A 24 de Setembro de 1651, morre Étienne Pascal. Blaise, que nessa data tinha 28 anos, decide escrever uma carta à sua irmã Gilbert com um profundo significado Cristão, onde desenvolve a sua reflecção sobre a natureza da morte e em particular, sobre a morte do pai. Estas ideias foram o suporte para uma das suas grandes obras filosóficas, de nome " Pensées ", que constitui um combinado de considerações peculiares acerca do sofrimento humano e da fé em Deus. Nessa obra, Pascal cita um dos seus pensamentos célebres: "Se Deus não existe, não se perde nada em acreditar Nele, mas se Ele existe, perde-se muito em não acreditar ". A partir de Maio de 1653, Pascal trabalhou em matemática e física e escreveu o "Tratado sobre o Equilíbrio dos Líquidos", no qual explica a sua Lei da Pressão. A 23 de novembro de 1654, aos 31 anos , Pascal expressa o seu desgosto e nojo pelo mundo e, no seguimento da sua experiência espiritual, dedica-se devotamente ao Cristianismo. É nesta fase que abandona as ciências para se dedicar exclusivamente à filosofia e à teologia. "A justiça sobre a força é a impotência; a força sem justiça é tirania." [ Blaise Pascal ] 7 No imediato ano de 1655, decide recolher-se no convento de “ Port-Royal-des-Champs ”, onde concebe algumas das suas maiores obras na área filosófica-religiosa, entre elas a “ Les Provinciales ”. Aos 35 anos (1658), Pascal regressa à ciência e divulga mais um marcante trabalho científico “ Traité du triangle Arithmétique ”, onde estuda as propriedades do famoso Triângulo de Pascal. Posteriormente, Pascal, que sempre teve uma saúde frágil, adoece gravemente (1659 ), desinteressa-se pela ciência e passa os últimos anos da sua vida a praticar caridade e a assistir a serviços religiosos. Blaise Pascal, no dia 3 de Agosto de 1662, fica definitivamente preso ao leito e, tal como a sua mãe, morre prematuramente a 19 de Agosto de 1662, dois meses após perfazer 39 anos. Como ultimas palavras, citou: “ Que Deus nunca me abandone”. "A nossa imaginação engrandece-nos tanto o tempo presente, que fazemos da eternidade um nada, e do nada uma eternidade." [ Blaise Pascal ] 7