A linguagem da propaganda

sas

1. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
A linguagem da A linguagem da
PropagandaPropaganda
Profª Ellen CristinaProfª Ellen Cristina

2. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
Funções da LinguagemFunções da Linguagem
ReferencialReferencial
Conativa ou apelativaConativa ou apelativa
FáticaFática
MetalingüísticaMetalingüística
Emotiva ou expressivaEmotiva ou expressiva
PoéticaPoética

3. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
ReferencialReferencial
Quando um texto é informativo, a linguagem fica na Quando um texto é informativo, a linguagem fica na
terceira pessoa. Diz-se que é neutra – não mostra terceira pessoa. Diz-se que é neutra – não mostra
sentimentos, nem quer persuadir. É a linguagem dos sentimentos, nem quer persuadir. É a linguagem dos
livros didáticos, científicos, das matérias jornalísticas, livros didáticos, científicos, das matérias jornalísticas,
em geral, dos filmes documentários, dos relatos de em geral, dos filmes documentários, dos relatos de
perícias criminais, ou laudos de trânsito...; o que perícias criminais, ou laudos de trânsito...; o que
importa, em primeiro lugar, é o referente, aquilo de que importa, em primeiro lugar, é o referente, aquilo de que
se fala. Naturalmente, para isso, oculta-se na se fala. Naturalmente, para isso, oculta-se na
linguagem a presença dos falantes.linguagem a presença dos falantes.
Essa Essa funçãofunção é é referencialreferencial, também chamada de , também chamada de
representativarepresentativa..

4. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
ReferencialReferencial
"Assine VENTURA"Assine VENTURA
Receba um ano de pintura,Receba um ano de pintura,
Escultura, moda, arquitetura, fotografia,Escultura, moda, arquitetura, fotografia,
geografia, gastronomia, joalheria...geografia, gastronomia, joalheria...
por apenas R$45,00.por apenas R$45,00.
Ligue: Rio de Janeiro (21) 2513-2048".Ligue: Rio de Janeiro (21) 2513-2048".
Os verbos "assine, receba, ligue" são dirigidos a Os verbos "assine, receba, ligue" são dirigidos a
você, sujeito a quem se dirige o discurso persuasivo, você, sujeito a quem se dirige o discurso persuasivo,
que se pretende como cliente. Além da presença da que se pretende como cliente. Além da presença da
função conativa, percebe-se a referencial (os temas função conativa, percebe-se a referencial (os temas
da revista) e a poética (na rima das palavras que da revista) e a poética (na rima das palavras que
seguem ventura: pintura, escultura, arquitetura. O seguem ventura: pintura, escultura, arquitetura. O
próprio termo ventura é sugestivo, por fazer pensar próprio termo ventura é sugestivo, por fazer pensar
em felicidade, além de denominar a revista.em felicidade, além de denominar a revista.

5. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
ConativaConativa
No outro lado da conversa está o No outro lado da conversa está o
destinatário, ou receptor. Se desejamos destinatário, ou receptor. Se desejamos
influencia-lo, toda a linguagem será voltada influencia-lo, toda a linguagem será voltada
para ele: verbos, pronomes, tipos de frases para ele: verbos, pronomes, tipos de frases
(interrogativas, imperativas, com vocativos). (interrogativas, imperativas, com vocativos).
Um sermão religioso, um discurso político, Um sermão religioso, um discurso político,
uma propaganda comercial, uma pergunta, uma propaganda comercial, uma pergunta,
uma ordem ou proibição são apelativos.uma ordem ou proibição são apelativos.
Essa função da linguagem é conhecida como Essa função da linguagem é conhecida como
apelativaapelativa ou ou conativaconativa

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11. Fundamentos Psicopedagógicos da
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FáticaFática
A A função fáticafunção fática inicia, ou encerra o ato da inicia, ou encerra o ato da
comunicação. Vem acompanhada de outra ou comunicação. Vem acompanhada de outra ou
outras funções, estabelece contato. "Alô, oi, até outras funções, estabelece contato. "Alô, oi, até
logo, tudo bem?, como vai?, então, daí, logo, tudo bem?, como vai?, então, daí,
entendeu?, pois é". Essas palavras testam o entendeu?, pois é". Essas palavras testam o
canal, aproximam os interlocutores, sintonizam-canal, aproximam os interlocutores, sintonizam-
nos no enunciado.nos no enunciado.
"- "- BemBem...eu queria conversar com você....eu queria conversar com você.
- - HeinHein? Você está feliz?? Você está feliz?
- - EntãoEntão, fale., fale.
- - Tudo bemTudo bem, vamos ao assunto.", vamos ao assunto."
Essas expressões rotineiras são usadas como Essas expressões rotineiras são usadas como
recurso para atar a conversa, sem que exijam recurso para atar a conversa, sem que exijam
resposta ou explicação para seu significado. resposta ou explicação para seu significado.
Mesmo que nem tudo vá bem, quem faz a Mesmo que nem tudo vá bem, quem faz a
pergunta sabe que ouvirá como resposta: - Tudo. pergunta sabe que ouvirá como resposta: - Tudo.
O objetivo não é saber como vai o interlocutor, O objetivo não é saber como vai o interlocutor,
mas iniciar a comunicação.mas iniciar a comunicação.

12. Fundamentos Psicopedagógicos da
Arte e Comunicação
MetalingüísticaMetalingüística
Como função que esclarece o código, o sentido de seus Como função que esclarece o código, o sentido de seus
termos, tem-se a função termos, tem-se a função metalingüísticametalingüística. É linguagem . É linguagem
explicando linguagem. Sempre que se definem termos, num explicando linguagem. Sempre que se definem termos, num
estilo de dicionário ou enciclopédia, essa função predomina.estilo de dicionário ou enciclopédia, essa função predomina.
Palavras que explicam palavras, cinema que fala de cinema, Palavras que explicam palavras, cinema que fala de cinema,
teatro de teatro, poesia de poesia, quadrinhos de teatro de teatro, poesia de poesia, quadrinhos de
quadrinhos, tudo isso constitui quadrinhos, tudo isso constitui metalinguagemmetalinguagem..
"- Amigo, que significa carpir? (função conativa)"- Amigo, que significa carpir? (função conativa)
- Significa chorar, lamentar-se, queixar-se, ou retirar o capim - Significa chorar, lamentar-se, queixar-se, ou retirar o capim
da terra, capinar, com a enxada".da terra, capinar, com a enxada".

13. Fundamentos Psicopedagógicos da
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EmotivaEmotiva
Os tipos de textos têm muito a ver com as intenções de Os tipos de textos têm muito a ver com as intenções de
quem os produz. Se o emissor saudoso ou apaixonado quem os produz. Se o emissor saudoso ou apaixonado
exterioriza suas emoções, o texto aparecerá na exterioriza suas emoções, o texto aparecerá na
primeira pessoa, manifestando aspecto lírico-amoroso, primeira pessoa, manifestando aspecto lírico-amoroso,
por exemplo.por exemplo.
"Eu sem você / Não tenho porquê"Eu sem você / Não tenho porquê
Porque sem você / Não sei nem chorar."Porque sem você / Não sei nem chorar."
Essa é a Essa é a função emotiva da linguagemfunção emotiva da linguagem, centrada no , centrada no
remetente, que quer desabafar, abrir seu coração, remetente, que quer desabafar, abrir seu coração,
dando recados banhados de calor humano. dando recados banhados de calor humano.
"Ai! Que saudade / Que vontade de ver renascer nossa "Ai! Que saudade / Que vontade de ver renascer nossa
vida."vida."

14. Fundamentos Psicopedagógicos da
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PoéticaPoética
Além dessas funções há a Além dessas funções há a poéticapoética, que não interessa apenas aos , que não interessa apenas aos
poetas e cantores, mas aos que trabalham com propaganda; ou aos poetas e cantores, mas aos que trabalham com propaganda; ou aos
que fazem literatura em prosa: cronistas, contistas, romancistas.que fazem literatura em prosa: cronistas, contistas, romancistas.
A linguagem focaliza a mensagem, caracterizando-se pela seleção A linguagem focaliza a mensagem, caracterizando-se pela seleção
vocabular, e pelo sentido conotativo (figurado). Metáfora, vocabular, e pelo sentido conotativo (figurado). Metáfora,
metonímia, antítese, personificação e outras figuras, dão ao texto o metonímia, antítese, personificação e outras figuras, dão ao texto o
caráter plurissignificativo e poético.caráter plurissignificativo e poético.
"De uma noite vim. / Para uma noite, vamos, / uma rosa de Guimarães "De uma noite vim. / Para uma noite, vamos, / uma rosa de Guimarães
/ nos ramos de Graciliano./ nos ramos de Graciliano."" (Leminski) (Leminski)
Até em manchetes jornalísticas, às vezes, há uso da ambigüidade, do Até em manchetes jornalísticas, às vezes, há uso da ambigüidade, do
jogo de palavras, da linguagem poética:jogo de palavras, da linguagem poética:
""AcordoAcordo anônimoanônimo
No enterro do DNER, surge um exemploNo enterro do DNER, surge um exemplo
de como se arranhava o cofre da autarquia"de como se arranhava o cofre da autarquia"

15. Fundamentos Psicopedagógicos da
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PoéticaPoética
Um texto escrito em versos, mas sem a função poética, deixará Um texto escrito em versos, mas sem a função poética, deixará
de ter poesia, seria um simulacro de poema, prosa em linhas de ter poesia, seria um simulacro de poema, prosa em linhas
interrompidas, alterando seu ritmo normal.interrompidas, alterando seu ritmo normal.
"Exposição mostra"Exposição mostra
como a modacomo a moda
interfere e moldainterfere e molda
a figura da mulher."a figura da mulher."
Esse texto tem, além do ritmo dos versos, a aliteração do |m| Esse texto tem, além do ritmo dos versos, a aliteração do |m|
em mostra, moda, molda, mulher. Tem uma organização em mostra, moda, molda, mulher. Tem uma organização
agradável, poética, mesmo sem ser um poema, mas a agradável, poética, mesmo sem ser um poema, mas a
manchete de um artigo de revistamanchete de um artigo de revista

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17. Fundamentos Psicopedagógicos da
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