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Que possamos redescobrir a beleza de ser a verdadeira casa de Deus — não confinada a
paredes, mas expressa em vidas que refletem Sua glória ao mundo. O chamado não é
para abandonar tudo, mas para realinhar tudo ao propósito eterno de Deus: um povo
para Sua glória, vivendo como luz para as nações.
A verdadeira casa de Deus somos nós. Vivamos à altura desta vocação
extraordinária.
APÊNDICE: PANORAMA HISTÓRICO -BÍBLICO:
DO ÊXODO À IGREJA
Este apêndice traça a história bíblica mencionada em A Verdadeira Casa de Deus, do
Êxodo à Igreja, mostrando como a “casa de Deus” evoluiu do Mishkan ao povo
redimido (Capítulos 1–10). Ideal para leitores menos familiarizados, conecta eventos
históricos aos temas do livro.
O Êxodo e o Tabernáculo (cerca de 1446 a.C.)
Após libertar Israel do Egito (Êxodo 12), Deus fez uma aliança no Sinai, ordenando o
Mishkan, uma tenda portátil para adoração (Êxodo 25:8, Capítulo 1). O Mishkan
simbolizava a Shekhiná (ver glossário), mas não continha Deus, pois “os céus não
podem contê-Lo” (1 Reis 8:27).
A Monarquia e o Templo de Salomão (cerca de 1000–586 a.C.)
Após a conquista da Terra Prometida (Josué), Israel tornou-se monarquia. Davi planejou
um templo, mas Deus prometeu que um descendente o construiria (1 Crônicas 17:11-12,
Capítulo 3). Salomão edificou o Primeiro Templo (2 Crônicas 2–7), aceito por Deus,
mas apontando para a Igreja como morada definitiva (2 Coríntios 6:16, Capítulo 5). Em
586 a.C., os babilônios destruíram o templo, exilando Israel (2 Crônicas 36:15-21).
O Exílio e o Retorno (586–516 a.C.)
No exílio, Ezequiel viu um templo milenar, simbolizando santidade futura (Ezequiel
40–48, Capítulo 10), distinto do Segundo Templo. Após o retorno (Esdras 1), os judeus
construíram o Segundo Templo (516 a.C., Esdras 6:15), menos grandioso, mas central
para a adoração.
O Segundo Templo e Yeshua (516 a.C.–70 d.C.)
Reformado por Herodes (20 a.C.), o Segundo Templo era o coração judaico, com
dízimos sustentando levitas e pobres (Malaquias 3:10, Capítulo 7). Yeshua denunciou
sua comercialização (João 2:13-16, Capítulo 5), proclamando Seu corpo e a Igreja como
templo (João 2:19; 2 Coríntios 6:16). Destruído em 70 d.C., o templo deu lugar à
comunidade como santuário, com tzedaká e sinagogas no judaísmo rabínico (Talmud,
Megillah 29a, Capítulo 8).
A Igreja e a Nova Aliança
Após 70 d.C., a Igreja — judeus e gentios — tornou-se a morada do Espírito (Efésios
2:20-22), continuando a Shekhiná na comunidade (Capítulo 8). Ela antecipa a Nova
Jerusalém, onde Deus habitará plenamente (Apocalipse 21:3, Capítulo 10).