A Sociedade Senhorial Nos séc. IX a XII O clero As ordens de Cluny e Cister A nobreza O espírito guerreiro da nobreza e o controlo da Igreja As relações entre senhores e camponeses O domínio senhorial
O Clero Após as invasões Bárbaras, a Igreja De Roma passou a ser a única força bem organizada da Europa Ocidental. Os Clero era constituído pelo: Clero secular – constituído por bispos e padres Clero regular – constituído por abades e monges A Igreja tinha muita importância e prestígio em resultado de: Exercícios das práticas religiosas, numa época de muita fé Posse de numerosas terras, onde retiravam muitas riquezas Desempenhavam importantes cargos na administração junto dos reis (dioceses, paróquias) Dominavam a cultura, os seus membros dirigiam as escolas, copiavam manuscritos e escreviam livros. Assim, o Clero tinha muita influência e beneficiava de privilégios, como tribunais próprios e isenção de impostos
As ordens de Cluny e Cister Nos séc. X e XI, a Igreja viveu uma vida de ostentação e de imoralidade. Os altos cargos eram comprados pelos grandes senhores da nobreza e, em muitos mosteiros, a vida de um monge afastava-se dos ideais de pobreza e de austeridade. Ordem de Cluny – criada em 910, por Guilherme o Piedoso, duque de Aquitânia ( França). Baseia-se sobretudo, com a oração e o culto, prestavam menos atenção aos trabalhos agrícolas e artesanais, deixando esses trabalhos aos seus servos ou a outros trabalhadores do mosteiro Ordem de Cister – criada em 1098, por Bernardo, monge francês. Esta ordem baseia-se de regras de vida austera para os monges, que se deviam dedicar aos trabalhos agrícolas, á oração e á cópia de manuscritos.
A Nobreza Os Nobres, senhores de grandes propriedades e exércitos próprios, passaram a dispor de vastos poderes nos seus domínios, como a aplicação da justiça, lançamento de impostos e cunhagem da moeda. A principal ocupação da Nobreza era a guerra. Numa época de grande insegurança, a nobreza teve de defender-se dos ataques invasores, com o seu próprio exército, a região onde vivia. Em muitos lugares estratégicos, fizeram-se castelos que acolhiam as populações em caso de necessidade. A nobreza para se preparar para a guerra, realizavam torneios , que eram competições entre cavaleiros, justas, que eram combates entre dois guerreiros armados com lanças, e participavam em caçadas. Pelas funções que desempenhavam e pelos bens que possuíam, a nobreza era muito poderosa na Idade Média.
O espírito guerreiro da nobreza e o controlo da Igreja A Igreja procurava controlar o espírito guerreiro da nobreza. Para isso, estabeleceu: A ” paz de Deus” – proibia ataques a indefesos, como camponeses, mulheres e homens sem armas. A ” trégua de Deus” – impedia os combates em certos dias da semana e em certas épocas do ano, como a Páscoa e o Natal Com a mesma preocupação, a Igreja criou no séc. XI, a Cavalaria, instituição que tinha por objetivo, proteger os fracos e servir a Igreja. A Igreja continuou a orientar o espírito guerreiro da nobreza para as cruzadas, isto é, para a reconquista de lugares santos ocupados por Muçulmanos na Palestina e na Península Ibérica.
A s relações entre os senhores e camponeses Os senhores deixavam os camponeses guardar parte da produção, garantindo-lhes a segurança e proteção. Os camponeses deviam aos senhores, o pagamento de rendas , de corveiras (trabalho gratuito, durante um período de tempo por semana) e de banalidades (utilização de fornos, moinhos e lagares do senhor) Para além destas obrigações, os camponeses estavam sujeitos a outros encargos e ao pagamento de taxas, multas e castigos, pois o direito de justiça cabia ao senhor.
O domínio senhorial No séc. IX a XII, a terra era a principal fonte de riqueza. Muitas terras, pertenciam à Igreja e à nobreza. A essas grandes propriedades, chamavam-se senhorios ou domínios senhoriais. O senhorio era constituído por duas partes: A reserva , explora diretamente pelo senhor, através de servos e camponeses, onde se situava a casa senhorial ou o castelo e as instalações agrícolas, como celeiros, estábulos, moinhos, etc. Os mansos , terras arrendadas pelo senhor aos camponeses, em troca de uma parte da produção sob a forma de rendas e de trabalho gratuito na reserva. Os domínio senhorial abrangia, para além das terras de cultivo, bosques, pastagens, baldios e fornos.
Trabalho Realizado por: Isabel Brito Tânia Ribeiro