Notáveis relatos sobre os agêneres Notável , é o episódio envolvendo Jan Huss , o líder religioso tcheco, considerado precursor da Reforma, movimento que pretendeu revigorar o cristianismo em seus princípios originais. Quando Huss se achava preso e já próximo de perecer numa fogueira, na cidade de Constança, em 1415, aconteceu o interessante episódio com um agênere. Quem nos narra esse comovente encontro é o consagrado J.W. Rochester, na obra “ Os Luminares Tchecos ”, romance histórico em torno das figuras de Jan Huss e Jerônimo de Praga . Huss, para nós, espíritas, tem grande significado, pois presume-se que tenha reencarnado, mais adiante, como, nem mais, nem menos, Allan Kardec . Aliás, vai além, quando revela uma outra personalidade que teria sido animada pelo Espírito que viria a ser Kardec, o do centurião romano Quirílius, que chegou a oferecer fuga a Jesus, quando este se encontrava preso, proposta gentilmente recusada pelo Mestre, ao revelar-lhe que “iria ainda ter a oportunidade de morrer por Ele, porém no futuro...” O centurião mais tarde converteu-se ao cristianismo e passou a ser o “pai João”, retratado por Rochester na obra “Herculanum”. Huss, em sua cela, próximo da execução, ora fervorosamente e recebe uma graça do Alto. Conforme descreve magistralmente Rochester, surge à sua frente uma nuvem esbranquiçada, crepitando em faíscas, iluminando a cela em tons levemente azulados, dando forma, materializada, à figura alta de um homem em trajes clericais bizantinos, trazendo nas mãos uma cruz e um evangelho. Huss indaga de quem se trata e o agênere informa ser “aquele que primeiro trouxe a luz divina do Evangelho à sua pátria ( República Tcheca) e cujos restos descansam em Velegrad.” Em seguida, o agênere recomenda a Huss muita firmeza perante a morte próxima, prometendo ajuda permanente e as recompensas da vida espiritual.