a importância da literatura Novas propostas de aproximação
Pedro de Godoi Rosario Professor de Literatura formado pela USP Ator profissional Músico nas horas vagas Escritor procrastinador Leitor voraz Idealizador do projeto e da Kombi Livrando Ser humano de estimação da Clarice e do Tobias
MANHÃ - Das 8h à s 9h - Brincadeiras e Leitura livre - Das 9h às 10h Apresentação da Peça teatral - Das 10h às 11h Oficina de Escrita de Poesia - Das 11h às 12h Oficina de artesanato e leitura livre TARDE - Das 13h às 14h Brincadeiras e Leitura Livre - Das 14h às 15h - Contação de histórias - Das 15h às 16h Oficina de Escrita de Poesia - Das 16h às 17h Oficina de artesanato e leitura livre
Capivari Rafard Mineiros do Tietê Jaú Bocaína Matão Santa Ernestina Bernardino De Campos Maracaí Santo Antonio do Aracanguá
A importância da leitura E nriquecer nosso vocabulário Obter conhecimento Dinamizar o raciocínio e a interpretação Função social Empatia “A literatura tem sido um instrumento poderoso de instrução e educação, entrando nos currículos, sendo proposta a cada um como equipamento intelectual e afetivo. Os valores que a sociedade preconiza, ou os que considera prejudicais, estão presentes nas diversas manifestações da ficção, da poesia e da ação dramática. A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apoia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas.” Ensaio “O direito à literatura”, no livro “Vários escritos ” – Antonio Candido
Aproximação Hábito – se cria Exemplo – Futebol Ler – verbo – ação Leitura média 130 palavras por minuto Uma página tem em média 500 palavras Cada página é lida em média a cada 4 minutos 40 minutos por dia – 10 páginas Começando em Março até Outubro (15 dias em julho e 15 dias em Outubro) 213 dias 3787 páginas em 213 dias = 18 páginas por dia Uma hora e dez minutos de leitura por dia Livros USP e Unicamp
Sonetos de Camões 1560 20 Sermões de Padre Antonio Vieira 1670 100 Coração Cabeça, Estômago - Camilo Castelo Branco 1864 200 Iracema - José de Alencar 1865 180 Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis 1881 170 O espelho - Machado de Assis 1882 5 A Relíquia - Eça de Queirós 1887 441 O cortiço - Aluísio Azevedo 1890 250 Caminhos Cruzados – Érico Veríssimo 1935 320 Vidas secas - Graciliano Ramos 1938 130 Minha vida de menina - Helena Morley 1944 340 Sagarana - João Guimarães Rosa 1946 400 Poemas Negros – Jorge de Lima 1947 42 Claro enigma - Carlos Drummond de Andrade 1951 140 Amor – Clarice Lispector 1960 4 Quarto de despejo – Carolina Maria de Jesus 1960 173 O bem amado – Dias Gomes 1962 130 Mayombe - Pepetela 1980 250 A teus pés – Ana Cristina César 1982 144 História do cerco de Lisboa – José Saramago 1989 348 TOTAL 3787
“O tempo para ler, como o tempo para amar, dilata o tempo para viver. Se tivéssemos que olhar o amor do ponto de vista de nosso tempo disponível, quem se arriscaria? Quem é que tem tempo para se enamorar? E no entanto, alguém já viu um enamorado que não tenha tempo para amar? Eu nunca tive tempo para ler, mas nada, jamais, pôde me impedir de terminar um romance de que eu gostasse. A leitura não depende da organização do tempo social, ela é, como o amor, uma maneira de ser”.
Ler em voz alta – como fazemos com nossas crianças É possível até com os livros de vestibular. Ler em blocos, tirando dúvidas e lendo capítulos junto Visitar as livrarias , bibliotecas, espaços culturais Dessacralizar o livro Descobrir todos os gêneros
Direitos do Leitor 1- Direito de não ler. “A maior parte dos leitores se concede cotidianamente o direito de não ler. Sem macular nossa reputação, entre um bom livro e um telefilme ruim, o segundo muitas vezes ganha.” “O dever de educar consiste, no fundo, no ensinar as crianças a ler, iniciando-as na Literatura, fornecendo-lhes meios de julgar livremente se elas sentem ou não a ‘necessidade de livros’. Porque, se podemos admitir que um indivíduo rejeite a leitura, é intolerável que ele seja rejeitado por ela ”. 2- O direito de pular páginas. 3- O direito de não terminar um livro. “Ao contrário das boas garrafas, os bons livros não envelhecem, somos nós que envelhecemos. E quando nos acreditamos suficientemente ‘maduros’ para lê-los, nós os atacamos mais uma vez. Então das duas uma: ou o reencontro acontece ou é um novo fiasco. Talvez tentemos de novo, talvez não.” 4- O direito de reler 5- O direito de ler qualquer coisa “Uma das grandes alegrias do ‘pedagogo’ é – toda leitura sendo autorizada – a de ver um aluno bater sozinho à porta da fábrica Best-seller para subir e respirar na casa do amigo Balzac”.
6- O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível) “Daí a necessidade de lembrarmos nossas primeiras efervescências de leitores e montarmos um pequeno altar a nossas antigas leituras. Inclusive as mais ‘ bobas’. Elas representam um papel inestimável: nos emocionar com aquilo que fomos, rindo daquilo que nos emocionava. Os meninos e as meninas que partilham nossa vida ganham aí, certamente, em respeito e ternura”. 7- O direito de ler em qualquer lugar 8- O direito de ler uma frase aqui outra ali 9- O direito de ler em voz alta “Se ele lê verdadeiramente, põe nisso todo seu saber, dominando seu prazer, se sua leitura é um ato de simpatia pelo auditório como pelo texto e seu autor, se consegue fazer entender a necessidade de escrever, acordando nossas mais obscuras necessidades de compreender, então os livros se abrem para ele e a multidão daqueles que se acreditavam excluídos da leitura vai se precipitar atrás dele”. 10- O direito de calar “(...) De tal forma que nossas razões para ler são tão estranhas quanto nossas razões para viver. E a ninguém é dado o poder para pedir contas dessa intimidade”.