas e tratamentos. Dependendo
do tipo de lesão, muda-se o tratamento e a cobertura com pomada, gaze e espuma absorvente,
pomadas, ataduras com oxido de zinco. Para o tratamento de feridas o profissional
responsável vai decidir e aplicar o melhor método possível, visando sempre a recuperação do
paciente.
Ainda relatando um pouco das orientações da professora, a mesma falou sobre as
ulceras. Para saber se ulcera é venosa utiliza-se um exame chamado doppler. Um tipo de
ultrassonografia para avaliar a anatomia e o fluxo sanguíneo das veias dos membros
inferiores.Com esse exame se pode avaliar com maior precisão a situação da circulação e
identificar a presença de trombos e para mapear as varizes.
A professora solicitou que fizéssemos uma pesquisa um sobre o tema para ser
abordado no próximo dia de segundo dia de estágio. Para este dia, os temas levantados foram:
ulceras venosas, ulceras arteriais, lesão por pressão, queimadura e pé diabético.

2.1.3 Pesquisando Sobre Úlcera Arterial

Já no segundo dia de estágio, ocorrido na quinta feira dia 19 de agosto de 2021,
abordamos as temáticas das pesquisas que foram anteriormente realizadas, gerando um debate
qualificado sobre questões importantes. Sobre o que era cada uma das lesões, principais
causas, como é o tratamento, como se prevenir. A professora e enfermeira Jaqueline, após nos

17


ouvir e relatar sobre as temáticas abordadas, explicou e demonstrou as lesões como ocorriam
em forma de desenho cada tipo de lesão e as principais formas de tratamentos.
Partindo dessa teoria, saímos da Unidade Básica de Saúde (UBS) para atender um
paciente no ambiente familiar, as estagiárias Denise Laiara e Noelma Mendes, preparamos
junto com a professora Jaqueline, o material na caixa de curativos com luvas estéreis, soro
fisiológico 0,9%, gases também estéreis, atadura, esparadrapo, luvas de procedimento, óleo de
girassol, o AGE.
Uma das técnicas utilizadas na UBS Marlene Ricardo, a técnica em enfermagem Ana
Paula, nos levou para realizar alguns curativos em atendimento ao senhor J.B., paciente do
sexo masculino, 50 anos, acamado, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC), por sua
condição estar sempre deitado, acabou adquirindo lesões por pressão na região calcânea,
sacral e estas lesões estão cada vez mais profundas, atingindo a derme. Todos os dias é
realizado esse curativo, porque o paciente tem incontinência urinaria divido ao AVC, a urina
molha o local das lesões e tem que fazer a troca dos curativos.
Como parte das atividades do estágio, fizemos os curativos no senhor J.B, trabalhando
com o jato com soro fisiológico (SF) 0,9%, limpeza com gazes e nesse tipo de lesão coloca-se
na gaze solução com hidrogel. Essa pomada é um gel estéril capaz de absorver água da pele,
sendo indicada para o tratamento de feridas, pois promove a remoção de tecido morto, além
da hidratação, cicatrização e proteção da pele, ajuda ainda a aliviar a dor no local da ferida,
pois umidifica as terminações nervosas expostas. A técnica Ana Paula falou que, nesse tipo de
lesão, se faz necessário, a depender da profundidade, fazer um enxerto com a gaze mesmo
para que as bordas da ferida se utilize da gaze para ir se fechando.
Logo após uma parada para almoçar no ambiente da cozinha da unidade básica, a tarde
realizamos HGT, exame que mede os níveis de açúcar no sangue, aferimos as nossas pressões,
a professora e enfermeira tirou algumas das nossas duvidas, fizemos gazes, colocando as
gazes no papel grau cirúrgico para ser esterilizado, fizemos sua lacração na maquina seladora
de pacotes, para só assim, ir para a autoclave para ser esterilizada.
A enfermeira Magda Jaqueline sempre muito atenta e atenciosa, repassando as
informações necessárias quanto ao papel grau cirúrgico, destacando que a validade do mesmo
é de sete dias, se estiver integro. Quando esse papel passa pela autoclave muda de cor e, esse
processo demonstra que o material que estava na embalagem foi esterilizado.
Em outro momento, conhecemos toda área da UBS Marlene Ricardo, cuja
caracterização demonstra que a mesma é dividida em duas JK 1 e JK, atendendo a dois bairros
da cidade de Currais Novos/RN, com dois médicos atendendo no local, divididos por

18


unidades, há duas pessoas responsáveis por cada unidade de atendimento, há uma divisão dos
prontuários onde cada paciente é atendido na unidade que pertence.
Há também sala de vacinas, sala de exames como preventivo, duas salas de
atendimento médico, uma para atendimento odontológico, sala de consulta com enfermeira,
sala de atendimento, local para fazer curativos, aplicar medicações rápidas, expurgo, banheiro
de atendimento ao público e de funcionários, sala material de limpeza, pequena dispensa para
guardar materiais, copa, também essa unidade serviu para o atendimento de pacientes com
Covid-19 e realização de testes rápidos.
No segundo momento, iniciado no dia 02 de setembro de 202, quarto dia de estágio,
logo pela manhã, duas estagiárias foram fazer curativo em um paciente no ambiente
domiciliar, os demais, Denise Laiara, José Jenival e Noelma Mendes, ficaram na UBS
Marlenne Ricardo, onde a professora e enfermeira Magda Jaqueline solicitou que apenas dois
destes fossem porque não dava para ir todos e os demais ficaram esperando aparecer a
demanda de pacientes, aproveitando para treinar aferição de pressão nos colegas.
Nesse dia veio uma paciente e, esta estagiária, Denise Laiara, aplicou uma injeção
intramuscular na região glútea, injeção anticoncepcional, com a inspeção da enfermeira
Magda Jaqueline que acompanhava atenta e ficava feliz quando realizávamos os
procedimentos corretamente.
No turno vespertino, logo após o almoço, chegada a hora do atendimento médico no
bairro JK 1, onde tinha uma profissional responsável pela triagem, porque os dados são
realizados no computador. A enfermeira Magda Jaqueline disponibilizou uma folha para
anotação dos dados do paciente, como nome, idade, cartão do SUS, peso, pressão, HGT e
nessa anotação colocamos o dia e a hora do atendimento para depois a profissional
responsável anotar os dados no computador, conforme a agenda do dia.
Durante os procedimentos, notei que haviam muitos pacientes, aferimos primeiro a
pressão, sempre prestando atenção no nível que se encontrava a mesma pressão alta ou baixa,
a ansiedade do paciente, aconteceu até um caso de uma senhora idosa que chegou
assintomática com a pressão elevada 240x100 ou 24 por 10, a enfermeira Magda Jaqueline se
preocupou bastante por ser uma senhora idosa e apresentar apenas tremor, mais corria um
serio risco de ocorrer um infarto a qualquer momento.
Nesses casos, a importância de estar atento ao som que se ouve no estetoscópio e no
ponteiro esfigmomanômetro e a relação com os níveis da pressão arterial alta e baixa, ela foi
atendida primeiro, vendo que a situação era urgente e foi encaminhada para o hospital tomar
as medicações e fazer um eletro e ficar em repouso.

19


Nessa tarde, atendemos muitos pacientes, muitos deles com a pressão arterial alterada,
alguns com a glicose alterada, o HGT, exame de glicemia demonstrava isso e também pela a
inquietude de alguns dos pacientes. Foi um dia bastante proveitoso e ao fim da tarde, umas
03h30m, os pacientes já haviam passado pela avaliação médica, a professora enfermeira
Magda Jaqueline nos liberava para pegar o ônibus, nesse penúltimo dia de estágio a sensação
foi de saudade e para registrar esses momentos, fizemos diversas fotos, estávamos felizes
pelos os atendimentos realizados na referida UBS.
Nosso último dia de estágio, em 09 de setembro de 2021, cujas atividades
correspondiam ao componente curricular Saúde Pública na UBS Marlene Ricardo JK de
currais novos. Em clima de despedida, levamos um bolo para professora enfermeira Magda
Jaqueline. Assim, Denise Laiara, Noelma Mendes, José Genival, Kátia Silva e Jaciara
Sandrelly, planejamos esse bolo de despedida e nesse mesmo dia outra colega da nossa turma
veio executar um dia de estágio com a gente.
Chegamos no posto, fomos empacotar as gazes nos pacotes do grau cirúrgico para ser
esterilizado, depois saímos para visita e realização de curativos no ambiente familiar, na casa
do Paciente J.B., já mencionado aqui anteriormente, paciente vitima de AVC, adquiriu lesões
por pressão por estar acamado.
Outra vez a técnica de enfermagem Ana Paula nós levou na casa desse paciente para
ver e realizar os curativos, sempre levamos a caixa de curativo com todos os materiais
necessários, luvas estéreis e luvas de procedimento. O paciente estava fazendo uso de papaína
atua como desbridante e cuja ação bactericida ajuda no alinhamento de colágeno e
alinhamento das fibras teciduais.
Nesse dia fomos de ambulância, realizamos os curativos do senhor do referido
paciente, fizemos a limpeza, apesar do mesmo ter reclamado de um pouco de dor, por mexer
um pouco com ele, o mesmo se encontrava em posição fetal devido as lesões do AVC ,os
membros inferiores e ficar paralisados por consequência de algumas lesões estarem nas região
dos pés e na região sacral.
Notamos que estava melhor de exsudação da região sacral, mas mesmo assim era uma
lesão bastante grande e profunda, as dos pés eram lesões médias com bastante exsudação, na
lateral do pé fíbula havia um pouco de necrose, a técnica de enfermagem Ana Paula observou
que a ferida precisava de um debridamento, procedimento esse que só enfermeiro realiza por
se tratar de uma retira necrose de tecido morto da lesão para que a ferida fique com o tecido
saudável. Assim, realizamos o curativo, voltamos a UBS e tiramos fotos com toda a equipe de
saúde e partimos o bolo.

20


No turno vespertino, realizamos a triagem dos pacientes, puxamos as fichas dos
prontuários, anotamos dados dos pacientes como endereço, nome, idade e cartão do SUS, os
prontuários ficavam na estante separados por ruas, depois solicitávamos o numero da casa e o
nome do pessoa dona do prontuário, no prontuário há sempre o nome do primeiro integrante
da família e as respectivas pessoas que moram na aquela residência.
Aferimos ainda a pressão arterial do paciente, peso, idade, HGT exame da glicose e
que mede o nível de açúcar no sangue do paciente, colocamos o número no prontuário,
sempre seguindo a ordem de chegada, preferência também, em casos de pacientes idosos e
urgência.
Concluída mais uma etapa na formação do técnico de enfermagem, quero ressaltar
que, seria ótimo se todos os dias houvesse a mesma demanda de pacientes para ser atendidos
na UBS JK, considerado como um campo de estágio tranquilo, mas queríamos mais em
relação aos procedimentos, pois haviam poucos.
A unidade de saúde, não é tão movimentada assim, nós não ficamos na sala de vacinas
nenhum dia, tinha uma enfermeira responsável, não realizamos vacinas na unidade de saúde
Marlenne Ricardo no JK, não sabemos por qual motivo, mas por outro lado, queríamos ficar
mais um tempo para poder realizar mais procedimentos de curativos para pegarmos cada vez
mais prática, mas sem dúvidas foi uma experiência única
Vale enfatizar que a nossa professora, enfermeira Magda Jaqueline, foi excelente nas
suas colocações e ensinamentos, sem dúvidas aprendi muito com ela, serei bastante grata. Ao
fim da tarde ela nos mostrou o relatório de avaliação contendo as notas, fez alguns elogios e
alertou que tivéssemos mais segurança, que chegariam momentos que não haveria mais essa
observação dela, estaríamos a sós como profissionais. Nós agradecemos a pelos seus
ensinamentos e nos despedimos. Sai com a sensação de querer ficar mais uns dias.

2.2 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO EM CLÍNICA CIRÚGICA I

O primeiro dia do estágio em clínica cirúrgica se deu com a professora Fernanda Dias.
A mesma nos recebeu, mostrou a recepção do hospital, local onde é marcado as cirurgias
eletivas do Núcleo de Internação e Regularização (NIR), onde o paciente dá entrada e são
realizados todos os processos para os procedimentos da cirurgia, desde o atendimento médico,
exames e marcações de cirurgias.
A professora nos mostrou ainda um pouco da chegada dos pacientes na sala de pré-
operatório, uma pequena sala onde o paciente vai se paramentar para realização da cirurgia.

21


Essa sala contém um monitor cardíaco para aferir os sinais vitais do paciente, ele veste o
avental cirúrgico, pro-pés, touca e aguarda. Esta sala é próxima do centro cirúrgico e o
paciente pode ir andando, dependendo da cirurgia o paciente pode também ser internado no
ambiente da clínica cirúrgica e vir de maca com acesso venoso para o centro cirúrgico para
realizar procedimento operatório.
O centro cirúrgico fica próximo do pronto socorro, da Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) e fica bem centralizada, dando acesso a todas as áreas do hospital. Quanto a demanda
de cirurgias, as mesmas são classificadas como eletivas, urgência e emergência. Sempre ficam
dois médicos para o atendimento, um para as cirurgias eletivas e outro para cirurgia de
urgência. Nesse ambiente, atuavam os profissionais, doutor Assis e doutor Anderson.
A clínica cirúrgica é bem ampla, separada por enfermarias denominada pelas letras do
A ao H, cada sala em média contém três leitos, o leito C é de isolamento e o H com seis leitos.
Um posto de enfermagem com sala de medicação e a sala do médico. No pós-operatório o
paciente é admitido na clínica cirúrgica, de onde já vem da sala de SRPA sala de recuperação
pós-anestésica, dando início e/ou continuidade ao tratamento cirúrgico.
Ao longo dos dias, fui percebendo a dinâmica do centro cirúrgico, como os pacientes
são separados por enfermaria e por sexo, pois se aumentar a demanda no setor é aberto outra
ala com o mesmo sentido e destinada para a organização dos pacientes. Para isso, a
enfermeira-chefe organiza para facilitar o convívio dos pacientes e o constrangimento de
ficarem juntos pacientes de sexo masculino com aqueles do sexo feminino.
A clínica cirúrgica contém uma sala de isolamento única para conter o risco de
infecção generalizada no caso do paciente apresentar mais de uma patologia e não contaminar
os demais pacientes. A enfermeira e professora Fernanda Dias nos mostrou a lista que é
emitida todos os dias com as cirurgias que vão ser realizadas naquele dia, essa lista contém o
nome do paciente, a idade, o tipo de procedimento a ser realizado, o lugar onde o mesmo
reside e qual o cirurgião irá realizar a procedimento.
Com essa lista é possível que a enfermeira-chefe faça a reorganização, levando em
consideração também o horário que o paciente vai dar entrada na clínica cirúrgica para evitar
transtorno no corredor, depois de organizado é possível preencher o quadro que fica exposto
na parede com a data e leito com uma classificação como A1, A2, A3. Esse quadro demonstra
também o número de leitos que estão ocupados ou reservados a espera do paciente do pós-
operatório. A professora pede para que os estagiários preencham o quadro com leito,
exemplo: D1, nome reservado e assim o leito já fica organizado esperando o paciente pós
cirúrgico.

22


Nas ações realizadas no dia 01 de outubro de 2021, constatou-se que há no setor de
enfermagem, um quadro com o nome do paciente e o leito em que o mesmo se encontra.
Nesse recurso, é preciso preencher com o dia, nome do paciente, procedimento cirúrgico a ser
realizado e com o nome do médico responsável, enfermeiro e técnico responsável.
É importante destacar que esses quadros são caracterizados por corres informativas,
destacando se o paciente tem alergia, risco de queda, dieta zero, lesão por pressão, risco de
ISC infecção do sítio cirúrgico e outras situações pertinentes a essa ação. Para dar início aos
procedimentos, aferimos os sinais vitais de todos os pacientes, PA pressão arterial, PCO2
saturação de oxigênio no sangue, TP temperatura, FC frequência cardíaca e respiratória e
anotamos também no nosso bloquinho, nome, idade e dia da internamento.
Continuando o registro desse dia de estágio, separamos as pranchetas, anotando no
esparadrapo e colando em cada uma, enfermaria D e leito D1, procedimento cirúrgico, nome
do médico, enfileirando em ordem crescente e essas pranchetas continham todos os dados do
paciente, prescrição médica com as medicações e ficha de controle, sinais vitais e hídrico, dia
de internação, local que o paciente reside e patologias.
Nesse dia, separamos as medicações por horários com nome do paciente e leito que o
mesmo se encontra, nome da medicação, coloca as etiquetas com esparadrapo, separa nessas
bandejas conforme o horário indicado na prescrição médica e se tiver algum faltando, coloca-
se a bandeja de acordo as horas.
O primeiro paciente que atendido foi o senhor J.N.S., paciente de 71 anos, no
isolamento com acompanhante, internado desde do dia 29 de setembro de 2021. O mesmo
realizou no dia 01 de outubro de 2021, uma cirurgia de amputação do (MID) membro inferior
direito, paciente diabético, o médico vinha avaliando seu caso, decidiu pela amputação do
membro, esse paciente estava no leito de isolamento por causa da infecção do membro.
Acompanhamos a saída e retorno do paciente da cirurgia para clínica cirúrgica, de
maca e o mesmo chegou ainda com sintomas de analgesia, efeitos da sedação do
procedimento cirúrgico. Ao ser readmitido, abrimos a sonda, aferimos todos os sinais vitais,
colocamos o soro no gancho de suporte, abrimos o gotejamento o cobrimos. O paciente no
pós operatório sente muito frio por causa da sedação.
Durante o nosso estágio, acompanhamos alguns procedimentos com um paciente,
senhor J.N.S., o qual o classificamos como um homem simples um doce de pessoa para se
trabalhar nesse tipo de ambiente. Para os demais pacientes do setor, administramos as
medicações conforme o horário das 11h00, realizamos a troca de soro, conforme o prescrito
nas medicações que iam acabando, olhamos a prescrição e se era preciso substituir.

23


Em seguida, colhemos o HGT, exame que detecta os níveis de açúcar no sangue
glicemia capilar, corrigimos conforme o protocolo da instituição, quanto as unidades de
insulinas devem ser aplicadas, se era preciso verificar o valor da glicemia e esvaziamos a
diurese dos pacientes com Sonda Vesical de Demora (SDV), anotamos todos os parâmetros e
checamos o que foi realizado de acordo com a hora da realização ou medicação.
Administramos também as medicações das 3:00h da tarde, sob a orientação da
enfermeira Fernanda, pois ela sempre separa uma prescrição para cada estagiário, aspirar a
medicação do recipiente com ampola ou soro para a seringa, separa a medicação na cuba rim
para levar até o paciente e, durante o procedimento de administrar, a enfermeira sempre
observava a aplicação realizada pelo estagiário(a).
No dia 05 de outubro de 2021, o segundo dia de clínica cirúrgica, haviam poucos
pacientes, estavam realizando cirurgia na unidade e a enfermeira Fernanda Dias fez algumas
perguntas aos estagiários, orientando para realizar pulsão venosa um nós outros com Jelco e
ficou nos auxiliando e demonstrando a técnica como uma professora maravilhosa.
A senhora M.A.C., já havia realizado a cirurgia de colecistectomia a retirada da
vesícula, paciente estava de alta, mas saturando. A enfermeira Fernanda Dias fez algumas
perguntas para saber se nós estagiários sabíamos os valores da PCO2, saturação sanguínea
que é de 95% a 100%. A frequência cardíaca de 65 a 100 bpm, batimentos por minuto e
frequência respiratória 12 a 20 irpm, incursões por minuto, considerando que esses são
parâmetros normais para um adulto.
Durante todos os três dias de estágio na clínica cirúrgica, a enfermeira-chefe nos
ensinou a observar o paciente e a realizar as anotações de enfermagem, admissão do paciente
no setor local que se encontra o Jelco, se o paciente tem sonda vesical de demora, se está se
alimentando ou está fazendo suas eliminações, aparência desse paciente se ele é orientado ou
desorientado e as anotações dos sinais vitais se estão todas nos parâmetros da normalidade.
A enfermeira-chefe sempre nos lembrando que é de total importância colocar data e
hora nas anotações de enfermagem, uma garantia para o técnico dos procedimentos que foram
realizados, até de defesa contra multas e penalidades dos órgãos como Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN) e o Conselho Regional de Enfermagem (COREN).
De forma clara, entende-se que principal objetivo da vivência Clínica Cirúrgica é,
sumariamente, prestar assistência de enfermagem integral, individualizada e sistematizada, a
adultos e idosos, em especial, naqueles casos em que o paciente convive com agravos á saúde,
agudos ou crônicos, que necessitem de tratamento cirúrgico.

24


2.2.1 Anotação de Enfermagem

No dia 05 de outubro de 2021, mais precisamente as 10:00, atendemos a J.P.F., de 25
anos, paciente consciente e orientado, pós-cirúrgico de apendicectomia, afebril, respondendo
a estímulos, respirando em o2 ambiente, ausência de movimentos inferiores, estado geral
bom, normotenso, corado, eupneico, sonolento com acesso venoso periférico em (MSE)
membro superior esquerdo na região da mão, numero 18 do jelco, cirurgia limpa,
administrado das medicações conforme o horário e seguindo os cuidados da equipe de
enfermagem. Etef.Téc.Enf.Est.Denislaiara Nogueira._________________________________
No terceiro dia, atendemos também uma senhora cuja iniciais do nome era L.M.D.S.,
uma colega trocou o curativo da mesma, ficamos auxiliando por que a paciente iria passar por
um procedimento cirúrgico chamado desbridamento do (MIE) membro inferior esquerdo,
região do pé, foi realizado a limpeza e troca do curativo e após duas horas foram feita as
medicações. A mesma vestiu o avental cirúrgico, foi levada para realização do procedimento
pelo maqueiro de cadeira de rodas.
As 03h00 da tarde ela foi readmitida na clínica cirúrgica, dando continuidade ao
tratamento cirúrgico. Aferimos os sinais vitais, observamos os curativos e a aparência do
curativo dela estava sanguinolento com presença de sangue, sendo um curativo
ocluso/fechado. Como estagiária, também realizei todos os sinais vitais do senhor F.E.S.,
paciente que se encontrava na enfermaria B, no leito B02.

2.2.2 Anotação de Enfermagem

Paciente, F.E.S., se dá nesse dia 11 de outubro de 2021, por volta das 14h30m e a
situação do paciente estava consciente, orientado, sonolento, respondendo aos estímulos,
respirando em O2 ambiente, com ausência de dor, fazendo uso de sonda vesical de demora,
com incisão cirúrgica limpa, diurese presente, ausência de edemas e realizando as medicações
conforme prescrição médica. Etef.Téc.Enf.Est.Denislaiara Nogueira.____________________
As estagiárias, Denise Laiara e Ohanna Erika, procederam as anotações de
enfermagem, realizando a aferição dos sinais de vitais do senhor L.D.D, paciente se
encontrava na enfermaria A no leito A 01. Nesse dia 11 de outubro de 2021, as 14h30m, cujo
paciente estava consciente, respondendo aos estímulos orientado, deambulando, eliminações
vesicais e intestinais espontaneamente e intestinais presentes. Sinais vitais normotensa,
normocorada, afebril ausência de edemas, relata dor abdominal no quadrante superior direito,

25


cujo relato nos permitiu realizar medicações conforme prescrição médica e segue aos
cuidados da equipe de enfermagem.
Nesses dias, como os pacientes estavam no pós-operatório, tinha que esperar o efeito
da sedação da anestesia passar por no mínimo 6 horas, o que exigiu que não realizássemos,
procedimento de banho no leito por esse motivo, logo após a liberação do médico o paciente é
estimulado a deambular evitar trombose.
Em face do exposto, relato, consciente e objetivamente que aprendi a fazer admissão
do paciente no pós-operatório, a observar esse paciente, constatando o acesso venoso em qual
local se encontra MSD ou MSE ou se em membro superior direito ou esquerdo, o número do
jelco, se tem sondas e qual o valor da diurese, se aparência demonstra está sonolento, se está
consciente e com aparência da pele com ou sem edemas, como está o curativo se há a
presença de sangue ou não, qual a dieta do paciente se é liquida, se as eliminações estão
presentes ou ausentes, esse o esquema serve para a admissão do paciente na clínica cirúrgica.
A anotação de enfermagem nos permite proceder a descrição dos cuidados realizados,
a troca de soros, os cuidado com acesso e sondas, os cuidados com o paciente, cuidado com
os sinais vitais, parâmetros da febre e pressão alta, freqüência cardíaca e respiratória,
checagem da medicação, a correção e regulação de glicemia febre ou dor (s/n) se necessário e
se o paciente preferir ou apresentar algum deles, á fica prescrito qual medicação administrar.
Esse é um cuidado geral do paciente e todos os ensinamentos foram válidos.
A enfermeira-chefe Fernanda Dias nos incentivou bastante, fazendo com que
aprendêssemos a realizar a anotação de enfermagem e que estudássemos sobre os tipos de
drenos, porque na clínica cirúrgica nos depararíamos bastante com esse tipo de procedimento.
Outro fator importante é sobre o acesso venoso em qual local se encontra MSD Ou
MSE, se em membro superior direito ou esquerdo, quanto ao número do jelco, se o paciente
está com sonda, se usa fralda, tipo de drenos, qual o valor da diurese, se já passou o efeito da
analgesia pós-cirurgia, qual o tipo de dieta, se o paciente está orientado ou sonolento e ainda
sobre o estado que se encontra o curativo, após o procedimento.

2.3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NO ABRIGO MONSENHOR EXPEDIT O

Essa etapa da formação em que se vivenciou o estágio no ambiente do Abrigo
Monsenhor Expedito, localizado no município de Currais Novos/RN. A professora, Jessica
Fontes e as datas do encontros foram os dias 13 e 20 de outubro de 2021. Quanto a rotina de
trabalho no abrigo, assim se faz o relato: chegamos de sete horas da manhã, conhecemos o

26


abrigo, a ala está divido em masculino e feminino, há banheiros masculino e feminino, há
muitos quartos e estes são quartos são compartilhados, banheiros também, refeitório, cozinha,
lavanderia, pátio, direção e coordenação.
A preletora nos falou um pouco da rotina de alguns idosos que não gostavam muito de
ter contato, que alguns dos idosos estavam ali por ordem judicial, por maus tratos da família e
outros por viverem em situação de abandono, não ter mais família, não ter quem cuide e
passaram a morar no Abrigo.
Começamos o dia colocando os equipamento de proteção individual que são: capotes,
luvas e outros. Iniciamos com a aferição dos sinais vitais de todos os pacientes da ala
masculina e feminina. Há uma ficha de controle de pressão arterial a P.A, TP temperatura e
PCO2, saturação de oxigênio no sangue. Nesse registro são anotados os parâmetros de cada
paciente.
Considero o ambiente do abrigo um local incrível para aprender a aferição de pressão.
A professora Jessica Fontes nos falou que os idosos são bem calmos e poderíamos repetir a
verificação da P.A, se necessário os idosos já estavam acostumados com os estagiários. Logo
após a aferição fazemos a retirada das medicações.
No espaço das alas há uma lista com os seguintes dados: nome, idade e as medicações
conforme o horário das 8h00 da manhã, das 11h00 e das 17h00. É separado as medicações
em copinhos de xarope, coloca-se nos gaveteiros com o nome de cada paciente, algumas do
paciente e outras são fornecidas pela UBS. A professora Jessica Fontes já está acostumada ver
quais as medicações estão faltando, dividir do paciente que recebe essa medicação do posto,
nesses mês alguns pacientes iriam fazer consultas para reavaliação e recebimento da receita e
as devidas medicações.
No período da manhã, realizamos as medicações de uma senhora e a alimentação a
mesma fazia, o uso de Sonda Nasoenteral (SNE), sonda que passa pela nasofaringe e vai em
direção ao estomago, porque a paciente foi vitima de um AVC, impossibilitando os seus
sentidos de andar, de falar e inclusive a mastigação não estava mais deglutindo, por isso uso
dessa sonda. Realizamos a alimentação pela sonda em bolos com uma seringa com a
alimentação liquida, aspiramos o líquido do copo e injetamos na sonda, as vezes de forma
lenta por que a paciente se engasgava com o refluxo.
A enfermeira Jessica Fontes nos relatou que a paciente sentia a introdução da
alimentação, o que nos permitiu injetar, mais 350ml de água para fazer a lavagem dessa
sonda, as cozinheiras, já sabiam como era feita a alimentação dela, havia dois copos com as

27


medidas exatas da alimentação que era feita a cada duas horas para nutrir a paciente por ser
uma dieta liquida.
A enfermeira Jessica Fontes nos relatou também que a cada mês essa sonda era
trocada, o que antes levava apenas quinze dias. De fato, percebeu-se a possibilidade de fazer
esse procedimento da retirada e colocação da sonda a cada mês devido a necessidade de fazer
um raio-x para verificar se a sonda está mesmo aderida ao estomago.
A enfermeira Jessica fazia a ausculta, colocava um pouco de ar aspirando na seringa e
injetava na sonda, verificando o sibilo ou o borbulhar do suco gástrico do estomago e depois
levava a senhora para realização do raio-x, nos permitindo ver esse tipo de procedimento e,
para facilitar, ela coloca a SNE, luvas estéreis, passa lidocaína na ponta da sonda para
anestesiar um pouco o incômodo da passagem da sonda.
É feito ainda a colocação da sonda e retirada do fio guia que tem na extensão da sonda
para facilitar a passagem para que a mesma não enrole, sendo ainda necessário estimular o
paciente a deglutição a engolir a saliva para facilitar a introdução da mesma. Na sala da
coordenação do abrigo há um quadro exposto, mostrando a data de troca da SNE, pois a
mesma tem um tempo certo de durabilidade dessa sonda.
No turno vespertino foi realizado o banho de aspersão, mais conhecido como banho no
chuveiro, a higiene corporal do paciente para a remoção de sujidades e odores, a estimulação
da circulação, a remoção de células mortas e micro-organismos, proporcionando conforto e
bem-estar. Banho realizado nas pacientes do sexo feminino.
Já para os pacientes da ala masculina, há dois profissionais, também do sexo
masculino para evitar o constrangimento do idoso, mas se caso for necessário auxiliamos, sem
problema algum, pois o banheiro feminino é maior e as profissionais auxiliam e a enfermeira
Jessica Fontes sempre observa os estagiários dando banho nas pacientes no cuidado com a
higiene das mesmas. Depois vestimos as roupas delas passamos perfume e desodorante,
penteamos os cabelos. Depois dessa ação, algumas iam para o quarto e as outras para o sofá, o
que nos promovia uma sensação de satisfação em ver todas cheirosas e refrescadas.
Ainda no período da tarde, por volta das 03h30m, foi realizado o lanche composto por
suco com bolachas ou pão com queijo. A cozinheira fazia a distribuição dos mesmos e alguns
comiam sozinhos. No caso da senhora M.A., a comida era administrada por um dos
cuidadores, pois a mesma era muito idosa, tinha paralisia, o corpo se encontrava em posição
fetal, impossibilitando a mesma de realizar as funções básicas como se alimentar.
Ainda às 04h00 da tarde a enfermeira Jessica Fontes solicitou que nós aferíssemos os
sinais vitais novamente e de todos ao pacientes. Valores como P.A pressão arterial, TP

28


temperatura, PCO2 oxigenação sanguínea, F.C freqüência cardíaca e F.R frequência
respiratória.
Anota-se todos os dados na ficha de controle. Pediu ainda que nós escolhêssemos um
dos pacientes e perguntamos sobre data atual, idade, se tomava medicações, se fazia a
alimentação sozinha e observássemos também quanto a extensão do corpo, se tinha algum
comprometimento de algum membro amputado, se o paciente era lúcido orientado, ou as
vezes orientado, para realizarmos a anotação de enfermagem. A enfermeira Jessica Fontes nos
mostrou um modelo de questionário e, após feitas as anotações, ela corrige.
Assim, dada a relevância ao tema, especialmente por que o trabalho com a pessoa
idosa é, sem dúvidas, excepcional, a percepção de Vercautern (1996, p. 125), enfatiza que:

O idoso asilado está fora do tempo porque ele não tem um projeto. A renovação
permanente do presente num sistema cíclico da temporalidade da existência
transforma-o na própria eternidade, porque não tem futuro. Desse modo, a noção
mesma de projeto de vida não pertence ao idoso asilado e abandonado e, desse
modo, não existe como objeto de realização. O projeto único dessa categoria de
idosos é “viver”, o que destrói a idéia de projeto de vida em si uma vez que “viver”,
aqui, tem apenas o sentido da sobrevivência do biológico.

Dessa forma, compreendo que o trabalho no âmbito do asilo se constitui fundamental
para a experiência do Técnico de Enfermagem, tendo em vista que esse profissional precisa
saber atuar de forma responsável com esse público.

2.3.1 Anotação de enfermagem

No dia 13 de outubro de 2021, por volta das 15h46m, a paciente M.J.L., com idade de
80 anos, desorientada, sono preservado O2 ambiente, dieta restrita por via oral com boa
aceitação, realizou o banho de aspersão. Na inspeção face tórax sem alterações M.M.S.S.,
alteração no MIE. Membro inferior esquerdo coto, MID membro inferior direito sem
alterações, seios sem alterações e simétricos, abdômen reto, eliminações vesicais e intestinais
presentes. Idosa sem queixas que segue aos cuidados da equipe de enfermagem.
Est.Enf.Etef.Téc.Denise Nogueira._______________________________________________
No segundo dia realizamos os sinais vitais de homens e mulheres, sempre prestando
atenção nos valores de cada paciente, separamos as medicações de cada um de acordo com os
horários, a enfermeira Jessica Fontes ficou observando enquanto nós fazíamos a separação
dos medicações, pois havia medicações que eram necessárias de ser quebradas/machucadas,
antes de colocar um pouco de água para os pacientes tomarem. Uma senhora bastante idosa

29


não queria ingerir a medicação, cuspindo o fora. No entanto, Jessica tinha que ficar de olho
pra ela não proceder assim, deixando de aproveitar a medicação recomendada.

2.4 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA CLÍNICA MÉDICA

O momento da vivência em Clínica Médica, representa um aprendizado fenomenal, no
que diz respeito ao contato com o paciente e com o profissional médico, tendo em vista que,
ao interagir com esses atores, aprende-se um pouco mais ao articular teoria aprendida no
campo de estudo com a prática vivenciado no campo do estágio.

Imagem 00: Registro do estágio - 05/11/2021
2


Fonte: Registrado pela autora (2021).

A vivência do estágio supervisionado do Curso de Técnico de Enfermagem, se deu no
ambiente da clínica médica, em duas ocasiões. No dia 05 e no dia 12 de novembro de 2021,
no horário da 08h00 até às 15h00, tendo como professora a enfermeira Fabrycia da Guia que
também nos acompanhou em outros campo como abrigo e clínica cirúrgica.
Ao chegar no ambiente de estágio, trocamos a roupa normal por um pijama branco,
colocamos o jaleco, a touca e pegamos nossos EPIs como estetoscópio e esfigmomanometro,
termômetro, bloco de anotações canetas, luvas de proteção e mascaras. Subimos para o
ambiente da clínica médica, demos um bom dia a toda equipe, pois já fora avisada que os
estagiário estariam presentes e estes deixam as suas funções para serem executadas, como dá
banho no leito, troca de curativos e aferição de sinais vitais.
É importante salientar que o setor de Clínica Médica é muito semelhante ao de Clínica
Cirúrgica, pois há várias enfermarias separadas por letras do A ao M, leito de isolamento,
posto de enfermagem e de clinica médica, medicações variada, sala do médico, local de
descanso dos técnicos, sala de preparação de matérias relacionado a limpeza. Na verdade o
que muda são as cores do setor e a clientela, tendo em vista que os pacientes podem ser
internados para realizar medicações por um curto período de tempo e para investigações de
patologias e realização de exames clínicos.
No primeiro dia de Clínica Médica, observamos todo o setor, realizamos banho no
leito de uma paciente, aferimos os sinais vitais de todos os outros, a P.A pressão arterial, a

2
Vivência em Clínica Cirúrgica - Estagiários: Denise Laiara, José Genival, Kátia Silva e Maria Dilma.

30


F.C frequência cardíaca, a F.R frequência respiratória, a SPO2 oxigenação sanguínea ou
saturação e separamos as medicações conforme as prescrições médica.
Nesse procedimento, primeiro são colocadas nas bandejas conforme o horário e depois
as medicações são separadas na clínica médica nas cubas rins com número do leito do
paciente e enfermaria, exemplo D1, diferente da clínica médica onde se separava pelos
horários, mas apesar de ser conforme o horário já é separado as medicações com a
etiquetagem D1, nome do paciente, horário e medicação.
O primeiro atendimento ocorreu no dia 05 de novembro de 2021, foi banho no leito da
paciente R.S.M. O procedimento banho no leito é realizado, geralmente no período da manhã
e repetido quando for necessário. O procedimento padrão é buscar informar o paciente o que
será feito, fechar as portas e janelas para evitar as correntes de ar, cercar a unidade com
biombos, dispor o material, duas bacias, uma com água onde a outra com sabonete
Faz-se a compressão para ensaboar e outra para secar. Utiliza-se luvas de banho,
toalha ou panos, roupa de cama e roupa limpa para o paciente, biombo, desodorante, pente ou
escova, material para higiene oral, Hamper (saco classe II) para colocar roupa suja sempre na
solução com emoliente ou anti-séptica.
Na cabeceira ao lado do paciente coloca-se um bacia, sabonete, pente, desodorante e
material para higiene oral. Na cadeira hospitalar, coloca-se a roupa de cama para o paciente,
sempre dobrada e em ordem de uso. No chão, balde para água suja, oferece comadre ou
papagaio para fazer higiene oral ou facial. Depois, joga água para fazer a higiene íntima com
nova água (deixar o paciente realizá-la se assim o desejar e se não puder, lavar e secar o
paciente, sempre no sentido frente para trás, não ao contrário para não trazer sujeira do ânus
para o órgão genital da paciente.
Após o banho foi realizado a troca de curativos na região sacral (LPP), lesão por
pressão, sempre realizado de forma asséptica, trocado lençóis de cama, antissepsia do
colchão, colocação de fralda na paciente, passando um creme para hidratar a pele e perfume
na paciente por último, higiene oral, palito com gaze, copo anti-séptico bucal. O banho
sempre no sentido céfalo, caudal da cabeça aos pés.

2.4.1 Anotação de Enfermagem

No dia 05 de novembro de 21, por volta das 10h50m, o atendimento foi com a
paciente R.S.M. Consciente sonolenta, orientada, restrita ao leito, respirando em O2 ambiente,
corada, dieta por via oral com boa aceitação, acesso venoso periférico (AVP) em membro

31


superior direito (MID), eliminações vesicais presentes em fralda, intestinais ausentes, lesão
por pressão (LPP) região sacral, banho no leito, troca de curativo soro fisiológico 0,9% com
óleo cicatrizante (AGE), verificação de sinais vitais (SSVV), medicações de horário segue aos
cuidados da equipe de enfermagem. Est.Enf.Etef.Téc.Denise Nogueira.__________
No segundo dia, em 12 de novembro 2021, sempre a mesma rotina, verificação de
sinais vitais (SSVV). Banho no leito, troca de curativos, administração de medicamentos,
realização de exames como (HGT) exame feito aferir os níveis de açúcar no sangue, diurese,
todos os procedimentos realizados anotados ficha de controle de sinais vitais e hídrico.

2.4.2 Anotação de Enfermagem

No dia 12 de novembro de 2021, às 11h34m, o atendimento se deu com M.C.L.
paciente consciente, orientada, respirando em O2 ambiente, acesso venoso periférico, membro
superior direito (MSD), deambulando com ajuda, banho de aspersão, cadeira de rodas,
curativo em membro inferior esquerdo (MIE) trocado, eliminações vesicais e intestinais
presentes em fralda medicações, administradas conforme prescrição e segue aos cuidados da
equipe de enfermagem. Est.Enf.Tef.Téc.Denise Nogueira._____________________________
Para nortear os trabalhos e intervenções dos estagiários, a enfermeira e professora,
Fabricya da Guia nos repassa as suas orientações, sempre eficiente, paciente, maravilhosa,
atenciosa, transmitindo os seus conhecimentos de forma mais clara possível. A clínica
médica, foi um setor bem diversificado onde pudemos ver vários tipos de tratamentos
diferentes, de pressão alta, de pneumonia, internação para realizar endoscopia, tratamento de
controle do diabetes, tratamento de lesão por pressão, entre outras patologias.
Realizei banho no leito, troca de curativos administração de medicações, verificação
dos sinais vitais, anotações de enfermagem e quando ia se aproximando a hora a professora
separava um paciente para cada estagiário preparar a medicação separar, fazer a aspiração da
medicação para a seringa e deixar tudo em conformidade com a instituição.
Ao concluir essa etapa da vivência de estágio, Silva (2017, p. 705), ressaltam que
durante esse período de aulas teóricas, favorecem aprender sobre as regras e os cuidados de
enfermagem, o que facilitou o período de estágio, pois é neste momento que colocamos em
prática o que aprendemos na sala de aula, ou seja, fazendo a correlação da parte teórica com a
prática. Esse período também foi muito importante para visualizar muitos procedimentos que
até então só eram conhecidos na teoria.

32


2.5 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA CLINICA CIRÚRGICA II

Nessa etapa, tivemos como professora a enfermeira Fabricya da Guia e realizamos as
atividades atinentes ao estágio em clínica cirúrgica II, nos dias 19 de novembro e 03 de
dezembro de 2021, no ambiente do HRMC, em Currais Novos/RN

Imagem 2: Registro do estágio com a enfermeiros Fabrícya e Múcio - 19/11/2021

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Nesse segundo momento da clínica médica, o nosso retorno acontece contando agora
com o apoio e orientação da professora e enfermeira Fabricya da Guia. No que se refere a
rotina dos procedimentos, como sempre, fomos preencher o quadro com nome dos pacientes,
aferimos os sinais vitais de todos, PA pressão arterial, PCO2 saturação de oxigênio no sangue,
TP temperatura, FC freqüência cardíaca e F.R respiratória. Colhemos o HGT, exame que
mede os níveis de açúcar no sangue (glicose), anotamos também no nosso bloquinho o nome,
a idade, o local onde se encontra o Jelco e o dia do internamento.
Separamos as pranchetas, anotando no esparadrapo e colando em cada uma a
enfermaria C e leito C3, procedimento cirúrgico, nome do médico, enfileirando em ordem
crescente e essas pranchetas continham todos os dados do paciente, a prescrição médica com
as medicações e a ficha de controle com os sinais vitais e hídrico, o dia de internação, o local
que o paciente reside e, caso presentes, as patologias.
Nesse dia separamos as medicações conforme o horário e com o nome do paciente e
leito que o mesmo se encontra, nome da medicação, coloca-se as etiquetas com esparadrapo,
separa essas bandejas conforme o horário indicado na prescrição médica, se tiver algum
faltando em algum horário, colocamos a bandeja de acordo com o seguimento das horas.
Na sequência dos procedimentos, observa-se o acesso venoso em qual local se
encontra MSD membro superior direito ou MSE em membro superior esquerdo, numero do
jelco, se o paciente está com sonda se usa fralda, tipo de drenos, qual o valor da diurese se o
mesmo estiver de (SDV) sonda vesical de demora, se já passou o efeito da analgesia pós
cirurgia, o tipo de dieta, se o paciente está orientado, sonolento, o estado em que se encontra o
curativo, se há a necessidade de retirar a touca da cabeça, assim como, os pro-pés dos pés.
Quando o paciente não puder responder é necessário pergunta ao acompanhante, sobre o tipo
da dieta e as eliminações.

33


Administramos as medicações das 11h00, das 13h00 e das 15h00. Nesse caso, a
enfermeira Fabricya da Guia separa uma prescrição para cada estagiário aspirar do recipiente
com ampola para a seringa, homogeneizar as medicações, separar a medicação na cuba rim
para levar até o paciente e administrar, pois ela sempre observava a aplicação. Depois de
administrar todas as medicações, aferir os sinais vitais, admitir os pacientes, fazemos a
prescrição de enfermagem e auxiliamos, repondo os soros se as medicações dos pacientes
forem acabando.

2.5.1 Anotação de enfermagem

No dia 19 de novembro de 2021, às 12h45m, registrei o acompanhamento da paciente
V.L.F.C., consciente orientada, admitida na clínica cirúrgica, pós-cirúrgico de herniorafia,
respirando em O2 ambiente, acesso venoso periférico em membro superior esquerdo (MSE),
presença de drenos de penrose, eliminações vesicais em sonda vesical de demora (SDV),
curativos limpos e fechados. Segue aos cuidados da equipe de enfermagem.
Est,Enf.Etef.Téc.Denise Nogueira._______________________________________________

2.5.2 Anotação de enfermagem

No dia 03 de dezembro de 2021, às 9h40m, registrei o acompanhamento de M.J.R.R,
paciente orientada deambulando pós-cirúrgico de colicistectomia, respirando em O2 ambiente
acesso venoso periférico (AVP) em membro superior esquerdo (MSE), dieta oral com boa
aceitação, eliminações vesicais presentes e intestinais ausentes, curativos limpos e fechados
administrada as medicações conforme o horário. Segue aos cuidados da equipe de
enfermagem.Est.Enf.Etef.Téc.Denise Nogueira._____________________________________

2.5.3 Anotação de enfermagem

No dia 03 de dezembro de 2021, às 12h20m, registrei o acompanhamento de
M.Z.S.G., paciente sonolenta orientada, pós-operatório de colecistectomia acesso venoso
periférico (AVP), membro superior esquerdo (MSE), respirando em O2 ambiente, dieta zero,
eliminações intestinais ausentes e vesicais presentes, referiu dor administrado Tramadol.
Segue aos cuidados da equipe médica de enfermagem. Est.Enf.Etef.Téc.Denise Nogueira.___

34


Ainda conforme as orientações da enfermeira, realizamos o banho do leito de um
paciente de 40 anos de idade, o mesmo já havia realizado uma cirurgia a 10 anos para retirada
da vesícula, submetido a uma nova cirurgia para investigação de patologia, inflamação das
alças intestinais e realizado uma laparotomia exploratória. Esse paciente estava usando dreno
de sucção, sonda vesical de demora, paciente dieta zero a 5 dias, nutrido por via parental soro
fisiológico 0,9%.
Diante das experiências que já vivenciamos, é preciso constatar que foi um dos
maiores curativos que já realizamos. O Enfermeiro Múcio, que estava com os estagiários e a
professora enfermeira Fabricya da Guia, também evidenciaram essa situação. Logo após,
auxiliamos no fechamento desse curativo, utilizando leukomed fixador de cateter, filme
transparente utilizado para tentar fechar o ar que estava saindo de dentro do abdômen do
paciente.
O Enfermeiro Múcio utilizou dois curativos desse tipo. Técnica asséptica. Como
registro, observamos ainda que o ar que saia da cavidade abdominal do paciente,
impossibilitava o dreno de sucção de puxar a secreção de dentro do paciente. O enfermeiro
Múcio ficou surpreso com a saída de excesso de ar que ficou de conversar com médico, se
houvesse necessidade, para abrir as suturas para recolocação do dreno, pois ele é essencial
para eliminação das secreções de sua cirurgia.
Ao fim do procedimento, fechou todo o abdômen com curativo, gaze e esparadrapo.
Nesse último dia da vivência em clínica cirúrgica surgiram muitos pacientes, porém a cirurgia
desse senhor foi a que me chamou mais atenção, principalmente, por causa do tamanho e
complexidade da cirurgia.

2.6 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA OBSTETRÍCIA E PEDIATRIA

Essa etapa do estágio em que a vivência se deu no ambiente do Hospital Regional
Mariano Coelho (HRMC), na cidade de Currais Novos/RN, no âmbito das atividades da
obstetrícia e da Pediatria, nos dias 16 e 27 de dezembro de 2021, cuja professora foi a
enfermeira Cláudia Cecília, cumprindo os requisitos de dois componentes curriculares, juntos.
Referente a esse momento da formação e/ou da vivência do estágio, vale ressaltar o
que preconiza Brasil (2017, p. 4), em que destaca:

As Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal nasceram de um esforço do
Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Saúde da Mulher do
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção à

35


Saúde do Ministério da Saúde (CGSM/DAPES/ SAS/MS), em conjunto com
diversas áreas do Ministério e outras instituições, sociedades e associações de
profissionais (médicos e de enfermagem) e das mulheres, no intuito de qualificar o
modo de nascer no Brasil.

O referido estágio em Obstetrícia e Pediatria cumpre com duas disciplinas juntas:
obstetrícia, em que se cumpre os cuidados com a mãe na hora do parto e no acompanhamento
do desenvolvimento fetal, se procede as pesquisa de patologias na gravidez como diabetes
gestacional, eclampsia, patologias do bebê, doenças do coração, síndromes e má formações.
Já o componente Pediatria, cumpre com os cuidado com o bebê nas primeiras horas de
vida, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescentes.
Esses dois campos foram unificados, sendo a obstetrícia com atendimento aos dois públicos e
a pediatria com a assistência ao parto e aos cuidados com recém-nascido.
Durante as atividades, ficamos no setor obstétrico, ala a esquerda do HRMC.
Chegando para entrar no setor fica localizado ao lado esquerdo, podemos acessar facilmente,
essa ala pelo centro cirúrgico e também pela recepção do lado esquerdo como sempre
entramos e trocamos de roupa no (NEP) núcleo de ensino e pesquisa do hospital, passamos
pela recepção e entramos pelo centro cirúrgico.
Apos ter acesso ao centro cirúrgico nos dirigimos pelo corredor ao lado que dá acesso
a setor obstétrico do hospital para observar que esse setor fica ao lado do centro cirúrgico,
facilitando a realização do parto cesário ou pélvico pela proximidade do centro cirúrgico com
a sala que se realiza o parto.
O setor obstétrico possui o mesmo estilo de recepção onde a grávida dá entrada na
documentação, geralmente a caderneta de gestante, já tradicional, o cartão do SUS, faz a ficha
de atendimento com nome, local que reside, data e hora de chegada. Na segunda sala é feito o
atendimento médico com a médica obstétrica no qual a mesma identifica se a gestante precisa
ser internada ou não.
Quando está tudo pronto e apta para dá entrada na unidade, a paciente entra por outra
porta, vai para uma pequena enfermaria no mesmo corredor e se não houver necessidade de
internação a gestante toma medicação aguarda os dez minutos para não ter nenhuma reação e
depois está liberada. Nesse setor contém sala de atendimento médico, posto de enfermagem,
área de descanso para os profissionais, serve também como vestiário, sala de espera para os
profissionais, copa e banheiro e há ainda as enfermarias com banheiros para as pacientes.
No primeiro dia do estágio Obstetrícia e Pediatria, realizado no dia 16 de dezembro de
2021, chegaram dois pacientes uma gestante com idade de 15 anos, sete meses de gestação e

36


sentindo dores. Foi realizado uma medicação para aliviar as dores e pedimos que a mesma
esperasse dez minutos para observar os efeitos da medicação.
Nesse mesmo dia chegou uma segunda gestante que foi internada de imediato, pois
estava com 41 semanas de gestação, tinha risco de pré-eclampsia por causa da pressão alta, o
que poderia fazer com que o bebe entrar em sofrimento fetal. A mesma deu entrada na
enfermaria com sua acompanhante, pois é um direito da gestante ter alguém do seu convívio.
Nesse momento, a mesma foi atendida pela professora/enfermeira e obstetra Cláudia
Monteiro, também avaliada pelo médico doutor Eduardo que realizou o parto cesário, estava
avaliando a grávida e a mesma recebeu ocitocina intravenosa para indução do parto. Essa
medicação faz com que o útero se contraia com maior fequencia e força.
Essa ocitocina administrada é idêntica a ocitocina natural produzida pela hipófise. A
gestante também fez uso de misoprostol, medicação que foi administrada por via vaginal da
paciente, sendo dois comprimidos para indução do trabalho de parto com a dilatação do colo
do útero. Vale lembrar que a utilização dessa medicação é exclusiva para o uso hospitalar e
proibida sua comercialização em farmácias e em qualquer outro estabelecimento comercial,
sendo ainda proibida a venda pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por
se tratar de um medicamento abortivo.
O atendimento da continua com a verificação da P.A pressão arterial, da PCO2
oxigenação sanguínea, da TP temperatura, da FC frequencia cardíaca e FR frequência
respiratória, com a anotação na ficha de controle dos sinais vitais e hídrico. A paciente
também foi submetida a um exame cardiografia, realizado para verificação do (BCF)
batimentos cardíacos fetais e para identificar um possível sofrimento fetal em que os
batimentos cardíacos do bebê são avaliados. Nesses casos, o normal é que fique acima de
120bpm, porém em alguns casos pode chegar a 80bpm. Isso acontece por diversos motivos,
inclusive pela compressão do cordão umbilical.
Para esse tipo de procedimento, examina-se a barriga da gestante com sonar doppler,
detector de batimentos cardíacos, aplica-se o gel, utiliza-se ainda o papel toalha, a gestante
permanece em posição dorsal, é aplicado o gel, depois passa o aparelho na barriga da grávida,
procurando os batimentos do bebê. Verifica-se em que lado se encontra, detecta-se o som dos
(BCF) batimentos cardíacos fetais, depois que acha os batimentos, limpa a barriga da gestante
com papel toalha.
Nesse caso, como estagiária, auxiliei a enfermeira e professora Cláudia Monteiro na
colocação das faixas que ficam ao redor da barriga da gestante, os eletrodos são colocados em
pontos estratégicos na barriga, a enfermeira procurou pelos batimentos do bebê, um eletrodo é

37


para o bebê e o outro irá monitorar o útero. São duas faixas que se cruzam e ficam ligadas ao
cardiográfico.
A cardiotocografia ainda foi realizado para verificar a movimentação fetal, se a mãe
sente o bebê se movimentar ela aperta um botão que é contabilizado no traçado gráfico. A
enfermeira Cláudia Monteiro pediu para que toda vez que a mãe sentisse o bebê se
movimentar, apertasse o botão. A cardiotocografia também pode diagnosticar a aceleração do
coração do bebê, se chegar aos 180 e permanecer por mais de 15 minutos, certamente o
médico irá optar em realizar o parto.
É importante destacar que o exame de cardiotocografia é interpretado por um gráfico
que mostra os picos, tanto do batimento do feto quanto dos movimentos uterinos. Se há uma
contração os eletrodos colocados na barriga irão sentir e isso se traduzirá em ondas de sobe e
desce no papel. Esse tipo de procedimento é bem semelhante a um eletrocardiograma, a
cardiotocografia é muito eficiente. No caso dessa paciente, não acompanhamos o nascimento
do bebê, tendo em vista que a previsão do bebê nascer seria pela madrugada e não teríamos
como participar, em virtude do deslocamento para as respectivas residências dos estagiários.
No segundo dia de estágio na pediatria, esperamos aparecer alguma gestante mais não
tivemos sorte, nesse sentido. Haviam dois bebês na UTI-neonatal, os outros dois recém
nascidos, mas nenhum parto. A professora e enfermeira Claudia Monteiro sempre muito
paciente, agradável com todos os estagiários, nos relatou o cotidiano daquela unidade,
certificando que a demanda de gestantes naquele dia não fora elevada para o hospital Mariano
Coelho, em Currais Novos/RN.
Tendo em vista a realidade daquele momento, queria ter conhecido um pouco mais do
setor onde estavam os bebês e as mães. Conhecer pelo menos a UTI- neonatal ao menos pelo
lado de fora. O meu desejo era que esse estágio fosse realizado na Maternidade Ana Bezerra,
em Santa Cruz/RN, mesmo local onde fica nossa escola campo de estudo.
Pela demanda da cidade poderíamos ver mais situações de partos. Seria um sonho para
mim como formanda. Porém, como não fora concretizado esse momento, ao menos com
maior intensidade, espero que a diretora da escola Melina Noeli, consiga modificar esse
campo de estágio para a vivência dos seus estagiários, no futuro, melhorando assim a
aprendizagem e experiência do formando, considerando o valor do campo de estágio para a
formação, em geral.

2.7 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NO CENTRO CIRÚRG ICO

38


A vivência do estágio no Centro Cirúrgico se deu nos dias 09 e 16 de fevereiro de
2022, no ambiente do Hospital Regional Mariano Coelho, localizado na cidade de Currais
Novos/RN. Já no primeiro dia, relato que foi a primeira vez que fui com colegas de outro
grupo devido a minha família ter contraído o vírus SARs-cov, Covid-19, daí tive uma
pequena mudança nas datas de estágio.
Nessa perspectiva, considerando a vivência nesse ambiente da unidade de saúde,
Bianchi et al. (JORGETTO et al., 2004), os cuidados de enfermagem no período pré-
operatório visam a preparação física e emocional do cliente que vai ser submetido a um
procedimento cirúrgico e encontra-se preocupado com o que lhe pode acontecer.
A nossa professora e preceptora foi a enfermeira Mariza Santos. A rotina desse
ambiente é quase sempre igual as demais, guardamos nossas coisas na sala do Núcleo de
Ensino e Pesquisa (NEP), do HMRC. Pegamos nossos epis, termômetro, esfigmomanometro,
estetoscópio, caneta e bloco de anotações, entre outros.
Nesse dia, constatamos que as ações desenvolvidas no Centro Cirúrgico exigem
pijama verde que é a roupa dos técnicos, sapatilha fechada, pro-pé, touca, mascará e de
preferência N95, que inclusive é mais eficaz, proteção de aerossóis do ambiente cirúrgico.
Inicialmente, entramos no CC e fomos direto para o vestuário trocar de roupa cujo ambiente é
bem amplo, com vestuário masculino e feminino, onde entramos e trocamos de roupa
primeiro e depois vestimos o referido pijama.
Ainda nesse primeiro dia, a professora Mariza Santos me apresentou o ambiente, já
que meus colegas já haviam estado no CC antes. Ela foi demonstrando o setor Central de
Esterilização de Materiais (CEM), onde se lava os matérias e esterilizam, tem também a sala
de expurgo e copa onde os profissionais fazem suas refeições.
A Sala de recuperação pós-anestésica ou (SRPA), essa sala é um ambiente bem
completo, com carro de emergência ou carro de parada, esses carinhos tem como principal
objetivo facilitar o acesso da equipe médica aos remédios, equipamentos e matérias de
urgência como desfibrilador, monitor cardíaco de oxigênio, vácuo medicinal e oxido nitroso.
É uma sala muito importante onde requer atenção, pois não pode deixar o paciente
nenhum momento sozinho e, por isso fica um técnico de enfermagem e um enfermeiro só para
essa sala para evitar que se agrave o quadro do paciente pós-cirúrgico. A professora e
enfermeira Mariza Santos relata que há casos de paciente que passam muito mau, podendo
voltar ao setor cirúrgico ou precisar da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Continuando o momento de apresentação passando pelas duas porta de acesso as salas
de cirurgias do centro cirúrgico, esse ambiente também conta com uma pequena central de

39


medicamentos onde ficam as medicações e alguns equipamentos que são necessários a
cirurgia para que o profissional possa vir pegar o material com agilidade, sem a necessidade
de sair do ambiente do centro cirúrgico, pois o mesmo contém também um arsenal para os
equipamentos estéreis.
São duas salas de cirurgia dividas em A e B, ambas contendo todos os equipamentos
necessários para um procedimento cirúrgico. Foi o meu primeiro contato em ambiente de
cirurgia. Observamos a mesa cirúrgica, ela muda de posição conforme o tipo de cirurgia que
vai ser realizar, há um bisturi elétrico, placa que fica aderida com um gel na perna do paciente
para o mesmo não tomar descarga elétrica, equipamentos para cirurgia por vídeo que chamam
de torre e ficam ligados a câmera que é introduzida no paciente e o que esta registra, surge no
monitor. Há ainda o monitor cardíaco, medições variadas para anestesia, laringoscópio, tudo
pronto e esterilizado, para realizações de cirurgias.
Nesse primeiro dia, ao conhecermos o centro cirúrgico, presenciamos a primeira
cirurgia em um paciente com 82 anos, sexo masculino, idoso e se encontrava na UTI. A
professora demonstrou o funcionamento da sala quando esse paciente chegou trazido no leito
de UTI, paciente estável, com os aparelhos conectados, como cilindro de oxigênio, pois o
paciente estava entubado, sedado, pois a entubação requer anestesia, usando (AMBU) bolsa,
mascara e válvula para manutenção dos movimentos respiratórios.
O enfermeiro realiza esses movimentos, considerando que o paciente voltou ao centro
cirúrgico para fazer uma cirurgia que se chama reabordagem, ou seja, a recolocação das alças
intestinais para o abdômen já que havia acontecido uma deiscência por causa de uma bactéria,
acontecendo o rompimento dos fios cirúrgicos absorvíveis. Por isso a realização de uma nova
cirurgia por fios cirúrgicos não absorvíveis.
O Paciente é posto na mesa cirúrgica, coloca-se o monitor de pressão no braço, o
monitor cardíaco com eletrodos no tórax, observa-se os sinais vitais, observou-se ainda que o
paciente estava sedado, mas que tinha sinal neo-reológico que era abertura ocular. É aderido
na perna do paciente a placa de aço com gel, essa placa é referente ao bisturi elétrico essencial
para que o paciente não leve uma descarga elétrica e venha falecer.
É feita também a colocação do panos cirúrgicos delimitação da cirurgia e do rosto do
paciente, esses campos cirúrgicos vão sendo colocados como se fosse uma parede de proteção
para evitar o olhar do paciente para o que está sendo feito, como também a contaminação do
campo cirúrgico pela eliminação de partículas da boca e da pele do paciente.
Depois que é feito todos esses procedimentos o médico anestesista que é responsável
pela anestesia autoriza. A sedação está iniciada para dar início a cirurgia. É feito o cálculo do

40


peso e altura e tipo de analgésico que será utilizando, no caso anestesia geral foi do tipo
balanceada com uso de medicação por via inalatória e venosa, uma combinação de
medicamentos. Depois de feito essa medicação o médico responsável pode começar a
cirurgia, pois é tudo muito rápido a parametração dos profissionais e do instrumentador.
O instrumentador fica aposto para dar os matérias ao médico, monta a sua bancada, ele
é que responsável pela utilização das pinças, tesouras, compressas, contagem das compressas
para não ocorrer o risco de ficar dentro do corpo do paciente. Cada pacote de compressa ao
ser aberto é contado e colocado na parede em um quadro a quantidade que está sendo
utilizada. Se precisar de mais, adiciona a quantidade no quadro, ao fim da cirurgia tem que
haver a mesma quantidade de compressas e gazes.
É notável que inúmeras vezes a profissional conta as compressas e gazes, pois esse
trabalho que requer total atenção e conhecimento dos materiais da mesa de instrumentação
cirúrgica. Na sala de cirurgia é preenchido o protocolo de cirurgia com nome dos profissionais
que estão atuando na cirurgia, desde o auxiliar circulante que fica no auxílio para buscar os
materiais necessários, ao instrumentador, médico cirurgião, enfermeiros e auxiliares.
Nesses procedimentos, ao menos foi o que evidenciei, anota-se os sinais vitais do
paciente nesse protocolo, a freqüência cardíaca e respiratória, a pressão arterial, a saturação de
oxigênio, o estado do paciente se grave, gravíssimo ou estável, a aparência se está com
edema, fios cirúrgicos que foram utilizados e ainda o horário de início e término da cirurgia.
Durante os procedimentos da cirurgia desse paciente, foi feita a degermação,
colocando-se os fios cirúrgicos para a abertura do paciente, os procedimentos realizados pelos
profissionais envolvidos constam da lavagem das mãos no início da cirurgia, como
estagiárias, ajudamos a colocar os aventais cirúrgicos, toda a sala fica preparada, os campos
cirúrgicos vão sendo abertos pelo instrumentador, depois da lavagem das mãos os fios de
sutura são abertos com álcool para retirar qualquer organismo presente no envelope.
Ao final do procedimento é feito a limpeza dos matérias, da placa de bisturi elétrico,
também uma limpeza das superfícies das bancadas, as roupas são colocadas em um balde e
encaminhadas para a lavanderia, o lixo é recolhido e colocado em local próprio de vidro para
depois recolhidas por uma empresa responsável e após todos os procedimentos e retirada do
paciente, um auxiliar faz a limpeza do piso e prepara a sala para próxima cirurgia.
O segundo procedimento cirúrgico assistida foi uma colecistectomia que consiste na
retirada da vesícula, feita por vídeo. Quanto aos procedimentos, a paciente vem com soro na
maca, transferida para mesa de cirurgia onde é feito anestesia geral, no caso foi a balanceada

41


que consiste na anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória e venosa.
Essa associação permite reduzir dores e obter melhores resultados e menos efeitos colaterais.
Quanto aos procedimentos, vale ressaltar que para se realizar uma colecistectomia
laparoscópica o médico precisa fazer 4 incisões no estomago, duas para entrada da pinça, uma
para entrada da câmera de vídeo e outra entrada para injetar um gás (o dióxido de carbono)
dentro da barriga do paciente (isso é chamado de pneumoperitônio), para que ele possa ver os
órgãos. Outra incisão bem maior fica no fim do abdômen, para retirada da vesícula.
Na sala de cirurgia estavam dois doutorandos e um cirurgião, o mesmo estava
ensinando o outro médico a realizar a cirurgia por vídeo. O médico muito delicado para não
perfurar o estomago nem o fígado com o bisturi elétrico. Observei ainda que o corte do bisturi
elétrico parecia-se muito com aparelho de solda, cortando e fazendo a hemóstase dos tecidos,
o mesmo é acionado por um pedal, um lado, só corta no outro pedal tem esse corte com
hemóstase, depois disso, solta a vesícula que fica a baixo do fígado, se faz uma amarração no
duto cístico e corta na incisão maior. Após isso, é inserido uma sacola coletora onde coloca-se
a vesícula, fecha a sacola dentro do estomago do paciente e retira por essa incisão maior.
Conforme orientações dadas durante esse momento, o médico pode colher nesse
procedimento material para biopsia e, daí, coloca em frasco coletor a vesícula ou alguma parte
suspeita, o auxiliar de sala pega esse pote coloca uma solução formol, devidamente
identificada com nome do paciente, que tipo de peça que vai dentro do pote, caso da vesícula
e data. O paciente leva esse material para realizar o exame de biopsia.
Nesse mesmo dia pudemos conhecer alguns materiais e processos importantes no
procedimento de cirurgias, como as pinças, o processo de esterilização de esterilização de
materiais, o armazenamento e organização das caixas cirúrgicas, todas as caixas são
organizadas com número estabelecido de objetos, tesouras, porta agulhas, cabo de bisturi,
afasta dores, pinças de dissecção, tesoura médica, separados conforme a cirurgia.
Constatamos que cada cirurgia tem seu material separado para aquele procedimento e
que todo material é separado por um técnico de enfermagem, coloca-se a data, o nome do
profissional que organizou, se estiver algum material em desacordo o profissional é chamado
atenção. Depois de estar preparado a caixa cirúrgica é feito o empacotamento, colocada a fita
de esterilização para ir para o autoclave, esse processo é feito de uma maneira que o material,
quando for aberto, não se contamine, assim como os aventais cirúrgicos.
Depois que os matérias são esterilizados, com todas as informações pertinentes, são
guardados no arsenal pelo tipo de cirurgia e por tamanho, se pequena, média ou grande
cirurgia. Para uma cirurgia grande o número de matérias a ser utilizado é maior. Se o material

42


for esterilizado hoje, por exemplo, ele é colocado mais a abaixo dos outros materiais para que
os que foram esterilizados antes sejam usados primeiro, facilitando esse processo.
No segundo dia de estágio, nesse período e unidade de saúde, observamos a
finalização de um parto Cesário, onde os médicos já haviam retirado o bebê lindo e pequeno,
o pai estava presente na sala de cirurgia, podemos ver o útero da paciente, o médico estava
realizando a sutura do mesmo. Evidenciamos que é um órgão médio do tamanho de uma bola
pequena, o médico faz a cirurgia de forma bem tranquila, juntamente presente estava o
pediatra na sala, vimos ser feito a aspiração de secreção do nariz do bebê e, como seres
humanos, compreendemos aquilo como uma maravilha ver uma vidinha tão pequena, nascer.
Observei o médico olhando o estado geral do bebê, colocou ele na máscara para
receber um pouco de oxigênio, chorava bastante, ele apalpou a barriga do recém nascido,
embalou ele no panos cirúrgicos estéreis e levou ele para sala da enfermaria onde fica o berço
neo-natal aquecido. A puérpera foi para (SPRA) sala de recuperação pós-anestésica, auxiliei
a uma técnica de enfermagem que fez a limpeza da cirurgia, passando soro fisiológico 0,9%
na sutura e fazendo o fechamento de curativo com gazes e esparadrapo.
A mesma colocou ainda uma fralda com uma compressa na região da vagina para
absorver o sangramento pós-parto conhecido como lóquio. A mesma foi transferida da mesa
cirúrgica para outra cama do hospital, levada para SRPA. Ficou em observação até a
passagem do efeito da anestesia/raquianestesia, pois geralmente é administrada ao nível da
coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço sub-aracnóide. O
anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater, fazendo com que
os membros inferiores não sejam sentidos.
Diante do ocorrido, nos questionamos por que um profissional pediatra tão experiente
se utilizar de uma técnica um pouco ultrapassada em uma maternidade grande, já que
nasceram muitas crianças e fala-se tanto no contato da mãe com o bebê já no momento do
nascimento, a famosa hora de ouro, aquela primeira hora em que o recém nascido fica junto
da mãe. Nesse caso, o pediatra apenas mostrou o bebê a mãe e o levou para outras ações.
Assim, constatamos, como técnicos formandos numa nova perspectiva de relação
humana entre a mãe e o filho e a Enfermeira Mariza Santos, o procedimento do pediatra, por
que sabemos como é importante esse primeiro contato, ser ofertado o ceio da mãe, ser
colocado em cima do seu colo para ter o contato pele a pele, aquele primeiro vínculo afetivo.
Em outro momento, vimos mais uma cirurgia por vídeo, porém o procedimento teve
mudanças, voltando para o método convencional. Cirurgia aberta para retirada da vesícula
colecistectomia, é feita uma incisão ao fim do quadrante superior direito do abdômem para

43


retida da vesícula, procedimento realizado na cirurgia por vídeo, são iguais, no sentido de
colocação de campo istério, anestesia geral entubação pelo risco de relaxamento da
musculatura ou risco de parada respiratória.
Mariza Santos também fez com que a gente realizasse a lavagem das mão, fricção de
5 minutos, com sabão degermante, no centro cirúrgico tem esse sabão iodado, vem uma
escovinha e é feita a lavagem das mãos. Lava-se as mãos começando pela as unhas depois
dorso da mão depois palma da mãos, antebraço sentido único, esfregando bem até os
cotovelos depois é só enxaguar, ter cuidado para que a água do enxágue não voltar para o
sentido das mãos fecha-se a torneira com o cotovelo.
Esse é um campo de estágio com muitas possibilidades, dinâmico e diversificado,
desde da lavagem e esterilização dos matérias até a sala de cirurgia, a instrumentação
cirúrgica, uma riqueza de detalhes que são essenciais para o funcionamento do procedimento,
o que se constata como uma área excelente e que requer muita atenção do profissional.
Uma área muito diversa para quem pretende fazer uma especialização ou mesmo fazer
qualquer outro curso que exija o estágio como prática para nortear a formação de forma mais
ampla e diversificada. Outro ponto que devo aqui citar a profissional enfermeira e professora
Mariza Santos é, sem duvidas, extremamente inteligente, atua de forma ágil e dedicada,
sempre comunicativa, fez toda a diferença durante essa vivência. Como gostaria de ter
convivido com ela mais vezes. Sou grata por todos os conhecimentos que ele transmitiu
durante o estágio.

2.8 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI

O último momento do estágio supervisionado foi realizado no âmbito da Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Mariano Coelho em um único dia, em 21 de
março de 2022. Foi uma vivência de dia inteiro, iniciando às 08h00 da manhã e concluindo à s
19h00. Nesse dia, confesso que estava bem ansiosa para essa última experiência,
considerando que este é uns dos campos mais temidos pelos os alunos, tendo em vista ser um
ambiente que requer muita atenção e muito cuidado com os pacientes.
Vale ressaltar que o conhecimento prévio sobre o campo de atuação durante a prática
de estágio promove um maior comprometimento do aluno relacionado a prática de assistência.
A atuação dos futuros profissionais de enfermagem sobre um ambiente novo na Unidade de
Terapia Intensiva estimula o pensamento critico, já que volta, principalmente, a assistência de

44


enfermagem ao paciente crítico, havendo, inicialmente a criação do sentimento do cuidar
(BURGATTI et al., 2013).
A professora e enfermeira Fernanda Dias, a preceptora do estágio, responsável pelos
alunos e pela nossa avaliação, como sempre nos dividiu em grupos, fiquei num quatro com
quatro garotas, sendo eu Denise Laiara, Jaciara Sandrelly, Noelma Mendes e Kátia Silva.
Adentramos no hospital, trocamos de roupa no Núcleo Ensino e Pesquisa - NEP, do HRMC.
Como de praxe, sempre trocamos as roupas com as quais chegamos do ônibus.
Após esse momento, fomos para o setor da UTI, onde, ao vislumbrar o que acontece
nesse setor, percebi como mostra as didáticas dos livros que a UTI sempre fica próximo a
urgência e emergência do hospital e do centro cirúrgico com portas bem amplas, corredor bem
acessível para facilitar o acesso dos pacientes ao ambiente.
A primeira porta que dá acesso a recepção é um ambiente restrito e com a entrada
apenas de funcionários para evitar a contaminação por agentes estranhos. Essa primeira porta
de acesso a recepção e é utilizada como sala de visita. A visita a beira do leito é realizada das
15h00 às 16h00, todos os dias e isso é um direito da família do paciente observar e receber
noticias do seu parente. O médico informa o estado em que encontra-se o paciente na aquele
dia e todos os cuidados e procedimentos realizados.
Depois de passar para segunda porta, lado de dentro da UTI, encontramos a sala de
utilidades como raio-x portátil para evitar a saída do paciente do setor e aspiradores. A
segunda sala é de higienização e preparos de materiais, nela contém aparadeiras, colchão de ar
modelo casca de ovo, tudo limpo para o paciente e a equipe de enfermagem pegar. Nessa sala
também fica o local de expurgo e rouparia, onde ficam as roupas sujas, pois cada um dia um
técnico de enfermagem fica responsável por um desses setores.
Paralelo ao ambiente da UTI, em uma pequena sala há um arsenal de materiais
estéreis, mascaras de ventilação, tubos dos ventiladores mecânicos, compressas e outros
produtos. Em uma quarta sala ficam os guardados, os lençóis e aventais estéreis para o
profissional se paramentar antes de passar pela última porta para adentrar ao setor da UTI.
Também conta com banheiro, feminino e masculino e uma copa.
Depois que toma água e vai ao banheiro que é feita a paramentação, para entrar no
ambiente da UTI, onde o profissional não pode mais sair, se for preciso ir ao banheiro, se
desparamenta e paramenta de novo com todos os (EPIS) equipamentos de proteção individual,
capote descartável, touca, mascara nº 95, pro-pé e luvas de procedimento. Esses equipamentos
de paramentação são providenciados antes conforme protocolo da escola e levamos cada dia.

45


Ao passar pela última porta, já dentro da UTI, observamos os dez leitos muito bem
dispostos, sendo um setor de isolamento para evitar o contato e as infecções. Para outros
pacientes há uma salinha antes desse setor onde fica um técnico responsável pelos pacientes,
para não ficar saindo desse local de isolamento, evitando a contaminação dos outros. Há
também banheiros masculino e feminino e com chuveiro para os pacientes.
Ainda caracterizando o ambiente, ao centro da sala há uma bancada bem grande
denominada de posto de enfermagem onde os profissionais, enfermeiros e técnicos ficam de
frente para todos os leitos observando, os monitores e bombas com uma visão ampla de todos
da situação, cujos leitos são separados por cortinas ou biombos.
Conforme nos norteou a teoria nos bancos da escola de enfermagem, todos os leitos
tem quatro cilindros um para oxigênio, um para ar comprimido medicinal, um para aspiração
e outro para gás nitroso. Um monitor cardíaco por paciente, um ventilador pulmonar por leito,
oxímetro de pulso, duas bombas de infusão por leito e cama de Fowler.
Nesse espaço, é imprescindível que haja um relógio de fácil visualização do tempo
para facilitar a administração dos medicamentos. Há ainda uma central de medicamentos
dentro da UTI, onde ficam todas as medicações e materiais como luvas, seringas, cubas,
garrotes, acesso central, nos armários ficam as sondas e pias e bancadas para separação de
produtos e equipamento e higienização das mãos.
Algumas das medicações vêem da farmácia do hospital para a referida sala, conforme
a prescrição médica. Há outras drogas medicamentosas que ficam guardadas nas estantes e
separadas por leitos e por horários e permanecem com fácil acesso para que os profissionais
utilizem. Se por acaso estiver faltando alguma medicação é solicitado a farmácia.

2.8.1 Procedimentos Realizados no Estágio

No que concerne aos procedimentos técnicos a professora Fernanda Dias, fez um
sorteio separando os leitos e os pacientes para cada um dos alunos. Esta formanda Denise
Laiara ficou com leito 1 e 9, fixados com L1 e L9, Fernanda pediu o grupo em duplas para
que observássemos a prescrição dos pacientes para separar os medicamentos nos horários e
anotar em uma folha as medicações que estão faltando.
De inicio fiquei pouco perdida se podíamos pegar as medicações da estante, mais logo
minha colega Jaciara foi ajudando e deu tudo certo, a medida que íamos perguntando a
Fernanda Dias. Sobre as medicações, checamos todas e observamos que alguns remédios o
paciente trás de casa e ficam guardados no armário na cabeceira do paciente.

46


Fernanda solicitou que fizéssemos os HGT (hemoglicoteste) dos pacientes, pois esse
exame demonstra os níveis de glicose, ou seja, o açúcar no sangue. Em um papel colocou os
leitos e seus respectivos números L1 ao L10, para que nós anotássemos os valores do teste.
Constata-se que é nesses momentos que a teoria vem à tona, obrigação dos técnicos de
enfermagem, estar atentos aos valores de cada paciente para fazermos a correção com a
insulina, se o paciente pode entrar em coma ou as vezes num estado em que a pessoa fica com
a consciência comprometida.
Ao fim desse exame, olhamos o protocolo que fica exposto na parede conforme os
níveis de glicose e qual será a dosagem em unidades a ser injetada no paciente para corrigir a
glicose. A insulina utilizada nesses casos é a NPH, também conhecida como Protamina
Neutra de Hagedorn, é um tipo de insulina humana utilizada no tratamento da diabetes,
ajudando a controlar a quantidade de açúcar no sangue. É corrigido os níveis da glicose do
paciente conforme o protocolo ou se estiver com nível alto ou abaixo do normal.



2.8.2 Valores de Referência de Glicemia

No que se refere aos valores normais exigidos nesses procedimentos, considera-se:
• Glicemia de jejum normal: inferior a 99 mg/dL;
• Glicemia de jejum alterada: entre 100 mg/dL e 125 mg/dL;
• Diabetes: igual ou superior a 126 mg/dL;
• Glicemia de jejum baixa ou hipoglicemia: igual ou inferior a 70 mg/dL.
Após a realização dos HGTs, separamos as medicações das 11h00 e a enfermeira
chamou uma das colegas para separar as medições nas cubas, etiquetando com esparadrapo
com os dados do leito e número (L1), coloca a medicação do horário, cada colega, vinha
aspirar a medicação na seringa e etiquetar.
Esse procedimento é muito importante, proceder a aspiração da medicação no frasco,
etiquetá-lo para identificar qual medicação está administrando no paciente, pois o mesmo é
feito com comprimidos no copo ou na sua embalagem e esta sempre fica identificada.
Realizamos as medicações dos pacientes e organizamos o checklist da prescrição, marcando
um traço ( / ) em cima do horário que foi realizado a medicação e relatando se faltou alguma
medicação e se constatado, faz-se um circulo no horário (o).

47


Ainda como parte do registro desses momentos, ao fim da medicação, fomos aferir os
sinais vitais dos pacientes. Nesse caso, a professora Fernanda Dias demonstrou como se aferia
a pressão, já que os pacientes ficam com uma braçadeira ligada ao monitor cardíaco, a famosa
Pressão Arterial Não Invasiva (PNI), aperta no botão ilustrativo, pode ser um braço ou um
boneco e aguardar o monitor mostrar o valor da pressão entre sístole e diástole, cujo valor de
diferenciação entre as duas, mínima e máxima são demonstrados no visor.
Também nesses momentos verificamos outros parâmetros como PCO2, nível de
oxigenação sanguínea, concentração de oxigênio no sangue, FC freqüência cardíaca cujos
valores normais devem está entre 60 a 100. Observamos se o paciente está com bradicardia,
ou taquicardia, nível da temperatura com o termômetro na região axilar, anota-se sempre na
ficha do mesmo conforme o horário, pois o protocolo da UTI sugere a verificação desses
sinais de duas em duas horas.
Nesse sentido, ao mesmo tempo reiniciávamos as bombas de infusão de
medicamentos, fizemos a anotação na mesma ficha do volume de infusão que foi
administrado no paciente e depois reinicia-se a bomba, pois esse é um processo bem simples
que a professora demonstrou como é feito tal procedimento de forma cuidadosa.
Toda medicação, como noradrenalina, tem o nome e a quantidade de soro nos
quadradinhos da ficha de controle. Coloca-se esses valores de infusão que o paciente já
recebeu e reinicia a bomba de infusão. Essas bombas podem conter dieta, soro, medicação e
sedação e em cada espaço da ficha coloca-se os valores. Anotamos também os valores da
diurese, cuja quantidade deve está entre 200 a 500ml, para depois o enfermeiro fazer o
balanço hídrico, verificando a perda ou a ingestão de líquidos.
Esses valores devem estar em equilíbrio, tanto perca como ganho, deve-se anotar na
ficha o valor da diurese, esvaziar o recipiente, sonda ou coletor de urina, perguntar ao
paciente consciente se está se alimentando, observamos o tipo da dieta e os lanches se
conseguiu defecar na aquele dia, para que possamos fazer as anotações de enfermagem.
Quanto aos pacientes intubados, observou-se da mesma, considerando a evacuação na frauda.
O nosso trabalho de verificação e registro continuou nos horários e datas seguintes,
fazendo todos os procedimentos citados no parágrafo acima, conforme o horário de duas em
duas horas, realizando as medicações e a correção de insulina e medicações necessárias nos
pacientes que apresentaram febre.
No período da tarde a professora Fernanda Dias pediu que fizéssemos as anotações de
enfermagem ao observar o paciente e sua condição e os procedimentos realizados. Observei
os pacientes críticos, vitimas de infarto, câncer, pneumonia alveolar com risco de formação de

48


bolhas e outras doenças, onde o paciente precisa de um cuidado mais profundo, considerando
que esta é uma das áreas da enfermagem onde tudo é seguido formal, organizativa e
objetivamente, para que o paciente se recupere de suas condições fisiológicas, rapidamente.
É importante lembrar que o ambiente muda de uma hora para outra. Observei a
paciente que se encontrava no leito 1, vitima de dengue hemorrágica. No período matutino se
encontrava intubada e logo após o almoço ela já havia realizado uma traqueostomia, mudança
rápida de procedimento. Esse procedimento é feito para permitir a ventilação mecânica.
Nesse tipo de procedimento cirúrgico realiza-se um pequeno pertuito (passagem
estreita) na região traqueal e o meio externo para fornecer uma via aérea artificial para aliviar
a obstrução de vias aéreas altas, traumatismos, infecções, corpos estranhos, disfunção da
laringe ou neoplasias, sempre buscando facilitar a limpeza brônquica por aspirações.
É preciso ainda ressaltar que muitos procedimentos são realizados na UTI,
considerando desde uma traqueostomia, acesso venoso central, uma entubação endotraqueal,
até a desfibrilação para se constatar a pressão venosa central onde coloca-se um acesso a nível
do átrio direito para se observar falha do coração ou a parte liquida do sangue muito alta.
Ao fim do dia, por volta das 18h40m, saímos do ambiente da UTI, a professora
Fernanda Dias conversou um pouco sobre os eletrodos que ficam no tórax do paciente e as
diferenças de lados, o que é bom sempre saber e identificar as cores e em qual o quadrante o
mesmo deve estar colocado. Caso o traçado eletrocardiográfico não seja satisfatório, verifica-
se se os eletrodos estão posicionados corretamente, se não, reposiciona, como a figura 1.

Figura 1: Posição dos eletrodos para monitores com cabos de 5 derivações

Fonte: Portal Neu.saude.sc.gov.br

49



Quanto aos incentivos provocados pela enfermeira e preletora Fernanda Dias,
ressaltou a necessidade dos estudos, buscar formações a altura da demanda em Enfermagem,
pois nossas práticas iam/estavam bem, pois não parecíamos os alunos do primeiro estágio,
também lecionado por ela em clínica cirúrgica. Nos parabenizou pelas atitudes e compromisso
com a formação e com o fazer cotidiano da prática da Enfermagem.
As iniciativas, devem ser no sentido de que a gente procura-se estudar um pouco mais
sobre as anotações de enfermagem e os tipos de máscaras, drenos e aparelhos que compõe a
assistência de enfermagem e que, com os estudos constantes e qualificados dos estagiários, a
mesma ressalta que um dia poderíamos nos encontrar na prática profissional.
Assim, considero que o momento do estágio foi excelente, demonstrou-se numa
oportunidade de evolução do saber na área, gostei muito e gostaria de ir outra vez para o
ambiente da UTI , por favorecer aprendizados significativos. Gratificante.


3 CONVERSANDO COM OS MÉTODOS

Como todo processo de registro e caracterização do campo de estágio, tendo em vista
o caráter acadêmico-científico da produção do portfólio, para qualificar a vivência do
formando no Curso de Técnico em Enfermagem, quanto a metodologia, compreendida como
o modo de proceder, maneira de agir por meio apropriado para a realização deste trabalho, se
constitui na análise descritiva com o intuito de elaborar o presente portfólio.
Assim, foi procedido a seleção dos referenciais e autores, o que por si só, representa a
possibilidade de qualificação propositiva do estudo, a análise do conteúdo disposto em cada
referencial, abordando as temáticas apresentadas, com o objetivo de embasar a elaboração
deste trabalho, o que possibilita identificar nuances que não estariam ou não se apresentariam
em outros processos, mas são significativas para a formação do Técnico de Enfermagem.
A esse respeito, Goldenberg (1997, p.34), compreende que “[...] assim, os
pesquisadores qualitativos recusam o modelo positivista aplicado ao estudo da vida social,
uma vez que o pesquisador não pode fazer julgamentos nem permitir que seus preconceitos e
crenças contaminem a pesquisa”.
Quanto a abordagem qualitativa da pesquisa bibliográfica, conforme ressalta Guerra
(2014, p.11) "objetiva aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda [...]”.
Compreende-se que há nesse tipo de procedimento uma melhor interação entre os elementos

50


que comportam o estudo, ou seja, o objeto, o campo e o pesquisador do estudo se articulam
para estabelecer ou compreender fenômenos relevantes a apresentação de uma ideia ou
contexto, com enfoque na interpretação ou explicação como forma de demonstrar valor ou
conceito devido a temática em debate.
Com base nessa percepção, a elaboração deste portfólio contempla a análise das aulas
no campo de estágio in loco, nas quais ocorreram as explanações orais sobre o conteúdo,
assim como, a constatação de como ocorre o dia a dia das atividades da prática do profissional
Técnico em Enfermagem, mas também, se fez necessário a leitura de livros, apostilas, textos
diversos e caderno de registros.






4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE TÉCNICA

A trilha da vivência e das experiências na prática do estágio supervisionado do Curso
de Técnico de Enfermagem, se fez satisfatória e instigante, pois nos possibilita atrelar e
depreender mais e melhor, os saberes e fazeres que despertam da relação da teoria com a
prática, considerando os aspectos observados em cada realidade.
Por esse motivo, na perspectiva de uma formação ampla, diversificada e
contextualizada, enquanto formanda e futura profissional, tinha como objetivo obter o
domínio da prática de Enfermagem, compreendendo os melindres da atuação profissional para
saber agir e interagir de forma precisa, consciente, responsável e humanizada.
Face ao exposto, ressalto que a prática, ou seja, a vivência do estágio, sem dúvidas era
o que eu mais buscava. Sempre tive o desejo latente e persistente, em buscar fazer o curso de
Técnico de Enfermagem, desde o momento em que terminei o Ensino Médio, pois naquele
momento, vários amigos fizeram o curso e eu acabei não realizando, ainda no ano de 2012,
por achar que não tinha capacidade. Confesso que fiquei um pouco assustada com as palavras
da diretora Melina Noeli e, de forma enfática, acabei desistindo.
Naquele momento, achava que não era capaz de fazer o curso, de tirar notas boas e
isso me marcou demais. Tenho ainda hoje a lembrança dessa desistência. Naquela ocasião,

51


liguei para minha mãe falando que não tinha me identificado com o curso, mas, confesso
peremptoriamente, era medo do fracasso.
Dessa forma, quanto ao curso e todos os passos percorridos e todas as atividades
concretizadas, chega-se ao momento em que a elaboração deste trabalho, denominado de
portfólio, demonstra o quão fui vencendo cada obstáculo, superando cada desafio e
eliminando cada dificuldades, pois, mesmo com a minha linguagem simples e basilar, busco
nesse trabalho relatar a minha vivência, consciente de ter buscado fazer o melhor, mesmo que
o melhor seja algo ainda muito abstrato.
Cada tópico representa um pouco do meu caminhar, do que sou e do que represento.
Em cada palavra está o meu precípuo e eminente desejo de ser uma profissional de sucesso,
fazendo o que gosto e acreditando naquilo que me engrandece e, especialmente, engrandece a
profissão de Técnica de Enfermagem, tão importante e essencial na sociedade moderna e nos
cuidados preventivos e pós-cirúrgicos, mas também no tratamento articulado com a Clínica
Médica, quando em situações de atenção em saúde e suas complexidades, seja no ambiente da
unidade de saúde e/ou no ambiente domiciliar ou institucional.
Nessa perspectiva, ainda um pouco anestesiada com o desejo latente de fazer o curso e
com o medo insistente de ainda presente nos meus pensamentos, projetando o futuro, acabei
fazendo outro curso e em 2020 decidi me matricular, novamente no Curso de Técnico de
Enfermagem. Na esperança de arrumar emprego, por ser um setor com possibilidades
diversas, cujo campo de trabalho é cada vez mais crescente, assim iniciei e agora concluo,
com a certeza de que é preciso ir mais longe, impulsionar as próprias vontades e superar todos
os desafios para impulsionar a carreira. Somente assim surge uma vencedora, agora formada.

52

















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL. Casa Civil. Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008. Disciplina estágio de
Estudantes. Brasília, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de
assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da
Saúde, 2017.

BURGATTI, Juliane Cristina et al. Estratégias pedagógicas para o desenvolvimento da
competência ético-política na formação inicial em Enfermagem/Pedagogical. Revista
Brasileira de Enfermagem, v.66, n.2, p.282, 2013.

FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. Revista
P@rtes, 2010.

GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1997.

GUERRA, Eliane Linhares de Assis. Manual de pesquisa qualitativa. Belo Horizonte: Anima
Educação, 2014.

JORGETTO, G. V.; NORONHA, R.; ARAÚJO, I. E. M. - Estudo da visita préoperatória de
enfermagem sobre a ótica dos enfermeiros do centro-cirúrgico de um hospital universitário.
Revista Electrónica de Enfermagem, [Em linha]. Vol. 6, n.º 2, (2004).

53



PEREIRA, E.Z. LEITE, F.H.O.M. A importância da prática do Estágio Supervisionado no
Curso de Graduação em Enfermagem. Revista de Trabalhos acadêmicos – Universo. Belo
Horizonte, v. 1, n.2, 2017.

IVO, Olguimar Pereira; EVANGELISTA, Daniele Lima. Contribuições do estágio
supervisionado para a formação do profissional de Enfermagem: expectativas e desafios.
Revista Enfermagem Contemporânea. Dez. 3(2):123-130, 2014.

ITO, Elaine Emi.; TAKAHASHI, Regina Toshie. Percepções dos enfermeiros de campo sobre
o estágio curricular da graduação de enfermagem realizados em sua unidade de trabalho. Rev.
Esc. Enfermagem USP. 39(1):109-110, 2005.

SILVA, Andrea Aparecida da et al. Relato de experiência do 1º estágio supervisionado no
âmbito hospitalar dos graduandos de enfermagem 2017 – do Centro Universitário Amparense.
Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 – Ano: 2017.

VERCAUTERN, R. Temps et société: l’ organization en lieu de vie collectif. Gerontologie et
Société, Paris, n. 77, p.122-130, Juin. 1996.




APÊNDICES

Imagem 3: Estagiária Denise Laiara – Clínica Cirúrgica

54



Fonte: Registrado pela autora (2021).





Imagem 4: Estagiários despedida da vivência prática

Fonte: Registrado pela autora (2021).

55






Imagem 5: Professora Fabrícya da Guia e Estagiária Denise Laiara

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Imagem 6: Estagiária Denise Laiara – Centro Cirúrgico

Fonte: Registrado pela autora (2021).
Imagem 7: Vivência no Centro Cirúrgico – Professora Mariza Santos e estagiárias

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Imagem 7: Vivência em Obstetrícia – Professora Cláudia Monteiro e estagiárias

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Imagem 7: Vivência na Obstetrícia – Professora Fernanda Cruz e estagiárias

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Imagem 7: Vivência em Saúde Pública – Professora Magda Jaqueline e estagiárias

Fonte: Registrado pela autora (2021).

Imagem 7: Vivência no Abrigo – Professora Jéssica Fontes e estagiárias

Fonte: Registrado pela autora (2021).