O QUE É ANTROPOLOGIA SOCIAL?
Raciocínio Humano O que as pessoas fazem
≠ Maneiras de se fazer as coisas
DIFERENÇAS ENTRE AS SOCIEDADES
A maioria de nós cresce aprendendo como se comportar em relação aos nossos =
e, quando já estamos crescidos , tomamos por certo que existe apenas um modo
de se comportar. Então talvez viajemos para o estrangeiro, durante as férias ou por
um período mais longo, e logo descobrimos que, nos outros países, as regras são ≠.
Diferentes Culturas
Cultura indiana:
Uma das civilizações mais antigas;
Diversidade de língua, hábitos e
modo de vida não impedem que haja
uma unidade cultural muito grande no
país.
Sentimento de amor pela nação
mantém vivas até hoje muitas
tradições, embora cada estado tenha
sua própria forma de expressão, na
arte, música, linguagem e culinária
O país é um centro de excelência em
computação, apesar de 1/3 de sua
população viver na miséria.
Recursos modernos + costumes
milenares = efeitos de extrema
perversidade.
Ultra-sonografia:
utilizado para identificar
o sexo no bebê.
927 garotas para cada 1000 até 6
anos de idade em todo o país.
Costumes desfavoráveis à mulher;
Ao se casar, torna-se empregada da família
do marido;
A lei não permite o matrimônio de mulheres
menores de 18 anos, porém são freqüentes
os casamentos de homens mais velhos com
meninas de 8-9 anos;
Por tradição a família da noiva paga um
dote generoso ao futuro marido;
São comuns casos nos quais os parentes
do noivo torturam a noiva para forçar seus
pais a pagar um dote maior. Em situações
mais extremas, ela é morta e o caso é
registrado como “acidente doméstico”.
Cultura na Arábia Saudita:
Islamismo como religião oficial;
Ensino gratuito, mas não obrigatório;
Álcool, porco, teatro e cinema:
ilegais;
Mulheres totalmente cobertas
com roupas e lenços pretos;
As mulheres podem casar
com um único homem, o homem
pode casar com quantas
mulheres puder sustentar
Costumes Japoneses:
Não existe qualquer gorjeta em qualquer
que seja a situação no Japão como táxis,
restaurantes, serviços pessoais...
A gorjeta é ofensiva, o preço pago pelo
serviço está no preço determinado, eles não
estão mendigando;
Os banhos públicos ainda estão bem
vindos no Japão;
Ao contrário das culturas ocidentais, no
Japão, o banho de imersão é utilizado após
se ter lavado e enxugado, e a pessoa fica
imersa em uma água super quente por 10,
20, 30 minutos;
Se acontecer de ser convidado para um lar
japonês, você terá a honra de tomar o banho
primeiro, geralmente antes do jantar.
Tenha o máximo de cuidado para não
sujar a água para imersão, pois a santidade
da banheira é de extrema importância.
Os sentos (locais de banhos públicos), são locais sem barreiras referente à cor,
idade ou linguagem, são separados por sexo com exceção de algumas regiões onde
são encontrados banhos mistos. Mas, não há problema, pois o povo japonês nada
interpreta nada de erótico no fato de se estar nu para banhar-se.
A Antropologia Social se tem
preocupado, em grande parte, com
as pessoas que “se portam” de
modo muito diferente do “Deste
País” e de qualquer outra das
nações industrializadas que são
chamadas “ocidentais”. Seu centro
de interesse sempre foi os povos
chamados “primitivos” ou, quando
há tempo para se falar mais
longamente, “povos de tecnologia
simples” – povos que têm de
dispensar nosso rol de artefatos,
não só o radar e o transporte
mecânico, mas também o dinheiro
e a escrita.
As sociedades “primitivas” ou
“simples” diferem muito entre si –
talvez mais do que acontece com as
sociedades industrializadas.
A explicação das diferenças entre os
povos – e às vezes até mesmo entre
indivíduos – como manifestações do
“caráter nacional” é extremamente
popular.
Características presente no sangue
• As qualidades físicas que
herdamos não estão contidas em
nosso sangue, embora se tenha
acreditado nisso durante tanto
tempo que às vezes é difícil evitar
o uso da expressão popular
“parentes consanguíneos”
A questão de como as pessoas,
individualmente, se comportam e a
de como as diferentes sociedades
são organizadas são bastante
diferentes; não se pode explicar
diferenças entre sociedades
dizendo que se compõem de
diferentes tipos de pessoas.
Os povos não são, de modo algum, todos iguais e, onde diferem, essas
diferenças não podem ser explicadas pela precipitação pluviométrica, pela
temperatura, ou pelo tipo de vegetação produzido pelo solo.
Que tipo de diferença interessa ao antropólogo social???
• Interessa ao antropólogo social;
não apenas o tipo de coisas que
vemos as pessoas fazerem
diariamente, mas, oculta pelo
comportamento cotidiano, a
maneira como são organizadas de
modo a ser uma sociedade e não
apenas muita gente que por acaso
se encontra na mesma parte do
mundo.
Certos tipos de disposição são
característicos de povos de
tecnologia simples, ou que certas
regras de herança e certas regras
de casamento muitas vezes são
encontradas juntas; mas é inútil
procurar fora da sociedade
explicações para o que acontece
dentro dela.
O CAMPO DA ANTROPOLOGIA SOCIAL
O campo da Antropologia Social é atualmente
tão amplo que poucas pessoas podem
esperar tornar-se peritas, ao mesmo tempo,
nela e em qualquer dos outros ramos da
Antropologia no sentido mais amplo. Todo
antropólogo social deve falar a língua do povo
com o qual trabalha, mas pouco podem fazer
um estudo intensivo de Linguística.
• Antigamente afirmava-se que nosso
interesse apropriado se dirigia para as
sociedades “primitivas” ou “simples”.
Esses adjetivos em si requerem
definição; hoje em dia geralmente se
concorda que eles descrevem a
tecnologia do povo a que se referem.
A sociedade primitiva típica não tem
escrita nem meio circulante. Mas os
antropólogos têm trabalhado em
sociedades pré-industriais dotadas de
escrita e meio circulante; e mais
recentemente, em sociedades
industriais das quais eles próprios são
membros, em fábricas, prisões e
hospitais de alienados, e estudado o
parentesco e a família nas grandes
cidades. Julgamos ser da nossa
alçada observar a totalidade das
relações que agem entre as pessoas
na unidade social que estudamos, não
só as diretamente relevantes a
determinado problema.
Podemos tomar uma pequena área
de uma grande sociedade – uma
fábrica, um sindicato operário ou um
partido político. Se fizermos isso,
estaremos invadindo o campo de outros
especialistas – economistas ou
cientistas políticos. Mas podemos
acrescentar algo à sua análise usando
o conceito de estrutura social do
antropólogo. Isso nos leva ao exame
dos elos entre as relações políticas ou
econômicas com as que dependem do
parentesco ou dos deveres rituais.
Oferecemos a “matriz social” das
investigações realizadas pelas
disciplinas especialistas.
TERMOS-CHAVE
• Alguns antropólogos na Grã-
Bretanha e muitos na América
chamam-se a sim próprios de
antropólogos culturais,
afirmando que seu interessa
básico está na cultura. Eles
descendem em linha direta de
Tylor e Boas. Os que dão o
nome de estudiosos da
sociedade são os descendentes
intelectuais de Durkheim e
Radeliffe-Brown
Durkheim
Uma cultura é a posse comum de um
grupo de pessoas que compartilham as
mesmas tradições; em termos sociais, esse
grupo é uma sociedade.
Se considerarmos as pessoas apenas
como portadoras de cultura, talvez seja
perigosamente fácil considerar uma cultura
como um conjunto de regras e técnicas
com existência independente;
Quando os antropólogos ingleses dizem
estar mais interessados nos fatos sociais
do que nos culturais, querem dizer que
estão interessados nas interações das
pessoas que vivem em sociedade, e não
nas características pessoais dos
indivíduos, mesmo que estas sejam
consideradas como o produto da sua
cultura.
• Radeliffe-Brown disse que o campo de
estudo de um antropólogo poderia ser
“qualquer localidade conveniente de
tamanho adequado” e que, tendo
selecionado sua “sociedade” desta
maneira, sua tarefa seria a de estudar sua
estrutura. Esta palavra é atualmente o
conceito básico de grande parte do
trabalho que está sendo realizado em
Antropologia Social. Significa que
consideramos a sociedade, não a cultura,
como uma disposição ordenada de partes,
e que nosso trabalho está em descobrir e
explicar essa ordem. Ela consiste nas
relações entre pessoas que não são
reguladas por um conjunto de direitos e e
obrigações reconhecidos.
• No estudo da estrutura social dois conceitos popularizados por Linton, na
América, são muito usados: “status” e papel. Status significa a posição de
uma pessoa relativamente à das outras com as quais mantém relações
sociais.
• Para cada status existe um papel apropriado.
A Antropologia Social interessa-se
pela maneia como os papéis são
definidos pela sociedade e o que
acontece quando não são
corretamente desempenhados. Os
papéis abrangem deveres de
liderança, comando, proteção,
obediência, cooperação, o ato de se
fazer presentes ou pagamentos nas
ocasiões certas etc.
Cada sociedade tem suas
maneiras reconhecidas de expressar
as relações nas quais os papéis
devem ser desempenhados.
• Cultura é a maneira como as relações
sociais são expressas e simbolizadas; é o
que o antropólogo no campo vê primeiro, e
ela deve constituir grande parte da sua
descrição.
• Enquanto de fato os antropólogos
considerarem determinado tipo de sociedade
como sua principal matéria, terão de
descobrir palavras adequadas para denotar o
que seja. Isso é inadequado porque as
pessoas às quais a maior parte da pesquisa
tem sido dirigida estão começando a resentir-
se com qualquer descrição que lhes dá um
status inferior. Primitivo é uma palavra que
tem sido demasiado usada. Os escritores do
século XIX usavam-na para descrever uma
condição de humanidade que, de certo modo,
era infantil em comparação com a idade
adulta deles. Não é de espantar que as novas
nações se ofendam com o termo.
• Uma expressão que ainda não ofendeu é de
pequena escala, denotado o âmbito estreito
das relações sociais ao qual as sociedades de
tecnologia simples estão limitadas.
• Alguns autores distinguem entre sociedade
primitiva e camponesa. Para eles, sociedade
primitiva é aquela praticamente auto-suficiente
e na qual as pessoas obtêm seu alimento e
outras necessidades diretamente do seu
próprio trabalho, e sociedade camponesa, a
composta de agricultores que vivem em
pequenas comunidades, ainda em grande
parte auto-suficientes, mas tendo algumas
relações com uma sociedade maior,
particularmente na venda dos seus excedentes
num mercado e na aceitação de uma
autoridade política externa. Alguns fazem a
mesma distinção entre sociedades “tribais” e
“camponesas”.
• A “destribalização” refere-se à adoção de
maneiras urbanas de vida nas cidades, e
não à rejeição das maneiras tradicionais do
campo.
• O termo grupo tem um significado especial
na linguagem dos antropólogos sociais.
Significa uma comunidade corporativa com
existência permanente; uma reunião de
pessoas recrutadas de acordo com os
princípios reconhecidos, com interesses e
regras (normas) comuns que fixam os
direitos e deveres dos membros em relação
uns aos outros e as esses interesses.
É importante compreender
claramente que uma categoria não é
algo que existe: é um modo de
classificar os fenômenos cuja
existência as pessoas percebem.
• Uma categoria de pessoas não é
uma disposição de pessoas, que é
algo diferente de um grupo. Uma
etiqueta não se pode transformar em
uma coisa; ou, em termos mais
profissionais, um conceito numa
entidade ou uma classe lógica num
grupo social. Supor que um agregado
de pessoas deve ser ou uma
categoria ou um grupo é tão
desconexo como dizer que alguém
mora em Londres ou na quarta-feira.