“As muitas águas não podem apagar o amor”

JUERP 4,196 views 30 slides Mar 22, 2012
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About This Presentation

Estudo 13 - Os livros poéticos II - Cântico dos Cânticos - JUERP - EBD


Slide Content

Os livros poéticos II
O livro de Cântico dos Cânticos
O quinto livro dos cinco livros poéticos da Bíblia
(Um dos livros sapienciais da Palavra de Deus)

Introdução
O título do livro que
estudamos hoje, “Cântico
dos Cânticos”, é uma
expressão superlativa que
poderia ser traduzida
modernamente por “o mais
belo dos cânticos”. Tem
também o título
reconhecido de “Cantares
de Salomão”, em
homenagem ao seu autor
que a Bíblia registra como
sendo o rei-sábio,
Salomão.

Segundo alguns
comentaristas, o livro é uma
coletânea de cantos populares
de amor, usados talvez em
festas de casamento, em que
noivo e noiva eram
chamados, simbolicamente, de
rei e de rainha, e que foram
reunidos, formando uma
espécie de drama poético.
Para esses o livro é atribuído
ao rei Salomão, reconhecido
em Israel como o patrono da
literatura sapiencial. A forma
final do livro, deve remontar
ao século V ou IV a.C.

Para muitos comentaristas
fica difícil compreender, o
enquadramento de um livro
como este dentro do plano
editorial da revelação de
Deus. O fato é que o
aspecto do amor
conjugal, descrito aqui com
toda sua carga de
sensualidade e prazer, ainda
que de forma reverente, não
tem similar em todo o
registro bíblico. Parece-nos
que, no plano do
Senhor, faltava um livro que
exaltasse o amor e a união
entre o homem e a
mulher, suas criaturas.

Como crentes em Cristo, o
que podemos abstrair deste
livro é que ele foi escrito
para nos apresentar a visão
de Deus sobre o amor
íntimo, pessoal e mesmo
carnal entre homem e
mulher, criaturas
dele, feitas uma para a
outra, o relacionamento
central e único que ele deu a
toda a humanidade e
que, por sua importância e
significado mereceria
também dele um destaque
especial em sua
Palavra, como aqui acontece.

As preocupações com esses aspectos da vida, que estavam
presentes nas civilizações antigas, como já temos
visto, alcançavam também aqueles voltados para a relação
homem-mulher, como algo especial.
Um exemplo disto, é o Kama Sutra,
um antigo texto indiano sobre o
comportamento sexual humano,
escrito talvez no Século IV a.C.
Ele é considerado como um trabalho
definitivo sobre o gozo dos sentidos
na literatura sânscrita (Vatsyayana).
Um outro exemplo é um poema persa de época e autor
desconhecidos que relata como este relacionamento era
significativo para eles: “Houve um tempo em que eu era
um homem e ela, uma mulher. Mas, o nosso amor
cresceu, até não existir mais nem ela, nem eu. Lembro-
me, apenas, vagamente, que ambos éramos dois, e que o
amor intrometendo-se, tornou-nos um só.”

Este será então o quarto e último livro dos chamados
poéticos (II) que estudamos neste 1T12, conforme
vemos no Suplemento acima: Cântico dos Cânticos.

Os livros poéticos II
Cântico dos Cânticos
Estudo 13
“As muitas águas não
podem apagar o amor”
A exaltação ao amor
conjugal
Texto bíblico
C. dos Cânticos: 1 a 8
Texto áureo: Cântico dos Cânticos 8.7:
“As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-
lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo
amor, seria de todo desprezado”.

Explicação preliminar:
Embora estejamos transcrevendo os textos dos 8 capítulos na
íntegra, cada professor deverá destacar alguns versículos apenas, em
função do maior ou menor tempo de que dispõe para o seu estudo com a
classe.
Os comentários adicionais que juntamos após cada capítulo, também
têm que ser reduzidos pela mesma razão e também em face do melhor
conhecimento que cada professor possui do nível social e cultural de sua
classe em vista do tema em estudo.
Algumas das frases ou pensamentos devem ser destacados apenas, pois
os textos estão muito longos em virtude da peculiaridade especial do
livro que estamos estudando.

1.A declaraçãode amorda esposa:
[1.2] Beije-me ele com os beijos da sua boca;
porque melhor é o seu amor do que o vinho.
[3] Suave é o cheiro dos teus perfumes; como
perfume derramado é o teu nome; por isso as
donzelas te amam. [4] Leva-me tu; correremos
após ti. O rei me introduziu nas suas recâmaras; em ti nos alegraremos
e nos regozijaremos; faremos menção do teu amor mais do que do vinho;
com razão te amam. [5] Eu sou morena, mas formosa, ó filhas de
Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.
[6] Não repareis em eu ser morena, porque o sol crestou-me a tez; os
filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, e me puseram por guarda
de vinhas; a minha vinha, porém, não guardei. [7] Dize-me, ó tu, a quem
ama a minha alma: Onde apascentas o teu rebanho, onde o fazes deitar
pelo meio-dia; pois, por que razão seria eu como a que anda errante
pelos rebanhos de teus companheiros?
Identificando os personagens do capítulo 1

2. A respostaciumentadas demaisesposas:
[8] Se não o sabes, ó tu, a mais formosa entre
as mulheres, vai seguindo as pisadas das
ovelhas, e apascenta os teus cabritos junto às
tendas dos pastores.
3. A declaraçãode amordo esposo:
[9] A uma égua dos carros de Faraó eu te
comparo, ó amada minha. [10] Formosas são as
tuas faces entre as tuas tranças, e formoso o
teu pescoço com os colares. [11] Nós te
faremos umas tranças de ouro, marchetadas de pontinhos de prata.
4. A esposavoltaa declararo seuamor:
[12] Enquanto o rei se assentava à sua mesa, dava o meu nardoo seu
cheiro. [13] O meu amado é para mim como um saquitel de mirra, que
repousa entre os meus seios. [14] O meu amado é para mim como um
ramalhete de hena nas vinhas de En-Gedi.
5. O esposovoltaa declararo seuamor:
[15] Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa; os teus
olhos são como pombas. 6. A esposa responde:
[16] Eis que és formoso, ó amado meu, como amável és também; o
nosso leito é viçoso. [17] As traves da nossa casa são de cedro, e os
caibros de cipreste.

1. Comentáriosadicionaisaotexto
do capítulo1:
A beleza poética e romântica, nas declarações responsivas do
texto, se deve ao fato de estarmos falando do rei mais sábio e mais
poderoso daquela época (anos 960 a.C.), exaltando a felicidade e
amor que o rei, como supremo mandatário, granjeava com os seus
casamentos e a formação de sua família:
"O meu amado é para mim, como um ramalhete de hena nas vinhas de
En-Gedi. Eis que és formosa, ó amada minha, eis que és formosa..."
CC 1.14,15

As declarações prosseguem no Capítulo 2
1. A esposa volta a declarar-se:
[2.1] Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
2. A homem responde:
[2] Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha
amada entre as filhas.
3. A mulher retruca com carinho:
[3] Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado
entre os filhos; com grande gozo sentei-me à sua sombra; e o seu fruto
era doce ao meu paladar. [4]: Levou-me à sala do banquete, e o seu
estandarte sobre mim era o amor. [5] Sustentai-me com
passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor. [6] A sua
mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me
abrace. [7] Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas
do campo, que não acordeis nem desperteis o amor, até que ele o
queira. [8] A voz do meu amado! eis que vem aí, saltando sobre os
montes, pulando sobre os outeiros. [9] O meu amado é semelhante ao
gamo, ou ao filho do veado; eis que está detrás da nossa
parede, olhando pelas janelas, lançando os olhos pelas grades. [10] Fala
o meu amado e me diz:

Alguns destaques do Capítulo 2
444 4. O esposo responde em forma de poema:
[10] Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem.
[11] Pois eis que já passou o inverno; a chuva cessou, e
se foi; [12]: aparecem as flores na terra; já chegou o
tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se
em nossa terra. [13] A figueira começa a dar os seus
primeiros figos; as vides estão em flor e exalam o seu
aroma. Levanta-te, amada minha, formosa minha, e vem.
[14] Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das
ladeiras, mostra-me o teu semblante faze-me ouvir a tua voz; porque a
tua voz é doce, e o teu semblante formoso.
[15] Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas;
pois as nossas vinhas estão em flor.
5. A esposa responde :
[16] O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho
entre os lírios. [17] Antes que refresque o dia, e fujam as
sombras, volta, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho
dos veados sobre os montes de Beter.

Comentáriosadicionaisaotexto
do capítulo2:
As declarações de amor se sucedem de parte a parte e delas podemos
destacar neste capítulo, o enlevo poético e amoroso dos amantes. As
imagens apresentadas, são próprias da época e comuns àquele tempo:
"Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales... -declara a esposa.
Ao que responde o esposo -Levanta-te, amada minha, formosa
minha e vem... porque a tua voz é doce e o teu semblante formoso."
CC 2.1,13,14

As declaraçõesprosseguemno Capítulo3
1.Aesposaanelapelapresençadoamado:
[3.1]Denoite,emmeuleito,busquei
aqueleaquemamaaminhaalma;busquei-
o,porémnãooachei.
[2]Levantar-me-ei,pois,erodeareia
cidade;pelasruasepelaspraçasbuscarei
aqueleaquemamaaminhaalma.Busquei-o,porémnãooachei.
[3]Encontraram-meosguardasquerondavampelacidade;eulhes
perguntei:Vistes,porventura,aqueleaquemamaaminhaalma?
[4]Apenasmetinhaapartadodeles,quandoacheiaqueleaquemama
aminhaalma;detive-o,enãoodeixeiirembora,atéqueo
introduzinacasademinhamãe,nacâmaradaquelaqueme
concebeu.
[5]Conjuro-vos,ófilhosdeJerusalém,pelasgazelasecervasdo
campo,quenãoacordeis,nemdesperteisoamor,atéqueeleo
queira.

As declaraçõesprosseguemno Capítulo3
1.Eeisqueeleseaproxima:
[6]Queéissoquesobedodeserto,
comocolunasdefumaça,perfumado
demirra,deincenso,edetoda
sortedepósaromáticosdomercador?
[7]EisqueéaliteiradeSalomão;
estãoaoredordelasessentavalentes,dosvalentesdeIsrael,
[8]todosarmadosdeespadas,destrosnaguerra,cadaumcoma
suaespadaàcinta,porcausadostemoresnoturnos.
[9]OreiSalomãofezparasiumpalanquimdemadeiradoLíbano.
[10]Fez-lheascolunasdeprata,oestradodeouro,oassentode
púrpura,ointeriorcarinhosamenterevestidopelasfilhasde
Jerusalém.
[11]Saí,ófilhasdeSião,econtemplaioreiSalomãocomacoroa
dequesuamãeocoroounodiadoseudesposório,nodiadojúbilo
doseucoração.

Comentáriosadicionaisaotexto
do capítulo3:
Poderíamos dizer que o livro de Cântico dos
Cânticos celebra o amor romântico e conjugal,
algo de muito significado para os povos orientais e
especialmente o judeu que via na consecução carnal
produzida pelo casamento, a manifestação da
bênção de Deus sobre a vida do casal com o
nascimento dos filhos e filhas. O realce que deve ser dado ao fato deste livro
estar contido no cânon hebraico, advém exatamente deste fato, pois
historicamente para os homens judeus, a mulher, mesmo quando esposa, era
tratada mais como serva, escrava, "objeto procriador", e não como
amada, desejada e indispensável para o seu esposo, pelo muito que a amava.
O texto deste capítulo 3, chega a ser um tanto sensual ou carnal em
demasia, para alguns, no deslumbramento que a esposa demonstra pela volta do
seu amado e como o aguarda para o encontro, sem dúvida sexual, de duas
almas que se amam e se desejam mutuamente. Lembremos que isto estava
previsto no plano de Deus, quando ainda no Jardim do Éden, ordenou aos nossos
pais: "Crescei e multiplicai-vos... e serão uma só carne" Assim podemos
entender: "De noite em meu leito, busquei aquele a quem ama a minha alma...
quando o achei... não o deixei ir embora... até que o introduzi na câmara
daquela que me concebeu." CC 3.1,4

Algunsdestaquesdo Capítulo4
1. O noivodeclaraseuamor
[4.1]Comoésformosa,amadaminha,eisque
ésformosa!osteusolhossãocomopombaspor
detrásdoteuvéu;oteucabeloécomoo
rebanhodecabrasquedescempelascolinasdeGileade.[2]Osteus
dentessãocomoorebanhodasovelhastosquiadas,quesobemdo
lavadouro,edasquaiscadaumatemgêmeos,enenhumadelas
édesfilhada.[3]Osteuslábiossãocomoumfiodeescarlate,eatua
bocaéformosa;astuasfacessãocomoasmetadesdeumaromãpor
detrásdoteuvéu.[4]OteupescoçoécomoatorredeDavi,edificada
parasaladearmas;noqualpendemmilbroquéis,todosescudosde
guerreirosvalentes.[5]Osteusseiossãocomodoisfilhosgêmeosda
gazela,queseapascentamentreoslírios.[6]Antesquerefresqueo
diaefujamassombras,ireiaomontedamirraeaoouteirodo
incenso.[7]Tuéstodaformosa,amadaminha,eemtinãohámancha.
[8]VemcomigodoLíbano,noivaminha,vemcomigodoLíbano.Olha
desdeocumedeAmana,desdeocumedeSeniredeHermom,desde
oscovisdosleões,desdeosmontesdosleopardos.[9]Enlevaste-me
ocoração,minhairmã,noivaminha;enlevaste-meocoraçãocom
umdosteusolhares,comumdoscolaresdoteupescoço.

Algunsdestaquesdo Capítulo4
[10]Quãodoceéoteuamor,minhairmã,noiva
minha!quantomelhoréoteuamordoqueovinho!
eoaromadosteusungüentosdoqueodetoda
sorteeespeciarias![11]Osteuslábiosdestilam
omel,noivaminha;meleleiteestãodebaixodatualíngua,eo
cheirodosteusvestidosécomoocheirodoLíbano.[12]Jardimfechado
éminhairmã,minhanoiva,sim,jardimfechado,fonteselada.[13]Os
teusrenovossãoumpomarderomãs,comfrutosexcelentes;ahena
juntamentecomnardo,[14]onardo,eoaçafrão,ocálamo,eo
cinamomo,comtodasortedeárvoresdeincenso;amirraeoaloés,
comtodasasprincipaisespeciarias.[15]Ésfontedejardim,poçode
águasvivas,correntesquemanamdoLíbano![16]Levanta-te,vento
norte,evemtu,ventosul;assopranomeujardim,espalhaosseus
aromas.
2.anoivarespondeaonoivo
Entreomeuamadonoseujardim,ecomaosseusfrutos
excelentes!

Comentáriosadicionaisaotexto
do Capítulo4
O livro de Cântico dos Cânticos surge no cânon bíblico
para celebrar aquilo que seria o momento mais
exponencial da vida humana, o clímax da união conjugal
entre os dois sexos criados pelo Senhor, quando o
amor os une e os faz viajar por sentimentos de
carinhos, renúncia, dádivas, entregas, sem nada querer em troca, pois para
isto ela e ele foram feitos.
A visão do autor é a do amor romântico entre noivos que colimam a união
matrimonial ou de cônjuges que anseiam pelo encontro e pela intimidade
conjugal. Sabemos que na cultura judaica havia todo um ritual sobre isto. O
Antigo Testamento e mesmo o Novo Testamento nos dão a entender sobre os
simbolismos e cuidados com que eles ornavam e celebravam o casamento. Era
uma festa de 7 dias, com processionaisda noiva e de suas amigas, do noivo e
seus amigos e toda uma festividade se desenrolando com cânticos, comes e
bebes. Jesus participou de um deles em Canáda Galiléia.
Temos que lembrar sempre que as expressões poéticas e as imagens de retórica
aplicadas à atração sensual que têm um pelo outro, se não são comuns hoje em
dia, pois os tempos são outros, expressam ainda o sentimento que une homem e
mulher quando se sentem atraídos um pelo outro.

AlgunsdestaquesdoCapítulo5
[1.[5.1]Venhoaomeujardim,minhairmã,noiva
minha,paracolheraminhamirracomomeu
bálsamo,paracomeromeufavocomomeumel,
ebeberomeuvinhocomomeuleite.Comei,
amigos,bebeiabundantemente,óamados.[2]Eu
dormia,masomeucoraçãovelava.Eisavozdomeuamado!Está
batendo:Abre-me,minhairmã,amadaminha,pombaminha,minha
imaculada;porqueaminhacabeçaestácheiadeorvalho,osmeus
cabelosdasgotasdanoite.[3]Jádespiaminhatúnica;comoa
tornareiavestir?jálaveiosmeuspés;comoostornareiasujar?[4]
Omeuamadometeuasuamãopelafrestadaporta,eomeucoração
estremeceuporamordele.[5]Eumelevanteiparaabriraomeu
amado;easminhasmãosdestilavammirra,eosmeusdedosgotejavam
mirrasobreasaldravasdafechadura.[6]Euabriaomeuamado,mas
elejásetinharetiradoeidoembora.Aminhaalmatinhadesfalecido
quandoelefalara.Busquei-o,masnãoopudeencontrar;chamei-o,
porémelenãomerespondeu.[7]Encontraram-meosguardasque
rondavampelacidade;espancaram-me,feriram-me;tiraram-meo
mantoosguardasdosmuros.

AlgunsdestaquesdoCapítulo5
[8]Conjuro-vos,ófilhasdeJerusalém,se
encontrardesomeuamado,quelhedigaisque
estouenfermadeamor.[9]Queéoteuamado
maisdoqueoutroamado,ótu,amaisformosa
entreasmulheres?queéoteuamadomaisdoqueoutroamado,para
queassimnosconjures?[10]Omeuamadoécândidoerubicundo,o
primeiroentredezmil.[11]Asuacabeçaécomooouromais
refinado,osseuscabelossãocrespos,pretoscomoocorvo.[12]Os
seusolhossãocomopombasjuntoàscorrentesdaságuas,lavadosem
leite,postosemengaste.[13]Assuasfacessãocomoumcanteirode
bálsamo,osmontõesdeervasaromáticas;eosseuslábiossãocomo
líriosquegotejammirra.[14]Osseusbraçossãocomocilindrosde
ouro,guarnecidosdecrisólitas;eoseucorpoécomoobrade
marfim,cobertadesafiras.[15]Assuaspernascomocolunasde
mármore,colocadassobrebasesdeourorefinado;oseusemblante
comooLíbano,excelentecomooscedros.[16]Oseufalaré
muitíssimosuave;sim,eleétotalmentedesejável.Taléomeu
amado,etalomeuamigo,ófilhasdeJerusalém.

Comentáriosadicionaisaotexto
do capítulo3:
Estava faltando na Palavra de Deus um texto que
celebrasse o amor conjugal criado por Deus em Gênesis.
Quando o Senhor ali disse que “serão uma só carne”,
celebrando assim o casamento de Adão e Eva, ficou
faltando a festa, o banquete. O escritor do Gênesis,
deu apenas início a uma celebração que seria marcante
e permanente na Palavra de Deus: o casamento entre o homem e a mulher para a perpetuação
da espécie, sim, mas também para a consumação da vida sexual que ele o Senhor incutiu
naturalmente em cada um dos seres por ele criados. Abraão e Sara... Moisés e Joquebede...
Davi e Bete-Sabá, simbolizam este amor cristalizado na vida marital, conjugal e sexual.
Salomão agora em seus Cânticos dos Cânticos escreve então, sobre esta festa. Se em Gênesis
não existe a comemoração das bodas, aqui em Cântico dos Cânticos ela está presente em todo
o livro. Uma celebração do amor conjugal, reconhecendo-o como fundamental e maravilhoso
para a felicidade de sua criatura, o homem e a mulher... Existe em certos textos de Cântico
dos Cânticos uma linguagem que poderíamos chamar mesmo de sensual ou erótica. Lembremo-
nos que aos olhos de Deus o amor sexual não é pecado, desde que compartilhado entre dois
seres que se amam e se unem pelo casamento. A beleza física do homem e da mulher, que se
tornam atraentes entre os cônjuges é perfeitamente compreensível pelo Senhor como o
próprio texto nos demonstra. Este amor heterossexual é o que o Senhor espera de sua
criatura que, saudavelmente, ama o seu parceiro conjugal e não os desvios e descalabros que a
homossexualidade tem buscado fazer prevalecer nos tempos presentes com as paradas de
gays e de lésbicas invadindo as cidades, num desvio comportamental, patológico e anormal sem
igual, que a legislação moderna vem procurando abrigar e regulamentar.

Alguns destaques do capítulo 6
[6.1] Para onde foi o teu amado, ó tu, a mais formosa
entre as mulheres? para onde se retirou o teu amado
a fim de que o busquemos juntamente contigo? [2] O
meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de
bálsamo, para apascentar o rebanho nos jardins e para
colher os lírios. [3] Eu sou do meu amado, e o meu
amado é meu; ele apascenta o rebanho entre os lírios. [4] Formosa és, amada
minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, imponente como um exército com
bandeiras. [5] Desvia de mim os teus olhos, porque eles me perturbam. O teu
cabelo é como o rebanho de cabras que descem pelas colinas de Gileade. [6] Os
teus dentes são como o rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro, e das
quais cada uma tem gêmeos, e nenhuma delas é desfilhada. [7] As tuas faces
são como as metades de uma romã, por detrás do teu véu. [8] Há sessenta
rainhas, oitenta concubinas, e virgens sem número. [9] Mas uma só é a minha
pomba, a minha imaculada; ela e a única de sua mãe, a escolhida da que a deu
à luz. As filhas viram-na e lhe chamaram bem-aventurada; viram-na as rainhas
e as concubinas, e louvaram-na. [10] Quem é esta que aparece como a alva do
dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, imponente como um exército com
bandeiras? [11] Desci ao jardim das nogueiras, para ver os renovos do
vale, para ver se floresciam as vides e se as romanzeiras estavam em flor.
[12] Antes de eu o sentir, pôs-me a minha alma nos carros do meu nobre povo.
[13] Volta, volta, ó Sulamita; volta, volta, para que nós te vejamos. Por que
quereis olhar para a Sulamita como para a dança de Maanaim?

ComentáriosadicionaisaotextodoCapítulo6
Emboraolivrosejaescritonumasociedadequeaceitavaa
poligamia,especialmentenumacasareal,enumaépocaem
queofatodetermaisdeumamulheremcasa,eem
classesdiferenciadasparaelas,poisexistiamasesposas
privilegiadas(asqueadvinhamdecastassociaiselevadas),
asprincesasqueeramdadasemcasamentoporseuspais
reis(parafavorecerinteressesdoreino),asconselheiras
(asmaisvelhasqueserviamdeorientadorasparaasmaisnovas),asserviçais(que
faziamotrabalhodacasa),asmaisjovensoumaisatraentes(separadasparaoato
sexualcomosenhordacasa),averdadeéqueamensagemnelecontidaemtermos
dorelacionamentoqueconta,ésempreúnicoeexclusivo.Emboraaatraçãosexual
sejabemevidenciadanotexto,comooinstrumentomotorparaaunidade
conjugal,nãoháainterveniênciadeterceirasnarelaçãodopersonagemprincipal(o
meuamado),comasuanoiva,ouesposa,algumasvezeschamadade"irmã",para
simbolizaraunidadedeambos(aminhaamada).Elessãoumdooutro.Umadas
instituiçõessociaismaisdegradadas pelasociedademoderna de
hoje,infelizmente,éadaexistênciadoleitoconjugalsemmácula.Afidelidade
conjugaléalgodescartávelaosolhosdamídiamoderna.Ocasamentocomo
instituiçãodivinavemsofrendoosataquesmaiscruéisdopecado,exatamente
naqueleseumaissublimeebeloatributo:afidelidadeconjugal.Aexclusividadeque
otextoaseguirnostransmite,éoespíritopuroesantoqueoSenhorDeusdesejae
esperanomatrimôniocristão.Foiparaistoqueelenoscriou.Foicomestafinalidade
queelenosfez,homememulher.Parasermosumdooutro,numvínculopermanente
eindissolúvel.

Algunsdestaquesdo Capítulo7
[7.1] Quão formosos são os teus pés nas sandálias,
ó filha de príncipe! Os contornos das tuas coxas são
como jóias, obra das mãos de artista. [2] O teu umbigo
como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu
ventre como montão de trigo, cercado de lírios. [3] Os
teus seios são como dois filhos gêmeos da gazela. [4] O teu pescoço como a
torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de
Bate-Rabim; o teu nariz é como torre do Líbano, que olha para Damasco.
[5] A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça
como a púrpura; o rei está preso pelas tuas tranças. [6] Quão formosa, e quão
aprazível és, ó amor em delícias! [7] Essa tua estatura é semelhante à
palmeira, e os teus seios aos cachos de uvas. [8] Disse eu: Subirei à palmeira,
pegarei em seus ramos; então sejam os teus seios como os cachos da vide, e o
cheiro do teu fôlego como o das maçãs, [9] e os teus beijos como o bom vinho
para o meu amado, que se bebe suavemente, e se escoa pelos lábios e dentes.
[10] Eu sou do meu amado, e o seu amor é por mim. [11] Vem, ó amado meu,
saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. [12] Levantemo-nos de
manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se estão abertas as
suas flores, e se as romanzeirasjá estão em flor; ali te darei o meu amor.
[13] As mandrágoras exalam perfume, e às nossas portas há toda sorte de
excelentes frutos, novos e velhos; eu os guardei para ti, ó meu amado.

Algunsdestaquesdo Capítulo8
[8.1] Ah! quem me dera que foras como meu irmão, que
mamou os seios de minha mãe! quando eu te encontrasse
lá fora, eu te beijaria; e não me desprezariam! [2] Eu te
levaria e te introduziria na casa de minha mãe, e tu me
instruirias; eu te daria a beber vinho aromático, o mosto
das minhas romãs. [3] A sua mão esquerda estaria
debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abraçaria.
[4] Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que não acordeis nem desperteis o amor, até que
ele o queira. [5] Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada ao seu amado?
Debaixo da macieira te despertei; ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores
aquela que te deu à luz. [6] Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o
teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua
chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. [7] As muitas águas não podem
apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa
pelo amor, seria de todo desprezado. [8] Temos uma irmã pequena, que ainda não tem
seios; que faremos por nossa irmã, no dia em que ela for pedida em casamento? [9] Se
ela for um muro, edificaremos sobre ela uma torrezinha de prata; e, se ela for uma
porta, cercá-la-emos com tábuas de cedro. [10]: Eu era um muro, e os meus seios eram
como as suas torres; então eu era aos seus olhos como aquela que acha paz. [11]: Teve
Salomão uma vinha em Baal-Hamom; arrendou essa vinha a uns guardas; e cada um lhe
devia trazer pelo seu fruto mil peças de prata. [12] A minha vinha que me pertence está
diante de mim; tu, ó Salomão, terás as mil peças de prata, e os que guardam o fruto
terão duzentas. [13] Ó tu, que habitas nos jardins, os companheiros estão atentos para
ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la. [14] Vem depressa, amado meu, e faze-
te semelhante ao gamo ou ao filho da gazela sobre os montes dos aromas.

Comentáriosadicionaisao
textodoscapítulo7e8:
Nestesdoisúltimoscapítulos,nós
temosavidaconjugalouamorosade
doisseresqueseamameseentregam
umaooutro,descritadeformapoética
efigurada,emimagensqueficamdifícilparaonossomelhorentendimento,dadaadistância
social,culturaleconjunturalquenosseparadaquelaépocaedaquelepovo.Oamorsexualéaqui
celebrado:"Quãoformosossãoosteuspés...astuascoxas...oteuumbigo...oteuventre...osteus
seios...oteupescoço...osteusolhos...oteunariz...atuacabeça,osteuscabelos..."(7.1-5).
Poderíamosmesmoafirmarque,nãoapenascelebrado,mastambémconsumado,poistodaadescrição
quefazoreidesuaamadanestesversículosacima,écomplementadoporumtextoquetransmiteo
sentimentodesatisfaçãosexualqueaunidadefísicaentreambosdeveter-lhetrazido:"Quão
formosa,equãoaprazívelés,óamoremdelícias"(7.6).Oautor,tecenestesdoiscapítulosuma
espéciedediálogo,emqueumrespondeaooutro.Oprimeirofazdeclaraçõesdeamoredecarinho
aosegundo,queporsuavezlherespondecomamesmaintensidade.Alinguagemépoéticae
figurada,masdesejaexprimiraintensidadeeabelezadosentimentoqueuneocasal.Algumas
comparaçõesealusõessãofeitasaoscomponentesdavidafamiliarcomoinstrumentosparaasolidez
desteamor:amãe,oirmão,airmãdandotestemunhodestaintimidadeparasempre:"Põe-mecomo
selosobreoteucoração,comoselosobreoteubraço;porqueoamoréfortecomoamorte;ociúme
écruelcomooSeol;asuachamaéchamadefogo;verdadeiralabaredadoSenhor".(8.6).
Uma das coisas mais belas na comunhão fraterna do ser humano é a perenidade do amor conjugal.
Pessoas que se amam e se casam e celebram bodas de prata, de ouro, de brilhante, vivendo juntas
para sempre. É um amor que não acaba nunca. Muda em seus aspectos íntimos com a idade, com os
filhos, os netos, a velhice, mas não perde a sua intensidade nem a sua integridade, porque no plano de
Deus, no dizer do escritor sacro do Cântico dos Cânticos:
"as muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo” (8.7).

CONCLUSÃO
Livros com estes que estudamos
neste trimestre
são para serem lidos e estudados
com um espírito crítico bem
apurado, para que possamos
retirar dos ensinamentos neles
contidos as verdades que o
Senhor quer nos mostrar.
Leiamos versículo a
versículo, paremos um pouco e
fechemos os olhos. Indaguemo-
nos então: O que este texto quer
nos dizer?
Isto chama-se reflexão!
E é a isto que nos convidam os
temas deste trimestre!!!