Parábola da figueira
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Added: Jan 05, 2023
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PARÁBOLA DA FIGUEIRA QUE SECOU A A importância da Fé com obras
No dia depois de sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus estava caminhando e de manhã voltando para a cidade teve fome. E avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! – Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste.
— Jesus, tomando a palavra, lhes disse: Tende fé em Deus. – Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece”.
Essa narrativa se deu no mês de março, época da Páscoa judaica, e a época das figueiras darem fruto eram em junho. Figueiras que produziam essa época eram temporonas. O que era uma benção! Então, Jesus aproveitou-se dela para acordar o homem .
Árvore no evangelho simboliza o ser humano e a coletividade .
Além da oliveira, da videira e do espinheiro, a figueira é uma ilustração de Israel, do judaísmo. Essas quatro "árvores" são mencionadas em uma passagem de Juízes (9.8-15). Além delas, também a romã é uma representação do povo judeu.
ÁRVORE NO CRISTIANISMO À exemplo da Árvore da Vida, podemos ascender, espiritualmente, vivendo com “os pés no chão”, não se esquecendo de nos erguer às alturas. O símbolo da Árvore da Vida é uma metáfora de expansão e crescimento dos seres. C omo a Árvore da Vida, fazemos a intersecção entre o céu e a terra.
A figueira não dava fruto porque sua organização celular era insuficiente ou deficiente, e Jesus, conhecendo esse mal, quis dar uma lição a seus discípulos, não só para lhes ensinar a terem fé, mas também para lhes fazer ver que os homens e as instituições infrutíferas, como aquela árvore, sofreriam as mesmas consequências. Pelo lado filosófico, realça da parábola a necessidade indispensável da prática das boas obras, não só pelas Instituições, como pelos homens.
Um indivíduo, por mais bem vestido e mais rico que seja, encaramujado no seu egoísmo, é semelhante a uma figueira, da qual, em nos aproximando, não vemos mais que folhas.
Uma instituição, ou uma associação religiosa, onde se faça questão de estatuto, de cultos, de dogmas, de mistérios, de ritos, de exterioridades, mas que não pratique a caridade, não exerça a misericórdia; não dê comida aos famintos, roupa aos nus, agasalho e trato aos doentes; não promova a propaganda do amor ao próximo, da necessidade do erguimento da moral, do estabelecimento a verdadeira fé, essa instituição ou associação, embora tenha nome de religiosa, embora se diga a única religião fora da qual não há, não passa de uma ―figueira enfolhada, mas, sem frutos.
O de que precisamos da árvore são os frutos. O de que precisamos da religião são as boas obras. A fé que o Cristo preconizou, não foi, portanto, a fé em dogmas católicos ou protestantes, mas, sim, a fé na Vida Eterna, a fé na existência de Deus, a fé, isto é, a convicção da necessidade da prática da Caridade!
Jesus exigiria o fruto fora do tempo? Aquele que tiver essa fé, aquele que souber adquiri-la, tudo o que pedir em suas orações, sem dúvida receberá, porque limitará seus pedidos àquilo que lhe for de utilidade espiritual Não, mas esperava , Ele criticou o mal comportamento, a figueira tinha folhas indicando que haveria frutos nela, mas não tinha.
Da mesma forma muitos pareceriam ser servos de Deus e não o eram. É uma forma de ilustrar, pela analogia, o que se espera da figueira humana: produzir em qualquer época, em qualquer estação, mesmo que as condições não sejam favoráveis. Fazer o bem de forma incondicional.
Sendo assim, o Messias declarou mal ou funesto o comportamento daquele que só produz em determinadas situações ou condições. Para produzir, o ser humano, ao contrário da figueira, desfruta de livre-arbítrio, de enorme poder da vontade. Senhor, se me devolveres o meu emprego, eu prometo que me tornarei um bom Cristão
O potencial do homem é ilimitado. Quando o homem quer, nada o detém. Aquele cuja vida é apenas de aparência, sem frutos verdadeiros e proveitosos, destruirá quem escolhe esse tipo de vida. [...]A esterilidade é mal incurável, que se manifesta nas coisas físicas e metafísicas. Há pessoas que são estéreis em sentimentos afetivos, outras em atos de generosidade[...]
Fomos chamados a frutificar. Por isso, essa lição de Jesus é bastante atual. Pois o coração humano continua produzindo aparências para esconder uma vida infrutífera e distante da Vontade de Deus. Sempre que Deus olha por nós, espera encontrar bons frutos!
Como diz HUBERTO ROHDEN [3] : “Todo mundo é bom no meio de bons. Ser bom no meio dos bons é fácil. Ser livre no meio dos livres é fácil. Isso é para os fracos. Agora quero ver ser bom no meio dos maus; ser livre no meio dos escravos; ser puro no meio dos impuros ”. Isto é, produzir fora do tempo favorável. Isso é para os fortes! [3] Foi um filósofo , educador e teólogo brasileiro .
A ‘montanha’ representa as adversidades, as intempéries de tempo e de lugar, as ordenações humanas, os preconceitos sociais, a tirania governamental, etc.. Tendo fé, o homem consegue produzir fruto além das circunstâncias. A fé é o adubo, o que favorece o desenvolvimento. Tanto é verdade que Jesus demonstrou, na prática, o poder magnético que desfruta o indivíduo. Quando se está convicto no bem, o Cristão consegue vencer as artimanhas do mal.
No código divino, somente são contabilizadas como créditos, as obras úteis, que elevam, que auxiliam o homem a desapegar-se das coisas materiais, que não o mantém preso aos valores terrenos, que dificultam a elevação do Espírito, que reencarna, tantas vezes quantas forem necessárias, em mundos materiais para desenvolver-se, até estar em condições de viver a vida plena de sabedoria e amor, em mundos espirituais mais elevados.
Os benfeitores espirituais orientam que é importante não perder a oportunidade de melhoria, concedido por Jesus, nessa ocasião: “Retire-se cada um dos excessos na satisfação egoística, fuja ao relaxamento do dever, alije as inquietações mesquinhas — e estará preparado à sublime transformação.”
A figueira cheia de folhas assemelha-se aos indivíduos que receberam oportunidades de se transformar para melhor; conseguem discernir entre o falso e verdadeiro e são portadores de razoável conhecimento. Falam bem, atraindo pessoas, até multidões, em razão das habilidades pessoais que possuem. São, porém, incapazes de praticar o que recomendam porque não possuem, ainda, moralidade elevada nem domínio dos assuntos que ensina.
A tarefa do homem é produzir, ser útil. A hipocrisia, o supérfluo, o ideal pregado e não vivido, a obediência cega à lei e aos dogmas, a comparação, o julgamento insensato, a crítica irresponsável, as aparência, o puritanismo e o perfeccionismo, a arrogância, são apenas folhas… E Jesus espera por frutos no ideal do bem.
“Por seus frutos os conhecereis.” — Jesus. (MATEUS, 7.16) 1 Nem pelo tamanho. 2 Nem pela configuração . 4 Nem pela imponência da copa. 5 Nem pelos rebentos verdes. 6 Nem pelas pontas ressequidas. 7 Nem pelo aspecto brilhante. 8 Nem pela apresentação desagradável. 9 Nem pela vetustez do tronco. 10 Nem pela fragilidade das folhas. 11 Nem pela casca rústica ou delicada. 12 Nem pelas flores perfumadas ou inodoras. 13 Nem pelo aroma atraente. 14 Nem pelas emanações repulsivas. 15 Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores, mas sim pelos frutos, pela utilidade, pela produção.
16 Assim também nosso Espírito em plena jornada… 17 Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral. 18 — “Pelos frutos os conhecereis.” — Disse o Mestre. — “Pelas nossas ações seremos conhecidos.” — Repetiremos nós. Pelos frutos Fonte viva — Emmanuel
Infelizmente, para grande parte da população, o indivíduo deve se ocupar apenas de si, não admitindo o devotamento, o amor em favor do próximo. Portanto, obviamente, Jesus não destruiria algo para demonstrar poder. A parábola contém lições profundas, dentre elas, a de que a verdadeira religião não aprisiona, mas favorece o potencial humano. Assim, cumpre ao homem produzir além da estação, manter-se aberto à intuição, sempre meditando as mensagens espirituais. Jamais abraçar os princípios de forma cega; nunca tornar o Evangelho como um código de normas, mas sim como um alicerce da ética.
A parábola da figueira que secou elucida que o alimento mais necessário ao homem é o espiritual. Para conquistá-lo deve enfrentar as intempéries do tempo, produzir incondicionalmente. Somente o amor é eterno. Ele não amaldiçoou a figueira, uma vez que todas as plantas têm a sua finalidade, pois mesmo a que não produz frutos pode proporcionar a sombra e embelezar o mundo. A figueira, como as demais plantas, existe para servir aos homens e aos animais. Ora, a figueira que Cristo secou foi usada para um fim bem mais elevado, a de nos advertir sobre a necessidade de produzir incondicionalmente, bem como a não aceitar o mal com suas raízes disseminadas na Terra, como a hipocrisia.
Jesus elucidou: “Toda planta que meu Pai celeste não plantou será arrancada pela raiz”. Esse é o destino do mal, precário como o tempo. A aparência, o rótulo, a hipocrisia não contribuem para a paz, para o crescimento . A conquista verdadeira é fruto de trabalho sério, semente da vontade persistente, caminho da almejada libertação.
Que o Cristão não espere por privilégios, porquanto como ensina Emmanuel: “Se há crentes aguardando vida fácil, privilégio e favores na Terra, em nome do Evangelho, semelhante atitude deve correr à conta de si mesmos. Jesus não prometeu prerrogativas aos seus continuadores”. Biografia: Cairbar Schutel - Parábolas e Ensinos de Jesus https://despertarespiritual.wordpress.com/2010/08/16/a-figueira-que-secou/ Reforcemos: Na tarefa cristã: Começar é fácil; Continuar é difícil chegar ao fim é crucificar-se. Emmanuel