Palestra espírita baseada no capítulo 9 do Evangelho segundo o Espiritismo realizada por Eduardo Ottonelli Pithan
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Language: pt
Added: Oct 18, 2016
Slides: 22 pages
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“ Bem-aventurados os MANSOS E PACÍFICOS ” Jesus Cristo, mt , 5:4.; 9. Capítulo 9 – Evangelho segundo o Espiritismo Eduardo Ottonelli Pithan Grupo Vagalumes – Novo Hamburgo 51.82042277
Referências Bibliográficas EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec, Cap. IX. LIVRO DOS ESPIRITOS , Allan Kardec, questões 924 e conclusão cap VII “CÓPIA DA PALESTRA” no SLIDESHARE ou solicitar por email [email protected]
Evangelho Segundo o Espiritismo
O que se trata no capítulo
Bem-aventurados os que são brandos , porque possuirão a Terra . (Mateus, 5:5.) 2. Bem-aventurados os pacíficos , porque serão chamados filhos de Deus . ( Mateus, 5:9.) 3. Sabeis que foi dito aos antigos: “Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo.” Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo ; que aquele que disser a seu irmão: “ Raca ”, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: “És louco”, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Mateus, 5:21 e 22.) Raca – Expressão entre os Hebreus que era uma expressão de desprezo que significa homem inútil, desprezível. Se pronunciava cuspindo e virando o rosto para o lado EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Injurias e Violências Em Relação ao SEMELHANTES Por estas máximas, Jesus faz da brandura , da moderação , da mansuetude , da afabilidade e da paciência , uma lei. Condena, por conseguinte, a violência , a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes.
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Evidente que a intenção agrava ou atenua a falta; mas em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei de amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união;
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Uma palavra Ofensiva, além de alimentar o ódio e o rancor também é um insulto à bondade e a Fraternidade que deve existir entre todos os irmãos.
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Pelas palavras: “felizes aqueles que são mansos, porque herdarão a terra”, Jesus quer dizer que ATÉ AGORA somente os violentos se apossaram dos bens terrenos , em prejuízo daqueles que são mansos e pacíficos . Enquanto os violentos possuem em excesso, para os mansos, frequentemente, falta até o necessário . Jesus lhes promete que a justiça será feita “assim na terra como é no céu”, porque os mansos e pacíficos serão chamados de filhos de Deus. Quando a Lei do Amor e da caridade for a Lei da Humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados pelo forte e pelo violento. Assim será a terra quando , de acordo com a Lei do Progresso e a promessa de Jesus, ela se tornar um mundo feliz em razão do afastamento daqueles que resistem em praticar o bem.
Distribuição da riqueza mundial
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Afabilidade e a Doçura Entretanto, nem sempre se deve confiar nas APARÊNCIAS . Uma pessoa bem educada e experiente pode parecer possuir as qualidades da afabilidade e da doçura . Muitos apenas fingem ter bondade . Utilizam-na apenas como uma máscara para uso externo , como se fosse um traje, cuja aparência bem talhada disfarça as deformidades do corpo! O mundo esta cheio deste tipo de pessoas que têm o sorriso nos lábios e o veneno no coração ; que são mansas desde que nada as incomode , mas que agridem a menor contrariedade; que costumam falar bem quando estão pela frente , mas pelas costas suas palavras transformam-se em dardos venenosos. A essa classe ainda pertencem os homens que são bondosos quando estão fora de casa , mas que no lar são verdadeiros tiranos, fazendo com que sua família e seus subordinados suportem o peso de seu orgulho e de sua opressão .
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Afabilidade e a Doçura ...Sua vaidade alegra-se quando podem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “e sou detestado”. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se contradiz. É sempre o mesmo, diante da sociedade ou na intimidade, pois ele sabe que pelas aparências pode enganar os homens, mas não pode enganar a DEUS . Lázaro. (Paris, 1861.)
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO A Paciência A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. Portanto, não se aflijam quando sofrerem , pelo contrário, bendigam a deus Todo-Poderoso que através da dor neste mundo concede oportunidade para evoluir . Sejam PACIENTES . A paciência também é caridade e devem praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado por Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas . Outra há, porém, muito mais difícil e, por consequência, muito mais meritória: que é a de perdoar a quem Deus colocou em nosso caminho para serem os instrumentos do nosso sofrimentos e colocar a prova nossa paciência. AGIR COM PACIÊNCIA
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO A Paciência A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte. CORAGEM , amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo . Mais sofreu Ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO Obediência e Resignação A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a OBEDIÊNCIA e a RESIGNAÇÃO , duas virtudes companheiras da DOÇURA e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam COM A NEGAÇÃO DO SENTIMENTO E DA VONTADE . A OBEDIÊNCIA é o consentimento da razão ; a RESIGNAÇÃO é o consentimento do coração , forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava . A virtude da vossa geração é a atividade intelectual ; seu vício é a indiferença moral . Infeliz do espirito preguiçoso , daquele que fecha as portas para o entendimento! Infeliz porque nós, que somos os guias da humanidade em marcha, vamos agir contra sua vontade rebelde e, através do sofrimento, iremos controla-lo e fazer com que ele nos obedeça. Assim toda a resistência orgulhosa, cedo ou tarde, deverá ceder. Bem-aventurados, portanto, aqueles que são mansos, pois receberão com doçura os ensinamentos. Lázaro. (Paris, 1863.)
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO A Cólera O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois ; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar ; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? Entregai-vos à cólera . Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências , que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar. Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia !
EVANGELHO, SEGUNDO O ESPIRITISMO A Cólera Se ponderasse que a cólera a nada remedeia , que lhe altera a saúde e compromete até a vida , reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima . Outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam . Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama ? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida! Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração , mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal . Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ademais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs . – Um Espírito protetor. (Bordeaux, 1863.)
Dicas da Espiritualidade hahnemann – Paris, 1863
Livro dos Espíritos
LIVRO DOS ESPÍRITOS 924. Há males que independem da maneira de proceder do homem e que atingem mesmo os mais justos. Nenhum meio terá ele de os evitar? “Deve RESIGNAR-SE e sofrê-los sem murmurar , se quer progredir. Sempre, porém, lhe é dado haurir consolação na própria consciência, que lhe proporciona a esperança de melhor futuro, se fizer o que é preciso para obtê-lo.”
LIVRO DOS ESPÍRITOS Capítulo VII conclusão O Espírito goza sempre do livre-arbítrio . Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa procede à escolha entre o bem e o mal . O esquecimento das faltas praticadas não constitui obstáculo à melhoria do Espírito, porquanto, se é certo que este não se lembra delas com precisão, não menos certo é que a circunstância de as ter conhecido na erraticidade e de haver desejado repará-las o guia por intuição e lhe dá a ideia de resistir ao mal, ideia que é a voz da consciência, tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão . O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter . Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências . As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar . A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos , do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei.