Artigo mostra extensão história de macaé revisado1.docx

henriquebarreirosalves 1,327 views 18 slides Jun 14, 2015
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About This Presentation

Artigo sobre a história do campus Macaé, produzido pela equipe do Centro de Memória.


Slide Content


A construção do Instituto Federal Fluminense ​campus 
Macaé e sua relação com a história macaense 
Henrique Barreiros Alves 
1
Nadia Batista Corrêa 
2
Rosilene de Paula Brum 
3
Alan Murilo Pereira Duque 
4
Ruan Marcondes Silva 
5
 
RESUMO 
Opresenteprojetodeextensãopretenderecuperaramemóriadoestabelecimentodeumaescola                      
técnicafederalnomunicípiodeMacaé,trazendoàtonaosváriosaspectossociais,políticose                       
econômicosaelerelacionados.ComoprimeirotrabalhoelaboradopeloCentrodeMemóriado                    
IFFluminense​campusMacaééfundamentalacoletadedados,afimdarealizaçãodeuma                     
pesquisahistórica.Oesforçoempreendidovisatrazeràcomunidadeacadêmicaelementos                  
formadoresdeopiniãoedeidentidadeinstitucionaleregional.Apesquisasedáatravésda                     
recuperaçãodeartigosrelacionadosàtemática,usandocomofonteprimáriaojornallocal“O                     
Debate”, no corte temporal de 1983 até 1993. 
 
Palavras­chave:Memóriacoletiva–Macaé(RJ).Instituto Federal de Educação,Ciênciae               
Tecnologia Fluminense. Ensino Técnico ­ Rio de Janeiro (RJ) ­ História 
 
INTRODUÇÃO 
 
OpresenteartigoéfrutodoprimeirotrabalhodoCentrodeMemóriadoInstitutoFederal                       
Fluminense,​CampusMacaé,projetodeextensãorecémcriadoeemfasedeimplantação,que                     
pretenderesgataramemóriadaaludidainstituição.Oresultado,atéomomento,éumbreve                      
relatosobreoprocessodeinstauraçãodaescolanomunicípiodeMacaé–RJ,ressaltandoos                       
aspectos sociais, políticos e econômicos relacionados ao mesmo. 
Ainstituiçãodaqualtratamosfoicriadanoanode1993,comoumaUnidade                    
DescentralizadadeEnsinodoCentroFederaldeEducaçãoTecnológicadeCampose,coma                    
transformaçãodoCEFET­CamposemInstitutoFederalFluminense,tornou­se​campus​desse                    
Instituto no final de 2008.  
Desdeasuacriação,aescolaformoudiversosprofissionais,habilitando­osparaatuarem                   
diferentesespecializações,emsuamaioriarelacionadasàáreadaindústria.Observa­sequea                  
históriadessainstituiçãoestábastanterelacionadaàhistóriarecentedomunicípiodeMacaé,que,                     
1
 Especialista em Comunicações em Mídias Digitais, Biblioteca, ​campus​ Macaé. 
2
 Mestre em Educação, Registro acadêmico, ​campus​ Macaé. 
3
 Discente do curso de Meio Ambiente, Pronatec, ​campus​ Macaé. 
4
 Graduando em Produção cultural, Universidade Federal Fluminense. 
5
 Discente do curso de Eletrônica, ​campus​ Macaé. 


desdeosanos1970,passouaabrigaraPetrobráse,poressemotivo,ampliouconsideravelmente                      
ademandaportrabalhadoresqualificadosparaatuarnasmuitasempresasqueatuamdiretaou                     
indiretamente no setor petrolífero.  
AbordamosaconstruçãodaEscolaTécnicaemMacaéàluzdahistóriadaeducação                    
brasileiraedomunicípio,procurandoobservarastransformaçõesedesafioseconômicose                  
sociaisenfrentadospelapopulaçãomacaensenasduasúltimasdécadasdoséculoXX,                   
relacionando também outros aspectos pertinentes ao trabalho realizado. 
Pretendemosqueoresgatedamemóriadoreferido​campussejamotivadordo                 
desenvolvimentodenovostrabalhosrelacionadosàtemáticahistóricadaregião,despertandonos                   
alunosenapopulaçãoderegiãoapercepçãododesenvolvimentodaregiãoNorte­Fluminense,                   
notadamente, da cidade de Macaé. 
 
METODOLOGIA 
 
Atéomomento,oprojetoestásedesenvolvendopormeiodeumlevantamentodefontes                    
primáriasdeinformação,adotandoojornallocal“ODebate”comooprimeiroinstrumentopara                     
aobtençãodedados.Ocortetemporal,aprincípio,partedoanode1983atéoanode1993,                        
seguindoatéaatualidade,emconformidadecomoandamentodoprojeto.Nossointuitoéformar                      
umacervovoltadoparaahistóriado​campus​,assimcomopreservaredisseminaramemóriaa                         
ele relacionada. 
Comaintençãodeatingirumpúblicoalémdoslimitesdainstituição,oacervofísicoestá                       
sendodigitalizadoparadisponibilizaçãonaweb,facilitandopesquisasrelacionadasàtemática.                 
AcervosparticularesdeservidorestêmsidoconstantementedoadosaoCentrodeMemória,os                   
quais também passam pelo processo de digitalização.  
Algumasdasfontesvitaisestãopresentesnoprópriocampus,etêmsidodisponibilizadas                   
aoCentrodeMemória.Outras,estãodistribuídasemarquivospessoais,comojácolocado                      
anteriormentee,outras,encontram­senosarquivosdejornaislocais,como“ODebate”,eaté                     
mesmoembibliotecas,comoaBibliotecaPúblicaMunicipalDr.TélioBarreto,situadaem                     
Macaé.Inicialmente,estassãoasprincipaisfontesdeconsultaedigitalizaçãodemateriais                   
relacionados à história do campus. 
Atéofinalde2015,pretende­sedisponibilizarnawebtodooacervoparticularjá                   
coletado,assimcomoomaterialrelacionadoaocampuseencontradonasmatériasdoJornal“O                       
Debate”,oqualserviucomoreferênciaparaaleituradatrajetóriahistóricadoIFFMacaé,                      
constituindoummarcoparaainstitucionalizaçãodo​campusnalocalidade.Outrosmateriais,                  
como livros, fotografias, folhetos e diversos, estarão disponíveis na biblioteca do campus. 
Existeaperspectivadeelaboraçãodeum​vídeoinstitucional​paraexibiçãoemmostras,                   
eventoseemfeirasrealizadasemescolasdenívelfundamental,deformaaapresentararealidade                      
doIFFluminenseeotrabalhoneledesenvolvidoaosmuitosjovensqueestãoemfasede                     


preparaçãoparaoseuprocessoseletivo.Ovídeoincluientrevistascomservidores,alunose                     
participantesdoprocessodeestabelecimentodaentãoUnidadeDescentralizadadeEnsino.                 
Trabalhosemelhanteforarealizadoparaarecepçãodosnovosservidoresde2014,coma                    
preparaçãoeexibiçãodeumvídeocontendoumabreveapresentaçãodainstituição,fornecendoa                    
expertisenecessáriaàtarefa.Trabalhoscomoeste,buscamavalorizaçãohistórica­socialeda                    
culturadeMacaé,umacidadecomumgrandetrânsitodepessoasdevidoaexistênciado                      
mercadodepetróleo,masquetememsuahistóriaumpontoforadacurva,reveladopelo                     
desconhecimento, por parte de seus habitantes e transeuntes, de sua rica história. 
 
RESULTADOS, DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO 
 
Impossívelfalardaconstituiçãodeumaescolatécnicasemlevaremconsideraçãoo                 
retratolocal,asdemandasregionaisportrabalhadoresqualificadoseasmudançashistóricas                   
relacionadasàcidade,localizadanointeriordoestado,180quilômetrosanordestedacapital.                     
DadosdoIBGEapontamqueMacaépossuía206.728habitantesnoanode2010.Oinícioda                        
exploraçãodopetróleonaBaciadeCampos,nadécadade1970,tornouomunicípioatrativopara                        
trabalhadoresdediversascidades,e,porisso,Macaépassouporumprocessodeincrementode                     
sua população nas últimas décadas. 
 
  Re​ Quadro 1 – Evolução da População nos municípios do Norte Fluminense de 1970 a 2010.​ e M 
Regiões e Municípios   1970   1980   1991   2000   2010  
Região Norte Fluminense   471.038   514.644   611.576   696.988   849.302  
Campos dos Goytacazes   285.440   320.868   376.290   406.511   463.545  
Carapebus   8.164   6.834   7.238   8.651   13.348  
Cardoso Moreira   17.958   14.728   12.819   12.579   12.540  
Conceição de Macabu   11.560   13.624   16.963   18.706   21.200  
Macaé   47.221   59.397   93.657   131.550   206.748  
Quissamã   9.933   9.620   10.467   13.668   20.244  
São Fidélis   35.143   34.976   34.581   36.774   37.553  
São Francisco de Itabapoana   39.883   35.932   38.714   41.046   41.357  
São João da Barra   15.736   18.665   20.847   27.503   32.767  
   Um​Fonte: RESSIGUIER (2011) apud LOUREIRO (2014). 
 
Antesdacriaçãodacidade,segundopesquisasarqueológicas,oshabitantesmais                 
prováveisdaregiãoquecompreendeoterritóriodomunicípioforamosíndiosgoitacás

,que                     
6
tambémestendiamseuterritórioatéoEspíritoSanto,nostemposdaCapitaniadeSãoTomé,                      
pertencente ao donatário Pero de Góis da Silveira. 
Apósoperigodainvasãodecorsários,confirmadoaogovernoPortuguês,équeMacahé                     
7
atraiuinteressepolítico,poisatéentãoasregiõesquemaisdespertavaminteresseerama                     
6
 Os goitacás, também eram chamados guaitacás. 
7
 Nome da cidade em momento histórico anterior. 


GuanabaraeSãoVicente.OhistoriadorAntonioAlvarezParada

,naturaldeMacaé,fixaem                     
8
1615 a data efetiva do início da colonização da cidade.  
Atribuiu­seaoministroespanholGondomar,nomomentodedomíniodaEspanhasobre                  
Portugal,ainiciativademandarhabitar,comonúmerodecemaduzentosíndios,umaaldeia                       
sobreorioMacahé,defronteàIlhadeSantanae,também,realizarafundaçãodeum                      
povoamentosemelhantesobreorioLeripe(noatualmunicípiodeRiodasOstras),localonde                    
acontecia extração ilegal das madeiras colorantes de Pau­Brasil. (IBGE, 2014). 
 
OfilhodeAraribóia,AmadorBueno,chefiouopovoadoquecorrespondehojeà                   
cidadedeMacaé.OoutronúcleoprimitivoseestabeleceunaFreguesiade                  
Neves,ondeomissionárioAntonioVazFerreiraconseguiucatequizarosíndios                 
quecampeavamàsmargensdosriosMacaé,MacabueSãoPedro.A                 
colonizaçãooficial,feitapelosjesuítas,sóteveinícioemfinsde1630,quando                  
elescomeçaramaergueraCapeladeSantana,umengenhoeumcolégionum                    
lugarposteriormenteconhecidocomoaFazendadosJesuítasdeMacaé.​(IBGE,                 
2014). 
 
JánasegundametadedoséculoXVIII,osjesuítastinhamsuapermanênciaameaçada                     
pelaadministraçãopombalina,comváriosinteressesemjogonocenárioeuropeuenosdomínios                     
ultramarinospertencentesàcoroaportuguesa.ConformedestacaopesquisadorTiagoMiranda                   
(2011)“doBrasilchegavaminformescomimpressõesnadafavoráveissobreaatuaçãodos                    
religiosos”,comrelatosdedesacatoaosrepresentantesdacoroaedaintençãodeconstituiçãode                    
um Estado paralelo. 
EsteprocessoculminoucomaexpulsãodosreligiososdascercaniasdeMacaée,em                    
decorrênciadisso,noanode1776,asterrasdafazendadeMacaéforamarrematadaspor                      
Gonçalo Marques de Oliveira e, mais tarde, pelo capitão Bento José Ferreira Rabelo. 
Nodiade29dejulhodoanode1813nasciaaViladeSãoJoãodeMacahé,atravésdo                       
RegistrodeProvisãoeAlvaráexpedidopelavontadedeD.JoãoVI,Prínciperegentede                     
Portugal,seisanosdepoisdetransferirafamíliarealeacorteportuguesaparaoBrasil,fixadano                        
Rio de Janeiro. 
Aeconomiabaseadaprincipalmentenaagriculturadesubsistênciae,deforma                 
complementar,naproduçãoprincipaldosgênerosdecana­de­açúcarecaféparavendana                  
capital,garantiriaasobrevivênciadavilanosanosseguintes.Emrelatosàépocacontavam­se                    
cerca de 20 engenhos de açúcar (TAVARES; CAUTIERO; FRANCO, 2014, p. 45). 
Entre1874e1875,foientregueaferroviadetrechoMacaéaCampos,quecontavacom                       
97km,eque“DoportodeImbetiba,aosuldeMacaéaferroviaconectavaacidadedoRiode                          
Janeirocomosistemadenavegaçãoatravésdequatrovapores”(SILVA;CRUZ;CUNHA,                     
2010), fortalecendo o crescimento do interior do estado e a circulação de mercadorias. 
AcriaçãodaprefeituradeMacaéédatadade1910,cominstalaçãodefinitivaem1913,                       
poriniciativadoentãopresidentedoEstadodoRiodeJaneiro,AlfredoAugustoGuimarães                      
Backer (TAVARES; CAUTIERO; FRANCO, 2014, p.82). 
8
 Também conhecido como Tonito, nascido em 27 de dezembro de 1925 e falecido em 15 de março de 1986. Foi escritor, 
professor, poeta, historiador e jornalista, destacando­se como o maior historiador macaense (FROSSARD, 2006). 


NomandatodopresidenteWashingtonLuisPereiradeSouza,macaense,nascidoem                   
1869eúltimopresidentedaRepúblicaVelha,foiconstruídaaUsinadeGlicério,quefuncionou                       
de 1929 a 1970, fornecendo energia elétrica para Macaé. 
Apartirdadécadade1970,quandosedeuaescolhadacidadecomoredutocentralda                          
empresapetrolíferaPetrobrás,etiveraminíciosuasoperaçõesnaBaciadeCampos,acidade                      
sofreu grandes transformações, em todos os aspectos. 
Desdeentão,inúmerasempresasseinstalaramnacidade,multiplicandosuapopulaçãoe                   
demandandoprofissionais.Isso,semconsiderarograndenúmerodepessoasqueforamatraídas                    
peloestabelecimentodessasempresasnomunicípio.Oterceirosetorrecebeugrandeincremento,                    
com a construção de luxuosos hotéis e variados restaurantes com foco no turismo de negócios. 
 
O ESTABELECIMENTO DE ESCOLAS TÉCNICAS NO BRASIL 
 
OsurgimentodasescolastécnicasremeteaummomentoemqueoBrasilaindaestavase                       
reorganizandoadministrativamente.Emseusdiscursos,noanode1890,MarechalDeodoroda                 
Fonsecajávoltavasuapreocupaçãoparaaconstituiçãodeumaeducaçãovoltadaàformação                    
profissional:  
 
[...]cumpre­nosvoltarvistassolícitasepatrióticasparaaconquistarealizada,                  
paraaobraque,emborafinda,hádeirrecebendo,comotempo,coma                   
observaçãodosfatos,comoconhecimentoexatodascircunstânciasedas               
necessidadesreaisdoPaís,comoaperfeiçoamentodaeducaçãopopulare              
políticadasclassesedospartidos,comasexpansõesqueforemtendoasnossas                   
riquezas,asnossasindústrias,osretoqueseasreformasindispensáveisàsua                 
consolidação.Atéontem,anossamissãoerafundararepública;hoje,onosso                   
supremodeverperanteapátriaeomundoéconservá­laeengrandecê­la.(apud                   
INEP, 1987, p. 15). 
 
Entretanto,coubeaopresidenteNiloPeçanhaoestabelecimentodasEscolasde                
AprendizesArtífices,atravésdoDecretonº7.566,de23desetembrode1909,sendoentão                       
inaugurada a Escola de Aprendizes Artífices de Campos, em 23 de janeiro de 1910

.  
9
ParaCunha(2000,p.94),acriaçãodessasescolasestavapermeada,deumlado,poruma                       
visãoconservadora:serianecessárioinstruirostrabalhadoresbrasileiros,comoformadeevitara                    
“inoculaçãodeideiasexóticas”entreesses.Poroutrolado,haviaumavisãoprogressistado                     
“industrialismo”:ofortalecimentodaindústriatrariaoprogresso,amodernizaçãoeresolveriaos                  
problemaseconômicosdopaís.Otrechoabaixo,extraídododecretode1909,ecitadopor                      
Cunha, demonstra um pouco do pensamento vigente naquele início de século XX: 
9
Fatocuriosoéqueatotalidadedasescolassesituaramnascapitaisdosestados,excetuando­seafluminense,nointeriordo                              
estadodoRiodeJaneiro,municípiodeCampos,cidadenataldoPresidentedaRepública.“SegundoCunha(2000)essanãofoi                             
umadeliberaçãonepotistadogestorfederal,elaprocedeudasadversidadespolítico­partidáriaslocais.AlfredoBacker,sucessor                          
deNiloPeçanhanapresidênciadoEstadodoRiodeJaneiro,alémdeterextinguidodoisdoscincoestabelecimentosestaduaisde                            
ensinoprofissionalcriadosporeleem1906,nãosedispôsaoferecerumprédionacapitalparasediararecém­criadaescola                               
profissionalfederal.Peranteessaindiferençadoadministradorestadual,aCâmaraMunicipaldeCampos,pordeliberaçãode13                          
deoutubrode1909,adiantou­seedisponibilizouaogovernofederaloedifícionecessárioquefoiaceitoprontamente”.(CUNHA,                             
2000; GOMES, 2004, p.19 apud KUNZE, 2009, p.18) 
 


 
Considerando:queoaugmentoconstantedapopulaçãodascidadesexigequese                
faciliteàsclassesproletariasosmeiosdevencerasdificuldadessempre                 
crescentesdaluctapelaexistencia:queparaissosetornanecessario,nãosó               
habilitarosfilhosdosdesfavorecidosdafortunacomoindispensavelpreparo                
technicoeintelectual,comofaze­losadquirirhabitosdetrabalhoproficuo,que                 
os afastara da ociosidade ignorante, escola do vicio e do crime. (BRASIL, 1909)  
 
DuranteoséculoXX,sucessivasreformaseiniciativastransformaramoensinotécnico                   
noBrasil.Parapartedosespecialistasemeducação,aformaçãoprofissionalnoensinomédioé                      
pautadaporumadualidade,porformarintelectuais(emgeral,deorigementreasclassesmais                     
favorecidas)e,aomesmotempo,formartrabalhadorestécnicosespecializados,commenor                  
preparo intelectual. 
Kuenzer(2001,p.10)explicaqueessatensãoentreformaçãogeraleprofissional,no                   
Brasil,nãotemlevadoàsínteseentreconhecimentoscientíficos,humanísticosetecnológicos.                  
Traçandoumbrevehistóricodaeducaçãobrasileira,noqueserefereaoensinodesegundograu,                       
aautoramostraquealegislaçãosempreproporcionouumaseparaçãoentreatrajetóriaescolarde                       
grupos sociais diferentes. 
AreformaFranciscoCampos,de1932,determinavaquesomenteosalunosegressosdo                     
cursoginasialpoderiamprestarosexamesparaoensinosuperior;aquelesquefrequentassemo                      
curso normal, técnico comercial e agrícola não poderiam concorrer a uma vaga na universidade.  
Em1942,comaReformaCapanema,écriadooensinosecundário,chamadocurso                     
colegial(quepoderiasercientíficoouclássico),eessepermitiaoingressonoensinosuperior.O                       
cursonormal,agrotécnico,comercialtécnicoeindustrialtécnicoestavamnomesmoníveldo                     
cursocolegial,masnãodavamacessoaoensinosuperior(noentanto,haviaapossibilidadede                       
adaptação a partir de exames específicos).  
ComacriaçãodoSistemaSeatransformaçãodasescolasdeaprendizesartíficesem                     
EscolasTécnicasFederais,nosanos1940,adualidadedosistemaeducacionaléreforçada,ao                     
delimitar trajetórias escolares específicas para cada grupo social (KUENZER, 2001, p. 11­14). 
ALeideDiretrizeseBasesdaEducaçãoNacionalde1961deuequivalênciaaoscursos                     
secundários,etodospassaramapermitiroingressonoensinosuperior.Essaleireferendoua                      
equivalência que, ao longo dos anos 1950, foi, aos poucos, estabelecida na legislação brasileira.  
TrêsimportantesleisdeequivalênciaforamcriadasantesdaLeideDiretrizeseBasesda                     
EducaçãoNacionalde1961:a)alei1076de1950permitiuqueosconcluintesdoprimeirociclo                      
profissionalingressassemnociclocolegialsecundário,desdequefizessemexamesdas                  
disciplinasdeculturageral;b)em1953,alei1821permitiuqueosegressosdosegundociclo                       
doscursostécnicosingressassemnoensinosuperior,desdequesesubmetessemaexames;c)por                       
último,alei3552de1959reformouoensinoindustrial,incluindonoprimeirocicloas                       
disciplinasdeculturageral,tornandooscursostécnicosequivalentesaosecundário                  
(CIAVATTA, 2009, p. 391­396).  
DeacordocomAcáciaKuenzer,“adiferenciaçãoeodesenvolvimentodosváriosramos                    
profissionais...acabaramporviabilizaroreconhecimentodalegitimidadedeoutrossaberes,não                
sóosdecunhogeral”,apesardoreconhecimentosocialdoensinopropedêuticonãosealterar                       
substancialmente (KUENZER, 2001, p. 15­16). 


Noanode1971,anovaLDBtornouobrigatóriooensinoprofissionalizantede2ºgrau.A                     
leiarticulava­seaoperíododaditadura,poistinhaentreseusobjetivos:conterademandade                     
alunosparaoensinosuperior(reivindicaçãodomovimentoestudantilnadécadaanterior);                   
reorganizarocurrículo,tornando­otecnicistaedespolitizado;preparartrabalhadoresqualificados                 
para o desenvolvimento que seria alcançado no período do “milagre econômico”.  
Essalegislaçãoexcluiadualidadedalegislaçãoescolar,poisestabeleceuumcaminho                   
únicoparatodososestudantesdosegundograu:aprofissionalização.Noentanto,essalegislação                    
nãosolucionouosproblemasdaescolade2ºgraue,aindanosanos1970,foramalteradosos                        
dispositivos legais que obrigavam a habilitação profissional (KUENZER, 2001, p. 17­21). 
Nosanos1990,oDecretonº.2.208de1997determinouaseparaçãoentreoensinomédio                       
eaeducaçãoprofissional,obrigandoasescolasaofereceremcursostécnicosnasmodalidades                     
concomitantee/ousubsequenteaoensinomédio.Amedidagerouprotestosdevários                   
10
educadores,desarticulandooscursosintegradosoferecidosnasEscolasTécnicasFederais,                 
transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs).  
Osrecursosparaareformaeducacionaldadécadade1990foramoriginadosnoBanco                     
InteramericanodeDesenvolvimento(BID),quefinancioupartedo​ProgramadeExpansãoda                 
EducaçãoProfissional(​PROEP)​.Odecretofoicomplementadopelap​ortariadoMECnº.646/97,                   
queobrigouosCEFET’sareduzirempelametadeonúmerodematrículasnoscursostécnicos                       
integradosoferecidosporessasescolas.SobreoDecretonº.2.208/97,FrigottoeCiavatta                     
afirmam: 
 
Elereinstauraumanovaformadedualismonaeducaçãoaosepararaeducação                   
médiadaeducaçãotécnica.Porissoeleéincompatível,teoricamenteeem                
termosdeaçãopolítica,comumprojetodemocráticodeeducaçãoadequadoao                 
baixoníveldeescolaridadebásicaedeformaçãoprofissionaleconomicamente               
ativa,nosentidodesuperaressarealidade(​FRIGOTTO;CIAVATTA,​2003,               
p. 119). 
Noanode2004,alegislaçãodaeducaçãoprofissionalfoimaisumavezmodificada,                   
permitindoaexistênciadoscursostécnicosintegrados,assimcomocursossubsequentese                    
concomitantes.Paraoscríticosdessedecreto,adualidadeeducacionalfoireconhecidamaisuma                   
vez,aopermitirdiversaspossibilidadesdearticulaçãoentreoensinomédioeoensinotécnico                       
(RODRIGUES, 2005, p. 261). 
Rummert,AlgebaileeVenturaacreditamqueaexpansãodoacessodaeducaçãono                   
Brasil(inclusivedaeducaçãoprofissionaldenívelmédioetécnico),daformaquetemsido                     
realizada, estabelece uma “dualidade educacional de novo tipo”: 
 
Nadualidadeeducacionaldenovotipo,oquesealtera,substantivamente,sãoas                 
ofertaseducativasquepropiciampossibilidadesdeacessoadiferentesníveisde                 
certificação,falsamenteapresentadoscomoportadoresdequalidadesocialigual               
adascertificaçõesasquaistemacessoasburguesias.Obscurece­seassim,cada                 
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Oartigo5ºdoDecretonº2.208/1997determinavaque:“Aeducaçãoprofissionaldeníveltécnicoteráorganizaçãocurricular                            
própriae​independentedoensinomédio,podendoseroferecidadeformaconcomitanteousequencialaeste”(BRASIL,                          
1997).Ocursotécnicoconcomitanteérealizadodeformaparalelaaoensinomédioepodeserfeitonamesmainstituiçãode                               
ensinoouemdiferentesinstituições.Ocursotécnicosubsequentetemcomoalvoosalunoscomensinomédiocompleto,                            
cursado em qualquer instituição pública ou privada de ensino. 


vezmais,ofatodequenãohá,efetivamente,açõesdestinadasàelevação                  
igualitáriadoníveleducacionaldaclassetrabalhadora,emsuatotalidade               
(RUMMERT; ALGEBAILE; VENTURA, 2011, p. 18)  
 
A ​PETROBRÁS E MACAÉ: MUDANÇAS NO PERFIL DO 
TRABALHADOR​ MACAENSE  
 
AsforçasprodutivasdeMacaénoséculoXIXestavamconcentradasnaagricultura,pesca                    
epecuária,inclusivenaregiãoserranadacidade,comonaslocalidadesdeSana,Cachoeirase                        
Glicério.Emgeral,aculturamaisimportanteparaaregiãoeraacanavieira.Entretanto,apartir                      
demeadosdadécadade70,umintensoprocessodetransformaçãoeconômicamarcariaacidade,                       
com a instalação da Petrobrás. 
 
Em1958,foirealizadooprimeirofuronaregião(denominadaentãoBaciadeCampos),                    
aindaemsuaparteterrestre.Foiumpostodestinadoaconhecerascamadasgeológicas.                   
Naquelaépocanãohaviatecnologiaquepermitisseavançaremdireçãoaomar.Masa                   
partirde1968,comodesenvolvimentodenovastécnicas,especialmenteasísmicade                   
reflexãocomregistrodigital,foiiniciadaaexploraçãosistemáticadaplataforma                 
continentaleobtidososprimeirosêxitos.AatividadenaBaciadeCamposfoi                   
intensificadaeem1974,opoço1­RJS­9A,perfuradoàcercadecemquilômetrosda                  
costa,emaguasde120metrosdeprofundidade,descobriuocampodeGaroupa.​Desde                     
entãoasdescobertassesucederam,localizadasentre60e130kmdacosta,emlaminas                    
d’água de 80 até mais de 1600 metros (LOBO JUNIOR et al, 1990, p. 42). 
 
AchegadadaPetrobrasemMacaéocorreuapartirdaconstruçãodoterminaldeapoio,                      
ondeestavamlocalizadasasoficinasdaantigaEstradadeFerroLeopoldinaedoantigoPortode                       
Imbetiba.Somadoàisso,tivemosachegadadasváriasempresassubsidiariaseempreiteirasque                     
tiveram o papel de dar apoio à exploração de petróleo nas plataformas.  
ApósachegadadaPetrobrás,ocorreramgrandesmudançasnacidade,quepassoude                    
pacataàgrandepolodeempregosnointeriordoRiodeJaneiro,comgrandeaumento                     
populacional,consequênciadavindadeoperáriosetécnicosrelacionadoscomanovavocaçãoda                   
cidade.  
DeacordocomoCENSOdoanode2010,42,66%dapopulaçãomacaensenãonasceu                      
nessemunicípio(ABREUESILVA;FARIA,2012,p.119).Oespaçoruralaindapredominaem                      
Macaé,entretanto,apopulaçãoestá,emsuamaioria,nasáreasurbanas,localizadas                   
principalmentenafaixalitorânea(ABREUESILVA;FARIA,2012,p.115).Atabelaabaixo                     
apresentadadossobreocrescimentodessapopulaçãonasúltimasdécadas.Nadécadade1960,a                      
população urbana correspondia a 40,2% e, em 2010, alcançava a marca de 98,12% da população: 
 
Quadro 2 – Crescimento Total da População Rural e Urbana de Macaé 1960­2010 
Ano  Total  Urbano %  Rural %  Área (Km2) Densidade Demográfica 
1960 58.805 23.620 40,02 35.185 59,8 2.238  26,28 


1970 65.453 40.002 61,11 24.451 39,89 2.238  29,25 
1980 75.851 55.152 72,71 20.699 27,29 2.238  33,89 
1991 100.895 89.336 88,55 11.559 11,45 1.522  66,19 
2000 131.462 126.007 95,85 6.454 4,15 1.126  108,11 
2010 206.748 202.873 98,12 3.875 1,87 1.217  169,9 
      Fonte: IBGE apud ABREU E SILVA; FARIA, 2012, p. 117. 
 
Umresultadodesseprocessofoiafavelização,ouseja,grandesáreasdocentrourbano                     
quepossuemumaestruturaprecáriaecomausênciadeserviçosbásicosàpopulação.A                     
concentraçãoderiquezascaracterizaaeconomiaeasociedadedomunicípio.Maisdametadeda                     
populaçãomigrantedeMacaérecebeatétrêssaláriosmínimosmensais,enquantodoisporcento                     
dessesmigrantestêmsaláriossuperioresadezsaláriosmínimos(ABREUESILVA;FARIA,                     
2012, p. 124). 
OsdadosdoSEBRAEdoanode2010mostramqueossetoresdeserviçosedecomércio                       
contavamcomomaiornúmerodeestabelecimentosemMacaé,sendoestesnúmeros3.589e                     
2.908,respectivamente.Osetordaindústriaeraformadopor917empresas,sendo27degrande                     
porte.Osetordaagroindústriapossuía151estabelecimentos,nenhumdelesconsideradode                   
grandeporte(SEBRAE­RJ,2011,p.8).Osetordaindústria,nossaáreademaiorinteresse–pois                       
o Campus Macaé oferece cursos nessa área ­ tem suas atividades discriminadas na tabela abaixo: 
    Quadro 3 – Estabelecimentos do setor da Indústria em Macaé – ano de 2010 
Indústria  Estabelecimentos 
Construção de Edifícios  105 
Atividades de apoio à extração de petróleo e gás natural  86 
Serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada  58 
Manutenção e reparação de máquinas da indústria mecânica  54 
Serviços especializados para construção não especificados anteriormente  54 
    Fonte: RAIS/TEM 2010 apud SEBRAE­RJ, 2011, p. 10. 
Asatividadesrelacionadasàindústriadepetróleoecontinuamaatrairtrabalhadoresem                   
buscadeemprego.Cercade14,7%dosmigrantesresidentesemMacaéviviamnomunicípiohá                       
menosdeumano,deacordocompesquisarealizadapelaprefeituradomunicípioentre2006e                     
2007,oqueindicaqueomovimentomigratórioaindaexistenessacidade(ABREUESILVA;                      
FARIA,2012,p.120).Esseprocessoprovocouoaumentodonúmerodeescolasqueoferecema                       
educaçãoprofissionalnaregião,emgeral,escolaspertencentesàiniciativaprivada.OCampus                     

10 
Macaé,nessesentido,assumepapelimportante,porconstituirumaexceção,aooferecerum                     
ensino público de qualidade, voltado à educação profissional. 
 
A INSTALAÇÃO DA ESCOLA TÉCNICA EM MACAÉ: UMA LUTA DA 
POPULAÇÃO 
 
Comoimpactodahiperinflação,quepredominounaeconomiabrasileiranadécadade                   
1980,adificuldadedecusteiodaeducaçãodapopulaçãomacaenseeravisível.Osestudantes                     
tinhamgrandedificuldadeparasemanteremCamposdosGoytacazes,porcausadoscustoscom                     
alimentaçãoedeslocamento,entreoutros.Ofragmentodoartigoabaixo,datadode1983,                     
publicadonojornal“ODebate”,demonstratalsituação,queapontavaparaagrandenecessidade                     
doestabelecimentodeumaescolatécnicanomunicípio,afimdepossibilitarumaformação                    
profissionalparaapopulação,comaconsequenteelevaçãodosíndicessocioeconômicosda                 
região.  
 
Ilustração 1 – Ajuda para alunos de Macaé                                        Ilustração 2 – Escola Técnica não foi autorizada  
que estudam na escola Técnica é pedida por                                       para Macaé. 
vereador. 
 
 
 
 
 
 
 
   
Fonte: O Debate (1983).                                                                         Fonte: O Debate (1986).   
 
Oartigodojornal“ODebate”de12dejulhode1987játraziaanotícia,deorigemdo                         
ministrodaeducaçãoJorgeBornhausen,que“AescolatécnicanãofoiautorizadaparaMacaé”.                     
Essaassertivatraziaàtonaaproblemáticaquerondouainstalaçãodaescolatécnicano                      
município.Naépoca,ametadogovernodopresidenteJoséSarneyerainstalar200escolas                     
técnicas

 em todo o país, e o município não seria contemplado. 
11
  Atéessemomentoasautoridadesfederaisjáteriamrecebido,háanos,asreivindicações                   
dapopulaçãomacaense,porintermédiodealgunsvereadoresdomunicípio,solicitandoa                   
reaberturadoSENAI(fechadoem1978).AcriaçãodeumaEscolaTécnicaFederalseriauma                      
soluçãoparaaausênciadeumaescoladeeducaçãoprofissionalnaregião.Talnotíciafezcom                      
queosvereadoresIvanDrumondeMarilenaGarciainiciassem,juntoaospaisealunosdarede                      
11
OPROTEC–ProgramadeExpansãoeMelhoriadoEnsinoTécnico–foiiniciadonosanos1980,duranteogovernoJosé                                
Sarney.Parasuarealização,OBrasilobteveempréstimode74,5milhõesdedólaresjuntoaoBancoMundial.OPROTECtinha                             
comoobjetivos:expandiremelhoraroensinode2º.Grau;ajustaroensinoàsnecessidadesdomercadodetrabalho;eevitar                                
“estrangulamentos”noacessoaoscursosdeensinosuperior,aotornaroensinotécnicoumaalternativadeformação(MEC,                            
1986b,apudRAMOS1995,p.135).Das200escolastécnicasanunciadasnoperíododecriaçãodoprograma,em1993,somente                              
11 escolas técnicas haviam sido inauguradas, e outras 36 estavam em construção (RAMOS, 2006, p. 286). 

11 
municipaleestadual,umacampanhaparaorecolhimentodeassinaturasparaumabaixo                  
assinado, que seria entregue ao ministro da educação. 
AtémesmoomemorialistaAntonioAlvarezParada,umdosmaioresexpoentesda                   
populaçãomacaenseejácitadonopresenteartigo,aindaquenãoatuassecomopolítico(somente                       
comoprofessor),manifestousuaposição,apresentando­sepessimistafrenteàconstruçãodeuma                   
escola técnica federal em Macaé. 
  
Ilustração 3 – Uma escola profissional para Macaé.                Ilustração 4 – Antunes acha que Macaé poderá perder a 
Escola​ ​Técnica se não houver união. 
 
 
 
 
   
 
                             Fonte: O Debate (1987). 
Fonte: O Debate (1985).   
 
Emrespostaaoquestionamentodapopulação,oMinistériorespondeuquenãoteria                 
informaçõessuficientementeatualizadassobreomunicípio,equetaisinformaçõesdeveriam                 
representararealidadelocal.Entretanto,jáem27deagostodomesmoano,atravésdoofícionº.                        
4713,remetidoaoDr.MelloFranco,candidatoadeputadofederalpelacoordenadoriado                    
ProgramadeExpansãoeMelhoriadoEnsinoTécnicodoministériodaEducaçãoeCultura,a                      
posição do governo federal já parecia mudar.  
Noofíciocitado,forasolicitadaumaáreacom15.000m​
2​
,oquefoiprontamenteatendido                     
pelaprefeitura.AmigoparticulardoDr.Mello,ArmandoBorgesteriaconseguidoadoaçãoda                      
12
áreacomaempresaEMIL

,emfrenteàVivendadaLagoa.Àessaaltura,aempresapetrolífera                         
13
nãoestavamaisempenhadaembuscartrabalhadoresnomunicípiodeMacaé,devidoàgrande                      
escassez,conformeartigo“[...]aPetrobrasvaibuscaremoutrosmunicípiosamão­de­obraque                     
ela precisa” (O DEBATE, 1986). 
Aindaem1986,reafirmandoavontadedapopulaçãomacaense,osvereadoresIvan                  
Drumond,PauloAntuneseMarilenaGarciaentregaramaoentãoMinistrodaEducaçãoe                     
Cultura,JorgeBornhausen,umabaixoassinadocontendotrintamilassinaturas,quepediaa                     
construção da escola técnica federal em Macaé. 
Noentanto,foisomenteem08dejunhode1987queoprefeitoAlcidesRamosassinoua                        
decretonº.20/87,quedesapropriava,mediantecomposiçãoamigáveloujudicial,oimóvelde                    
propriedadedafirmaEmpreendimentoImobiliáriaImboassicaLtda.,constantedeumaáreade                  
50 mil m​
2​
, de frente para Rodovia Amaral Peixoto, situada na Fazenda Guanabara.  
12
 Até o momento o sr. Armando Borges só foi encontrado nas pesquisas nesse artigo de 1986, apareceu como umas das pessoas 
empenhadas no estabelecimento da escola técnica no município. 
13
 Empresa conhecida somente pela sigla supracitada. 

12 
Aindaemjunhode1987,alunoseprofessoresdoColégioEstadualLuizReidelaboraram                     
outroabaixoassinadolevadoaoprefeito,somandonoesforçodoestabelecimentodaescola                     
técnica em Macaé. 
Enfim,oeditallicitatórioparaaconstruçãodaescolafoidivulgadoem4e5demaiode                       
1987 nos jornais de maior circulação, como o Jornal do Brasil, O Globo e Estado de São Paulo. 
Ementrevistadatadade20deabrilde1991,eraentrevistadooentãopresidenteda                     
Petrobrás,AlfreuValença,quesediziaempenhadonaconstruçãodaescolatécnicanacidade,já                      
comprevisãoorçamentáriadaempresaparaaempreitada,eassumindoocompromissoda                   
construção.Levantavatambémasiniciativasjáconstituídaspelapopulação,nomesmosentido                   
de viabilizar a construção. 
Ilustração 5 – Presidente da Petrobrás está   
empenhado na construção da Escola Técnica de Macaé. 
 
 
 
 
 
 
                                 ​Fonte: O Debate (1991). 
Em6deabrilde1992,finalmentecomeçavaaobraparaaconstruçãodaescolatécnica,                      
apósaassinaturadecontratoentreaPetrobráseaempresabaianaBeltranEngenhariaS/A,                      
ganhadora da concorrência promovida pela primeira, entre as 18 empresas participantes.  
Aáreaedificadacorrespondiaaaproximadamente7000milm​
2​
,ondeseriaminstaladas                 
11salasdeaula,17laboratórios,01biblioteca,04oficinas,01auditóriopara255pessoas,01                     
alojamentoparaprofessores,01complexoesportivo(comcampodefutebolequadra                    
poliesportivaevestiário)e,ainda,umaáreaderecreaçãocobertaeumaparteadministrativa,01                    
sala médica e odontológica e 02 guaritas. 
 
Ilustração 6 – Assinado contrato para construção da                     Ilustração 7 – Imagem na terraplanagem do terreno 
Escola Técnica.                                                                               do que seria a Escola Técnica. 
 
 
 
 
 
                 Fonte: O Debate (1992). 
Fonte: O Debate (1992). 
 
 
 
 
 
 

13 
Ilustração8–OsdoisprimeirosblocosdaEscola Ilustração9–Blocosemfasefinaldeconstrução                        
em Técnica em fase adiantada de construção.                                    data já próxima à inauguração 
 
 
   
  
 
 
Fonte: O Debate (1993).                                                                     Fonte: O Debate (1993). 
Em29dejulhode1993erainauguradaaUEDMacaé(UnidadedeEnsino                     
DescentralizadadaEscolaTécnicaFederaldeCampos),noanoemqueacidadecomemorava                    
180anosdesuacriação.Naqueladata,ojornalODebateapresentavaemdestaqueamatéria                       
“Escola Técnica Federal, um presente de US$ 3,6 milhões da Petrobrás para Macaé”.  
Oseuestabelecimentonacidademarcavaumgrandeavançoparaapopulaçãomacaense,                    
trazendoaomunicípioumensinodereconhecidaqualidade,comoobjetivodesuprirademanda                      
gerada pelas empresas que se instalaram na região.   
   Ilustração 10 – Inauguração da Escola Técnica em Macaé, com a 
   presença de Nagib Kalil, Carlos Emir e Miguel Ramalho da esquerda  
   para direita.  
 
 
 
 
 
  Fonte: O Debate (1993). 
Umepisódiocuriosoqueaconteceunodiadainauguraçãodaescola,foiarecusada                     
assinaturadoconvênioUENF­ETFC,decolaboraçãoentreaUniversidadeEstadualdoNorte                  
Fluminense(UENF)eaETFC,pelodiretordaúltima,MiguelRamalho,apoiadopeloseu                     
conselhoTécnico­Consultivo.Apolêmica,divulgadapelojornal,envolviaainstalaçãode                 
laboratórios da UENF na nova escola, que teve a negativa da direção da ETFC. 
Posteriormente,em17dejaneirode1995,oconvênioquecediaainstalaçãoprovisória                   
empartedasdependênciasdaUED­MacaéparaoLaboratóriodeEngenhariaeExploraçãode                   
Petróleo(LenepquepertenciaàUENF),seriaassinadoemsolenidadequecontoucoma                    
presençadodiretordaUED­Macaé,àépoca,JoséHenriqueRessiguier;dodiretordaETFC,                     
RobertoMoraesPessanha;doreitorda​UENF,VanderleideSouza;doCoordenadordoLenep,                     
CarlosAlbertoDiasedapresidentedaFundaçãoEducacionalNorteFluminense,Gilca                   
Weinstein,documentadapelojornalistaMartinhoSantafé,desfazendoapolêmicainiciadana                  
inauguração. 
 
 
 
 
 

14 
Ilustração 11 – Imagem aérea.                                             Ilustração 12– Imagem aérea 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: O Debate (1992).                                                       Fonte: INSTITUTO FEDERAL..., [20­­?]. 
Oresgatedacronologiadosfatosqueresultaramnoestabelecimentodaescolatécnica                   
federalnomunicípiodeMacaémostra­sefundamentalparaoentendimentodasdificuldadesque                   
foramtranspostas,pormeiodaperseverançadepersonagenspúblicoseprivadosàépoca,eda                     
população,aqualsemanifestouatravésdeseusrepresentantese,diretamente,atravésdas                  
assinaturas recolhidas. 
 
CONSIDERAÇÕES E PERSPECTIVAS 
 
​ArecuperaçãodamemóriadoIFFluminensecampusMacaéestáinteiramente                 
relacionadacomahistóriadaprópriacidadedeMacaée,também,comastransformações                    
sociais,econômicaseculturaisnasquaisomunicípioestáinserido.Nessesentido,conformeo                     
trabalhocomasfontesprimáriasdaépocasedesenvolve,descortinam­senovosfatosque                   
demonstram a importância do trabalho.  
Osbolsistas,quevêmdesenvolvendoarecuperaçãodasfontesdeinformação,conforme                  
ilustração13,estãoconstantementeutilizandoferramentasvirtuais,construindoreferências,                
bibliografiasoumesmotextos,paraaapresentaçãodostrabalhos,atuandocomomodificadores                   
doseuespaço.Elessãodiariamentelevadosaconfrontarsuarealidadeàdaépocaquesobrea                        
qualvêmestudando,traçandoparalelosepercebendoarelevânciadotrabalhohistóricopara                    
construção da identidade regional. 
Opassoqueconsistenarecuperaçãodasfontesereconstruçãodahistóriado​campus                     
atravésdejornaisdaépocacontinua,demodoquepossaserlevadoàcomunidadeinternae                        
externaumpoucodahistóriadenossaescolaetambémdeMacaé,atravésdeexposiçõesno                        
próprio​campuseemoutrasinstituiçõesrelacionadasàculturaeeducação.Acreditamosque                    
essasaçõescontribuamparaainstitucionalidadedoIFFluminenseeparaaaproximaçãodarede                   
federalcomapopulaçãoemgeral.Nossaperspectivaérealizarexposiçõesitineranteseumobter                      
umespaçopermanenteno​campus​,demonstrandoaosvisitantesanossahistória.Pretendemos,                    
também, utilizar as redes sociais como elemento agregador e disseminador do trabalho realizado. 
 
   
 
 
 

15 
 
  Ilustração 13 – Bolsista manuseando 
                                                                  Fontes primárias 
 
 
 
 
 
 
         Fonte: Dos autores (2014). 
Outropontofundamentaléatingirasociedadee,alémdasiniciativasjácolocadas,                   
planeja­sedisponibilizaroacervocomasfontesjálevantadas,nawebeemespaçofísico,                     
facilitandooacessoàsinformaçõeseproporcionandoumespaçodedicadoàpesquisahistórica                    
da região. 
Éfundamentalvalorizareprotegeramemóriarelativaàconstruçãodiária,quepodemos                     
dizerseraEducação,representadanaescola.Asedificações,porsisó,lembramdasiniciativas                     
quepossibilitamnovosespaçosparatroca.Entretanto,éoelementohumano,presentenosseus                      
interiores,queseráotransformadordasociedadeedasprópriasconstruções,nofuturo.Ainda,                    
emsetratandodeumainstituiçãoeducacional,aproximidadecomaformaçãoecrescimentodo                     
indivíduotrazemàtona,novamente,anecessidadedequeamemóriainstitucionalseja                   
preservada. 
 
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