ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ARTICULAÇÃO NA FLAUTA TRANSVERSAL Raul Costa d’Avila / UFPEL
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faz o intérprete — desde que ele atue conscientemente — ser um eterno
experimentador. Para isso, o mais im portante não é apenas conhecer as
informações teórico-musicais, técnicas, históricas, estéticas, fisiológicas,
lingüísticas, entre outras, mas, sobr etudo, inter-relacioná-las, buscando
identidade própria, o que exige disciplina, rigor e principalmente, muita
consciência na execução musical, sem os quais se tende, muitas vezes, a
execuções — parafraseando Carlos Drumond de Andrade — “de acordo com seu
capricho, sua ilusão, sua miopia”, o que torna a articulação meramente intuitiva.
Assim, é necessário um estudo cada vez mais consciente, para fundir
“abençoadamente” o que não pode ser apen as intuitivo, com uma dose certa do
“capricho individual”, resultando uma interpretação que pode ser executada e
percebida de maneira “quase pronunciada”, emocionando aqueles que ouvem,
sobretudo com o coração.
Assim, diante de meu obstinado objetivo — um estudo sistemático sobre a
articulação na flauta transversal moderna — e também diante do que
apresentei nesta conclusão, desejo e espero que esta pesquisa — fruto da
EMOÇÃO provocada ao ouvir um artista, uma pessoa, Roger BOURDIN —
possa ser muito útil a todos aqueles que estudam e trabalham com música,
beneficiando o ensino, a música bras ileira, compositores brasileiros,
flautistas profissionais e alunos, hoje e no futuro.
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