Aos maçons com sede em Londres chamariam de modernos, por seguirem
às Constituições de Anderson, 1723 (ver Estudos Maçônicos sobre
Simbolismo, (N. Aslan, edição GOB, Rio, 1968, 206 pp. pag 129 e seg).
Procedida a união entre antigos e modernos na Inglaterra – Grande Loja
Unida (1813) - os rituais ingleses retomaram a forma dos antigos, gerando-
se, assim, as diferenças que hoje conhecemos, posto que, se os ingleses, ao
unirem-se, adotaram o rito antigo (York), os franceses prosseguiram
praticando as inversões do rito moderno (Londres). Isto se refletiria nos
Ritos Moderno (até na denominação do Rito), Adonhira mita e no próprio
R∴E∴A∴A∴ (todos com origem francesa) e suas modificações. Disso não
escapou o Rito Brasileiro que nos graus simbólicos, sofreu influências dos
Ritos que, por mais de um século, o antecederam na formação.
Simbolismo das colunas B e J
A Enciclopédia de Franco Maçonaria de Albert Mackey contém interpretação
bastante aceitável. O Templo de Salomão serviu de paradigma simbólico à
Maçonaria. Nesse sentido a presença das colunas – tal como a descrição
do Velho Testamento (I Reis, VII: 15/25). Não possuíam, inicialmente,
qualquer conteúdo simbólico. A posteriori – por um complexo raciocínio de
hermenêutica (ao alcance apenas daqueles que dominam o hebraico),
vieram a ter - por efeito de seus nomes designativos (B∴ e J∴) – o
significado de "Em Ti está a força” (B) e “Ele (Deus) estabelecerá” (J). Para
coerência, devem ser observadas da direita para esquerda (como a ordem
da leitura em hebraico), J a direita direita e B à esquerda. Se no interior do
Templo, J ao Norte, B ao Sul (como se adota nos Ritos Moderno,
Adonhiramita e Brasileiro); se no átrio (como agora de admite no
R∴E∴A∴A∴/G∴O∴B∴, J ao Sul, B ao Norte
Os ocultistas enriqueceriam o significado simbólico das colunas Be J em
Maçonaria, emprestando-lhes o sentido dos princípios feminino e masculino,
respectivamente, conforme conceitos adotados na arte dos alquimistas – ou
seja, feminino/passividade (à esquerda), masculino/atividade (à direita).
Daí toda a caracterização da Coluna B como feminina-passiva - nela se
assentando, em nosso Rito, aqueles Irmãos a quem se emprestam funções
passivas: AAp∴, o Sec∴. - tendo a Lua como símbolo - O Chanc∴, o
Hosp∴ e o 2° Vig∴ (Coluna da Beleza). E da Coluna J, como detentora do
princípio masculino-ativo assento dos CComp ∴, do Orador (o Sol que
ativamente tudo ilumina), do Tes∴ e do 1° Vig∴ (Coluna da Força).
Outra Interpretação
Símbolos, sabe-se bem, admitem diversas interpretações. Assim, às
Colunas B e J empresta-se, também, o significado de marcos dos
solstícios ou marcos dos Trópicos de Câncer e Capricórnio, (o eixo
Oriente-Ocidente sendo o Equador Terrestre - o Templo uma
representação do Universo).
Dá-se como origem remota das colunas colocadas à entrada dos