Barroco no Brasil e no mundo, contexto histórico

terezinhaluanalopesmartins 58 views 25 slides Feb 27, 2024
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Aula


Slide Content

BARROCO
Contexto histórico (Europa)
•1517:aconteceaReforma,quedivide
aIgrejaentrecatólicoseprotestantes;
•1540:fundaçãodaCompanhiade
Jesus;
•1563:aIgrejadáinícioaomovimento
daContra-Reforma.

Outros nomes do Barroco
•Marinismo(Itália),porinfluênciado
poetaMarini;
•Gongorismo(Espanha),porinfluência
dopoetaLuísdeGôngora;
•Preciosismo(França),emrazãodo
requinteformaldospoemas;
•Seiscentismo(naliteraturabras.).

BARROCO NO BRASIL
Marco inicial
Inicia-seem1601,comapublicação
dopoemaépico“Prosopopéia”,deBento
Teixeira.

Curiosidades sobre “Prosopopéia”
•Poemaépico,com94versosem
oitava-rimaedecassílabosheróicos,
conformeensinavaLuisdeCamões
em“Oslusíadas”;
•Enredo:giraemtornodeJorgede
AlbuquerqueCoelho,donatárioda
CapitaniadePernambuco;

•Narradordopoema:Proteu;
•Intuitodopoeta:enaltecerosfeitos
dosguerreirosnaBatalhade
Alcácer-Quibir,caracterizandoo
poemacomoumgêneroliterário
épico.
•Procurouimitar“Oslusíadas”,de
LuisdeCamões.
Curiosidades sobre “Prosopopéia” (2)

Características da linguagem
barroca
•Conflito entre visão
antropocêntrica e teocêntrica;
•Oposição entre mundo material e
mundo espiritual;
•Conflito entre fé e razão;
Quanto ao conteúdo

Características da linguagem
barroca (2)
•Cristianismo;
•Morbidez;
•Idealização amorosa;
Quanto ao conteúdo

Características da linguagem
barroca (3)
•Sensualismo e sentimentalismo de
culpa cristão;
•Consciência da efemeridade do
tempo;
Quanto ao conteúdo

Características da linguagem
barroca (4)
•Gosto por raciocínios complexos,
desenvolvidos em parábolas e
narrativas bíblicas;
•Carpe diem.
Quanto ao conteúdo

Características da linguagem
barroca (5)
•Poemas preferencialmente escritos
na forma de SONETO (poema de 4
estrofes, sendo 2 quartetos e 2
tercetos, totalizando 14 versos);
•Gosto pelas inversões e por
construções complexas e raras.
Quanto à forma

O Barroco no Brasil
•Comovimos:Prosopopéia(1601),de
BentoTeixeira,deuinícioaoBarroco
Brasileiro;
•Noentanto,oBarrocosócomeçoua
ganharforçaentre1720e1750,
quandoforamfundadasvárias
academiasliteráriasportodoopaís;

O Barroco no Brasil (2)
•Outrofato:oBarrocoéuma
expressãoartísticanãoapenasna
literatura,comotambémnasartes
plásticas;
•AdescobertadeouroemMinas
Geraispossibilitouodesenvolvimento
doBarroco,resultandonaconstrução
deigrejasdeestilobarrocoaté
mesmo duranteoperíododo
Arcadismo(séc.XVIII).

Autores do Barroco brasileiro
Na poesia:
•GregóriodeMatos,conhecidocomo
“BocadoInferno”porcausadesuas
poesiassatíricas.Alémdessetipode
poesia,tambémescreveupoesiasacra
elírica,assimcomotambémpoemas
graciososepornográficos.

O“BocadoInferno”nãoperdoavaninguém:ricos
epobres,negros,brancosemulatos,padres,
freiras,autoridadescivisereligiosas,amigose
inimigos,todos,enfim,eramobjetodesua“lira
maldizente”.
Em um de seus poemas satíricos, o governador
baiano Câmara Coutinho foi assim retratado:
“Nariz de embono
com tal sacada,
que entra na escada
duas horas primeiro
que seu dono.”

Emsuapoesiasatírica,GregóriodeMatos
apresentasuavisãodoamorfísicodemaneira
agressivaegalhofeira.Querdespertarorisoouo
comentáriomaldosodaplatéia.Porisso,manifesta
desprezopelaconcepçãocristãdoamorque
envolveacamadaespiritual,conformepodemos
verificarnofragmentodeumdeseuspoemas:
“O amor é finalmente
um embaraço de pernas,
uma união de barrigas,
um breve tremor de artérias.
Uma confusão de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa, é besta.”

Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

Definição do que em todos os tempos
é a cidade da Bahia
Que falta nesta cidade?.......Verdade.
Que mais por sua desonra?......Honra.
Falta mais que se lhe ponha?.......Vergonha.
demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a
exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, Honra, Vergonha.
Quem a pôs nesse socrócio?.........Negócio.
Quem causa tal perdição?..............Ambição.
E o maior desta loucura?................Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e
sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, Ambição, Usura.

Quem são seus doces objetos?.......Pretos.
Tem outros bens mais maciços?........Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?.......Mulatos.
Dou ao demo os
insensatos,
Dou ao demo a gente asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, Mestiços, Mulatos.
Quem faz os círios mesquinhos?..............Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?..................Guardas.
Quem as tem nos aposentos?....................Sargentos.
Os círios lá vêm aos
centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão
atravessando
Meirinhos, Guardas,
Sargentos.

Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem freqüente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres
E eis aqui a cidade da Bahia.

À Dona Ângela
Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e Anjo florente*
Em quem, senão em vós, se uniformara?
Quem vira uma tal flor, que a não cortara,
De verde pé, da rama florescente?
A quem um Anjo vira tão luzente
Que por seu Deus o não idolatrara?
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

A Jesus Cristo, Nosso Senhor
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.

Buscando o Cristo Crucificado um Pecador com
Verdadeiro Arrependimento
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas cobertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa, pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme.

Autores do Barroco brasileiro (2)
Na poesia:
Bento Teixeira–sua obra maior
foi “Prosopopéia” (1601).

Autores do Barroco brasileiro (3)
Na prosa:
PadreAntônioVieira–escreveu
“Sermões”,entre1679a1718.

CURIOSIDADES
Pe. Antônio Vieira
•É a maior expressão do Barroco em
Portugal;
•Veio para o Brasil com 6 ou 7 anos de
idade;
•Suaobrapertencetantoàliteratura
portuguesaquantoàbrasileira.
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