CONHECENDO OS ESCRITOS DE PAULO FREIRE:
EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE
Maria Erivalda dos Santos Torres; Maria Aparecida Vieira de Melo (Org.)
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A PRÁXIS DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR: QUEFAZER
AMOROSO AUTÔNOMO E LIBERTADOR
Tereza Luiza e França
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Introdução
[...] por ser uma educação que, por ser educação, haveria de
ser corajosa, propondo ao povoa reflexão sobre si mesmo,
sobre seu tempo, sobre suas responsabilidades, sobre seu papel
no novo clima cultural da época de transição. Uma educação
que lhe propiciasse a reflexão sobre seu próprio poder de
refletir e que tivesse sua instrumentalidade, por si mesmo, no
desenvolvimento desse poder, na explicitação de suas
potencialidades, de que decorria sua capacidade de opção.
Educação que levasse em consideração os vários graus de
poder de captação do homem brasileiro da mais alta
importância no sentido de sua humanização FREIRE (1983, p.
59).
Iniciar este artigo com um pensar freireano expressa a
sólida intencionalidade de convidar o(a) leitor(a) a compreender
o lugar de fala, o olhar e a escuta que, na condição de
pesquisadora, pretendo percorrer nesta escrita. E, revelo o
entendimento que cada uma das palavras e o conjunto delas
implica em provocar retornos da comunidade acadêmico-social,
no que diz respeito ao chão formativo superior permeado pela
democracia, compromisso, esperança e amorosidade.
Ao considerar o pensar freireano, como vista à uma
educação como prática da liberdade, compreendo que, para
construir e viver a práxis formativa no universo do ensino
superior, implica (re)conhecer os limites e, também, as propícias
possibilidades de (re)criação de estratégias que favoreçam
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Doutorado em Educação-UFRN. UFPE. Docente Associada IV - Curso
Licenciatura em Educação Física-UFPE. tereza.franç
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