A escola de frankfurt

gabrieldomingues14 190 views 2 slides Sep 15, 2019
Slide 1
Slide 1 of 2
Slide 1
1
Slide 2
2

About This Presentation

A escola marxismo cultural


Slide Content

A Escola de Frankfurt, ascensão e queda da Teoria Crítica
O pe nsa me nto a l e mão , se ja qua l for a to nal ida de i deo ló gi ca que
a ssumi u, do mi no u gr ande pa rte do ce nár io i nte le ctua l o ci denta l entr e
1850 e 1950, pe r í o do que co r re sponde u a fo r ma çã o do mode rno
e sta do ge r mâ ni co (II Rei ch – Re públ ica de Wei mar – II I Re i ch) e sua
tr a nsfo r ma çã o numa das po tê ncia s mundi a is, a té que dua s gue r ra s
mundi a i s o de str uí ra m.
Ne ste s ce m a no s, fi l ó so fo s cr í ti co s e co nte sta dor es co mo Ma rx e Ni etzsche ti v e ra m eno rme a scendê nci a so br e a s ci ê ncia s so ci ais e so br e as
i de o l o gi a s e par ti do s que se fo r mar am. Úl ti ma r epr ese nta nte da que l a fa se áur ea do e spí ri to a le mão , a Esco la de Fr a nkfur t, fundada e m 1924,
fo i a pr e se nça de rr ade ir a que se ir r adi ou por ca mpo s a té e ntã o nã o e xpl or a do s pe lo cr iv o da cr íti ca no senti do de e studar o s to r me nto s da v i da
mo de r na .
Uma cronologia da filosofia alemã
Numa cl a ssi fi ca çã o l i v r e, pura me nte cr o no l ógi ca , pode rí amo s i de nti fi car,
a pa r ti r do fi na l do sé culo XVI I I, ci nco mome nto s na hi stó ri a do
mo de r no pe nsa mento a le mão : o pr i me i ro del es fo i o domi nado pe l o
"i de a l i smo cl á ssi co", que te ve em Ka nt, H e rde r, Fi chte, Sche l l ing, H egel
e Scho pe nha ue r , i nde pendente mente da s suas di v er gê nci as o u
a pr o x i ma çõ e s, se us pr i nci pa is e x po e nte s, e que se e ste ndeu ma is o u
me no s a té 1860.
O se gundo , fo i ba si ca mente um pensa mento no ex íl i o, cuja ca beça
pr i nci pa l fo i a de Ka r l Ma r x, se cundado po r seu co mpanhe ir o Fr i e dr i ch
Enge l s, e x po e nte s do ma te ri a li smo fi lo só fico , se ndo que as da ta s de
1850 a 1880 a ssi na l a m o pe rí o do dos se us tr a bal hos ma i s si gni fi cati v os.
O te r ce i r o fo i a quel e o cupado i nte i r ame nte po r Ni e tzsche , cuja
r e sso nâ nci a ma i or deu-se apó s sua mo r te , o cor ri da e m 1900.
Se gui u-se-l he s e ntã o , já no sécul o XX, um quar to mome nto
ca r a cte r i za do pe lo e cle ti smo e que la nço u sua i nfluê nci a so br e a ma i or
pa r te do pe nsa me nto fil o sófi co co nte mpo râ neo . Tr ato u-se da é po ca dos
tr ê s H ' s, for ma da po r J. E. H usse rl na feno meno lo gia , N. H a r tmann na
o nto l o gi a e po r M. H e i de gge r no e xi ste nci al i smo.
Os começos da Escola de Frankfurt
Num qui nto mo me nto , ma i s o u me no s si multa ne ame nte co m o
a nte r i o r , e str utur o u-se a Fr a nk furt Schul e , a Esco la de Fr a nkfur t, sob a
l i de r a nça de Fé l ix Wei l , Ma x H or k he i me r , The o do r Ado r no e He r be rt
Ma r cuse , te ndo a i nda co mo "co mpa nhei ro de v i age m", um ta nto
di sta nte de l e s, o fi l ó so fo Ernst Bl o ch e o psi có lo go so ci a l Er ich Fr o mm,
cuja i mpo r tâ nci a r e ve lo u-se ma is ta r de dur ante o ex í li o ame ri ca no
de l e s.
A "Esco l a " de no mi nada o fici a lme nte co mo Insti tuts fur So zi a l for schun ,Insti tuto de P esqui sa So ci al , (*), fo i funda da no a uditó r i o da
Uni v e r si da de de Fr a nkfur t e m 22 de junho de 1924, co mo re sulta nte de um e nco ntr o pre l imi na r – na v er dade um se mi ná r io deno mina do de
Er ste Ma r x i sti sche Ar be itswo che - o cor r ido num ho te l e m Il mena u, na Tur íngia , numa é poca de infl açã o gal o pa nte e de tumulto s po l íti co s
e spa l ha do s po r gra nde par te da Al e ma nha. Al é m de We il , e sti v er am pr ese nte s Fr i edri ch P ol l ock , G e or gy Luck á s, Ka rl Wi ttfo gel , Ka r l Ko r sh e
Vi cto r So r ge .
P o uco s gr ê mi o s de inte l ectua i s ti v er am uma vi da tã o a ci de nta da mas també m tã o r i ca e di ve rsa co mo a do s se us i nte gra nte s. O desti no o s fez
se r te ste munha s da s gr a nde s tr a nsfo rma çõe s que a P ri mei r a G uer ra Mundi a l, e a s a gita çõ e s e r e vo luçõ e s que se se gui ra m, pro v oco u na
so ci e da de e ur opé ia e m ge r al .
(*) Na v e r da de a deno mi naçã o o ri gi na l da Escol a er a mai s a br a nge nte : I nsti tut für Fo r schunge n übe r di e G e schichte de s Sozi a l ismus und de r
Ar be i te r be we gung, über Wi rtscha ftsge schi chte und G e schichte und Kri ti k de r po l iti sche n Öko nomi e.
Qua nto a e l a me r ece r a de signa ção de e sco l a co nsta ta-se a e xi stê nci a de al guns si na is e sse nci as que a co nfi rma m, ta i s co mo a ex i stê nci a de
um qua dr o i nsti tui ci o nal re pre se nta do pel o Insti tuto ; a pre sença de um me str e-de-pensa mento ca r ísmá ti co na fi gur a de H or khe ime r e de po i s
Ado r no ; um ma ni fe sto o u pr ogr ama de a çã o a pre se nta do por Ho r khe ime r no se u di scurso i naugura l de 1931, a a fi rma ção de um "no vo
pa r a di gma " r epre se nta do pel a fusão do ma te ri a li smo histó r i co co m a psica nál i se, a l é m da a be rtur a a outr o s pensa do r es co mo Scho pe naha uer e
Ni e tzsche , que te r mi no u se ndo apr ese nta da co mo Te or i a Cr í ti ca, e a e xi stê nci a de uma r ev ista pe r ío dica que a bri gav a o s e nsai so dos
i nte r ga nte s e co l a bor a do re s (Ro lf Wi gger shaus – A Esco l a de Fr a nkfur t, 2002, p.34).
Os qua dr o s da Esco l a , por i gua l, fo r a m conte mpor â ne o s da pr ime ir a te nta ti v a de i mpl anta çã o de uma so ci e da de de mocr áti ca na Alema nha : a
Re públ i ca de We i mar (1918-1933), num ce ná ri o i nte rna ci ona l tur bule nto e e x tr ema me nte agi ta do pr ov oca do pe l a e cl osã o da Rev ol ução Russa
de 1917, pe l a di ta dura bol chev i que e pe lo sur gi mento do fa sci smo . E, e ntr e pe rpl ex o s e a te mor i zado s, a ssi sti ra m a asso mbro sa e r á pi da
na zi fi ca çã o do pa í s, se ndo que po r i sso fo rça dos a te r que a bandona r o pa ís e m 1933.
Cumpr i r a m e ntã o , a co ntr a gosto , um r o te ir o de ci gano s, pa rti ndo pa ra G ene br a , Pa r is, Mé x i co, o u par a vá ri a s ci da des do s Esta do s Uni do s, tã o
a fa sta da s uma da o utr a co mo No v a Yo r k de Lo s Angel es. Os que , ma is ta r de, r e to rna ra m par a a te r ra nata l , co mo fo i o ca so de Ho r khe ime r,
Ado r no e P o l l ock , só o fi ze ra m de poi s de vi nte ano s de e x íl i o, qua ndo , ta l ve z, a mar gur a do s co m a s te or i as e i déi as que espo sa va m ante s,
te r mi na r a m po r r e negá-l as, co mo se deu co m Ho r khe ime r.
A o r i ge m do I nsti tuto fo i e str anha . Fé li x Wei l , um jov em i nte le ctua l de a pe nas 25 a nos - a quem um bió gra fo deno mi no u de "mil io nár i o,
a gi ta do r e do uto ra ndo" - co nseguiu co nve nce r se u pai He r ma n Wei l , um nego cia nte jude u mui to r ico que fi ze r a fo r tuna na Arge nti na , a to r na r-
se um me ce na s a fi m de fi nanci a r a s o br a s e a mpar ar o pesso a l da i nsti tui çã o de cunho ma r xi sta que i dea li zo u.
El a se r i a uma e spéci e de a ne x o da Uni ve rsi dade de Fr a nkfur t l i ga do, to da vi a , a o Mi nisté r i o da Educa çã o e Cul tur a da Pr ússi a. Me smo assi m
ti nha ga r a nti a s de to ta l auto no mi a .Al ém de te r um pré di o pró pri o, o I nsti tuto r ece ber i a uma do ta çã o a nual de 120 mi l ma rco s do s fundo s de
H e r ma n We i l .
Le i a ma i s
» A Es c ola de Frankf urt, as c ens ão e queda da Teoria Crític a
» O f rac as s o da revoluç ão alemã
» Princ ipais autores e títulos da Es c ola de Frankf urt



Indústria, angustia e neurose do indivíduo moderno (cena do filme Dr.Caligari
que serve como tema da Escola de Frankfurt)

Integrantes do simpósios sobre marxismo, núcleo fundador da Escola (1923)

A i nspi r a çã o ma i s pró x ima par a sua a be r tura v ei o-l hes da ex i stê ncia do I nsti tuto Ma r x-Enge ls de Mo sco u que hav ia si do fundado por D .
Ri a za no v na Uni ã o So vi é ti ca, e m 1920. Uma te ste munha da é po ca , a ssegur ou que a i nte nçã o de Fé l ix We il co m seus i nsti tuto de estudo s
ma r x i sta s e r a e ntr ega-l o mai s ta r de a um Esta do So vi éti co i mpla nta do a lgum dia futur o na Al ema nha .
As ci r cunsta nci a s hi stó r i ca s e m que a e sco la surgi u le mbra ra m um ta nto a s que i nfl uenci ar am o i dea li smo al e mã o dos sé cul os XVI I I e XI X, que
ta mbé m fo r i co nte mpo râ neo de r e vo l uçõ e s. Se Ka nt e He ge l vi v er am na épo ca de Ro bespi er re e Na pol eã o , o s "fra nkfur ti ano s" o for am de Le nin
e Sta l i n.
E, de uma ma ne i r a ti pi ca mente a le mã, r e gi r am a os a co nte ci me nto s e speta cul ar es que ex plo dir a m a o re dor del e s por mei o da e lucubra çã o
te ó r i ca , da busca i nce ssa nte de mo de l os te ó r ico s de or ige m mul ti disci pl ina r me scl ado s co m tr aba lho s de ca mpo que lhe s per mitisse m e nte nder
o que e sta v a o co r re ndo.
Fo r a m i núme r o s o s i nte le ctua is a l emã es que , e ntr e a s déca das de tr i nta e ci nqüe nta , gir ar a m co mo co meta s a o re dor dos se us dire to re s.
P r i me i r o e m to rno de H or k he i me r e a se gui r de Ado rno . De uns 30 ou 40, ma is de 10 de l es de ix a ra m signi fica ti v a co ntr i bui çã o à ci ênci a soci a l e
a o mundo da cul tur a em ge ra l.
O v i é s e sque r di sta del es nã o lhe s e mpa nou a s pesqui sas, v i sto que, nã o esta v a m a tr e la dos a ne nhum dogma pa r ti dá ri o . O vi gor cr íti co que
e r a m po ssuí do s e m nenhum mo me nto se tr a nsfor mou e m pulsã o re vo l uci o nár ia , po is a pr ópr ia pre ocupa ção da Esco l a em v ol ta r-se pa ra o
e studo e a publ i ca çã o já r ev e la va e m si já de scar ta v a a possi bi li dade de uma tr a nsfo rma ção r adi ca l, de massa s, na so ci eda de ale mã do a pó s-
P r i me i r a G uer ra Mundi a l.
A pe r cepçã o de ssa i ncapa ci da de r e vo luci o na r ia – da pr ofunda cr i se e m que ma rx i smo a le mão a tr av e ssav a , dete cta da po r Ho rk hei mer - já se
e nco ntr o u ma ni fe sta na pr ó pr i a a ula i naugur a l do Insti tuto pr o nunci ada pel o se u pri me ir o di re to r , Ca rl G rünber g, um v e te ra no hi sto ri a do r do
so ci a l i smo , que , a pe sar de se co nfe ssar "ade pto do ma rx ismo ", a ssegur ou que e sse dev er ia se r co mpre e ndi do "não num senti do par ti dá r io, mas
e str i ta me nte num se nti do ci enti fi co " (Fe str e de ge hal te n, 22 de junho de 1924).
Tags