depois disso pela construção de navios cada vez maiores e mais potentes. Em 1819, um barco
à vela equipado com um motor a vapor atravessou o Atlântico. Um destes marcos na navegação
foi à construção do transatlântico Titanic, em 1912. Era o maior objeto móvel já construído pelo
homem em sua época. Tinha um comprimento de cerca de 270 metros (ou seja, quatro campos
de futebol) por 28 metros de largura e uma altura de 54 metros, aproximada de um prédio de 11
andares. Saiu do Porto de Southampton, na Inglaterra, no dia 10 de Abril de 1912 com destino a
Nova Iorque, transportando aproximadamente 2.223 pessoas a bordo, entre passageiros e
tripulação. Às 23h40 do dia 14, colidiu com um iceberg e afundou-se duas horas e meia depois.
Atualmente os navios se restringem apenas a transporte de diversos materiais e passeios
turísticos.
Os dirigíveis, uma aeronave mais leve do que o ar, que pode ser controlada, ao contrário de
aeronaves mais pesadas do que o ar, sustentam-se através do uso de uma grande cavidade
que é preenchida com um gás menos denso do que o ar, como o gás hélio ou mesmo o
inflamável gás hidrogênio.
A história dos dirigíveis se confunde com a da aviação. As primeiras experiências para tentar a
conquista dos céus foram com balões de ar quente. Um dos pioneiros foi o padre jesuíta
brasileiro Bartolomeu de Gusmão que, em 1709, conseguiu fazer um balão de ar quente, o
“Passarola”, subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada.
O conde alemão Ferdinand Von Zeppelin gastou sua fortuna na criação de dirigíveis com
estrutura rígida para transporte de passageiros. Em 2 de julho de 1900, fez o vôo inaugural do
Led Zeppelin-1, às margens do lago Constança, no sudoeste da Alemanha. Um dos ícones da
história da aviação foi o dirigível LZ 127 Graf Zeppelin, construído em 1928. O Graf Zeppelin
possuía 213 m de comprimento, cinco motores, transportava de 20 a 24 passageiros e cerca de
40 tripulantes O primeiro vôo de longa distância aconteceria em outubro de 1928, ligando a
cidade alemã de Frankfurt à Nova York, nos Estados Unidos da América, e duraram 112 horas.
O LZ 129 Hindenburg era o orgulho da engenharia alemã, e considerado o modelo mais
espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O Hindenburg possuía 245 m de
comprimento, 41,5 m de diâmetro, voava a 135 km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e
tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em New
Jersey, nos Estados Unidos em 6 de maio de 1937, antes de pousar na base aérea de
Lakehurst, perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22
tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da
era dos dirigíveis rígidos.
Graf Zeppelin fez sua primeira viagem ao Brasil, chegando à cidade do Recife, no estado de
Pernambuco, em 22 de maio de 1930. Este vôo iniciou uma regular e bem sucedida rota
comercial entre o Brasil e Alemanha. Inicialmente, devida a ausência de instalações adequadas
no Campo dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro, nestes primeiros anos de operação o Graf
Zeppelin, atracava na cidade do Recife onde os passageiros eram desembarcados, e seguiam
viagem para o Rio de Janeiro em aviões da empresa aérea Sindicato Condor. Atualmente no