Em qualquer atraso , o embrião "morre de fome", por falta de nutrientes, e é absorvido pelo próprio organismo da mulher e o Espírito desliga-se para aguardar nova oportunidade reencarnatória. Portanto, o anticoncepcional de emergência é, segundo o Espiritismo, aborto se já tiver ocorrido a fecundação e a ligação do perispírito. Se não houver ocorrido a fecundação, não é aborto. Porém , a ética não pode lidar com hipóteses, já que trata do comportamento humano: usar ou não usar, qual é o mais ético? Se há a possibilidade do aborto (não conhecemos pesquisas sobre a porcentagem), por menor que seja, a ética e o bom senso, diante da Consciência, indicam para não usar, pois é impossível a mulher saber o que realmente está acontecendo e se há um Espírito reencarnante desejoso de ser "embalado" carinhosamente no colo materno, na expectativa de uma nova existência de lutas e realizações, junto de sua mãe. Se a mulher optou por essa alternativa impensada é porque, em geral, ela ainda não teve essas nossas reflexões e, por isso, não pode ser considerada "anti-ética" ou "imoral". Sua responsabilidade diante da Consciência é menor. Porém, uma vez tendo sido conscientizada, eticamente sua opção terá muito maior peso. De qualquer forma, todos os enganos podem e devem ser corrigidos pela própria doação e oferecimento, na proporção daquilo que se tirou da Natureza. - Para maiores detalhes de como ocorre essa ligação, numa bela descrição do Espírito André Luiz, leia "Missionários da Luz", psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulos XIII e XIV.