APA PARA O ALUNO- PRÁTICA FLEXÍVEL- COLORAÇÃO DE GRAM.pdf

DenilsonBencio 23 views 12 slides Feb 17, 2025
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com a mistura álcool-acetona (1:1), até que o solvente escorra in color.
Alternar com água corrente (jato fraco). O tempo usualmente utilizado
nesta etapa é de cerca de 10 segundos. 5. Nota: Lavagem excessiva nesta
etapa pode causar a retirada do cristal violeta das cé lulas Gram-positivas,
ass...


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APA PARA O ALUNO- PRÁTICA FLEXÍVEL- COLORAÇÃO DE GRAM

POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?
COLORAÇÃO DE GRAM
1. Conhecer as técnicas básicas utilizadas na rotina laboratorial.
2. Observar a aplicação dos conhecimentos obtidos na aula prática
demonstrativa através da execução de atividades teórico-práticas
pelos profissionais responsáveis.
3. Proporcionar ao aluno a oportunidade de observar a realização de
técnicas laboratoriais, como a coloração de Gram e o exame a fresco,
realizadas exclusivamente por profissionais habilitados no
laboratório. A rotina laboratorial executada por profissionais aptos e
atuante nas análises clínicas é imprescindível para monitorar o
estado de saúde dos indivíduos que devem manter o hábito
constante de procurar atendimento médico-laboratorial. Os exames

básicos promovem uma abordagem ampla a respeito dos agentes
patológicos que podem estar prejudicando a saúde do paciente
através da detecção de parasitas e bactérias.
Caro aluno (a) Você realizará esta atividade de forma observacional durante
uma visita técnica a um labo ratório de análises clínicas devidamente
equipado, sob a supervisão de um profissional formado em Farmácia ou
Biomedicina. A visita pode ser realizada na cidade onde você reside ou na
cidade mais próxima
EMBASAMENTO TEÓRICO
A microbiologia é a ciência que estuda os organismos pequenos, e suas
atividades bio lógicas. Organismos microscópicos são organismos que
não são observados a olho nu sendo necessário a utilização de uma
ferramenta para observá-los. Para termos noção do tamanho destes seres,
vamos imaginar uma escala, e que a menor parte da escala é um angstrom
que é igual a 10-10 metros, isso é muito pequeno, nossos olhos não
conseguem identificar estruturas menores que um milímetro. Para isso,
precisamos de técnicas que auxiliam na visualização destes
microrganismos. Entre as técnicas mais usadas na microbiologia tem a
microscopia de Luz e a Eletrônica. Estes equipamentos permitem
visualizarmos estruturas que são impossíveis de enxergar a olho nu.
Quando comparamos uma célula vegetal com a célula animal conseguimos
fazer esta diferenciação com o microscópio de Luz, se quisermos maiores
detalhes, por exemplo de uma partícula viral vamos precisar de um
microscópio eletrônico, pois é uma partícula muito pequena, menor bem
menor que a célula vegetal e animal. Antes de surgir a microscopia, não
existia a microbiologia, pois era impossível a visualiza ção dos
microrganismos. A criação do microscópio possibilitou um avanço na
biologia, embora este microscópio fosse muito simples, adotado apenas
de uma lente de vidro que permitia um aumento de 300 vezes. Assim tudo
o que era invisível a olho nu tornou-se visível o suficiente para ser
pesquisado. Todavia, a partir do surgimento do microscópio foi obtendo-
se maiores informações para caracterizar os microrganismos. As
características que permitem classificá-los são: ● Características culturais
(exigência nutricional e ambiental); ● Características morfológicas (forma
da célula e colônia); ● Características metabólicas (reações bioquímicas
para sobrevivência); ● Características antigênicas (componente celular
que são semelhantes entre espécies); ● Características genéticas
(caracterização do genoma); ● Potencial de causar doenças (homens,
animais e plantas); ● Características ecológicas (relação entre os
microrganismos e sua ocorrência natural) e a classificação taxonômica
(grupos de microrganismos). As bactérias são microrganismos
procariontes, o núcleo não é delimitado por membranas. A maioria é

formada por uma única célula e apesar dos seus 3, 5 bilhões de anos
durante os quais têm evoluído a célula bacteriana é simples se
observarmos em um microscópio ótico sua forma, tamanho e arranjo. Na
verdade, por trás desta simplicidade se esconde uma maquinaria altamente
complexa no seu interior, se observarmos em um microscópio eletrônico
moderno, 6 vamos ver estruturas que raramente poderiam ser vistas ou
sequer imaginadas pelos primeiros micologistas. A associação das
bactérias com seus hospedeiros pode ser parasitária e simbiótica, estas
relações envolve a entrada da bactéria nos tecidos do seu hospedeiro,
porém a parasitária causa mal as células do hospedeiro. Enquanto, a
relação simbiótica causa benefício para a bactéria e para seu hospedeiro,
As bactérias podem apresentar três formas: esféricas, cilíndricas e
espiraladas.As esféricas, são denominadas de cocos, geralmente são
arredondadas, podendo ser ovóides ou achatadas em um dos lados,
quando aderidas umas às outras. As células cilíndricas ou em forma de
bastão são chamadas de bacilos. E as espiraladas ou helicoidais
assemelham-se a um saca rolha e são denominadas de espirilos. Ainda tem
as bactérias que não tem uma forma definida, são chamadas de
Pleomórficas. E estas formas sofrem modificações, ou seja, quando
observamos a bactéria no microscópio elas estão acopladas umas às
outras. As bactérias podem crescer em arranjos, por exemplo: ● - Cocos:
diplococos (duas células); estreptococos (forma uma cadeia); Sarcinas
(pacote cúbico com oito células) e estafilococos (agrupadas em forma de
um cacho de uva). ● - Bacilos: lado a lado (duas células); estreptobacilos
(forma em cadeia); cocobacilos (bastonete muito curto, cuidado para não
confundir com bacilos). ● - Filamentosos ramificados: são aquelas
bactérias que formam hifa e esporangiós poros, é uma exceção. Exemplo
Actinomicetos. O glicocálice: também denominada de cápsula ou
exopolissacarídeo, é uma camada viscosa que recobre a célula bacteriana.
Ela tem diversas funções, esta camada viscosa permite aderência da célula
a várias superfícies, seja pedras, dentes e raízes de plantas. Protege a
célula contra dessecamento temporário, favorecendo a sobrevivência da
célula em condições adversas na superfície do hospedeiro devido a
formação de uma mucilagem nesta superfície. Na indústria de alimentos
esta camada é responsável pela formação do lodo afetando a qualidade do
produto final parede celular é uma estrutura rígida, responsável pela forma
da célula, protegendo-a do ambiente externo e está envolvida no processo
de crescimento e divisão celular. A parede celular circunda toda a célula
bacteriana externamente ao citoplasma, sua rigidez protege a membrana
plasmática e o conteúdo celular interno evitando o extravasamento do
ci toplasma ou rompimento da célula. Essa rigidez também se deve a
presença de peptidoglicano. O peptidoglicano é um heteropolissacarídeo
que forma uma malha como se fosse uma treliça, dando uma maior rigidez
à parede celular. Os microrganismos são divididos em dois grupos:

bactérias Gram-positivas e bactérias Gram-negativa, esta diferença baseia-
se na composição da parede celular bacteriana. As bac térias Gram-
negativas possuem uma parede celular complexa, formada por uma ou
algumas camadas de peptideoglicano e uma membrana externa ligadas
entre si por uma lipoproteína. A 7 menor concentração de peptideoglicano,
torna as bactérias Gram-negativas mais susceptíveis a quebra de ligação
quando comparadas as bactérias Gram-positivas. Todavia, a parede celular
das bactérias Gram-positivas é composta predominantemente por
peptideoglicano, representan do 70 a 75% de sua composição, além de
proteínas e ácido teicoico (Alterthum, 2015). As bactérias Gram negativas
apresentam 10 % de peptidoglicano por peso, no entanto apresenta
membrana externa a camada de peptidoglicano. Essa membrana externa é
formada por uma camada dupla de fosfolipídios e lipopolissacarídeos
(LPSs) mais um conjunto de proteí nas confere a esse tipo de bactéria
propriedade patogênica específica, Os LPSs são pobremente neutralizados
pelos anticorpos, fazendo que as bactérias Gram-negativa é mais
resistente aos antibióticos e suscetíveis ao rompimento mecânico uma vez
que tem menor quantidade de peptideoglicano. Entretanto, as bactérias
Gram-positiva são suscetíveis ao anti biótico e muito mais resistentes aos
danos mecânicos. Para que os microrganismos sejam visualizados muitas
vezes é necessário prepará-los para facilitar a microscopia. O preparo deve
ser de acordo com o interesse de observação: se for para visualizar as
características morfológicas, detalhes de estrutura celular, função
fisiológica na célula, várias técnicas podem ser utilizadas para a
observação dos microrganismos. Estas preparações podem ser simples
(sem coloração) e trabalhosas (fixadas e coradas). As preparações simples
podem ser sem coloração e com coloração. As preparações sem coloração
são: lâminas e lamínulas e microcultivo. As preparações com lâminas e
lamínulas consiste colocar uma gota do material a ser observado em uma
lâmina limpa e cobrir com la mínula. Se o material ainda não estiver em
suspensão, colocar primeiro uma gota de água e, em seguida, com a alça
de repicagem, colocar uma pequena quantidade do material e cobrir com
lamínula. O Microcultivo é um microrganismo que é cultivado em um
pequeno pedaço de meio de cultura colocado em uma lâmina limpa e
coberto com lamínula. O conjunto (lâmina + BDA com microrganismo +
lamínula) é, então, depositado em câmara úmida e incubado por,
aproximadamente, 7 dias. As preparações com coloração podem facilitar a
observação tornando a célula mais visível na microscopia. Em preparações
a fresco entre lâminas e lamínulas, geralmente são utilizados corantes
vitais que não comprometem a vitalidade das células, sendo destituídos de
ação tóxica. As preparações fixadas e coradas são preparações utilizadas
na verificação das carac terísticas morfológicas das bactérias. As etapas
essenciais nesta preparação são: preparo do esfregaço: com a alça de
platina, coletar uma amostra da suspensão bacteriana e esfregá-lo

(espalhar) no centro de uma lâmina limpa e flambada; a fixação: após o
esfregaço, a fixação é feita passando a lâmina três vezes diretamente sobre
a chama do bico de Bunsen; e a coloração: a coloração pode ser simples
(direta ou indireta) ou diferencial. Contudo a coloração simples direta, o
esfregaço fixado e corado utilizando-se apenas um tipo de corante (cristal
violeta ou fucsina). Neste tipo de coloração a bactéria adquire a cor do
corante e contrasta com o fundo 8 claro (transparente) da lâmina. Todavia,
a coloração diferencial é realizada através da aplicação de mais de uma
solução corante, como exemplo, temos a coloração de Gram. A coloração
de Gram é o método de coloração diferencial mais utilizado no laboratório
de microbiologia para classificar bactérias com base no tamanho,
morfologia celular e comportamen to diante dos corantes. É um teste
adicional rápido para o diagnóstico de agentes infecciosos, sendo também
utilizado para avaliar a qualidade da amostra clínica analisada (Martinez;
Taddei, 2015; Ministério Da Saúde, 2000). O método da coloração de Gram
utiliza solventes que se fixam a parede celular bacteriana. Bactérias Gram-
positivas são capazes de reter o corante Cristal violeta devido à grande
quan tidade de ácido teicoico e a diminuição da permeabilidade da parede
celular, onde as bactérias adquirem uma coloração azul-arroxeada. Por sua
vez, as bactérias Gram-negativas apresentam grande quantidade de
lipídeos que aumentam a permeabilidade ao solvente orgânico permitindo
sua descoloração. Esta característica promove a perda (descoloração) do
corante Cristal violeta, promovendo a coração com o corante de fundo que
é a Fucsina, assumindo coloração rosa-a vermelhado (Martinez; Taddei,
2015).
RECURSOS UTILIZADOS
Materiais de Consumo Descrição Observação ● Luvas de procedimento e
jaleco Material a ser fornecido pelo aluno. ● Lâminas com esfregaços de
secreções (uri na, secreção vaginal, orofaringea ● Microscópico óptico ●
Óleo de imersão ● Conjunto Para Coloração De Gram 4 Frascos: ● 1 Frasco
de Violeta Genciana ● 1 Frasco de Lugol Fraco ● 1 Frasco de Solução
Descorante ● 1 Frasco de Fucsina Materiais a serem fornecidos pelo aluno
● Carta de Apresentação Material a ser fornecido pelo aluno.
ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA
Caros alunos (as), Este projeto integrador visa lhes proporcionar a
experiência prática de técnicas básicas executadas na rotina laboratorial.
Todavia, para que sua segurança e integridade física seja mantida é
indispensável a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s).
a) Uso obrigatório de jaleco: longo, branco, de tecido; b) Uso obrigatório
de luvas de procedimentos; c) Vestuário adequado e obrigatório: uso de
calça comprida e sapatos fechados, além de cabelos presos. d) As mãos
devem ser lavadas com sabão ao entrar no laboratório e após a retirada

das luvas; e) Não levar nada à boca enquanto estiver no laboratório,
lembre-se que estão manipulando amostras humanas potencialmente
infectadas f) Evite tocar o rosto com as mãos, e não colocar objetos de uso
pessoal, como óculos ou livros, sobre a bancada de trabalho; g) Deve-se
tomar cuidado para deixar toda a área de trabalho limpa e desimpedida. A
bancada de trabalho deve ser limpada com desinfetante ou uma solução
de hipoclorito a 50% antes e depois do trabalho; h) Todos os materiais
contaminados devem ser imediatamente colocados em desinfetante ou
recipiente adequado para descarte
O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA
PROCEDIMENTO 1: FIXAÇÃO DO ESFREGAÇO Antes de realizar a
coloração o esfregaço deverá estar seco (exposto ao ar), sendo fixado com
calor brando (50ºC) passando a lâmina 3 vezes através da chama do bico
de bunsen. A fi xação excessiva e o superaquecimento irão distorcer a
morfologia celular e a fixação insuficiente permitirá a saída do material
durante o processo de coloração. Deixe a lâmina esfriar antes de iniciar a
coloração. PROCEDIMENTO 2: COLORAÇÃO 1. Cobrir a área com a
solução de cristal-violeta por cerca de um minuto. 2. Decantar o cristal-
violeta e lavar suavemente com a própria solução de iodo ou água da
torneira. Nota: Lavagem excessiva nesta etapa pode causar a retirada do
cristal vio leta das células Gram-positivas. 3. Cobrir a área do esfregaço
com a solução de iodo durante cerca de um minuto. 4. Descorar a lâmina
com a mistura álcool-acetona (1:1), até que o solvente escorra in color.
Alternar com água corrente (jato fraco). O tempo usualmente utilizado
nesta etapa é de cerca de 10 segundos. 5. Nota: Lavagem excessiva nesta
etapa pode causar a retirada do cristal violeta das cé lulas Gram-positivas,
assim como, a pouca descoloração pode resultar em pouca retirada do
cristal violeta, ocasionando uma tonalidade azulada nas bactérias Gram-
negativas. 6. Cobrir o esfregaço com a solução de safranina ou Fucsina
básica 0.1% a 0.2%), por, cerca de 30 segundos. 7. Lavar com água
corrente. 8. Deixar secar ao ar, em temperatura branda (50ºC). 9. Realizar a
visualização microscópica em objetiva de 10X, 40X e 100X com óleo de
imersão.
RELATÓRIO
Caro aluno (a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples
(Power point). Para isso, faça o download do template, disponibilizado
junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo
POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?
EXAME A FRESCO
1. Conhecer as técnicas básicas utilizadas na rotina laboratorial.

2. Observar a aplicação dos conhecimentos obtidos na aula prática
demonstrativa através da execução de atividades teórico-práticas
pelos profissionais responsáveis.
3. Observar as técnicas básicas da rotina laboratorial, como o exame a
 fresco, anali sando a aplicação prática dos conhecimentos
 adquiridos em aula demonstrativa pelos profissio nais
responsáveis. A rotina laboratorial executada por profissionais
aptos e atuante nas análises clínicas é imprescindível para monitorar
o estado de saúde dos indivíduos que devem manter o hábito
constante de procurar atendimento médico-laboratorial. Os exames
básicos promovem uma abordagem ampla a respeito dos agentes
patológicos que podem estar prejudicando a saúde do paciente
através da detecção de parasitas e bactérias.
AMBIENTE NA PRÁTICA
Caro aluno (a) Você realizará esta atividade de forma observacional durante
uma visita técnica a um labo ratório de análises clínicas devidamente
equipado, sob a supervisão de um profissional formado em Farmácia ou
Biomedicina. A visita pode ser realizada na cidade onde você reside ou na
cidade mais próxima.
O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA
Os seres vivos (animais e vegetais) não são capazes de sobreviver e
reproduzir-se inde pendentemente de outro, pois o seu inter-
relacionamento é fundamental para a manutenção da “vida”. No entanto,
esse relacionamento é variável de acordo com as características d seres,
sabe-se que ele se fundamenta em dois aspectos básicos: a) obtenção de
alimento para produção de energia; b) proteção (Neves et al., 2005). Um dos
exemplos de relação entre seres vivos disponíveis na natureza é o
parasitismo que seguramente ocorreu quando na evolução um organismo
menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de
alimento obtido através de outro ser vivo. O parasitismo é definido como
uma relação desarmônica entre espécies diferentes, sendo que um
(parasito) se beneficia retirando os meios para sua sobrevivência, podendo
prejudicar o outro (hospedeiro). A relação de parasitismo entre dois seres
origina-se ao acaso, do contato entre eles, passando o hospedeiro a ser
suporte para o parasito que primitivamente deveria ser livre. Com o
decorrer do tempo, o hospedeiro passou também a ser fonte de alimento
para o parasito, que se adaptou a uma nutrição restritiva e exclusiva (Pinto;
Grisard; Ishida, 2011). O parasitismo tem seu início marcado pela infecção,
definida como a penetração, o desen volvimento e a multiplicação do
agente (que pode ser vírus, bactéria, fungo, protozoário ou hel minto) no
organismo do hospedeiro. Esta infecção comumente leva ao
desenvolvimento de uma doença infecciosa como o aparecimento de

sinais e sintomas decorrentes da ação patogênica do agente infeccioso.
Durante seu desenvolvimento os parasitas passam por diversos estágios,
denominadas formas evolutivas que são as formas que o parasita
apresenta até apresentar a forma infectante na qual o parasito penetra o
organismo do hospedeiro causando infecção. Por exemplo, a amebíase,
apresenta 3 formas evolutivas, sendo elas: trofozoíto, pré-cisto e cisto que
amadurece no meio ambiente após ser expelido pelas fezes do hospedeiro
(Pinto; Grisard; Ishida, 2011). O parasito vive e se multiplica em animais,
vegetais e no próprio homem sendo estes denominados de reservatórios
do parasito. Todavia, alguns fatores fazem com que uma parasitose possa
ser assintomática em alguns indivíduos e grave em outros, são estes os
fatores: Fatores relacionados com o hospedeiro - Carga parasitária; -
Estado do sistema imunológico; - Estado nutricional; - Idade; -
Predisposição genética; - Exposição; - Fatores socioeconômicos. 17
Fatores relacionados com o parasito - Cepa; - Grau de virulência. A
manifestação de sintomas ocorre após um período de incubação que é o
tempo que de corre desde a penetração do agente etiológico no
hospedeiro até o aparecimento dos primeiros sintomas. Outro termo que
precisa ser elucidado é o período pré-patente, que é o tempo que decorre
desde a penetração do agente etiológico no organismo do hospedeiro até
o momento em que é possível detectá-lo por meio de exames (Pinto;
Grisard; Ishida, 2011). A diferença do ciclo biológico dos parasitos se deve
a quantidade de hospedeiros envol vidos nesse processo. Caso o parasito
possua um único hospedeiro no seu ciclo biológico, dizemos que seu ciclo
é monoxênico. Quando possuem hospedeiro intermediário (um ou mais) e
hospedeiro definitivo, o ciclo é denominado heteroxênico. No hospedeiro
intermediário o para sito encontra-se na fase larvária (helmintos) ou tem
reprodução assexuada (protozoários), e no hospedeiro definitivo o parasito
tem reprodução sexuada (protozoários e helmintos) e/ou está na fase
adulta (helmintos). No entanto, há exceções como é o caso do
Trypanosoma cruzi, que não possui reprodução sexuada, então se
convencionou que o vetor, hospedeiro invertebrado, é o hospedeiro
intermediário, enquanto que os hospedeiros vertebrados, incluindo o
homem são os hospedeiros definitivos (Pinto; Grisard; Ishida, 2011). A
relação parasito-hospedeiro pode ser harmônica ou desarmônica. Quando
há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo, dizemos trata-se de
uma relação harmônica. Contudo, a relação desarmônica promove prejuízo
para algum dos envolvidos, sendo mais comum que o hospedeiro saia
prejudicado nessa relação. São consideradas relações parasito-
hospedeiro do tipo harmônicas: o comensalismo, o mutualismo e a
simbiose. E as desarmônicas, a competição, o canibalismo, o predatismo
e o parasitismo. Para iniciarmos o estudo da parasitologia é impor tante
definirmos estes conceitos na sequência (Neves et al., 2005). RELAÇÕES
PARASITO-HOSPEDEIRO DO TIPO HARMÔNICAS 1) COMENSALISMO: é a

associação harmônica entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens
(parasito) sem prejuízos para o outro (o hospedeiro). Exemplo: Entamoeba
coli vivendo no intestino grosso humano. Essas vantagens podem ser:
proteção, transporte (meio de locomoção) e nutrição (o hóspede se
aproveita dos restos alimentares). O comensalismo pode ser dividido em:
18 Fonte: Adaptação Neves et al. (2005). 2) MUTUALISMO: é quando duas
espécies se associam para viver, e ambas são beneficia das, sendo uma
associação obrigatória. 3) SIMBIOSE: é a associação entre seres vivos que
faz com que esses seres sejam inca pazes de viver isoladamente. Nesse
tipo de associação, as espécies realizam funções comple mentares,
indispensáveis a vida de cada uma. RELAÇÕES PARASITO-HOSPEDEIRO
DO TIPO DESARMÔNICAS 1) COMPETIÇÃO: é uma associação
desarmônica na qual seres da mesma espécie ou de espécies diferentes
lutam pelo mesmo abrigo ou alimento. A competição é um importante fator
de regulação do nível ou número populacional de certas espécies. 2)
CANIBALISMO: é uma relação desarmônica onde um animal se alimentar
de outro da mesma espécie ou da mesma família. Esse ato ocorre devido à
superpopulação e deficiência alimentar e as formas mais ativas ou mais
fortes devoram as menores ou mais fracas. Exemplos: larvas do mosquito
Culex bogoti que se alimentam de larvas de outros Culicini e Anophelini. 3)
PREDATISMO: nesta relação a sobrevivência de uma espécie depende da
morte de outra espécie (cadeia alimentar). Exemplo: onça alimentando-se
de pacas. 4) PARASITISMO: é a associação entre seres vivos, na qual existe
unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo
parasito constantemente, mas danos graves, pois o parasito precisa
garantir o fornecimento do alimento e abrigo necessário. Por isso, é uma
associação tende para o equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial
para o parasito. 19 Os animais que parasitam os humanos pertencem a
cinco grandes filos: Protozoa (proto zoários são animais unicelulares),
Platyhelminthes (helmintos são vermes achatados), Nema toda (vermes
redondos), Acantocephala (vermes arredondados, com pseudo-
segmentação e apresentando uma probóscida armada de ganchos) e
Arthropoda (insetos e ácaros em geral). Dentre estes filos vamos abordar
os protozoários (Filo Protozoa) que são organismos unicelula res,
eucariontes e heterotróficos (não são capazes de produzir seu próprio
alimento). Os protozoários apresentam grandes variações morfológicas
variando conforme sua fase evolutiva e meio a que estejam adaptados.
Podem ser esféricos, ovais ou mesmos alongados. Alguns são revestidos
de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que não possuem
nenhuma organela locomotora especializada. Dependendo da sua
atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas e são
elas: - Trofozoíto: é a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e
se reproduz por diferentes processos. - Cisto e oocisto: são formas de
resistência: o protozoário secreta uma parede resistente (parede cística)

que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência
(os cistos podem ser encontrados em tecidos ou fezes dos hospedeiros;
os oocistos são encontrados em fezes do hospedeiro e são provenientes
de reprodução sexuada). Os protozoários estão relacionados a diferentes
doenças humanas e animais, podendo determinar parasitoses cutâneas
e/ou mucosas, intestinais, viscerais ou disseminadas. O diag nóstico das
parasitoses ocasionadas por protozoários fundamenta-se na observação
microscó pica de agentes patogênicos facilitada pelas técnicas de
coloração da amostra a ser analisada. Contudo, a visualização direta das
amostras em preparações a fresco entre lâminas e lamínulas é empregada
em diversos setores das análises clínicas como, microbiologia e
parasitologia, pois permite a identificação da composição celular,
morfologia do agente patogênico (bactérias e/ou parasitas) e avaliação de
motilidade. Na parasitologia, o exame direto a fresco das fezes é um
método simples e eficiente que permite observar trofozoítos vivos de
protozoários, como: Giardia sp, Entamoeba sp, Trichomonas vaginalis.
Além, de promover ao microscopista uma visão geral do material que será
analisado. O exame direto a fresco é realizado utilizando apenas salina
(soro fisiológico - 0,9% de cloreto de sódio). A técnica consiste em gotejar
a salina (uma gota) no centro de uma lâmina de microscopia e nela
suspender uma colônia ou uma alçada do material a ser investigado. Cobrir
com uma lamínula e examinar ao microscópio, com objetiva de 40X ou 100X
(óleo de imersão) (Ministério Da Saúde, 2000). A solução fisiológica 0,9%
(salina) é muito útil para o exame a fresco de amos tras clínicas pouco
espessas. Enquanto, a solução de KOH a 10% é utilizada em muitos casos
com a finalidade de clarificar a amostra clínica para pesquisa de fungos
(Martinez; Taddei, 2015)
O QUE PRECISO OBSERVAR NESSA ATIVIDADE PRÁTICA?
Procedimento: a) Identificar a lâmina com um lápis de cera; b) Colocar duas
a três gotas de salina a 0,9% em uma lâmina de vidro. c)Tocar com a ponta
de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção
para a lâmina de microscopia. d) Espalhar as fezes, fazendo um esfregaço
e examinar ao microscópio. e)A espessura do esfregaço não deve impedir
a passagem de luz. f) Coloque uma lamínula sobre a amostra, tomando o
cuidado para não formar bolhas de ar; g) Percorra todos os campos da
lâmina como mostra a imagem, iniciando a microscopia na objetiva de 10X
com aumento progressivo para a objetiva de 40X
RECURSOS UTILIZADOS
Materiais de consumo: Descrição Observação ● Luvas de procedimento e
jaleco. Material a ser fornecido pelo aluno. ● Amostra fecal. ● Lâminas. ●
Lamínulas. ● Salina (soro fisiológico). ● Microscópico óptico. ● Lápis de
cera

ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA
Caros alunos (as), Este projeto integrador visa lhes proporcionar a
experiência prática de técnicas básicas executadas na rotina laboratorial.
Todavia, para que sua segurança e integridade física seja mantida é
indispensável a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s).
a) Uso obrigatório de jaleco: longo, branco, de tecido; b) Uso obrigatório
de luvas de procedimentos; c) Vestuário adequado e obrigatório: uso de
calça comprida e sapatos fechados, além de cabelos presos. d) As mãos
devem ser lavadas com sabão ao entrar no laboratório e após a retirada
das luvas; e) Não levar nada à boca enquanto estiver no laboratório,
lembre-se que estão manipulando amostras humanas potencialmente
infectadas f) Evite tocar o rosto com as mãos, e não colocar objetos de uso
pessoal, como óculos ou livros, sobre a bancada de trabalho; g) Deve-se
tomar cuidado para deixar toda a área de trabalho limpa e desimpedida. A
bancada de trabalho deve ser limpada com desinfetante ou uma solução
de hipoclorito a 50% antes e depois do trabalho; h) Todos os materiais
contaminados devem ser imediatamente colocados em desinfetante ou
recipiente adequado para descarte
RELATÓRIO
Caro aluno (a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples
(Power point). Para isso, faça o download do template, disponibilizado
junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo
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