Curso de Teologia de Umbanda Sagrada.pdf

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About This Presentation

Umbanda, Uma religião Brasileira


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CURSO DE TEOLOGIA DE UMBANDA SAGRADA
MINISTRANTE SACERDOTISA DE UMBANDA JANAÍNA SANTOS
2019

2


CENTRO DE LUZ DIVINO PAI JACÓ DO ORIENTE E RAINHA DO MAR

A todos os irmãos que chegarem nesta casa de deus.

Deixe toda suas dúvidas, medos, inseguranças e julgamentos, do portão para fora.
Caso ainda não consiga isto... Voltem outro dia.
Teremos o maior prazer em recebê-los, já com seu coração aberto.

Pois deus, não habita e não penetra onde ainda há pré-conceitos, dúvidas e incertezas.
Esta é uma casa de luz, aprendizado e cura...
Portanto, respeitem onde pisam é um solo sagrado.
Deixem a inveja, a intriga, a falsidade e a falta de amor habitar somente onde ela
Encontre solo fértil, mentes e corações.
Aqui estes sentimentos não são bem vindos.

Ao adentrarem, silenciem suas mentes, e se conectem com o divino
Pensando no “que” realmente vieram buscar.
Deus dá a cada um segundo o seu merecimento.

Pois esta é a casa de Deus, esta é a casa de Deus....
Se amem como irmãos

PAI JACÓ DO ORIENTE

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Sumário
O Que É Médium? ........................................................................................................................................... 6
Quais Os Sintomas Que Podem Indicar Mediunidade? .................................................................................. 6
2- Descreva 3 Tipos De Mediunidade E Que Tipos De Mediunidade Se Apresenta Na Umbanda? ............. 7
Como Ocorre O Transe Mediúnico? ................................................................................................................ 9
3- Portanto Mediunidade É? ..................................................................................................................... 10
4- Por Que Ocorre A Conexão Com Espíritos Mistificadores? ................................................................... 10
5- Defina chacras? E quantos existem? ..................................................................................................... 11
6- Defina As Relações Dos Chacras Com Os Orixás?.................................................................................. 11
7- Por Que A Consciência Precisa De Corpos?........................................................................................... 13
8- Formas De Acoplamento Dos Chacras Das Entidades, Defina: Xangô, Oxossi, Preto Velho E Criança. .. 13
9- Defina Energia Telúrica? ........................................................................................................................ 14
10- Defina O Que É Teologia?................................................................................................................... 15
11- Como Surgiram As Religiões? ............................................................................................................ 15
12- Defina O Sincretismo De: .................................................................................................................. 16
13- Onde E Quando Surgiu A Umbanda? ................................................................................................ 16
14- Qual É O Outro Aspecto Importante Da Umbanda? ......................................................................... 16
15- Cite As Diferenças Entre Umbanda E Candomblé E Cultos De Nação? ............................................. 17
16- Quais São Os Fundamentos De Umbanda? ....................................................................................... 18
19-O Que É Ser Umbandista? ........................................................................................................................ 19
20 –O Que São Hierarquias Divinas, Naturais E Espirituais. .......................................................................... 19
21- Qual O Simbolismo Do Número 7 Com A Umbanda? ....................................................................... 23
Quais são as linhas nos elementos? .............................................................................................................. 23
Quais são as linhas no sentido? .................................................................................................................... 24
Quais são os tronos bipolarizados? ............................................................................................................... 24
O que cada um representa? .......................................................................................................................... 24
Quais são suas cores e definições? ............................................................................................................... 25
Definições dos termos. .................................................................................................................................. 25
Coloque aqui as explicações de cada fator? ................................................................................................. 26
O que são fatores divinos? ............................................................................................................................ 26
Como são formados os tronos? .................................................................................................................... 28
Oxalá .................................................................................................................................................................... 29
Logunã-oyá tempo .............................................................................................................................................. 32

4

OXUM .................................................................................................................................................................. 34
SAGRADO ORIXÁ OXUM ...................................................................................................................................... 36
OXUMARÉ ............................................................................................................................................................ 41
SAGRADO ORIXÁ OXUMARÊ ............................................................................................................................... 43
OXOSSI ................................................................................................................................................................. 54
SAGRADO ORIXÁ OXÓSSI .................................................................................................................................... 56
OBÁ ...................................................................................................................................................................... 70
SAGRADO ORIXÁ OBÁ ......................................................................................................................................... 72
XANGÔ ................................................................................................................................................................. 78
SAGRADO ORIXÁ XANGÔ .................................................................................................................................... 80
EGUNITÁ/ OROINÁ .............................................................................................................................................. 91
SAGRADO ORIXÁ EGUNITÁ (ORO-INÁ) ................................................................................................................ 93
OGUM ................................................................................................................................................................ 101
SAGRADO ORIXÁ OGUM ................................................................................................................................... 103
YANSÃ ................................................................................................................................................................ 114
SAGRADO ORIXÁ IANSÃ .................................................................................................................................... 116
OBALUAÊ ........................................................................................................................................................... 123
SAGRADO ORIXÁ OBALUAYÊ ............................................................................................................................. 126
NANÃ ................................................................................................................................................................. 138
SAGRADO ORIXÁ NANÃ ..................................................................................................................................... 141
IEMANJÁ ............................................................................................................................................................ 152
SAGRADO ORIXÁ YEMANJÁ ............................................................................................................................... 154
OMULU .............................................................................................................................................................. 165
SAGRADO ORIXÁ OMULU .................................................................................................................................. 168
O ESTADO DO VAZIO ......................................................................................................................................... 176
MISTÉRIO DE EXU .............................................................................................................................................. 178
MISTERIO POMBO-GIRA .................................................................................................................................... 184
MISTÉRIO EXU MIRIM ....................................................................................................................................... 188
Resumo final ...................................................................................................................................................... 195
NÃO É UMBANDA!!! .......................................................................................................................................... 202
UMBANDA É!!! .................................................................................................................................................. 202
SER UMBANDISTA É: ......................................................................................................................................... 203

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

O Que É Médium?

R. Médium é uma palavra neutra e serve para os dois géneros. É de origem latina e
significa medianeiro, o que está no meio. O médium serve de intermediário entre o
mundo físico e o espiritual, também chamado de oráculo.
Quais Os Sintomas Que Podem Indicar Mediunidade?

R. Os mais comuns são: depressão psíquica e instabilidade emocional, melancolia,
distúrbios de sono, ou em excesso, ou insónia; perda do equilíbrio do corpo,
sensação de desmaio iminente, súbita aceleração dos batimentos cardíacos
(taquicardia), fobia e medo de quase tudo, sensação de insegurança.


Outros sinais podem surgir como: sensação de presenças invisíveis; sono profundo
demais, desmaios e síncopes inexplicáveis; sensações ou ideias estranhas,
mudanças repentinas de humor, crises de choro;
Uma das tarefas mais complexas para o médium novato é conseguir discernir as
influências que atuam na sua psique. Não se questiona mais o fato de que o ser
humano sofre interferências de todos os elementos que compõem o universo, e
isso inclui as formas de pensamento de outros seres.

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2- Descreva 3 Tipos De Mediunidade E Que Tipos De Mediunidade Se Apresenta
Na Umbanda?
Médium vidente

é um médium muito útil e raro nos trabalhos, pois serve para ver os espíritos que
vibram nos mesmos.
Os médiuns videntes descobrem a verdadeira identidade dos espíritos
manifestados e verificam se está havendo mistificação. Pode haver a vidência no
ambiente, no espaço ou à distância, no tempo, ou seja, fatos a ocorrer ou já
ocorridos em outros tempos.
A vidência normalmente se manifesta na infância, estendendo-se até a maturidade,
quando a mesma, na maioria dos casos desaparece, somente voltando quando o
médium inicia seu desenvolvimento.

Médium olfativo

É o médium que tem a faculdade de sentir a aproximação das entidades,
através do olfato.
Médium auditivo

A forma mais comum desta faculdade é a telepatia. Ou transmissão direta de
pensamentos, emoções ou impressões. É uma forma não sensorial relativa ao
cérebro ou a parte dele chamado sensório, sensações, próprio para transmitir

8
sensações, comunicação entre duas ou mais pessoas. O médium ouve sons, ruídos
etc. Apometria utiliza-se deste recurso.

Médium de desdobramento

É aquele que possui a faculdade de aparecer ao mesmo tempo em dois lugares
diferentes, quer durante o sono quer em atividade normal, podendo ocorrer por
ocasião de emoções violentas, agonia de morte, doenças graves ou
espontaneamente através de materialização da alma.
Médium de transporte

é aquele que possui a faculdade de, através da concentração, transportar-se a
outro lugar, isto é, em transe, sua alma se afasta do corpo e vai a lugares distantes,
mas não se materializam como os médiuns de desdobramento, permanecendo
invisível para os demais. Permite o choque anímico das entidades, precisa de muito
desenvolvimento e orientação.
Médium de incorporação ou oracular

é aquele em que o espírito, o guia, o protetor, ou qualquer outra entidade se
manifesta através da incorporação.
A incorporação (entidade incorporante) dá lugar ao espírito comunicante. É a forma
mais útil, permitindo-nos o entendimento direto e pessoal com as entidades,
possibilitando-nos o esclarecimento espiritual.

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Como Ocorre O Transe Mediúnico?

O médium fecha os olhos, deixando a mente quieta (meditação) para que depois
de alguns minutos, ocorram os arrepios, a sensação de calor, a aceleração dos
batimentos cardíacos, alguns movimentos involuntários e a sensação de uma outra
energia ao seu redor. Assim, inicia-se o funcionamento cerebral nas regiões da
glândula pineal (centro do cérebro), lobo temporal e o sistema límbico
(responsável pelas emoções).
A glândula pineal é definida como uma espécie de "antena" que capta as vibrações
dos espíritos. Também é responsável por regular a produção hormonal e funciona
no desenvolvimento do corpo, nos colocando assim em sintonia com nossos
mestres, guias e amparadores.
Esta glândula produz melatonina (que tem um efeito sedativo) sendo responsável
pela percepção da passagem do tempo - isto explica o facto de o médium não ter
noção do tempo em que ficou no transe.

Depois do término dos trabalhos, o médium precisa refazer o seu ectoplasma, a
substância semi-espiritual que se renova posteriormente, devendo ingerir
proteínas para retornar ao seu estado normal.
Lembrando que através de nossa respiração produzimos ectoplasmas, gerando a
assim a freqüência e elevação necessária para o contato espiritual.

10
3- Portanto Mediunidade É?

R. Conclui-se que a mediunidade não pode ser vista apenas como algo religioso,
mas como um atributo biológico. Quanto maior for o espírito de luz que está
auxiliando o trabalho do médium, maior é o seu nível de consciência.
Isto quer dizer que os afins se atraem, se o médium vibrar e tiver uma consciência
mento-espiritual elevada e praticar tudo dentro do amor e harmonia, respeitando
ao próximo, e o caminho da luz, maior será o espírito de luz, guias, mentores e
amparadores que se aproximaram.

4- Por Que Ocorre A Conexão Com Espíritos Mistificadores?

- o médium as favorece, seja por conduta moral pouco equilibrada; por
inexperiência; falta de estudo; irresponsabilidade na tarefa mediúnica; vaidade;
orgulho etc.
2) - o grupo as favorece, quando não é uma equipe homogênea e afinizada,
havendo rivalidades, melindres, ausência de amor e sinceridade entre os
componentes, maledicência etc.
3) - como um teste, para pôr à prova a humildade, a vigilância, e o equilíbriodos
médiuns e de todo o grupo;
4) - como ajuda ao espírito mistificador - neste caso os mentores permitem a
comunicação do mistificador porque sabem que o grupo mediúnico temrecursos
para auxiliar no seu despertamento e esclarecimento.

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5- Defina chacras? E quantos existem?

R.São centros de energias funcionando como canais receptores transmissores e
receptores de energia vital (prana,chi,fluido universal, ectoplasma)localizados em
determinados pontos do corpo.
Desenvolve-se durante o processo de toda uma vida.

Eles estão interligados no corpo físico a determinadas glândulas e órgãos,
regulando e direcionando o funcionamento dos mesmos.
Dividem –se em 7 chacras maiores e 21 menores* na verdade são 12 ainda novos,
abordados no curso de reike quântico omrom.



6- Defina As Relações Dos Chacras Com Os Orixás?

R. 7ºcoronário-lotus de mil pétalas, alto da cabeça. Sahasrara. Sentido da
fé.Regência de oxalá, de forma complementar atua nossa mãe logunã. Corvioleta
absorve e transmite em forma de fatores as energias que alimentam o sentido da
fé, inclusive despertando nos seres-autoconfiança e autoestima.
A fé é a base necessária para se realizar qualquer coisa, sem a fé nada se faz.

6ºchacra frontal- ajna conhecido também como 3º olho sentido do conhecimento.
Regência de Oxóssi e de forma complementar mãe obá. Atua sobre o fator
conhecimento na busca pela expansão dos aprendizados em todos os aspectos e

12
aplicação em proveito próprio ou do próximo. Vocês são o exemplo do fator Oxóssi
atuando no momento.
5º chacra laringeo vishuda(garganta)sentido da ordem e lei divina.Absorve e irradia
fatores que promovem a ordenação, inclusive a partir dapalavra: ordenação,
posicionamento perante ao meio em que se vive.
4º chacra cardíaco anahata- sentido doamor.Regência orixá oxum e seu
complemento oxumaré absorve e irradia fatores divinos que promovem o estímulo
do amor incondicional e cura emocional. Despertando sentimentos amorosos,
harmonizadores, perdão, compaixão e fraternidade.
3°chacra plexo solar- (estomago e baço)sentido de evolução- regência - obaluaê e
nanã seu complemento.Absorve e transmite fatores divinos que promovem e
transmitem condições vibratórias em desequilíbrio tornando-os positivos,
favorecendo a evolução dos seres e do meio em que vivem, cura espiritual e física
retificação de rumos, evolução do ser em todos os aspectos.
2ºchacra umbilical-svadhisthana(ventre região do umbigo) sentido justiça e

Equilíbrio. Regência de xangô e egunitá (oroiná) absorvem e transmitem o fator
divino que promovem equilíbrio energético dos seres,despertando o senso da
justiça e equidade e a razão.
1° chacra –básico –muladhara(músculos e ossos) -sentido da geraçãoregência de
iemanjá e omulu.Absorvem e transmitem fatores divinosgeradores da vida,
sustentação e preservação,criatividade e geração de ideias, que proporcionam

13
novos caminhos, geração da saúde em todos os sentidos, multiplicação e
regeneração celular.


7- Por Que A Consciência Precisa De Corpos?

R.Se a potente energia espiritual que é gerada pela consciência chegasse
diretamente aos corpos mais densos iria desintegrá-los. Por isso a consciência para
atuar em dimensões mais densas se reverti de corpos que diminuem sua potência
energética.
Da mesma forma que a potência de uma usina hidroelétrica sofre um descenso
energético para acender uma lâmpada sem explodi-la, a energia vinda da
consciência sofre uma adaptação energética para poder agir nas mais diversas
dimensões sem danificar os corpos que irão utilizar.



8- Formas De Acoplamento Dos Chacras Das Entidades, Defina: Xangô, Oxossi,
Preto Velho E Criança.
R.Caboclos de xangô: vibra pernas e mãos –chacra cardíaco
Caboclos de oxossi: regidos pela nuca, -plexo solar
Pretos velhos: chacra básico, vibração telúrica

Crianças: chacra laríngeo, comunicação, alegria, criação mudança vocálica.

14
9- Defina Energia Telúrica?

Nosso planeta recebe energia do resto do universo, neste sentido, se fala das
energias cósmicas.
A Terra também gera vibrações e movimentos internos dos quais se tornam em
energia telúrica. O termo telúrico vem do latim "tellus", que literalmente significa
terra.

Enquanto os biólogos medem de maneira objetiva as condições de um terreno (por
exemplo, os aparelhos de medição eletromagnética), os radiestesistas sabem de
maneira intuitiva captar as vibrações de um lugar. Pode-se saber se um terreno é
impróprio para a vida humana observando as reações favoráveis ou desfavoráveis
do nosso organismo.

Os radiestesistas usam varinhas, pêndulos ou as próprias mãos para determinar a
energia telúrica de determinada área. Deve-se destacar que além do nosso próprio
corpo físico, temos alguns campos enérgicos que estabelecem uma ligação entre o
indivíduo e seu meio ambiente.

15
10- Defina O Que É Teologia?

Teologia é ciência que trata deus e seus atributos e perfeições, bem como suas
relações com os homens.
Teologia de umbanda sagrada, portanto é um estudo de todo universo da
umbanda, desde os orixás, passando pelos guias e vindo até nós.
Mostrando a liturgia de umbanda de forma prática, sem a pretensão de mostrar a
ninguém como dever ser o trabalho pratico, nem fazer imposição, mas tão
somente sanar as dúvidas recorrentes que muitas as vezes não tem tempo de
serem esclarecidas em nossos templos atuais.


11- Como Surgiram As Religiões?

R.Na Maioria dos casos, o surgimento de uma nova religião deve-se a iniciativa de
dissidentes de uma já existente, mas que não mais os satisfazem.
Existem milhares de religiões em funcionamento, como milhares já foram
recolhidas.
Temos o cristianismo que é a dissidência do judaísmo.

O islanismo não aceitando a idolatria encontraram em Maomé o canalizador de
suas insatisfações.
O protestantismo surgiu da dissidência da igreja romana
Na índia, o budismo é uma dissidência do hinduísmo

16
O espiritismo surgido na França, com dissidentes que não aceitavam a intolerância
e a proibição da igreja católica.
12- Defina O Sincretismo De:

Santa Clara - Oiá, Logunã

São Jorge -Ogum

Joana Darc - Obá

Santa Ana -Nanã Buruquê

são roque- Omulu

São João- Xangô

13- Onde E Quando Surgiu A Umbanda?
R. Em 15 de novembro de 1908, em um centro de estudos kardecista, um jovem de
nome Zelio Fernandino De Moraes, na época com vários problemas mediúnicos,
incorporou um espírito que se apresentou como índio brasileiro com o nome de
caboclo das sete encruzilhadas. Por causa da sua postura, movimento e forma de
falar foi convidado a se retirar da sessão.
Antes de desincorporar do seu médium, ele avisou aos presentes que no dia
seguinte as 20 horas em ponto, incorporaria em seu médium e daria início aos
trabalhos espirituais dele.


14- Qual É O Outro Aspecto Importante Da Umbanda?
R.Outro aspecto importe da umbanda é que ela é massiva, ou seja uma religião que
abraça e abrange massa de pessoas em uma coletividade.
Tendo como base uma importante ajuda na evolução planetária.
Pois todos os seres evoluem na umbanda encarnados e desencarnados através do
serviço da caridade sem distinção de raça, cor ou clero.

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Ensinando o ser a tornar- se consciente de suas faculdades mediúnicas,
aprendendo e servindo, burilando suas falhas e saudando seus débitos nesta
grande escola iniciática.
Quebrando a visão deturpada onde que a umbanda é somente um balcão de
pedidos, onde os mesmos após serem atendidos, viram-lhe as costas por muitas
vezes difamando e criticando aquela que com amor e carinho os acolheu.




15- Cite As Diferenças Entre Umbanda E Candomblé E Cultos De Nação?
R. Temos 7 linhas de irradiações bipolarizadas ou seja 7 masculinas e 7
femininas, totalizando a coroa de 14 orixás.
No candomblé existem bem mais até mesmo desconhecidos por nós: ossain, ewá,
iroko,ayom etc...
A umbanda alcançou primeiro as classes baixas.
No candomblé, cultua-se um orixá individualmente.
Na umbanda cultua-se todos os guias que tomam a frente de seu médium.
Na umbanda são os guias que dão consulta
No candomblé somente os babalorixá e as yalorixás dão consultas através do jogo
de yfá(buzios)
Na umbanda não tem matança ou uso do axé animal, só frutas, flores,sementes
etc.
No candomblé usa-se o axé animal, onde deve ser respeitado por todos.
Na umbanda trabalha-se na caridade
Difere-se pela manifestação dos guias mentores, através da mecânica de
incorporação (mediunidade oracular)nos de nação só se dança para o mesmo que
foi feito o santo.
No candomblé, as consultas de ifá, amacis, ebós e feituras tem valores estipulados
Religião brasileira

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16- Quais São Os Fundamentos De Umbanda?


R.Buscou seus fundamentos entre o espiritismo, cristianismo, pajelança e cultos
afros.
Fundamentados em linhas de atuações de trabalho como: caboclos, pretos velhos,
marinheiros, crianças, boiadeiros, baianos, exus e pombo–giras.

A umbanda é massiva, religião de massas, pois acolhe a todos sem distinção.
Seu ponto principal é a caridade
Utiliza-se de velas, escritas magicas (pontos riscados) espadas, por ser magistica
por excelência

Utiliza – se bebidas, charutos colares criando um campo de proteção.
Não há matança ou corte animal
Utiliza-se de palmas, pontos cantados, tambores criando um espaço mágico para
os trabalhos, o som é um desagregador de energias.

Seus templos de forças estão na natureza, onde devem ser oferendados os orixás.
As entidades se dividem em hierarquias, falanges e sub-falanges, derivados de um
orixá maior e ou original.

Banhos de ervas são fundamentos para limpeza, preparação, descarregos e
ativação energética.

O uso de velas possui seu fundamento perpetuando astralmente orações e
pedidos.
Defumações para limpezas e descarrego do ambiente.
Fumo, bebidas (purificação pelo elemento eter), cachimbo, charuto que nadatem
haver com vícios, fazem parte de seus fundamentos para descarregos e
desagregação de miasmas do ambiente e consulência.

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Tem como base as 7 linhas bipolarizadas.
Seu ritual é musicado, dançado e ritmado, aberto a todos que possuem pureza no
coração.



19-O Que É Ser Umbandista?


R.Ser umbandista é: amar a deus acima de todas as coisas.
É amar a natureza e respeitá-la.
Reconhecer que os orixás são potencias de deus.
É ser amante da sabedoria, justiça, virtude e da humanidade.
É levar para o terreiro a prática do bem.
É pregar a tolerância e praticar acaridade.
É ter crenças sem tabus, dogmas e ou pré-conceitos.
É dar de graça ao que de graça recebemos
É respeitar todas as religiões como chaves de deus para abrir os corações.



20 –O Que São Hierarquias Divinas, Naturais E Espirituais.
R.Divinas: inicia-se com os orixás regentes do primeiro plano da vida, esses orixás
assentados neste primeiro plano são denominados orixás fatoraise estão na base
divina sustentadora do mundo manifestado. É com eles que a criação começa a
tomar forma e é nesse plano fatoral que se iniciam as hierarquias divinas.


Ali estão as bases sustentadoras de um “lado” da criação pouco conhecida dos
espíritos encarnados; é nesse lado oculto que vivem os seres da natureza divina
que, a partir dele, monitoram todas as dimensões, as realidades, todos os reinos,
os domínios, as faixas vibratórias e as esferas.

20
Um ser de natureza divina, não vive no mesmo plano dos espíritos ou seres da
natureza, e sim, vive no lado divino ad criação, onde nos vêem e nos amparam o
tempo todo.


O tempo dos nossos pensamentos, nossas palavras e dos nossos atos, estão sendo
vistos e anotados em suas telas refletoras mentais, projetados para as realidades
sob sua guarda, amparo, orientação e sustentação.


Não importando se um espírito está vivendo em uma faixa de luz e o outro em uma
faixa de trevas, porque ambos estão sendo vistos, amparados e reorganizados de
acordo com sua evolução.
Existem espíritos humanos e espíritos naturais.


Humanos entendam pelos quais encarnaram e naturais entendam os quais nunca
encarnaram, mas que também possui sua faixa e nível vibratório de evolução
consciência e grupal.
As hierarquias divinas são muitas e cada orixá tem as suas assentadas no lado
divino da criação, também chamados de elohins.
Os elohins são os poderosíssimos construtores de formas mais elevadas como
sistemas solares, planetas etc. Possuem a nona iniciação.
Os elohins e seus complementos divinos atenderam a hélios e vesta para construir
este sistema solar e aqui continuarão até o final da jornada, até a ascensão detoda
emanação de vida e ao retorno ao cinturão eletrônico do grande sol central.


No trabalho de construção, os elohins comandam legiões de serafins, querubins,
devas, anjos, elementais, cada um na sua atividade criativa.
Cada elohim possui o seu templo solar que é um poderoso foco de luz, um
sustentáculo da mais alta concentração de energia construtiva na manutenção do
equilíbrio suficiente para que todo o plano divino seja executado em ordem.
(descrição fraternidade branca)


Hierarquias naturais, começam a ser formadas no plano elemental da criação; nele
os seres elementais são separados pelos elementos de um mesmo plano por suas
hereditariedades.

21
Exemplo na dimensão elemental do fogo, as oxum do fogo têm aparência bem
marcante e se diferenciam das Yansãs do fogo, não só por ela, mas também pela
foram que se movimentam.


Para entendermos melhor façamos a comparação com o tronco racial humano, em
uma mesma linhagem de hereditariedade, em uma sala podemos ter um japonês,
um esquimó, um vietnamita, um chinês, um japonês, porem todo com traços
comuns desde os olhos e posturas, mas que provem de culturas e crenças
diferentes.
Assim sendo uma oxum do fogo guarda traços “raciais” de uma oxum da água,
como oxum da pedra, tal como os cidadãos citados acima.
Como eles não passam pelo ciclo de encarnações não adquirem novas aparências,
apenas amadurecem as que possuem.


Os mais velhos são tratados com muito respeito e os mais novos só se dirigem a
eles se necessário ou se forem solicitados. A palavra do mais velho e respeitado,
assemelha-se a hierarquia natural a hierarquia sacerdotal de candomblé onde a
palavra e as inciativas pertencem aos mais velho no santo.
Tempo e grau iniciático é aceito com naturalidade, inclusive os orixás dos médiuns,
pois eles vêm da hierarquia natural.


Os seres de natureza divina, denominados orixás, não são incorporados por
ninguém. Eles são divindades.
Os seres naturais membros de suas hierarquias, estes incorporam se estiverem
ligados aos seus médiuns, não costuma falar e se comunicam com os encarnados
por sons monossilábicos.
É importante diferenciar entre o seres-divindades-orixás e os seres-naturais orixás.
Pois atuam de lados diferentes da criação.


Para que fique mais claro, vejamos: uma pessoa está passando por uma
dificuldade, dentro dos eu lar, acende uma vela ao orixá ogum, pedindo auxílio.
O orixá ogum recebe imediatamente o pedido e responde a ele ativando no
mesmo instante um ser ogum natural, que está em uma faixa vibratória mais
próxima, e o mesmo, projeta-se onde está a pessoa, faz uma avaliação de suas
necessidades, dificuldades e merecimento e pode assim ajudá-la em suas soluções.
O merecimento é fundamental.

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Os orixás naturais sãos identificados pelos elementos formadores terrestre, mas é
apenas uma maneira de identificá-lo.
Por exemplo: oxum do fogo, dos rios, da cachoeira.
Yansã dos raios, dos ventos, do tempo. E assim por diante.
As hierarquias divinas regem o lado interno ad criação e as hierarquias naturais
regem o seu lado externo.
O lado interno é imanifestado


O lado externo é o universo visível onde nós vivemos e evoluímos.
Hierarquias espirituais foram o terceiro pilar de sustentação de umbanda e sem
elas não haveria o trabalho mediúnico que distingue a umbanda das outras
religiões. Elas estão fundamentadas tantos nas hierarquias divinas quantos nas
naturais.
Nas divinas estão os fundamentos que distinguem a umbanda como religião.
Nos naturais estão os fundamentos da magia umbandista.

Os espíritos de pessoas que viveram suas vidas terrenas sob a égide de todas as
raças e de todas religiões tem na umbanda um meio mediúnico para atraírem em
benéfico da humanidade e um recurso para resgatarem por meio do trabalho
caritativo espiritual seus afins, encarnados ou não.
Por isso são muitas a linhas espirituais que atuam na umbanda: umas nas linhas de
caboclos, outras nas linhas de preto velho, outros na linha de boiadeiros, outros na
linha de marinheiros, ciganos, sereias, crianças, exus, pomba-gira, exus-mirins.
Só a umbanda e' a umbanda, onde se forma o terceiro vértice do triangulo
equilibrador dos seres.
Em um vértice está o divino, no outro o natural e no outro vértice está o espiritual.
Tudo isso graças aos nossos amados guias espirituais, agregados as hierarquias dos
sagrados orixás. Cada linha está voltada e ligada a uma hierarquia de seres com
compromisso perante a deus e suas divindades, voltadas ao auxílio e evolução da
humanidade.
O que é da competência dos seres divinos, estes auxiliam e solucionam a partir da
fé.
O 'que é 'da competência dos seres naturais, estes auxiliam e solucionam a partir
da magia.

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O que é da competência dos guias espirituais, estes ajudam e solucionam com o
auxilia das divindades, da magia e do trabalho que sós os espíritos conseguem
realizar porque também são humanos como nós.
Umbanda é fé, religião, magia e espiritualização na vida dos seus seguidores.
Ao divino o que é da fé.
Ao natural o que é da magia.
Aos espíritos o que é da espiritualidade.







21- Qual O Simbolismo Do Número 7 Com A Umbanda?
Na umbanda temos:
7 linhas de umbanda
7 colunas de sustentação da criação
7 pilares de criação do mundo
7 raios divinos
7 cajados sagrados-Moisés
7 lanças protetoras
7 flechas direcionadoras
7 linhas de evolução
7 caminhos sagrados
7 cruzes sagradas
Etc....

Quais são as linhas nos elementos?
R. Nos Elementos:
Linha cristalina(cristal)
Linha mineral (minérios, ferros, cobre)
Linha vegetal (plantas)

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linha ígneas(fogo)
Linha eólica(ar)
Linha telúrica (terra)
Linha aquática(água)

Quais são as linhas no sentido?
R.Nos Sentidos:
Linha da fé e da religiosidade
Linha do amor e renovação
Linha do conhecimento e de aprendizado
Linha equilíbrio e razão
Linha da lei e caráter
Linha evolução e saber
Linha geração e criatividade.


Quais são os tronos bipolarizados?
fé- oxalá e logunam
Amor oxum e oxumaré
Conhecimento- oxossi e obá
Justiça –xangô e egunitá
Lei ogum e yansã
Evolução-obaluaê e nanã
Geração-yemanjá e omulu

O que cada um representa?
Oxalá é fé /logunam o fervor religioso
Oxum-concepção /oxumaré é renovação da vida
Oxossi- conhecimento/ obá aprendizado
Xangô- razão/ egunitá (oroiná) consciência equilibradora
Ogum-lei e yansã direção

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Obaluaê é evolução transmutação/nanã sabedoria adquirida.
Yemanjá é geração da vida/ omulu seu finalizador pondo fim com estabilidade.
Quais são suas cores e definições?
oxalá- branco / logunam azul escuro
Oxum –rosa / oxumaré azul turquesa
Oxossi –verde / obá magenta
Ogum- azul escuro (branco e vermelho) –yansã amarelo
Xangô- vermelho ou marrom/ egunitá ou oroiná-laranja
Obaluaê- violeta / nanã lilás
Yemanjá- azul claro / omulu roxo



Definições dos termos.
Energia divina=energia viva emanada por deus.
Fator=qualidade de algo, hereditariedade.
Onda fatotal=onda que absorve energia divina e transforma em fatores divinos.
Onda fatoral magnetizada=onda fatoral polarizada que gera + e -.
Onda magnética essencial=onda formada por um fluxo de ondas fatorais.
Onda eletromagnéticas=formada pela fusão de muitas ondas magnéticas essenciais.

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Onda energética elemental=onda transportadora de energia elemental, formada
pela fusão de onda eletromagnéticas+.
Coloque aqui as explicações de cada fator?
R. Fator religioso (fé), cristalino congregador
Fator conceptivo (amor), mineral, agregador
Fator especulativo (conhecimento), vegetal, expansor
Fator racional (justiça), ígneo, equilibrador
Fator ordenador (lei), eólico, direcionador
Fator evolutivo (saber), telúrico, transmutador
Fator gerador (vida), aquático criacionista
O que são fatores divinos?

R.São fatores que estão na origem das coisas e das espécies, então na natureza
vemos que existem um fator divino que dá forma tudo que existe.
Deus é iminentemente agregador e ordenador!
Pois temos fator agregador que dá liga
O ordenador que regula

O evolutivo que cria condições da passagem de um estado para o outro.

Na gênese acontece, porque são os fatores divinos atuando nela em tudo que cria
(idealiza) e gera (concebe).
Na agregação, os afins se ligam.

Na ordenação, as ligações só acontecem se forem equilibradas e atenderem, a
umas ordens preestabelecidas Na evolução, são criadas as condições para que
novas coisas surjam ordenadamente A exemplo disso temos o átomo de oxigeno e
hidrogene que se agregam para dar a origem da substância água.

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Saibam que estes 3 fatores que citamos fazem parte da genética divina ou gêneses
das coisas, e que há muitos outros, tão atuantes quanto fundamentais:
Fatores agregador/ordenador/evolutivo ou
transmutador/conceptivo/gerador/equilibrador/racionalizador/diluidor/magnetiza
dor/paralisador/criacionista/transformador/energizador/desenergizador/
concentrador/expansor e etc...
Os mistérios fatores divinos estão na origem de tudo, até mesmo nas hierarquias
de deus, que são suas divindades.
Podendo ser ativos ou passivos, positivos e negativos.

Saibam que os elementos e as energias são as formas como absorvemos estes
fatores, por que se não for assim, por serem sutis teríamos dificuldades de mental
retê-los em nosso campo magnetismo mental.
Nos fatores identificamos nossa gemes ou origem divina, onde ainda dento do
útero da grande mãe geradora da vida, herdamos umas das qualidades de deus, já
que ele por si mesmo possui todas.
Esta mesma qualidade n influenciara e nos distinguira por toda nossa vida.

Nós a nível planetário destacamos estes níveis de qualidades ou fatores divino,
entendidos com os sete sentidos da vida.

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As hierarquias superiores geradoras destes fatores que imantam estas qualidades
divina seja em nosso grau planetário, são identificados como tronos de deus.
Estes tronos formam um colegiado ou coroa divina que são assentados ao “redor”
do trono planetário, que giram em volta do nosso trono solar, dando início a
formação dos planetas.
O trono das 7encruzilhadas já existe a 13 bilhões de anos.

Como são formados os tronos?

R.Sabemos que as hierarquias dos tronos se iniciam com os tronos regentes do
universo, que são ilimitadas aos nossos sentidos.
Em temos para um pequeno e simplório entendimento:
1º Deus
2º Tronos Regentes Do Universo (Tronos Universais)
3º Tronos Regentes Das Galáxias (Tronos Galácticos)
4º Tronos Regentes Das Constelações (Tronos Estelares)
5º Tronos Regentes Dos Sóis (Tronos Solares)
6º Tronos Regentes Dos Planetas (Tronos Planetários)

7º Tronos Regentes Das Dimensões Planetárias (Tronos Dimensionais)

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Oxalá






Pai oxalá.

É o trono masculino da fé, irradiante e positivo.

São irradiações são retas e contínuas, projetando de forma passiva a todos o tempo
todo.
Polariza com seu polo feminino logunã-oyá tempo, enquanto ele irradia em linhas
retas ela se projeta em forma de espiral corrigindo os desvirtuados no campo da fé.
Ele é o calor das estrelas. Ela é o frio do espaço cósmico.
Oxalá é calor do sol da fé. Logunã é o frio do vácuo religioso.
O fator predominante de oxalá é o magnetizador, oxalá é aquele que doa magnetismo
a todos seres, este mesmo magnetismo esteve presente na criação do nosso planeta e

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de todos os seres, por isso ele é associado ao sol a luz que ilumina e sustenta a vida
na terra.
• A presença de oxalá, vibra em cada um de nós, de uma maneira veladadevido
a nossa imperfeição e grau de evolução é o nosso “eu interior", a voz da
consciência que nos conduz para os caminhos luminosos.
• O ato da fé não está só relacionado ao sentido religioso, mas ao ato decrer,
acreditar e confiar.
• Quem não possui o sentido da fé bem desenvolvido acaba não acreditando em
si mesmo, não dando valor a si mesmo, desenvolvendo baixo autoestima e
autoconfiança, deixando –se dominar pela ansiedade e pelo medo.
• Por não terem também o sentido do amor bem desenvolvido.

• Porque só podemos desenvolver o amor a partir do momento que acreditamos
em alguém ou em algo.
• Sem fé e sem amor, também não há conhecimento verdadeiro, não há leie
nem se aplica a justiça.
• Faltando isso não há evolução e nem a geração de mais nada

• Pois sem fé nada mais existe ou tem fundamento.

• Pai oxalá é o “espaço infinito” logunã é o “tempo infinito”

• Oxalá também quer dizer—orixá do branco,na cultura yorubá existem os orixás
funfuns, que são orixás que vibram na cor brancatemos entre eles orumilá,

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oxaláseus aspectos jovem oxaguiã, e oxalufã o velho




(Boldo Também É Erva De Oxalá )

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Logunã-oyá tempo



• Oyá é a regente cósmica da linha da fé tempo é vazio cósmico onde são retidos
todos os seres que atentam contra os princípios divinos que sustenta a
religiosidade dos seres.
• Ela está assentada no polo negativo da fé, ela e oxalá no polo positivo é que
dão amparo a todo os “sacerdotes” que percorrem os caminhos virtuosos, mas
quando alguns se desviam neste campo comentando magias negras ou usando
o tempo , dizemos que ela vira no tempo, corrigindo e esgotando estes seres,
sua vida entrar em parafuso e só deixará de rodar quando ela esgotartudo.
• Mãe religiosa por excelência divina.

• Mãe rigorosa por sua natureza cósmica. Cujo principal atributo junto aos
espíritos é esgotar o lobo sanguinário escondido sobre a pele de cordeiro.
• Enquanto oxalá é irradiante ela é absorvente.

• Fator cristalizado temporal, é o próprio espaço-tempo onde tudo semanifesta.

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• Tempo cronológico, astronômico, e ao mesmo tempo ela é atemporal.

• Quando firmar para oyá: para cortar magia negra, para afastar eguns econgelar
ações de mago negros.
• Firmeza para oyá: bamboo, quartzo fumê e cabaça com água.

• Amaci: água de chuva com pétalas de rosas amarelas maceradas e curtidas por
7 dias.
• Cablocos de logunã:caboclo gira mundo, caboclo do tempo, caboclo(a) da lua,
caboclos velhos no mistério ancião também recebem sua influência.
• Alguns exus e pombo giras: exu vira mundo, exu gira mundo, exu porteira da
religiosidade, exu 7 chaves s da religiosidade ou fé.
• Pombo gira: vira mundo, gira mundo, maria Padilha.

• Seu sincretismo é com santa clara

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OXUM



• Orixá oxum é a divindade que está assentada no polo positivo do trono mineral
do amor, atuando nos seres estimulando sentimentos de amor, fraternidade e
união, junto com oxumaré, em ondas curvas e verticais estimulando a
concepção e união dos seres.
• Seu fator é agregador, que une liga, tudo é a mesma energia que sustenta osol
e as estrelas e liga um átomo ao outro.
• Rege a fertilidade e o poder da gestação.

• É a senhora das águas doces, que irriga os campos, garantindo a fartura, e do
ouro, pois é a dona da riqueza interior.
• Ela dá de beber as folhas de ossain, aos animais e plantas de oxossi, esfria o aço
de ogum, lava as feridas de obaluaê e reflete a luz do arco-íris deoxumaré.
• Oxum está em tudo, e está ligada a Yemanja, pois seus rios sempre
desembocaram ao mar,

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• pois como mãe da concepção protege e acolhe a criança dividindo com
Yemanja o nascimento quando entrega a criança a yemanjá que regera o
destino da criança.
• Oxum é o casamento, o ventre, as crianças e a fecundidade e por consequência
a felicidade.
• Ela é que traz a união espiritual, e agrega os bens materiais, por isso relaciona a
riqueza.

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SAGRADO ORIXÁ OXUM

Oxum — divindade de umbanda, é o trono feminino do amor, irradia o amor o tempo
todo de forma passiva não forçando ninguém a vivenciá-lo, mas sustentando a todos
que têm amor. Fator agregador e conceptivo, traz a energia e o magnetismo de amor,
que agrega e une desde os átomos e planetas até as pessoas. Também atua nas
concepções através dessas uniões que se estabelecem a partir de suas qualidades.
Elemento mineral, rios e cachoeiras são seu ponto de força. Pode ser simbolizada
ainda por um coração, a ela são feitos os pedidos para o amor em todos os sentidos.
Também considerada senhora do ouro, lembra que o verdadeiro ouro da
espiritualidade é o amor, e que com ele se atrai toda a prosperidade, tanto na matéria
como em espírito, esta é a chave da interpretação para essa sua relação com o ouro.
Além de uma grande divindade do amor, tornou-se também a deusa mãe, já
absorvendo e manifestando qualidades do trono feminino da geração, conhecido
como iemanjá. Belezas de oxum
Por Fernando Sepe

no meio da oração ela surgiu radiante e esplendorosa. Suas roupas douradas
lembravam-me o nascer do astro rei. Sim, a mamãezinha do amor passou por aqui e
me convidou a dançar junto dela.
Em sua dança cadenciada, o ritmo e o axé do belo fluir dos rios. Em seu canto, a beleza
que não se entende, mas se sente, aos pés de uma cachoeira. E então, meu coração
expandiu-se na vibração dessa mãe e a rosa da compaixão desabrochou. Compaixão
pelo mundo. Os homens e mulheres não sabem, mas oxum canta e dança o tempo

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todo, e é por isso que a vida é tão cheia de encantos. Ela é a senhora da beleza e da
formosura, do carinho e do alento, da felicidade íntima. Ah, se a humanidade visse,
mesmo que uma única vez, as belezas de oxum, tudo mudaria. Pois as ondas de amor
que brotam dessa mãe tudo podem mudar... Menina doce, que anima os brilhos dos
olhos das crianças. Chama dourada, que infla o amor entre os casais. Mãezinha boa,
que chora as dores de seus filhos e por eles enche de rosas os caminhos... Em seu
corpo, vejo o bálsamo para as dores do mundo. Em seus olhos, a esperança do nascer
de um novo dia. Em seu abebê, o símbolo de seu poder. Em suas joias e brincos, toda
beleza do universo.
Em seu coração, o amor que dissolve os mais pesados climas de ódio e vingança. Em
sua boca, o canto da paz espiritual de oxalá. Aspecto amoroso da mãe divina, aspecto
que concebe. Útero gestador do cosmos, eterna dança criadora. Encontro entre o
macho-fêmea que procria. Mãezinha cinda, que flui nas águas doces do planeta.
Mãezinha do ouro espiritual. Senhora dos tesouros imperecíveis do espírito. Menina

do pingo d’água que refresca a alma.


Belezas de oxum... Ah, tantas são suas qualidades e mistérios que meus olhos não
podem a tudo contemplar. Assim como a linha do horizonte, e a imensidão do
firmamento, tu és infinita em si. Quantos mundos residem em teu ventre, mãe?
Quantas vidas a testemunhar-se dos seus olhos? Quantas estrelas ainda brotarão de
teus belos lábios? Cada palavra de Olorum faz surgir um orixá. E foi em um canto
misericordioso e bondoso que o pai-mãe da criação manifestou-te. Desse dia, pouco se
sabe, mas o coração do poeta sente, que então o primeiro sorriso foi dado e as belas

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palavras de amor surgiram. A poesia estava inventada e a música finalmente seria
tocada.
Juras de carinho eterno cobririam o mundo, e a singela voz de um colibri a todos
encantaria. Pois é ela, oxum, quem inspira a linguagem do coração. E apenas por ela,
tudo isso pode existir... Aye yê, eram as palavras que os antigos yorubanos utilizavam
para saudar-te. Foram as pretas velhas quem preservaram e trouxeram a tradição.
Foram as caboclas que levaram sua presença a todos os templos. Foram as pombas-
giras que nos ensinaram seus mistérios. E foi na linha das crianças que a mais bela de
suas flores desabrochou. Ah, mamãe do manto dourado. Cobre de bênçãos esse
planeta. Nem todos ainda te conhecem, mas tu, ó bela cinda, resides em todos. Nem
todos te amam, mas tu, ó oxum, a todos ama. Nem todos te prestam culto, mas tu, ó
apará, protege todos que têm coração puro. E é por isso que os animais te amam, e as
flores e árvores prestam-te culto no silêncio. Nem todos podem escutar teu canto, ó
mãe, mas o planeta escuta e por ele continua a viver. Cinda, oxum, menina ou
mamãe... Nascida das juras de amor que Olorum fez à criação. Por favor, nunca deixe
de encantar e cobrir essa terra de orixá com a sagrada benção de suas belezas...
Ayeyê, mamãe...

Ayeyê, oxum!

Fernando Sepe, dedicado à querida preta-velha do meu coração - “dita de Aruanda” e
a minha Mãe de santo – aleida barros, por me ensinarem as belezas de oxum e da
umbanda.

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Obs.: oxum é a divindade do amor dentro da umbanda. Seu nome é o mesmo de um
rio sagrado para os povos nagôs que corre na região do ijexá. Na África, seu culto
estava mais ligado aos rios. No brasil e na umbanda, seus fiéis gostam de cultuá-la na
cachoeira. Por isso ela é chamada de a mãe das águas doces. É um orixá associado aos
minerais e ao ouro. O arquétipo que sustenta sua imagem é a da menina doce, bela e
singela. Está associada também à concepção de qualquer forma de vida.
Em outras culturas pode ser encontrada como a Afrodite dos gregos, vênus dos
romanos, lakshmi e ganga dos hindus, Isis dos egípcios, freyja dos nórdicos, iara na
tradição indígena brasileira, kwan yin para os chineses.
Pai Benedito de Aruanda através de seu médium, Rubens Saraceni, nos ensinou que
oxum é regente da segunda linha de umbanda, junto de pai Oxumaré. Aspecto
feminino da manifestação do amor de Olorum (deus). Seus falangeiros que se
manifestam nos terreiros são amorosos e bondosos.
Rege infinitas linhas de caboclos e caboclas, pretos e pretas-velhas, exus e pombas-
giras. Podemos reconhecê-los por seus nomes simbólicos que vibram e encontram
fundamento na egrégora/vibração/mistério de mamãe oxum. Toda linha das crianças é
tambémfundamentada na vibração de oxum e pai Oxumaré.
Suas cores são o rosa, o amarelo e o azul-claro. Sua pedra o quartzo rosa. Seu
sincretismo cristão-católico acontece com nossa senhora da conceição e/ou nossa
senhora aparecida.
“cinda” é um epíteto de oxum, identificando-a com sua qualidade de mãe das águas
doces, é um nome que faz referência a sua fluidez. “apará” é uma manifestação

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guerreira e protetora deOxum. Dentro da umbanda dizemos que oxum apará é uma
oxum que vibra na linha da lei, uma oxum da lei.
Dia de 12 de outubro é o dia consagrado a oxum, devido ao seu sincretismo com nossa
senhora aparecida. Aqui fica uma singela homenagem a essa querida mãe. E a todos os
irmãos que irão fazer suas oferendas na cachoeira, lembrem-se da responsabilidade
ecológica que todos devemos ter em um ponto de força como esse. E principalmente,
lembre-se que antes da cachoeira natural, oxum está na cachoeira de luz que existe
em nossos corações quando o amor e a compaixão surgem. Pensem bemnisso!

41
OXUMARÉ



• Orixá cósmico assentado no polo negativo do trono do amor, atua navida dos
seres para corrigir, diluir e dissolver os desequilíbrios no campo do amor, ao
mesmo tempo renovando.
• Seus principais fatores são renovadores e diluidores, suas energias se
movimentam por ondas duplas, simbolizado pela serpente entrelaçadas emum
eixo vertical, representando a energia kundalini.
• A energia kundalini não está ligada só ao fator sexual, podendo claro englobar a
sexualidade, mas também ligada a alegria, a satisfação, do prazer deviver.
• Como a energia kundalini entra pelo chacra básico, e serpenteia, subindo por
todos os chacras, isso também explica a oxumaré ser associado as 7 cores do
arco-íris, regendo as 7 linhas e aos 7 chacras.
• Pai oxumaré ampara e auxilia em todas dificuldades no campo do amor, da
afetividade e no relacionar com o outro e nas dificuldades com asexualidade.

42
• Quando alimentamos ódio, ciúmes e ressentimentos ele pode nos ajudar
diluindo e renovando estes sentimentos.
• Ele se aplica para uma sexualidade desvirtuada.

• Oxumaré é que dá cor a vida e a toda criação.

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SAGRADO ORIXÁ OXUMARÊ

“Uma luz celeste raiará no templo da alma e será reveladaa
Outros como o brilho refulgente de uma lâmpada.”
Orixá Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu

Saudação: Arroboboi (essa saudação significa: salve o senhor do arco-íris, das águas
supremas!)
Ponto de força: a um metro e meio de distância do véu de noiva da cachoeira
Cor da vela: turquesa e as sete-linhas
Pedra: fluorita, silício arco-íris
Dia da semana: quinta-feira
Horário: 18h
Fio de contas: cascalho de opala

Símbolo: ebiri (lança com cobra entrelaçada)

Oxumarê é o orixá que rege sobre a sexualidade e seu campo preferencial de atuação
é o da renovação dos seres, em todos os aspectos. Oxumarê é um dos orixás mais
conhecidos e, no entanto, é o mais desconhecido dos orixás dentro da umbanda, pois
os médiuns só cultuam a orixá oxum, que na linha do amor ou da concepção, forma
com ele a segunda linha de umbanda. Este mistério do trono masculino do amor
esteve fechado ao plano material por muito tempo. O aspecto positivo de Oxumarê,

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que nos chega através das lendas dos orixás, é que ele simboliza a renovação. Isto é
verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é andrógino, ou parte macho e parte
fêmea. Mas isto não é verdade. Seres humanos com más-formações emocionais,
mentais, genéticas ou consciências, no afã de se justificarem, passam às divindades
suas vicissitudes humanas e não atentam para um detalhe fundamental: com seus
desequilíbrios, estão desfigurando divindades planetárias que existem no mundo
desde que deus o criou, que são imutáveis em sua natureza, seja ela masculina ou
feminina, e que regem alguns sentidos dos seres humanos, mas também regem outras
dimensões planetárias paralelas à dimensão humana da vida.
Logo, desumanizaram uma divindade que humanizou algumas de suas qualidades,
atributos e atribuições somente para acelerar nossa evolução e nos conduzir pelo
caminho reto.
Bastará um pouco de bom senso para detectar, nesta caracterização negativa de
Oxumarê, uma justificativa de seres com desequilíbrios emocionais, mentais,
consciências ou genéticos, já que uma divindade é de natureza positiva ou negativa,
ativa ou passiva e masculina ou feminina, mas nunca possui as duas em si mesma.
Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás promove a renovação contínua, em todos
os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser.
Sua identificação com dá, a serpente do arco-íris, não aconteceu por acaso, pois
Oxumaré irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas que dão
origem às sete linhas de umbanda. Ele atua nas sete irradiações como elemento
renovador.

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Oxumaré é a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à
paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de oxum e inicia-se a
dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme.
Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz,
emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.
Ou não é comum os testemunhos dados pelos neo-convictos no púlpito dos pastores
mercantilistas, que dizem, quase todos: “irmãos, quando eu frequentava a umbanda,
eu fornicava, traia minha esposa e irmãos, gastava meu ordenado no jogo e nas
bebidas, mentia, mas desde que me converti e me entreguei a jesus, tudo em minha
vida mudou.
Hoje vivo para minha esposa e filhos, e para jesus!” Pois é isto o que são as igrejas
evangélicas: reformatórios religiosos onde nosso amado mestre jesus recolhe os que
nasceram sob sua irradiação luminosa, mas não souberam captá-la de forma passiva.
Ele, que é bondade, amor e misericórdia, os conduz às divindades naturais (que são os
orixás), os conduz ao espiritismo e a muitas outras doutrinas para ver se encontram
onde suas naturezas ativas absorvam irradiações luminosas.

Mas, quando vê que eles não se adaptam em nenhuma delas, ativa seu polo cósmico,
e um de seus aspectos negativos logo os arrasta para um de seus reformatórios
religiosos, para que eles voltem a trilhar o caminho da retidão. E se o aspecto negativo
ativado não conseguir reconduzi-los ainda na carne, não desistirá, mesmo depois do
desencarne.

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Renovação, eis a palavra chave que bem define o divino Oxumarê que, em seu aspecto
negativo, tem um mistério escuro chamado por nós de “sete cobras” ou “sete
caminhos tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho
reto e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.

O mistério “sete cobras” é um dos aspectos negativos de Oxumarê, que é em si mesmo
o arco-íris ou as sete irradiações divinas. A conotação “serpente” ou “cobra” não são
conotações referente a réptil, mas sim simbolizada as qualidades afins com os campos
vibratórios do orixá.
No aspecto positivo assumem cores irradiantes, no aspecto negativo assumem cores
absorventes, todas afins com as faixas onde são retidos os seres que emocionalizam
suas vidas até um grau afim com o polo negativo dos orixás cósmicos.

No ritual de umbanda sagrada, Oxumarê rege o mistério “arco-íris” e em cada faixa
vibratória, tem uma hierarquia positiva de caboclos(as) arco-íris; tem uma hierarquia
mista, que em seu aspecto negativo forma a linha de exus sete cobras e em seu
aspecto positivo forma a linha de caboclos sete cobras.
Quando um ser une-se a alguém que não lhe é afim e não consegue sutilizar suas
energias para que elas fluam naturalmente para seu mental, então Oxumarê entra em
sua vida como elemento cósmico que começará por diluir a união desequilibrada,
direcionando-o para uma das faixas vibratórias sob sua regência na linha de forças da

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concepção (de energias), e ali o reterá até que, naturalmente ele descarregue-se do
acúmulo negativo de energias viciadas que o estão paralisando e negativando.
É uma atuação lenta e sutil, pois é natural, e o ser tem que ser preservado, tanto
mental quanto energeticamente, senão se fecha em si mesmo e torna-se impermeável
a irradiações que lhe chega o tempo todo.
Se isso acontecer, o ser se transformará numa aberração. Este orixá atua
preferencialmente, através do emocional, ao qual envia estímulos cristalinos que vão
diluindo os acúmulos de energias minerais, que são pesadas e chegam mesmo a
paralisar o ser, que não consegue deslocar-se de um lugar para outro.
É um processo sutil, emocional, e visa equilibrar os seres desequilibrados e
emocionados. Quando as uniões estão desequilibradas, Oxumarê as rompe e dilui o
amor (irradiações minerais) no Espaço e no tempo (Oxalá - Oyá). Com isto feito, as
energias diluídas formam o "arco-íris".
Este orixá Oxumarê, retira dos seres as energias condensadas e as vai diluindo até que
eles se sintam "vazios" no amor e comecem a procurar um novo par, para voltarem a
sentir plenos no amor.
Oxumarê é o orixá cujo mistério é considerado um dos mais desconhecidos na
umbanda, pois um entendimento superior sobre ele esteve fechado ao plano material
por muito tempo, somente aberto nas obras psicografadas por pai RubensSaraceni. O
divino Oxumarê é em si o mistério da diluição e da renovação da criação, renovando
desde a menor partícula até o universo.

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Renova nossas esperanças, nossos ideais e nossa evolução. O que mais caracteriza esse
orixá é essa dualidade, pois ora ele se mostra como a diluição de tudo o que está em
desequilíbrio ou foi superado pelo tempo da evolução, ora se mostra como renovador
de tudo, em todos os seus aspectos. Ele tanto dilui o que perdeu suas condições ideais
para que tudo seja renovado já em equilíbrio e harmonia.
Pai Oxumarê é o fator masculino na onda geradora mineral na irradiação do amor, na
qual oxum é a divindade feminina. Uma divindade é de natureza masculina ou
feminina, positiva ou negativa, ativa ou passiva.
Pai Oxumarê é uma divindade e como tal deve ser entendido, amado e respeitado. Ele
traz em si as qualidades de deus diluidoras e renovadoras de todas as agregações não
estáveis.
Ele é masculino, cósmico, temporal e seu magnetismo ativo, dual e bipolar desfaz tudo
o que perdeu a harmonia, o equilíbrio, a estabilidade natural, e tudo renova em
condições ideais. Esse pai atua lenta e sutilmente na vida dos seres, diluindo
sentimentos, atitudes e uniões desequilibradas, direcionando-os até que
descarreguem os acúmulos de energias negativas, reequilibrando-os. Sendo um
aspecto da criação do divino criador, Oxumarê está associado ao arco-íris, a serpente
dã, as estações do ano e tem o axé das cores.
Ele irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas, as quais
identificam as sete linhas da umbanda, nas quais ele atua como elementorenovador.
O cristalino dos nossos “olhos é regido pelo mistério desse pai e tudo o que é
considerado belo, só o é porque as cores de Oxumarê estão presentes, embelezando
tudo e todos” a energia de Oxumarê é mineral, na linha magnética pura, porque eleé

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o polo masculino da linha do amor, e como elemento mineral é o mais atrativo, suas
irradiações são extremamente magnéticas, agregadoras e conceptivas, fundamentais
às operações no campo do amor.

Oxumarê é o renovador do amor na vida dos seres. E, onde o amor cedeu lugar à
paixão, ou foi substituído pelo ciúme, cessa a irradiação de oxum e inicia-se a dele, que
é diluidor tanto da paixão como do ciúme. A energia desse pai é também cristalina
porque ele é um orixá temporal e os tronos temporais são cristalinos. No elemento
cristalino ele absorve os minerais, dilui-se na água e irradia-se no ar.
É incompatível com o fogo e o vegetal. Ele é o diluidor dos acúmulos de energia
mineral, tanto na natureza quanto nos seres, tornando-os sutis e conduzindo-os para o
alto ou para o mental. Pai Oxumarê irradia-se em formas sinuosas, como o rastejas das
serpentes, com as quais ele é identificado, e é representado pela serpente dã, pelo
arco-íris e por tudo o que apresenta a sinuosidade.
A grande serpente do arco-íris é o símbolo da fertilidade, renovação e transformação;
é a aliança entre osHomens e a paz eterna dos deuses. A serpente do arco-íris tem
múltiplas funções, dentre elas a de unir o céu e a terra, a de controlar as chuvas e as
secas e a de trazer a riqueza aos homens.

A presença do arco-íris indica chuva e está, garante a vida, a renovação. O orixá
masculino do trono do amor, pai Oxumarê, é conhecido como o orixá da riqueza,
qualidade apreciada por todos os povos da terra. As lendas caracterizam mamãe oxum

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e pai Oxumarê como os orixás da riqueza, senhores do ouro e das pedras preciosas.
Dizem as lendas que no final do arco-íris há um pode de pepitas de ouro enterrado. Pai
Oxumarê e mãe oxum, com seus axés, proporcionam a fartura, a abundância, a riqueza
e a beleza da criação. Mas ele é também o orixá que dilui a riqueza que desvirtua. Dilui
todas as agregações desequilibradas e renova o meio no qual elas acontecem, criando
condições para que as agregações novamente ocorram, em equilíbrio e harmonia com
o todo.

Banho de ervas
Artemísia
Cavalinha
Saco-saco
Cana-do-brejo
Manjericão
Pedaços de maçã
Douradinha
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de desligar, Deixar tampado por 10 minutos.
Despejar a água sobre as flores e ervas macerar e tampar com pano branco. Manter
sem movimento por aproximadamente 2 horas.

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Tomar o banho higiênico e, em seguida, tomar o banho energético que pode ser da
cabeça aos pés. O banho indicado é excelente como atrator, harmonizador, levantador
e fortalecedor do astral, daSensibilidade e para beneficiar a tomada de decisões. É
ótimo para o equilíbrio e fortalecimento do espírito, Para melhorar a percepção
espiritual e a harmonização dos chacras e a ligação de vibrações.
Consagre-o elevando acima da cabeça:

“divino pai Olorum! Amado pai Oxumarê! Irradiem suas energias neste banho, para o

meu benefício.”

Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um Vaso ou de um jardim, agradecendo à natureza.

Assentamento

Os elementos para se fazer um assentamento para pai Oxumarê são: vários tipos de
búzios, pérolas de água doce, vários tipos de sementes (por exemplo: olho de boi),
moedas de prata, miniaturas de serpentes
Feitas de metal, na quantidade de 14 e, o líquido mais precioso do universo: a água,
neste caso, água coletada à um metro e meio de distância da queda d’água de
cachoeira.
Os assentamentos são feitos conforme o orixá, e cada um têm os seus próprios
elementos. Não Podemos esquecer que, antes de se fazer um assentamento, há que
ser bem feito o assentamento de exu. Na Umbanda, sem exu, nada se faz.Pode ser
feito o assentamento do “mistério maior”, ou seja, os orixás que não regem a coroa do

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Médium. Mas é um assentamento potente que imprime grande proteção a casa
espiritual.

Oração a pai Oxumarê

“amado e misericordioso pai e divino criador, de joelhos, pedimos a misericórdia de
ofertar um de seus Mistérios divinos, que é nosso amado pai Oxumarê, regente dos
mistérios diluidores e renovadores, para nós ajudar ante tantas dificuldades, que nos
trouxeram aqui diante de tanta grandeza. Divino pai da renovação, permita que seus
guerreiros do arco-íris venham em nosso auxílio, para beneficiar nossa evolução.
Conceda-nos a renovação de nossos sentimentos e emoções, para que sejamos
prósperos, fraternos, amorosos e generosos com todos que nos cercam. Renove os
nossos lares, familiares, Amigos e, além de diluir, também renove os nossos inimigos;
formando ao nosso redor uma proteção de luz e Cores, com seu arco-íris sagrado, para
que possamos ficar em paz e resguardados por vós.

Pai Amado, ative a sua serpente coral para nos irradiar suas energias de equilíbrio em
nossos Sentimentos e pensamentos para que possamos realizar boas ações.
Pai Amado ative a sua serpente azul para que nos irradie suas energias geradoras e nos
dê a geração De pensamentos produtivos, fortaleça nossos órgãos internos para que
tenhamos saúde e evolução,Desamarrando e cortando todos os laços invisíveis que
estão ligados a nós.

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Pai Amado, ative a sua serpente dourada para que irradie suas energias de amor, a fim
de Encontrarmos o amor positivo e sermos felizes neste plano astral da criação de
deus.
Pai Amado ative a sua serpente verde para que irradie suas energias vegetais, dê-nos a
cura de todas As nossas doenças e expanda nossa mente para sermos inteligentes em
nossas vidas.
Pai Amado ative a sua serpente vermelha para que irradie suas energias ordenadoras e
direcionadoras Para que nossos caminhos sejam abertos e livres de quaisquer
obstáculos.
Pai Amado ative a sua serpente roxa para que irradie suas energias sobre nosso
espírito e corpo carnal, Evoluindo nossas mentes, corações, para que tenhamos vida
evolutiva em toda nossa existência. E afastai de nós os desequilíbrios e as más
formações mentais e emocionais.
Divino pai Oxumarê, senhor da renovação divina, dê-nos a vossa bênção, proteção e
amparo. Amem.

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OXOSSI



• Oxossi é a divindade que está assentada no polo positivo do tronodo
conhecimento.
• Atua em nosso campo mental estimulando nossa busca pelo conhecimento,

representa o arquétipo do caçador, que é “aquele que vai buscar e nos traz o
conhecimento e respostas inteligentes” a nossa necessidade de aprendizado e
evolução.
• Oxossi é o raciocínio hábil, o cientista, o doutrinador, é o grande comunicador,
é a divindade da expansão.
• Na coroa divina ele rege o trono do conhecimento no polo junto comnossa
mãe obá no polo.
• Oxossi irradia o conhecimento obá concentra

• Oxossi estimula obá anula

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• Oxossi está nos vegetais obá está em sua raiz

• Oxossi é vegetal obá é telúrica

• Oxossi é a busca, a procura, a curiosidade o movimento contínuo naevolução

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SAGRADO ORIXÁ OXÓSSI

“Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender,

Sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar.”


Oxóssi é sincretizado por São Sebastião

Saudação: Okê arô (essa saudação significa: “salve a majestade que brada mais alto!”)

Ponto de força: matas
Cor da vela: verde escuro
Pedra: esmeralda, quartzo verde
Dia da semana: quinta-feira
Fio de contas: cascalho de quartzo verde leitoso
As filhas de Oxóssi são regidas por vênus
Símbolo: ofá (arco e flecha), rabo de cavalo e chifre de boi.

O orixá Oxóssi é a divindade que rege o conhecimento, o domínio do saber baseado na
vivência e na experiência comprovada.

Aquele que busca e traz a doutrina e a disciplina através da fé. Desenvolve em nós,
humanos, a força do raciocínio na busca pelo conhecimento, estar atentos às lições e
ensinamentos que nos são impostos a todo momento, principalmente aqueles que nos

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passam desapercebidos e que se fossem bem assimilados ao longo de nossa existência,
fariam a grande diferença em nossa formação espiritual; na perseverante apreensão,
no ato de compreender e estabelecer novos horizontes, provocando um movimento
contínuo na nossa evolução.

Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o
cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados
tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso. Oxóssi é o orixá dos caçadores, o
senhor das matas e florestas onde são colhidas às ervas, folhas e raízes.

Da força de seus domínios, às matas e florestas, emanam uma energia cósmica
envolvente, que nos dá equilíbrio, renova nossas forças, revigora nosso espírito e nos
transmite paz, calma e força necessárias para vencer os obstáculos de forma justa,
racional, inteligente e até mesmo estratégicas utilizando dos dotes intelectuais no
objetivo de uma caminhada obstinada e firme e uma evolução espiritual consistente.
O orixá Oxóssi, assim como outros orixás, possui uma falange de caboclos e caboclas
que trabalham sob sua imantação transmitindo para os consulentes toda vibração,
orientação, conhecimento e poder extraído da energia das matas. Essas entidades não
devem ser confundidas com os orixás. São espíritos que vêm trabalhar sob comando
de Oxóssi, alinhados em sua faixa de energia e vibração e sob suas ordens.
Aqueles que têm Oxóssi como pai de cabeça, caracterizam-se como pessoas espertas,
rápidas de raciocínio, inteligentes, obstinadas, perseverantes em suas buscas,

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estrategistas, eficientes e organizadas, usam de seus requisitos de conhecimento e
saber na busca e na defesa de seus objetivos. Constantemente atentos, estão sempre
alerta em busca de alguma coisa que traga um propósito e um resultado de valor para
ele e para tantos quanto possível, sempre inclinado à novas descobertas.
A homenagem a pai Oxóssi é feita no início do ano, atribuindo-lhe o poder de iniciar
um novo tempo, abrir novas portas e caminhos, iniciar novas jornadas com novos
pensamentos e metas, força, coragem e disposição íntima renovada. Seus filhos
medem com consciência seus recursos e conhecimento antes de qualquer
enfretamento ou investida. Avaliam com grande ponderação e calma as dimensões dos
problemas e obstáculos, a força do inimigo; é neste momento que põem em prática
sua inteligência e perspicácia.
Nunca desistem de um objetivo quando o consideram justo, significativo e benéfico
principalmente para minorias indefesas, normalmente vão até as últimas
consequências, mesmo que isso lhe custe muito caro. Oxóssi é o senhor da fauna e da
flora planetárias. Seu primeiro elemento de atuação é o vegetal (que nos purifica,
limpa, nutre e cura) e o seu segundo elemento é o ar (que leva, espalha e expande).
O orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário.

Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o
campo de atuação das hierarquias deste orixá regente do polo positivo da linha do
conhecimento. O fato é que o trono do conhecimento é uma divindade assentada na
coroa divina, é uma individualização do trono das sete encruzilhadas e em sua
irradiação cria os dois polos magnéticos da linha do conhecimento. O orixá Oxóssi rege

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o polo positivo e a orixá obá rege o polo negativo. Oxóssi irradia o conhecimento e obá

o concentra.

Oxóssi estimula e obá anula. Oxóssi vibra conhecimento e obá absorve as irradiações
desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do conhecimento. Oxóssi é vegetal e
obá é telúrica. Oxóssi é de magnetismo irradiante e obá é de magnetismo absorvente.
Oxóssi está nos vegetais e obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e
se multiplicam. Oxóssi é o raciocínio hábil e obá é o racional concentrador.
Oxóssi – o orixá da fartura

Mas que fartura é essa que Oxóssi nos dá

Quando escutamos a palavra fartura logo vem em mente dinheiro e comida, será que
é essa a fartura que Oxóssi nos traz?
Não, Oxóssi nos dá a fartura que nós precisamos. Fartura não vem só como dinheiro, a
fartura pode vir como amor, e não é só o amor de um casal, mas o amor pela vida,
pelas pessoas, amor no que você faz e, principalmente, amar-se;
a fartura pode vir em paciência, paciência de um caçador, e saber esperar as coisas
acontecerem no seu tempo, no seu momento e entender que se não aconteceu ainda
é porque não está no momento de acontecer; fartura de tolerância, tolerância com o
seu próximo, saber lidar com as opiniões contrárias das nossas com sabedoria e
tolerância. Fartura de energia, energia que nos impulsiona para frente na busca dos
nossos objetivos, dos nossos sonhos, energia que nos dá vida.
Fartura na saúde porque sem saúde não fazemos nada, ter saúde não é só não estar
doente, ter saúde é ter tudo: saúde de corpo, de mente e de espírito. O orixá caçador,

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Oxóssi, o provedor do sustento da família, é um dos orixás mais cultuados na
umbanda. Pai Oxóssi é a divindade unigênita do criador que vibra, manifesta e irradia a
qualidade divina do conhecimento divino e, a partir desse conhecimento sobre o
criador, ensina todos a se conhecerem.
Esse pai caçador é patrono da ciência, atuando profundamente no intelecto, na mente
e no raciocínio. É o cientista e o doutrinador, que traz aos espíritos fragilizados na fé e
no saber religiosos o alimento da fé e do saber.
Ele é o mistério doutrinador por excelência e faz com que busquemos a compreensão
e a fixação do saber. Seu magnetismo expande as faculdades dos seres, aguça o
raciocínio e os predispõe a buscar o conhecimento sobre as coisas. Ele é o estimulador
natural da busca incessante de saber. É o orixá caçador que caça e busca o
conhecimento, que leva as pessoas ao saber ordenado e sem desvirtuamento das
doutrinas divinas. Esse pai é o próprio movimento de expansão do universo, mas
também é a capacidade mental de cada um de nós em expandir nossa mente e
consciência e evoluir cada vez mais.
Quando Oxóssi atira sua flecha, não erra o alvo, ele expande o conhecimento
doutrinário necessário para não haver a estagnação e paralisação mental das pessoas.
Ele expande conhecimentos construtivos, ideias e ideais. Oxóssi irradia duas linhas de
ação: uma delas estimula o ser na busca do conhecimento e a outra estimula a usar o
que já sabe, em benefício das pessoas da coletividade.
Quando uma pessoa não está desvirtuando um conhecimento adquirido e o transmite
sabiamente para outros, Oxóssi irradia sobre ela, que adquire um raciocínio hábil,
expandindo suas faculdades, aguçando o seu raciocínio, fazendo com que busque o

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entendimento das coisas de uma forma racional, usando sempre o bom senso para
discernir o certo do errado.
E, com o passar do tempo, aumenta a fé em deus, cristalizando-a pelo conhecimento
racional sobre a própria origem divina e passaremos a encontrar deus em nós mesmos
e nos outros seres e criaturas da criação divina. Oxóssi está na fé, pois nos esclarece
sobre a nossa origem divina e nos ensina a conhecermos deus racionalmente.
Oxóssi está no amor, pois nos estimula a conhecermos as coisas do amor,
aprendermos a amar o próximo e a nós mesmos, por intermédio do deus criador de
tudo e de todos. Oxóssi está na justiça, pois busca o conhecimento correto sobre a
justiça divina, que põe em harmonia e equilíbrio a criação e todos os seres e criaturas.
Oxóssi está na lei, pois ela sem o seu conhecimento reto e ordenador seria a
desordem.

Basta sairmos do conhecimento reto da lei para sermos “cortados e anulados” por ela,
que irá nos reconduzir novamente ao conhecimento divino correto e racional, para
retomarmos nossa evolução.
Oxóssi está na evolução, pois se estivermos paralisados nela, ele nos direciona e
conduz ao correto conhecimento, para que retomemos a direção do nosso
aprendizado e evolução. Oxóssi está na geração, pois, a partir do mental das pessoas,
atua na abertura e na geração de novos conceitos, caminhos e buscas para o
conhecimento correto de deus e de toda a sua criação.

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Esse divino pai, de magnetismo irradiante, é também o caçador de almas, o
conselheiro, e tem nas matas o seu santuário natural, pois é a divindade que tem o
grau guardião dos mistérios da natureza (guardião da mata).
Ele corresponde à nossa necessidade de saúde, nutrição, energia vital e equilíbrio
fisiológico, em um trabalho constante de crescimento e expansão. Fartura, riqueza,
liberdade de expressão são seus pontos marcantes. A irradiação de Oxóssi é também
uma vibração curadora, pois atua no mental dos seres, saturando-os com sua essência
e energia vegetal, com seus magnetismos irradiantes, curando as doenças emocionas e
os desequilíbrios energéticos que se expressam no corpo material. Esse trono
medicinal atua, principalmente, nos problemas de distúrbios mentais.
A essência vegetal é importante para as operações mentais no campo do raciocínio,
dando leveza e agilidade à mente. Essa energia vital fixa-se na terra, dilui-se na água,
alimenta o fogo e se irradia tanto nos cristais quanto nos minerais. Divindade da caça
que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado ofá, e um
rabo de boi chamado eruexim. Oxóssi vive na floresta, onde moram os espíritos e está
relacionado com as árvores e os antepassados.

As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos.
Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, é caçador valente e ágil,
generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador
domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, a manutenção do
sustento, garante a alimentação em abundância, o orixá Oxóssi está associado ao orixá

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Ossain, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais deumbanda.
Passa a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade
ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa
dose de paciência.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as
refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo
bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre verger, o culto a Oxóssi é bastante difundido no brasil, mas
praticamente esquecido na África.
A hipótese do pesquisador francês, é que Oxóssi foi cultuado basicamente no keto,
onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém, foi praticamente destruída
no século XIX pelas tropas do então rei do daomé. Os filhos consagrados a Oxóssi
foram vendidos como escravos no brasil, Antilhas e cuba. Já no brasil, o orixá tem
grande prestígio e força popular, além de muitos filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no brasil, pois identifica-se com
diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada
por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na umbanda popular e nos
candomblés de caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e dosÍndios brasileiros,
comuns no norte do país.

Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos
tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxóssi o identifiquem não com um negro,

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como manda a tradição, mas com um índio. É considerado um dos maiores
pesquisadores sobre orixás no mundo.
O filho de Oxóssi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do orixá.
Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo
para sobreviver, mas sem alterá-lo. Os filhos de Oxóssi são, geralmente, pessoas
joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente.
Tem, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme
determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto
para agir. Fisicamente, os filhos de Oxóssi, tendem a ser relativamente magros, um
pouco nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo
material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em
seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte
independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia
para embrenhar-se na mata, a fim de caçar. Seus filhos, portanto, são aqueles em que
a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços.
Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do
caçador.
Assim, os filhos de Oxóssi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a
necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu orixá.
Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos eouvidos
atentos.

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Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e
conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia.
Esse orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e
represada para o movimento certo no momento exato.


É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus
comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e
disposição.

Os filhos de Oxóssi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros,
respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam,
preferencialmente, trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira
independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho
em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande
noção de responsabilidade.
Os filhos de Oxóssi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o
sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará
preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas
possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família.
Não é estranho que, quem tem Oxóssi como orixá de cabeça, relute em manter
casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso
acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de

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casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se
misturam.
Os filhos de Oxóssi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não
termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser
modificado radicalmente pelo segundo orixá. Gostam de viver sozinhos, preferindo
receber grupos limitados de amigos. É, portanto, o tipo coerente Com as pessoas que
lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.
São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas
atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São
generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de
residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma
vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico do filho de Oxóssi é refinado e de notável beleza.

É o orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de
grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, muito
susceptíveis e tidos como "complicados". É solitário, misterioso, discreto, introvertido.
Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro.
Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua
estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.

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Banho de ervas
Guiné
Alecrim (alecrim de caboclo, alecrim do campo)
Alfavaca do campo
Cipó caboclo
Amoreira (folhas)
Abre-caminho
Samambaia
Alfazema
Hortelã
Cidreira
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de desligar, Deixar tampado por 10 minutos.

Despejar a água sobre as flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter
sem movimento Por aproximadamente 2 horas.

Tomar o banho higiênico e, em seguida, tomar o banho energético que pode ser da
cabeça aos pés.O banho indicado é excelente para benefício energético, limpeza,
equilíbrio, cura, prosperidade,Abertura de caminhos, motivação, expansão,

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reconstrução, elevação do astral, paz, iluminação,Fortalecimento e tranquilização do
espírito e harmonização.
Consagre-o elevando acima da cabeça:

“divino pai Olorum! Amado pai Oxóssi! Irradiem suas energias neste banho, para o
meu benefício.”Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e
deposite na terra de um vasoOu de um jardim, agradecendo à natureza.

Assentamento

Os elementos para se fazer um assentamento para o senhor Oxóssi são: arco com
flecha (ofá).
Os assentamentos são feitos conforme o orixá, e cada um tem os seus próprios
elementos. NãoPodemos esquecer que, antes de se fazer um assentamento, há que
ser bem feito o assentamento de exu. NaUmbanda, sem exu, nada se faz.
Além do mais, o princípio de um assentamento é o otá. Cada divindade deve ter o seu
otá (pedraFundamental, pedra de poder) no assentamento.
É prudente sempre lembrar que, pode ser feito o assentamento do “mistério maior”,
ou seja, os orixásQue não regem a coroa do médium. Mas é um assentamento potente
que imprime grande proteção a casaEspiritual.

Oração a pai Oxóssi

“com as graças de Olorum, o senhor do altíssimo.

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Peço que meu pai Oxóssi, trono todo poderoso do conhecimento, vibre e irradie suas
forças no meuCorpo, na minha mente, na minha alma e no meu coração.Que sempre
me direcione no caminho reto do conhecimento e da sabedoria, para que eu sempre
saibaUsar da melhor maneira a sua essência divina. Hoje me apresento como seu fiel
filho e me abro para os quatro cantos sagrados, para que vós entreiscom toda sua
força na minha morada e que eu aprenda e sustente sua potência maior por toda a
minha vida terrena.
Ofereço-me para ser um veículo de sua irradiação sempre que julgais necessário.
Peço-te que, com tua força expansora, expanda minha vida em todos os sentidos.
Agradeço meu pai Oxóssi por me acolher no seu grandioso rebanho de filhos de fé e
me cobrir com seuManto verde sagrado.
Salve grande mistério dos mistérios!
Salve teu reino vegetal!
Salve grande trono do conhecimento!
Salve raio de luz verde divino!
Okê arô, Oxóssi!”

Nota: Oxóssi pode ser evocado para estimular a aprendizagem, o raciocínio, o
conhecimento, direcionar
Evoluções, ascensões e sentimentos. Firme uma vela branca ou verde e faça uma prece
direcionada ao nosso
Amado Pai Oxóssi

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OBÁ



• Mãe obá está assentada no polo – do trono do conhecimento, ela é cósmica e
absorvente.
• É a orixá que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu campo é dos
conhecimentos desvirtuados, ela atua de forma silenciosa paralisando os seres
que dão mau uso ao dom do raciocínio e aos conhecimentos adquiridos.
• Nos protege e nos ampara no campo do conhecimento quando temos um
coração limpo e com boas intenções, atua também em situações quetemos
dificuldade em ter “foco na vida”
• Obá é terra, concentração, orixá guerreira, séria, brava e objetiva, lembra a
uma professora rígida exigente, concentrada e um pouco fechada.
Ela é protetora de todas as mulheres; é aquela que compreende os sentimentos do
coração, sua dedicação e coragem, vem de superar todos os sofrimentos e
dissabores que viveu.

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SAGRADO ORIXÁ OBÁ


“A verdade vos libertará”


Obá é sincretizada por Joana D'arc

Saudação: akirô obá yê (significa: “eu saúdo o seu conhecimento, senhora da terra!”)

Ponto de força: rios de águas revoltas
Cor da vela: magenta
Pedra: madeira fossilizada, olho de leopardo
Dia da semana: terça-feira
Fio de contas: de sementes

Símbolo: ofangi (espada) e escudo de cobre


Mãe obá é uma divindade gerada em deus na sua qualidade atratora e concentradora,
que dá consciência e firmeza a tudo o que cria. Ela é a senhora dos axés fixador,
condensador e concentrador.
É a senhora do conhecimento das verdades divinas. Ela atua nos seres a partir das
faculdades mentais, denominadas “racionais”. Com seu poderoso magnetismo telúrico
vegetal, ela absorve as energias irradiadas pelo pensamento daqueles que estão dando

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mau uso aos seus conhecimentos, para descarregá-los em si mesmos, assim que
desencarnarem.
Seus polos magnéticos são tão atrativos quanto o planeta terra.

Como orixá cósmico, divindade da verdade, absorvedora corretiva, mãe obá atua
sempre que é preciso acelerar a paralisação de um ser que está prejudicando muitas
pessoas e atrapalhando suas evoluções, com seus conhecimentos e conceitos
errôneos, pois está induzindo-as a seguir uma direção contrária à que a lei maior lhes
reservou.
Ela aquieta e densifica o racional dos seres, atraindo-os e paralisando aqueles que
estão se desvirtuando porque assimilaram os conhecimentos puros de forma errada,
adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos e falsos, antes que cometam erros
irreparáveis.
“mãe obá é circunspecta, de caráter firme e reto, de poucas palavras e de uma

profundidade única nas suas vibrações retificadoras do raciocínio dos seres.” Mãe obá
que nós conhecemos e aprendemos a amar e reverenciar é uma divindade regida pelos
elementos terra e vegetal, e forma com Oxóssi a terceira linha de umbanda sagrada,
que rege o conhecimento.
Oxóssi está assentado no polo positivo e irradiante desta linha e obá está assentada
em seu polo negativo e absorvedor. Ela é a divindade cósmica, cujo elemento original é
a terra, telúrica por excelência e, atua nos seres através do terceiro sentido da vida,
que é o conhecimento; desenvolve o raciocínio e a capacidade de assimilação mental
da realidade visível, ou somente perceptível, que influencia nossa vida e evolução
contínua.

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Orixás: teologia de umbanda – Saraceni, Rubens – Madras.


Já o seu segundo elemento é o vegetal. Enquanto o orixá Oxóssi, o mitológico caçador,
estimula a busca do conhecimento (evolução), obá atrai e paralisa o ser que está se
desvirtuando justamente porque assimilou de forma viciada os conhecimentos puros.
A concentração é uma habilidade fundamental para a grande maioria das atividades do
ser humano, mas muitas pessoas reclamam por não conseguirem focar em
determinado assunto ou tarefa por muito tempo.
Seu pensamento se desvia, mesmo contra a sua vontade. O culto à orixá obá iniciou-se
a quatro milênios atrás com a irradiação simultânea de uma de suas qualidades ou
aspectos, a várias partes do mundo, quando, então, ela se humanizou.
E se nossa amada mãe obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se
espiritualizaram, muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana.
Muitos dos seus filhos são, hoje e na umbanda, alguns dos mais silenciosos exus e das
mais discretas pomba-giras, dos mais aguerridos caboclos e caboclas, resolutos nas
suas ações, precisos nos seus conselhos, e não são de muita conversa quando sentem
que o conhecimento que trazem não é assimilado por seusMédiuns ou pelas pessoas
que os consultam. O fato é que nossa amada mãe obá é uma divindade planetária,
regente do polo negativo da linha do conhecimento, que é a terceira linha de forças de
umbanda sagrada.

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Ela e Oxóssi formam esta linha e atuam em polos opostos: enquanto ele estimula a
busca do conhecimento, ela paralisa os seres que se desvirtuaram justamente porque
adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos.
O campo onde obá mais atua é o religioso. Como divindade cósmica responsável por
paralisar os excessos cometidos pelas pessoas que dominam o conhecimento religioso,
uma de suas funções é paralisar os conhecimentos viciados e aquietar os seres antes
que cometam erros irreparáveis.


O ser que está sendo atuado por obá começa a desinteressar-se pelo assunto que
tanto o atraia e torna-se meio apático, alguns até perdendo sua desvirtuada
capacidade de raciocinar. Então, quando o ser já foi paralisado e teve seu emocional
descarregado dos conceitos falsos, aí ela o conduz ao campo de ação de Oxóssi, que
começará a atuar no sentido de redirecioná-lo na linha reta do conhecimento.
É certo que esta atuação que descrevemos é a que obá realiza através do seu aspecto
positivo ou luminoso, por onde fluem suas qualidades, atributos e atribuições
positivas. Mas como todo orixá cósmico, ela também possui seus aspectos negativos,
que ativa sempre que é preciso acelerar a paralisação de um ser que, com seus
conhecimentos, está prejudicando muitas pessoas e atrapalhando suas evoluções pois
está induzindo-as a seguirem em uma direção contrária à que a lei maior lhes
reservou. Absolutamente todas as doutrinas religiosas rígidas e rigorosas com
seus adeptos, têm a sustentá-las a silenciosa atuação de nossa amada mãe obá.
Vasto é o campo de atuação de nossa amada mãe obá e aqui não dá para mostrá-
lo todo. Mas acreditamos que os filhos de umbanda já entenderam onde e
quando ela atua.

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Os filhos de obá não têm muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser
duros e inflexíveis. Têm dificuldade em ser gentis e estabelecer um canal de
comunicação afetiva com os outros; às vezes, são brutos e rudes afastando as pessoas.
Isso deve-se ao fato de os filhos de obá, na maioria das vezes, sofrerem um certo
complexo de inferioridade, achando que as pessoas que se aproximam querem tirar
partido de alguma coisa. De fato, isso tende a acontecer com os filhos de obá.


A sinceridade chega a ferir, expressam as suas opiniões, fazem críticas e acabam por
magoar as pessoas, pois não se preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade
é puramente defensiva. São bons companheiros e amigos fiéis, são ciumentos e
possessivos no amor, por isso não têm muita sorte.
Quando apaixonados, nunca são senhores da relação, cedem em tudo, abdicam de
todas as suas convicções. Algumas vezes infelizes no amor, investem todas as suas
cartas nas suas carreiras e, de entre as mulheres que se destacam profissionalmente
numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de obá, excelentes juízas,
advogadas, comandando quartéis etc.
Muitas vezes despertam a inveja dos seus inimigos e podem sofrer algumas
emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a ingenuidade. Ela
é prática, objetiva, poderosa, leal e corretíssima. Todo aquele que tenha uma questão
em fase de apelação, isto é, se tiver perdido e necessitar recorrer para instância
superior, deverá pedir ajuda a obá. É considerada a padroeira dos advogados.

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Quem quiser incidir na ira cega de obá, de um falso testemunho. Ajuda a encontrar
objetos perdidos, e toma sob sua proteção toda esposa que tiver sido traída pelo
marido. Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o
lugar das quedas são considerados domínios de obá. Obá gosta de receber seus axés
no encontro das águas do rio com o mar.
Ela também controla o barro, água parada, lama, lodo e as enchentes. Trabalha junto
com nanã. Ela gosta de viver na pororoca, como não é fácil servir neste local, ela aceita
receber as oferendas na beira de ribeirões límpidos, que tenham bastante seixos, cujas
águas emitam sons. Obá tem fortes ligações com os elementos do ar, dado a sua
liderança junto as entidades espirituais femininas que andam nos ares.
É ligada a terra porque se esconde nas florestas e ao fogo, fortemente relacionada
com coisas de magia, especialidade de obá. Obá é uma feiticeira implacável,
poderosíssima, de vontade férrea e determinada, uma amazona justa e combativa.
Defende a justiça, procura refazer o equilíbrio. É também a dona da roda. Orixá,
embora feminina, energética, temida e forte, considerada mais forte que muitos orixás
masculinos. Tudo relacionado a obá é envolto em um clima de mistérios, e poucos são
os que entendem seus atos aqui no brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse um
xangô fêmea. Obá é orixá ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são

vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre.

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XANGÔ



• Como orixá universal xangô forma o polo positivo ou irradiante trazendo a
qualidade divina da justiça, dando equilíbrio, estabilidade e harmonia em toda
criação.Ampara e sustenta os seres no equilíbrio da razão.
• Xangô é a decisão, a ideologia, a vontade a iniciativa. É a solidez, a organização,
o trabalho, a discussão pela melhora é o progresso social e cultural, é a voz do
povo, o levante a vontade de vencer. Também é o sentido da realeza, oespírito
nobre das pessoas e o poder da liderança.
• A linha elemental da justiça ígnea por excelência(fogo), xangô divideseu polo
magnético + com egunitá (oroiná)-divindade natural cósmica.
• Por isso eles se polarizam com a lei que é eólica por excelência(ar), formando
duas linhas mistas e regentes em justiça e lei.
• Por isso a frase que a lei anda sempre com a justiça ou sem justiça não se há lei.

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• Também podemos clamar pela justiça divina, no corte de demandas cármicas
de magias negras, visando o equilíbrio emocional, mental, saúde espiritual e
física.Além disso tudo que se refere a disputa judiciais,contratos e documento
“trancados”.
• Quando pedimos a intervenção da justiça, vale a pena lembra que primeiro ela
vai atuarem nós mesmos, verificando o quanto temos sendo justos com nossa
própria vida e com a dos nossos semelhantes. A balança da justiça pesa os dois
lados da questão.
• E a machadinha de xangô corta tudo que não está de acordo com a justiça
divina, para só então trazer o equilíbrio, razão e a estabilidade, sempre de
acordo com nossa necessidade e merecimento.
• Quem tem a proteção de xangô saiba que nada e ninguém abatera os seus
filhos desde que sejam merecedores, podem até chegar no fundo do abismo,
mas sempre renascerão do fogo, com mais força e vigor e voltarão aenfrentar
o mundo de peito aberto e sem medo.

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SAGRADO ORIXÁ XANGÔ

“Semeais para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia...”

Xangô é sincretizado por São João batista

Saudação: kaô kabecilê (significado: “permita-nos olhar para vossa alteza real!”)

Ponto de força: pedreiras
Cor da vela: marrom
Pedra: jaspe vermelho, jaspe leopardo e ágata de fogo
Dia da semana: quarta-feira
Horário: 7 h

Fio de contas: cascalho de pedra do sol (verdadeira, não sintética)
Os filhos de xangô são regidos por júpiter
Símbolo: machado duplo


Xangô é o orixá da justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando
nos seres o senso de equilíbrio e equidade, já que só conscientizando e despertando
para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.
O trono regente planetário se individualiza nos sete tronos essenciais, que se projetam
energética, magnética e vibratoriamente, criando sete linhas de forças ou irradiações
bipolarizadas, pois surgem dois polos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e
absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.

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Uma dessas projeções é a do trono da justiça divina que, ao irradiar-se, cria a linha de
forças da justiça, pontificada por xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do fogo
divino).
Na linha elemental da justiça, ígnea por excelência, xangô e Egunitá são os polos
magnéticos opostos. Por isto, eles se polarizam com a linha da lei, que é eólica por
excelência. Logo, xangô polariza-se com a eólica iansã e Egunitá polariza-se com o
eólico ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do ritual de umbanda
sagrada.
O orixá xangô é o trono natural da justiça e está assentado no polo positivo da linha
do fogo divino, de onde se projeta e faz surgir sete hierarquias naturais de nível
intermediário, pontificadas pelos xangôs regentes dos polos e níveis vibratórios
intermediários da linha de forças da justiça divina. Estes sete xangôs são orixás
naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores
das qualidades, dos atributos e das atribuições do orixá maior xangô.
Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e
polarizam-se com os xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos
da justiça divina.
Como, na umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os exus e as
pomba-giras. Os xangôs intermediários, tal como todos os orixás intermediários,
possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os
chamam de xangô da pedra branca, xangô sete pedreiras, xangô dos raios etc. Enfim,
são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos orixás xangôs intermediários. Só

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que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos polos magnéticos da
linha
Da justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de

caboclos que se manifestam no ritual de umbanda sagrada comandando as linhas de
trabalhos de ação e reação. Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos
da justiça divina. Logo, se alguém disser: “eu incorporo o xangô tal”, com certeza está
incorporando o seu xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um
espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes xangôs.
Nem no candomblé se incorpora um xangô de nível intermediário ou qualquer outro
orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um orixá
de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam seu orixá individual natural, ou
um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos
aspectos do seu orixá maior.

Temos, na umbanda: xangôs da pedra branca, xangôs da pedra preta, xangôs das sete
pedreiras, xangô das sete montanhas etc. Todos eles, são orixás intermediadores e
regentes de subníveis vibratórios ou regentes de polos energo-magnéticos cruzados
por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos mistérios
maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios. E todos estes xangôs
intermediadores são regentes de imensas linhas de trabalho, ação e reação. Em se
tratando de orixás, é preciso conhecê-los a partir da ciência divina ou nos perdemos no
abstracionismo e na imaginação humana.

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A divindade da justiça e do fogo, do equilíbrio, da razão e do juízo divino, que é em si
mesmo a justiça divina, que purifica nossos sentimentos com sua irradiação
incandescente, abrasadora e consumidora das emotividades, é o nosso pai xangô. O
fogo é a energia fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. Xangô é o calor,
a energia vital para todos os sentidos da vida; por ser unigênito e ter sido gerado em
deus, é em si mesmo a justiça divina que purifica nossos sentimentos com sua
irradiação.
O campo preferencial de pai xangô é a razão, despertando nos seres o senso de
equilíbrio e equidade. Ele também gera em si essa qualidade equilibradora e racional,
e quem absorve a qualidade de xangô torna-se racional, ajuizado e ótimo equilibrador
do meio em que vive e das pessoas à sua volta.
Pai xangô é o orixá que gera e irradia o equilíbrio que existe na criação divina, nos
seres e nos meios habitados por eles. Ele atua por meio do mental e vela pela
harmonia e equilíbrio na evolução. É abrasador; é a chama universal, o raio solar
gerador de vida, que gera o equilíbrio da justiça. Sua irradiação abrasadora e
incandescente é consumidora das emotividades.
“escolher é uma capacidade inerente ao ser humano, no processo reencarnatório. É o
livre-arbítrio, tão valorizado por cada um. Todos os valorizam porque gostam de
liberdade em suas vidas, de capacidade de discernimento, de serem doso dos seus
próprios movimentos no mundo, de tomar suas decisões diantedos percalços, fazendo
escolhas certas ou não. Escolher é selecionar aquilo que queremos e valorizamos; é
dar ênfase maior a certas coisas e desprezar outras; é poder sentir suas vontades

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prevalecerem no mundo. Mas envolve responsabilidade diante do mundo e dos outros
seres.
É preciso que as escolhas sejam dignas, equilibradas, sensatas e não agridam nem
maltratem ninguém. A sensatez deve fazer parte constante do livre-arbítrio, pois a
razão é mais uma capacidade do ser humano e, com ela, o discernimento entre o certo
e o errado. O pensamento lógico proporciona a condição necessária para se colocar a
razão antes da emotividade descontrolada e do instinto. “A razão, o discernimento, a
capacidade de realizar escolhas, a lógica, o raciocínio, são dons à disposição dos seres
humanos, para que conduzam suas vidas de maneira calma e equilibrada, sem os
grandes choques que levam a grandes quedas.”


Aquele que absorve a qualidade de pai xangô torna-se racional, ajuizado, ótimo
equilibrador do seu meio e dos que vivem à sua volta. A escolha racional nos leva ao
equilíbrio da alma, através do conhecimento da lei que nos rege e nos diz o que é certo
e o que é errado na vida.

Essa lei não é cega nem falível, pois, se ensinarmos errado, seremos colhidos por ela,
que exige muito de quem conhece os mistérios da razão. Mas, se trilharmos no
equilíbrio da lei, irá adquirir uma fé inquebrantável no que fazemos e no que falamos e
nada será feito ou dito em vão; todo terá sua ração de ser. É isso que faz com que
aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da lei
sacrifiquem-se em benefício dos semelhantes, sem nada esperar em troca.

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Tudo se resume em servir ao seu círculo familiar, à suacomunidade, tanto civil quanto
religiosa e, principalmente, servir a deus. A emotividade não suporta nenhum tipo de
contrariedade, levando-nos a ver qualquer ação refreadora como ofensa pessoal, por
isso deve ser contida pelo sentido equilibrador da justiça. Assim, não nos tornamos
pessoas que se sentem injustiçadas pelos semelhantes, inferiorizadas, abandonadas,
traídas e menosprezadas.

Nossa emotividade e nosso instintivíssimo primitivo devem ser transmutados
lentamente em senso, em razão e equilíbrio, senão nos tornamos egoístas,
possessivos, vingativos, intransigentes e intolerantes com nossos semelhantes e
conosco. Quanto as pessoas instintivas, não desenvolveram os sensos de justiça e a
vida delas se resume a uma permanente busca de satisfação pessoal, mesmo que à
custa dos semelhantes. Uma pessoa instintiva costuma procurar essa satisfação em
todos os sentidos da vida e tudo tem de ser para ela e por ela, senão se sentirá
preterida ou injustiçada e torna-se intolerante e mesquinha. Talvez estejamos diante
do orixá mais cultuado e respeitado no brasil.
Isso porque foi ele o primeiro deus iorubano, por assim dizer, que pisou em terras
brasileiras. Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente
que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas
determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus
filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o
orixá que decide sobre o bem e o mal. Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a

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iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso
social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer.
Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das
pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para xangô, a justiça está
acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo rei é mais
importante que o medo.
Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que correspondem a
xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: pedra. É da rocha que eles mais se
aproximam no mundo natural e todas as suas características são balizadas pela
habilidade em verem os dois lados de uma questão, com isenção e firmeza granítica
que apresentam em todos os sentidos. Atribui-se ao tipo xangô um físico forte, mas
com certa quantidade de gordura e uma discreta
Tendência para a obesidade, que se pode manifestar menos ou mais claramente de
acordo com os adjuntos (segundo e terceiro orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa
tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-
desenvolvida e firme como uma rocha. Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco
forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à
pequena estatura.
A mulher que é filha de xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que
não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo,
especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir
o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as
roupas numa vitrina e não em usá-las.

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Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e, tal fato não
deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de
xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que
seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que
femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados,
sempre lembrando sua consistência de pedra.
Em termos sexuais, xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus filhos,
portanto, costumamtrazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que estão
entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de xangô são tidos como grandes
conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume
papel importante em sua vida.
São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles
sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta
atenção depois de satisfeito desejo.
Psicologicamente, os filhos de xangô apresentam uma alta dose de energia e uma
enorme autoestima, uma clara consciência de que são importantes dignos de respeito
e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos ostópicos
- consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papelsocial.

Os filhos de xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante
que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de
fato capacitados para emitir opinião.

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Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o
questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem
considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam,
portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir.
Quando contrariados, porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse
momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida, mas, feita a lei, retornam a
seu comportamento mais usual. Em síntese, o arquétipo associado a xangô está
próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente,
não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um
conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor,
mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por
paixões, interesses ou amizade os filhos de xangô são extremamente enérgicos,
autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes
por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam
possuídos de ira violenta e incontrolável.
Banho de ervas
Angico
Arruda
Aroeira
Manjericão roxo
Casca de romã
Pau-tenente

89
Barbatimão

Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de desligar,Deixar tampado por 10 minutos.Despejar a água sobre as flores e
ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter semMovimento por
aproximadamente 2 horas.Tomar o banho higiênico e, em seguida, tomar o banho
energético que pode ser do pescoço para baixo.O banho indicado é excelente para
limpeza energética profunda, desintegrando, consumindo e
Dissolvendo cargas negativas; é bom para purificação, fortalecimento, ânimo e
equilíbrio do espírito, ligaçãoDe vibrações, prosperidade, abertura de caminhos; é
atrator de boas vibrações, proteção e fortalecimentoDa vontade.
Consagre-o elevando acima da cabeça:

“divino pai Olorum! Amado pai xangô! Irradiem suas energias neste banho, para omeu
benefício.”Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na
terra de um vaso ou deum jardim, agradecendo à natureza.
Oração a pai xangô

“ao meu pai xangô, eu peço que atenda às minhas palavras e que ouça meu coração!
Ao meu pai xangô, eu peço a sua misericórdia e proteção para minha vida.
Ao meu pai xangô, eu peço que seja digno de carregar em minha vida a sua proteção, a
sua
Benevolência e sua força.

90
Ao meu pai xangô, eu peço que abra os meus caminhos e que eu consiga enxergar em
minha alma as Imperfeições que não me deixam enxergar a luz divina do criador. [faça
aqui seu pedido]
Que meu corpo e meu espírito, sejam curados pelos seus ensinamentos divinos.
Ao meu pai xangô, devoto minha verdadeira fé.
Eu peço que ouça minhas palavras e que eu seja digno de seu perdão.

Kaô kabecilê, meu pai xangô!”.

91
EGUNITÁ/ OROINÁ



• Orixá cósmica aplicadora da justiça, purifica os excessos emocionais dosseres
desequilibrados, desvirtuados e viciados.
• No panteão hindu é representada por kali-durga.

• Ela é o fogo das purificações humanas.

• E porque ar é o seu segundo elemento onde polariza com ogum, ela aplica a
justiça como agente ativa da lei, e consome os desequilíbrios mentais evícios
emocionais.
• Os vícios emocionais tornam os seres insensíveis a dor alheia.

• Quando oferendar:

92
• Para pedir para o fogo purificador consuma energias negativas, excessos
emocionais, cordões emocionais e cordões negativos que estejam envolvendo
a nós mesmos e / ou aos nossos templos e moradias.

93
SAGRADO ORIXÁ EGUNITÁ (ORO-INÁ)

“Não há no mundo outro agente de purificação

Igual à chama da verdade espiritual”.


Egunitá é sincretizada por santa sara kali
Saudação: kali yê
Ponto de força: pedreiras e os caminhos
Cor da vela: laranja
Pedra: ágata de fogo, topázio e calcita laranja
Dia da semana: quinta-feira
Fio de contas: cascalho de ágata de fogo
As filhas de Egunitá são regidos pelo sol
Símbolo: espada, estrela de 6 pontas cruzada ao centro


Egunitá é o orixá cósmico aplicador da justiça divina na vida dos seres racionalmente

Desequilibrados.Fogo, eis o mistério de nossa amada mãe Egunitá, regente cósmicado
fogo e da justiça divinaQue purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados,
desvirtuados e viciados. Os hindus noslegaram uma divindade cósmica do fogo,

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punidora das falhas, dos erros e das paixões humanas porExcelência. Kali, no panteão
hindu, é uma divindade temida e evitada por todos os que desconhecem
Seu mistério e o porquê de sua existência em oposição à de Agni, o senhor do fogo
divino, do fogo da Fé?
O fato é que todas as irradiações divinas, enquanto são apenas essências, são neutras.

Mas quando se condensam e dão origem aos elementos, aí se polarizam em todos os
sentidos e assumemnaturezas bem distintas. Pois aí, no fogo, surgem Agni e kali. Ele é
o fogo em seu aspecto positivo e ela o é em seu aspecto negativo, ou o fogo da
purificação das ilusões humanas. Agni é o fogo da fé ekali é o fogo das paixões
humanas. Agni é polo masculino e kali é polo feminino. Agni é passivo eirradiante e kali
é ativa e atratora. Agni ilumina o ser e kali o torna rubro. Agni é o raio dourado e kalié
o raio rubro. Agni é a serpente flamígera da fé e kali é a serpente rubra da paixão.
Agni é a chama que aquece e kali é o braseiro que queima.Esperamos que tenham
entendido que, se recorremos às divindades hindus Agni e kali, foi para mostrar como
um mesmo elemento possui dois polos, duas naturezas, duas formas de nos alcançar e
de nos estimular ou de nos paralisar; de acelerar ou paralisar nossa evolução; de
estimular nossa fé ou de esgotar nossos emocionais desequilibrados. Agora, coloquem
no lugar de Agni o nosso amado orixá xangô e no lugar de kali a nossa amada mãe
Egunitá e teremos os mesmos aspectos divinos, mas irradiados por divindades
humanizadas em solo africano.

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Teremos a linha pura do fogo elemental, cujas energias incandescentes e flamejantes
tanto consomem os vícios quanto estimulam o sentimento de justiça, que são as
qualidades, atributos e atribuições de xangô e Egunitá: aplicar a justiça divina em todos
os sentidos da vida!Afinal, ou entendemos as divindades a partir da ciência ou até o
ano 3000 d.C. Ainda estaremos adorando-as somente através dos fenômenos da
natureza. E não é isto que elas desejam de nós, e não foi para isto que deram início à
sua renovação através da umbanda, certo? Nossa mãe Egunitá é fogo puro e suas
irradiações cósmicas absorvem o ar pois seu magnetismo é negativo e atrai este
elemento, com o qual se energiza e se irradia até onde houver ar para dar-lhe esta
sustentação energética e elemental.


Como Egunitá (fogo) é feminina, ela se polariza com ogum (ar), que é masculino e lhe
dá asustentação do elemento que precisa, mas de forma passiva e ordenada. Só assim
suas irradiações acontecem de forma ordenada e alcançam apenas o objetivo que ela
identificou. Se ela polarizasse com iansã, suas energias não seriam irradiadas porque
aconteceria uma propagação delas na forma De labaredas, já que as duas são de
magnetismo e elemento feminino. Eis aí a chave das polarizações,que obedecem a
uma ordenação das irradiações através dos magnetismos.O inverso acontece com
ogum, que é passivo e só se torna ativo em seu segundo elemento,que é o fogo que o
alimenta, aquecendo-o e energizando suas irradiações. Ogum, enquanto aplicador da
lei, atua nos campos da justiça como aplicador das sentenças.Logo, se ogum absorver
o fogo de xangô, que também é passivo em seu magnetismo, este fogo só irá consumir
o ar de ogum e não irá gerar a energia ígnea que fluiria como calor através das
irradiações retas do seu magnetismo, que é passivo.

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Ogum é passivo no magnetismo eólico e ativo em seu segundo elemento, que é o fogo
que energiza (aquece) o ar. Ogum irradia em linha reta (irradiação contínua). Xangô
irradia em linha reta (irradiação contínua). Iansã irradia em espirais (irradiação
Circular). Egunitá irradia por propagação (irradiação propagada). Xangô polariza com
iansã, e suas irradiações passivas se tornam ativas no ar (raios); egunitá polariza com
ogum, e suas irradiações por propagação magnética assumem a forma de fachos
flamejantes.
Observem que lei e justiça são inseparáveis e para comentarmos Egunitá temos de
envolver ogum, xangô e Iansã, que são os outros três orixás que também se polarizam
e criam campos específicos de duas das sete linhas de umbanda. Ela é cósmica
(negativa) e seu primeiro elemento éo fogo, que se polariza com seu segundo
elemento que é o ar.
Portanto, como o fogo é o elemento da linha da justiça, ela é uma divindade que aplica
a justiça Divina na vida dos seres. E, porque o ar é o seu segundo elemento, que a
alimenta e energiza e é o elemento da linha da lei, ela é uma divindade que aplica a
justiça como agente ativa da lei e consome os vícios emocionais e os desequilíbrios
mentais dos seres.Os vícios emocionais tornam os seres insensíveis à dor alheia.
Os desequilíbrios mentais transformam os seres em tormentos para seus semelhantes.
As divindades têm uma função a realizar e nós sempre seremos beneficiários de sua
atuação. Quando nos paralisam, também estão nos Ajudando, pois estão evitando que
continuemos trilhando um caminho que nos conduzirá a um ponto sem retorno. Ela é
a executora da justiça divina nos campos da lei, regidos por ogum no pólo positivo da
linha pura da lei.

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Os filhos de Egunitá costumam ser ativos e, agem com emoção e impulsividade.
Observa-se aqui, de início, que a postura destes filhos e filhas pende para a ação, não
sendo afeitos a muita análise e comedimento. Até por isso, como efeito
complementar, tendem a ter atitudes reparadoras sem maior cerimônia. Apreciadores
de uma boa conversa tendem a ser falantes e podem se tornar geniosos (as) em
algumas situações onde sua opinião é confrontada ou descartada.
Costuma ser difícil persuadi-los, pois adoram se comunicar sem nunca se cansar. O
gosto pela boa conversa é amplo, pois apreciam também boas conversas reservadas.
São apreciadores (as) do contato humano e é comum vê-los (as) muito bem
integrados (as) em reuniões para diferentes fins, seja em grupos de estudos, de
orações, organizações políticas e sociais.
de certa forma, é uma ratificação das próprias características da orixá, pois os filhos e
filhas de egunitá se inserem muito bem em grupos, mas nunca passam despercebidos.
Aproveitam estes próprios grupos para buscarem formas de se destacarem, seja
trazendo as atenções para si, seja‘botando fogo’ em situações mal resolvidas que
sejam latentes ou adormecidas. Gostam de passear, se divertir, conhecer novos
lugares, estar em sociedade. Também como decorrência disso, gostam de se
vestir bem, até mesmo com muitas cores (ou com cores vibrantes) sem pudor de
chamar atenção para si. Aqui um detalhe interessanteembora as pessoas de
egunitá transitem com desenvoltura nos mais variados grupos, não costumam
relevar qualquer tipo de personalidade.

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Como exemplo, não gostam pessoas presunçosas, egoístas e inescrupulosas. Sentem-
se incomodados (as) com preguiça e perdem logo a paciência com pessoas e situações
monótonas e conversas fiadas. Sabe aquele dito popular, “que seja quente ou que seja
frio, pois se for morno eu vomito”? Define bem os filhos e filhas de egunitá. Festas
chatas, comidas sem gosto e bebidas muito doces costumam desagradar muito. Pelo
lado negativo, quando seus sentimentos estão à flor da pele, são capazes de serem
vingativos, calculistas, muito teimosos e especialmente insensíveis.

Podem se tornar também pessoas egoístas, briguentas, teimosas e intrigantes. Esses
filhos e filhas não suportam o marasmo do dia-a-dia, mas também não se sentem à
vontade para viver sem ter um lar para onde possam retornar. Filhos e filhas de
egunitá sempre querem sair, socializar, mas precisam ter a certeza de que há um
‘porto seguro’ para voltar, lugar aconchegante para onde voltarem. Pelos terreiros de
umbanda em todo o brasil e pelo mundo, é muito raro encontrar algum filho ou filha
de egunitá. E, quando há, em geral são pessoas de gênio muito forte.

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Banho de ervas
Louro
Arruda

Folhas de laranjeira
Menta
Folhas de pitanga
Calêndula
Girassol
Artemísia
Noz moscada
Gengibre
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de Desligar, deixar tampado por 10 minutos. Despejar a água sobre as
flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter sem Movimento por
aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em seguida, tomar o
banho energético que pode ser do pescoço Para baixo.

100
O banho indicado é excelente para ação intensa de limpeza, para consumir, purificar e

Descarregar energias negativas, para energizar campos astrais deteriorados, repor
energias, estimular,
Animar. É magnetismo firme e atrator de energia de prosperidade, melhor disposição,
levantamento Do astral e estímulo da força de vontade. Consagre-o elevando acima
da cabeça: “divino pai Olorum! Amada mãe Egunitá! Irradiem suas energias neste
banho, para o meu benefício.” Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha
os restos e deposite na terra de um vaso Ou de um jardim, agradecendo à natureza.

Oração a mãe Egunitá

“espada flamejante, corta a terra, corta o ar;
Traga o fogo da pedreira, ó senhora Egunitá;
Protetora justiceira, mãe guerreira, mãe divina;
Me guarda, me proteja, me ilumina!”
[faça seu pedido]
Saravá Egunitá, kali yê.

101
OGUM



• Orixá da lei, trono regente das milícias celestes.

• É aplicador natural ad lei agindo com inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois não
permitem conduta alternativa, sempre vigilante, marcial pronto para agir onde
lhe for ordenado.
• Representa a ordenação divina, o governo da lei maior em toda sua criação.

• Ogum é a lei cujo símbolo é a espada que simboliza o caminho reto, a retidão
de caráter, a honra, a honestidade. Perante a lei não existe “mais ou menos
"não se pode ser “mais ou menos “honesto, ou se está no caminho reto,
respeitando as leis divinas ou não se esta.
• É o senhor dos caminhos, realiza a abertura de caminhos a ordenação,
retirando o caos a negatividade, mas tudo a partir do equilíbrio íntimodos
seres perante a leis divinas.

102
• A primeira batalha que pai ogum nos ensina a realizar é vencer os vícios e
desordem interna, para que uma vez equilibrados possamos vibrar e atrair
relacionamentos e situações livres de desordem e desrespeito à lei maior.
• Seu fator ordenador nos ajuda a vencer os bloqueios e travas interiores.

• Seu primeiro elemento de atuação é o ar o segundo é o fogo.

• Ogum é a lei a via reta, seu caminho e suas condutas não fazem curva

• Ogum é orixá regente do ferro o guerreiro que luta impedindo o avançodo
mal.
• O mesmo elemento ferro encontramos em nosso sangue, que é o quenos
anima e fortalece e nos sustenta em pé´.

103
SAGRADO ORIXÁ OGUM

“Deus é a lei. E a lei nos guia”.


Ogum é sincretizado por São Jorge

Saudação: Patakori Ogum (significa: salve o senhor coroado da guerra!)
Ponto de força: estrada de ferro e caminhos
Cor da vela: azul escuro

Pedra: granada, hematita e sodalita
Dia da semana: terça-feira
Fio de contas: azul marinho ou vermelha e branca
Os filhos de ogum são regidos por marte
Símbolo: espada, lança e escudo; espada e coroa (akoro)


Ogum é o orixá da lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a
emoção. É o trono regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres
em todos os sentidos. Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a
ordenação dos processos e dos procedimentos.

104
O trono da lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois
polos magnéticos ocupados por orixás diferenciados em todos os aspectos. O polo
magnético positivo é ocupado por ogum e o polo negativo é ocupado por iansã.

esta linha eólica pura, dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que
eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como
segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento etc. Portanto,
na linha pura do “ar elemental” só temos ogum e iansã como regentes. Mas se estes
dois orixás são aplicadores da lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se
projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através
da umbanda.
os orixás regentes destas hierarquias de ogum e iansã são orixás intermediários ou
regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da lei.
Saibam que oxalá tem sete orixás intermediários positivos e tem outros sete negativos,
que são seus opostos, e tem sete orixás neutros; oxum tem sete orixás intermediárias
positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete orixás
intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que
formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material;
xangô tem sete orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus
opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá.

105
Agora, ogum e iansã são os regentes do mistério “guardião” e suas hierarquias não são
formadas por orixás opostos em níveis vibratórios e polos magnéticos opostos, como
acontece com outros. Ogum e iansã formam hierarquias verticais retas ou sequenciais,
sem quebra de “estilo”, pois todos os oguns, sejam os regentes dos polos positivos,
dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos
por um único sentido: aplicadores da lei. Todo ogum é aplicador natural da lei e todos
agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois não se permitem uma
conduta alternativa. Onde estiver um ogum, lá estarão os olhos da lei, mesmo queseja
um “caboclo” de ogum, avesso às condutas liberais dos frequentadores das tendas de
umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns
quanto pelos espíritos incorporadores. Dizemos que ogum é, em si mesmo, os atentos
olhos da lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

Divindade masculina Yorubá, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas
da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no brasil,
especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de
exu, está mais próxima dosseres humanos. É sincretizado com São Jorge, tradicionais
guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa. A
relação de ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge,
sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo
Yorubá. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas
palavras, ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.

106
Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo
excitado a fúria por sangue do orixá, detonaram um processo violento e incontrolável;
se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, ogum se lançará
imediatamente contra quem o chamou.
É orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa
luta, batalha. Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro,
transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para
além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros,
barbeiros, militares, soldados, ferreiros,trabalhadores, agricultores e, hoje em dia,
mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o orixá
que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia.
Do conhecimento da guerra para a prática: tal conexão continua válida para nós, pois
também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem
justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à
produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na indústria
automobilística, de computação e da aviação. Assim, ogum não é apenas o que abre as
picadas nas matas e derrota os exércitos inimigos;

É também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro,
instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um
novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o
desconhecido. É o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a

107
natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento
de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.
É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de ogum: em primeiro lugar, o negro
reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém
para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: exu (a magia) e
ogum (a guerra). Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta,
ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador, mas também do
trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto
acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia
com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as
matérias inertes a serem modificadas. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos
caminhos.
Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum também é
considerado o senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos,
dominando a rua com o auxílio de exu.
Se Exu é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do tráfego, de
determinar o que pode e o que não pode passar, ogum é o dono dos caminhos em si,
das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais. Não é difícil reconhecer um
filho de ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e
passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o
prazer com os amigos e com o sexo oposto.

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São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e
assuntos novos, consequentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço
e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de ogum um desajustado e
amargo. são apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e
resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem
é muito grande. Os filhos de ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são
muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções.
São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos,
despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e
não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes
natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes,
rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram,
assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e
precisas.
As pessoas de ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não
gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos. Nenhum filho de
ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a
infância, quase um desajustado.
entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o
crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os

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filhos de ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica
bem mais fácil.
se ele conseguisse esperar ao menos 24 horas para decidir, evitaria muitos as vezes,
muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas.
Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos
remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre,
seja pelo caminho que for, será sempre um vencedor. A sua impaciência é marcante.
Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem
quando. Está sempre em busca do considerado o impossível.
Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para
ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois as largavam para
seguir em novas conquistas, os filhos de ogum perseguem tenazmente um objetivo e,
quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em
suas próprias conquistas.
Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a
situação daquele que quer proteger.
Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado,
desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come
para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida.
Por ser ogum o orixá do ferro e do fogo, seu filho gosta muito de armas, facas, espadas
e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora
agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas.

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Não admite a fraqueza e a falta de garra. Têm um grave conceito de honra, sendo
incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados
materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande
capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes,
extraordináriacoragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão
presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas. É
pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente.
Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e
atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita
ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos. Sua
vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim
superficiais e rápidas.
Quando auxiliamos os semelhantes, ogum guarda as nossas costas; quando odiamos,
ele está à nossa frente, para nos bloquear. Basta sairmos do caminho reto para sermos
tolhidos pelas suas irradiações retas e cortantes.
Banho de ervas
Folhas de manga
Abre-caminho
Guiné
Levante

111
Imburana
Gengibre
Alecrim
Peregum (verde),

São gonçalinho, mariô,
Canela de macaco
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de Desligar, deixar tampado por 10 minutos.
Despejar a água sobre as flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter
sem Movimento por aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em
seguida, tomar o banho energético que pode ser do pescoço Para baixo.
O banho indicado é excelente para proteção contra o baixo astral, para potencializar a

Vitalidade, energizar, fortalecer, abrir os caminhos, levantar o astral e equilibrar. Além
disso, tem Ação curadora para os espíritos necessitados de ajuda; é equilibrador, traz
alegria e paz de espírito.
Consagre-o elevando acima da cabeça:

“divino pai Olorum! Amado pai ogum! Irradiem suas energias neste banho, para o meu

benefício.”

Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um vaso Ou de um jardim, agradecendo à natureza.

112


Oração a pai ogum

“eu andarei vestido e armado com as armas de ogum para que
Meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me
Peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos
Eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançará.

Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e
Correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Oxalá me proteja e me defenda com o poder de sua santa e
Divina graça.
Santa Mãe de deus, me cubra com o seu manto sagrado e divino,
Protegendo-me em todas as minhas dores e aflições,

113
E deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu
Defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso ogum, em nome de deus, estenda-me o seu escudo e
As suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e
Com a sua grandeza,
E que sob vós, meus inimigos fiquem humildes e submissos.
[faça seu pedido]
Assim seja com o poder de deus, jesus cristo e da falange do
Divino espírito santo.
Que assim seja, amém!

114
YANSÃ



• Iansã é negativa e ativa e suas irradiações magnéticas são circulares
ou espiraladas
• Aplicadora da lei no campo da justiça, uma de suas atribuições é colher os seres
fora da lei, esgotá-lo, para só então redirecioná-lo para uma outra linha de
evolução.
• Nossa mãe yansã possui 21 yansãs intermediarias, atuando nas 7 linhas de
umbanda.
• Não é de se estranhar que nossa mãe yansã intermediaria no campo da fé,
encaminha os eguns, confundida com logunã, mas atua sobre a regência de
omulu (yansã de balé) principalmente os espíritos que atentaram contra sua
própria vida.
• A divindade yansã é qualidade ou fator direcionadora de deus, que atua em
toda criação para que tudo e todos possam evoluir.

115
• Enquanto ogum é o aspecto fixo da lei, yansã é o aspecto móvel, que entraem
ação e movimento corrigindo os desvirtuamentos dos seres para recolocá-los
no caminho reto, de modo que a justiça divina também seja estabelecida e
aplicada.
• Sua atuação é cósmica, negativa, ativa, mobilizadora do emocional, mas não é
inconsequente ou emotiva, porque ela é o sentido da lei e a lei não é só
punidora ela é direcionadora.
• Ogum é o ar que refresca a brisa, yansã é vendaval que desaba a ventaniaque
faz tudo balançar.
• Na criação divina ogum é a defesa de tudo que foi criado, yansã é a buscada
adaptação do ser ao meio em que vive.

116
SAGRADO ORIXÁ IANSÃ

“As preces direcionadas a Olorum, nos colocam em sintonia direta
Com as divindades encarregadas de executar sua vontade”.
Iansã é sincretizada por santa bárbara
Saudação: Eparrey iansã
Ponto de força: bambuzal
Cor da vela: amarelo
Pedra: citrino e cristal de enxofre
Dia da semana: quarta-feira
Fio de contas: cascalho de citrino amarelo de 1a qualidade
As filhas de iansã são regidas pelo sol.
Símbolo: chicote de fios de crina ou de rabo de cavalo e espada.


Iansã é a aplicadora da lei na vida dos seres contaminados pelos vícios. Seu campo
preferencial de atuação é o emocional dos seres: ela os esgota e os redireciona,
abrindo-lhes novoscampos por onde evoluirão de forma menos “emocional”. Iansã,

117
em seu primeiro elemento ar, forma com ogum um par energético onde ele regeo
pólo positivo e passivo, pois suas irradiações magnéticas são retas.
Iansã é negativa e ativa, e suas irradiações magnéticas são circulares ou espiraladas.
Iansã se irradia de formas diferentes: é cósmica (ativa) e é o orixá que ocupa o pólo
negativo da linha Elemental pura do ar, onde polariza com Ogum.
Já em seu segundo elemento fogo, ela polariza com xangô, e atua como o pólo ativo
da linhada justiça, que é uma das sete irradiações divinas.
Na linha da justiça, lansã é seu aspecto móvel e xangô é seu aspecto assentado ou
imutável, pois ela atua na transformação dos seres através de seus magnetismos
negativos. lansã aplica a lei nos campos da justiça e é extremamente ativa.


Uma de suas atribuições écolher os seres fora-da-lei e, com um de seus magnetismos,
alterar todo o seu emocional, mental econsciência, para, só então, redirecioná-lo
numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitarásua caminhada pela linha
reta da evolução.
As energias irradiadas por lansã densificam o mental, diminuindo seu magnetismo,
eestimulam o emocional, acelerando suas vibrações. Com isso, o ser se torna mais
emotivo e maisfacilmente é redirecionado.
mas quando não é possível reconduzi-lo à linha reta da evolução, então, uma de suas
sete intermediárias cósmicas, que atuam em seus aspectos negativos, paralisam o ser
e o retém em um dos campos de esgotamento mental, emocional e energético, até

118
que ele tenha sido esgotado de seu negativismo e tenha descarregado todo o seu
emocional desvirtuado e viciado.
Nossa amada mãe iansã possui vinte e uma lansãs intermediárias, que são assim
distribuídas: sete atuam junto aos pólos magnéticos irradiantes e auxiliam os orixás
regentes dos pólos positivos, onde entram como aplicadoras da lei, segundo os
princípios da justiça divina, recorrendo aos aspectos positivos da orixá planetária iansã.
Sete atuam junto aos pólos magnéticos absorventes e auxiliam os orixás regentes dos
pólos negativos, onde entram como aplicadoras da lei, segundo seus princípios,
recorrendo aos aspectos negativos da orixá planetária iansã.

Sete atuam nas faixasneutras das dimensões planetárias, onde, regidas pelos princípios
da lei, ou direcionam os serespara as faixas vibratórias positivas ou os direcionam para
as faixas negativas. enfim, são vinte e uma orixás iansãs intermediárias aplicadoras da
lei nas sete linhas de umbanda.
como seus campos preferenciais de atuação são os religiosos, não é de se estranhar
que nossa amada mãe iansã intermediária para a linha da fé nos campos do tempo
seja confundida coma própria Oyá (Logunan), já que é ela quem envia ao tempo os
eguns fora da lei no campo da religiosidade.
Iansã do tempo, tem um vasto campo de ação e colhe os espíritos desvirtuados nas
coisas da fé, enviando-os ao tempo onde serão esgotados.

119
mas, não tenham dúvidas, antes ela tenta reequilibrá-los e redirecioná-los, só optando
por enviá-los a um campo onde o magnetismo os esvazia quando vê que um
esgotamento total em todos os sete sentidos é necessário.
E isto, o tempo faz muito bem! Já iansã bale, do bale, ou das almas, é outra
intermediária de nossa mãe maior iansã que é muito solicitada e muito conhecida,
porque atua preferencialmente sobre os espíritos que desvirtuam os princípios da lei
que dão sustentação à vida e, como vida é geração e omulu atua no polo negativo da
linha da geração, então ela envia aos domínios de tatá omulu todos os espíritos que
atentaram contra a vida de seus semelhantes ao desvirtuarem os princípios da lei e da
justiça divina.
logo, seu campo escuro localiza-se nos domínios do orixá omulu, que rege sobre o

lado de “baixo” do campo santo.

Mas, também, são muito conhecidas as iansãs intermediárias: sete pedreiras, dos
raios, do mar, das cachoeiras e dos ventos (iansã pura). As outras assumem os nomes
dos elementos que lhes chegam através das irradiações inclinadas dos outros orixás,
quando Surgem as iansãs irradiantes e multicoloridas.
Temos:

• uma iansã do ar.

• uma iansã cristalina.

• uma iansã mineral.

120
• uma iansã vegetal.

• uma iansã ígnea.

• uma iansã telúrica.

• uma iansã aquática.

Bom, só por esta amostra dos múltiplos aspectos de nossa amada regente feminina do

ar, já deu para se ter uma ideia do imenso campo de ação do mistério “iansã”.

O fato é que ela aplica a lei nos campos da justiça divina e transforma os seres
desequilibrados com suas irradiações espiraladas, que o fazem girar até que tenham
descarregado seus emocionais desvirtuados e suas consciências desordenadas.
Iansã é um orixá feminino muito famoso no brasil, sendo figura das mais populares
entre os mitos da umbanda e do candomblé em nossa terra e na África.
é um dos orixás do candomblé que mais penetrou no sincretismo da umbanda, talvez
por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos
dos mortos (eguns), que têm participação ativa na umbanda, enquanto são afastados e
pouco cultuados no candomblé.
em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de santa bárbara.
Iansã costuma ser saudada após os trovões. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do
vento e, consequentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da umbanda e do candomblé, iansã surge quando incorporada a seus
filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela

121
sabe amar, e gosta demostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma
desmedida com que exterioriza sua cólera.
como a maior parte dos orixás femininos cultuados inicialmente pelos yorubas, é a
divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oyá, pelos
africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
a figura de iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas
centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados
tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se
resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim,
está sempre longe do lar.
iansã é a senhora dos eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de
cavalo chamado eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata
feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal. Iansã é a
primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta,
que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo
sexual. É a volúpia, o clímax.
ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou
apaixonado, tem a presença e a regência de iansã, que é o orixá que faz nossos
corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais
profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o
fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das
conseqüências de um ato impensado no campo amoroso.

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Iansã rege o amor forte, violento.no sincretismo iansã é representada por santa
bárbara, a história narra que bárbara nasceu na nicomédia, no século III, pertencente a
uma família não devotada ao catolicismo.
Tornou-se mártir cristã por não abraçar a religião imposta por seu pai descoro, e foi
por esta presa em uma torre, torturada e assassinada por um golpe de espada.
depois seu corpo nu foi arrastado pelas ruas como símbolo maior de humilhação;
durante este rito contra a dignidade da morta, um temporal inesperado ocorreu e
fulminou com um raio o seu detrator dioscoro.
Desde então, em seu processo de santificação, bárbara foi associada aos temporais,
raios e trovões, além de ser a protetora contra incêndios.
O crescente culto à santa ao longo do século XIX, principalmente pelas camadas mais
baixas da sociedade da época, entre elas vários negros escravos e libertos que
praticavam o candomblé, fez com que a sua imagem de mártir e dominadora dos
fenômenos naturais da atmosfera.

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OBALUAÊ



É o trono masculino da evolução, orixá universal atua o tempo todo nos seres.

• É aquele que sinalizaas passagens de um nível vibratório ou estágio deevolução
para o outro.
• É a energia irradiadora que nos estimula a dar um passo a frente,
transmutando ou modificando de forma positiva, todo e qualquer sentimento,
pensamento ou energia que estejam impedindo a nossa evolução.
• Seu raio é o violeta, o curador o transmutador, o senhor das passagens, de um
estágio para o outro, de uma dimensão para a outra, de um estado oucondição
para a outra ou mesmo do espírito para a matéria e vice-versa, atuando
diretamente no processo reencarnatório.
• Seus fatores são transmutador e evolucionista.

• Junto com nanã cuida das passagens e dos estágios evolutivos de todos os
seres.

124
• Obaluaê é rei e senhor do elemento terra da matéria ou do mundo material.

• Ele e nanã regem o mistério ancião, dentro do qual trabalham os pretos velhos,
ele também e conhecido como o senhor das almas.
• Eles nos encaminham para dar um passo à frente e abandonar aquilo quenão
nos serve mais para nossa vida, despertando em nós o desapego, a
perseverança, a humildade, a paciência e sabedoria adquirida com a
experiência.
• O mistério obaluaê reduz o corpo plasmático do espírito ao tamanho do corpo
carnal, alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as
características feições do seu corpo carnal, já formado. O divino pai obaluaê
estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo(feto). E mãe nanã
decanta o mental dos espíritos que irão reencarnar, apagando a memorias de
suas encarnações anteriores, para que possam recomeçar de forma proveitosa.
• Seu primeiro elemento é terra e segundo água.

• Obaluaê é associado a sabedoria, a ponderação, a maturidade, bem como os
planetas júpiter e saturno.
• O milho de pipoca o representa e faz parte do seu axé, por representara
transformação pela ação do fogo

125

126
SAGRADO ORIXÁ OBALUAYÊ

“Evolução é a razão básica da existência do ser.
Existimos para evoluir”.
Obaluayê é sincretizado por São Lázaro

Saudação: Atotô ajuberô! (significado: peço quietude, meu pai!)
Ponto de força: cemitério, à beira-mar ou à beira de um rio
Cor da vela: violeta
Pedra: ônix negro
Dia da semana: quarta-feira

Fio de contas: preto, vermelho e branco

Os filhos de Obaluayê são regidos por magnetismos terráqueos e jupterianos
Símbolo: xaxará feito com palha-da-costa.
Obaluayê é o orixá que atua na evolução e seu campo preferencial é aquele que
sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro. O orixá
Obaluayê é o regente do polo magnético masculino da linha da evolução, que surge a
partir da projeção do trono essencial do saber ou trono da transmutação.

127
O trono da evolução é um dos sete tronos essenciais que formam a coroa divina
regente do planeta e, em sua projeção, faz surgir, na umbanda, a linha da evolução,
em cujo polo magnético positivo, masculino e irradiante, está assentado o orixá
natural Obaluayê, e em cujo polo magnético negativo, feminino e absorvente está
assentada o orixá nanã buruquê.

Ambos são orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios
evolutivos. Ambos são orixás terra-água. Obaluayê é ativo no magnetismo telúrico e
passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no
magnetismo telúrico.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluayê estabelece o cordão
energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno
assim que alcança o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
É o mistério “Obaluayê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do
tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume
todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado. Muitos
associam o divino Obaluayê apenas com o orixá curador, que ele realmente é, pois,
cura mesmo! Mas Obaluayê é muito mais do que já o descreveram.
Ele é o “senhor das passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para a outra

e, mesmo do espírito para a carne e vice-versa. Os umbandistas não devem temê-lo;

128
devem respeitá-lo pelo que realmente é: um trono divino que cuida da evolução dos
seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se
apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus
semelhantes. Estes manipuladores dos aspectos negativos do orixá Obaluayê,
certamente conhecerão os orixás cósmicos que lidam com o negativo dele.

Ao contrário dos tolerantes exus da umbanda, estes Obaluayês cósmicos são
intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do orixá maior Obaluayê para
atingir seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais de santo” apodrecendo nos
seus polos magnéticos negativos, só porque deram mau uso aos aspectos negativos de
Obaluayê.
Na umbanda, o culto é feito a Obaluayê, que se desdobra com o nome de omulu;
justamente por isso, os búzios no xaxará de palha-da-costa. É um orixá sombrio, tido
entre os yorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado,
porém, pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de
gestos humildes, honestos e leais. Ambos os nomes surgem quando nos referimos à
esta figura, seja omulu seja Obaluayê. Para a maior parte dos devotos do candomblé e
da umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo
arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. São também comuns as
variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.

Um dos mais temidos orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde.
Assim como sua mãe nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo

129
cobertos de palha- da-costa; em algumas lendas, para esconder as marcas da varíola;
em outras, já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
Seu símbolo é o xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.
Em termos mais estritos, Obaluayê é a forma jovem do orixá xapanã, enquanto omulu
é sua forma velha. Como, porém, xapanã é um nome proibido tanto no candomblé
como na umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença
inesperadamente; a forma Obaluayê é a que mais se vê.
Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de oxalá: oxalá (o
crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha. A figura de
Omulu/Obaluayê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e
dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre
todas as doenças, especialmente as epidêmicas.
Faria parte da essência básica vibratória do orixá tanto o poder de causar a doença
como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. Em algumas narrativas mais
tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao
deus da varíola, tal visão, porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única
doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa
que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu
Omulu/Obaluayê. Assim, sombrio e grave como Iroko, Oxumarê (seus irmãos) e nanã
(sua mãe), Omulu/Obaluayê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada
pelos Yorubás.

130
A visão de Omulu/Obaluayê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou, um
filho-de- santo seu é ameaçado, o orixá castiga com violência e determinação, sendo
difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos orixás Yorubás.

Como parte do temor dos Yorubás, eles passaram a enxergar a divindade
(Omulu/Obaluayê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror,
entrando num processo que podemos chamar de malignação de um orixá do povo
subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da
existência similar apenas de ossãe).

Omulu/Obaluayê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos
sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez. Obaluayê, o rei daterra, é
filho de nanã, foi criado por Yemanjá, que o acolheu quando a mãe o rejeitou por ser
manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. E, às
vezes, chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no
candomblé.
Está ligado ao sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura.
Com seu xaxará, cetro ritual de palha-da-costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a
doença pode ser, também, a marca dos eleitos, pelos quais omulu quer ser servido.
Quem teve varíola é frequentemente consagrado a omulu, que é chamado "médico
dos pobres".

131
Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluayê, como acontece
praticamente com todos os orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de
idades diferentes etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do
moço.
A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos
semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o orixá é
também conhecido como skapatá, omulu jagun, quicongo, sapatoi, iximbó, igui. Esta
grande potência astral inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome
de Obaluayê.
Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta irradiação ou
linha, trabalhadores do grande laboratório do espaço e verdadeiros cientistas,
médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação,além
de promoverem a cura das nossas doenças.

Atuam, também, no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo
necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem. O senhor da vida é também
guardião das almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do
desencarne, são eles, os falangeiros de omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos
fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo
material.

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Os comandados de omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos
sítios pré e pós morte física (hospitais, cemitérios, necrotérios, etc.), envolvendo estes
lugares com poderoso campo de força fluídico-magnético, a fim de não deixarem que
os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico
daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura
na dança: se nela Omulu/Obaluayê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa
de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No
comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter
tipicamente masoquista.

Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um
austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em
geral, ou pequenos outros defeitos físicos. Pierre verger define os filhos de omulu
como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre
tranquila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas
essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários.
São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar
dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades
vitais. No candomblé, como na umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva.

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A marca mais forte de Omulu/Obaluayê não é a exibição de seu sofrimento, mas o
convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto
pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas
psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais),
como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo
do cotidiano, das outras pessoas em geral e, principalmente, os prazeres.

Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si
próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma
punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do orixá, menos negativista,
pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem
perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um
comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender
socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluayê
serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e
sensuais (como a indomável iansã, a envolvente oxum, o atirado ogum), que ocupam
naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluayê um papel
mais discreto.

134


Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita
insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos. Assim como
ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande
círculo de amizades, frequentando o mundo social, seu comportamento seria
superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento
superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria.

O filho do orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade,
mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela
experiência inerente a um orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários, porém,
não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de
terrível que forma de si próprio. Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e
caridosos. Assim é que, na umbanda, este orixá toma a personalidade da caridade na
cura das doenças, sendo considerado o "orixá da saúde”.
O tipo psicológico dos filhos de Obaluayê é fechado, desajeitado, rústico, desprovido
de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma
doença de pele e é frequentemente hipocondríaco. Tem considerável força de
resistência e é capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com
tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida.

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Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos
determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido,
reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de
mortificação.
É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e
capacidade de adaptação, e por isso, não aceita mudanças. É vingativo, cruel e
impiedoso quando ofendido ou humilhado. Essencialmente viril, por ser orixá
fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um
brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de nanã: quanto mais
poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e,
paradoxalmente, perde a sedução.

Lendas de Obaluayê


“orixá da cura, continuidade e da existência!”

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluayê viu que estava acontecendo
uma festa com a Presença de todos os orixás. Obaluayê não podia entrar na festa,
devido à sua medonha aparência. Então,ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do orixá, cobriu-o com uma roupa De palha, com um
capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria
dos Festejos.

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Apesar de envergonhado, Obaluayê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã
tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de
Obaluayê e dele se compadecia. Iansã Esperou que ele estivesse bem no centro do
barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os Orixás dançavam
alegremente com suas ekedes Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas
roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de
Obaluayê pularam para o alto,transformadas numa chuva de pipocas, que se
espalharam brancas pelo barracão. Obaluayê, o deus das Doenças, transformara-se
num jovem belo e encantador. Obaluayê e iansã igbalé tornaram-se grandes Amigos e
reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único
de abrir e Interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
Banho de ervas
Sálvia
Barba-de-velho
Sete-sangrias
Carqueja
Cana-do-brejo
Jurema
Cipó-cruz
Pinhão roxo

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Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de Desligar, deixar tampado por 10 minutos. Despejar a água sobre as
flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter sem
Movimento por aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em seguida, tomar o
banho energético que pode ser do pescoço
Para baixo. O banho indicado proporciona purificação, iluminação e evolução espiritual. É bom
para Desenvolver capacidade, sabedoria, discernimento, concentração, equilíbrio e melhores
condições Para a tomada de decisões. É bom, também, para purificação, fortalecimento e
equilíbrio do espírito E ligação de vibrações.

Consagre-o elevando acima da cabeça:


“divino pai Olorum! Amado pai Obaluayê! Irradiem suas energias neste banho, para o
meu benefício.”
Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um vaso Ou de um jardim, agradecendo à natureza. Oração a pai Obaluayê
Amado pai Obaluayê!

Clamo-lhe que nos ampare em nossa jornada evolucionista, Realinhando, restaurando,
apaziguando e racionalizando nosso emocional, Equilibrando nossas energias espirituais,
energéticas, físicas e mentais, Dotando-nos de uma consciência positiva, fortalecendo e
condensando Nossas forças naturais, espirituais e divinas.

Conduza-nos para dentro de vosso mistério sagrado, concedendo-nos a graça De transmutarmos
e amadurecermos nossos sentidos, positivando-os; de sermos Conscientizados, de vivermos com
fraternidade e sabedoria, acelerando, assim, Nossa evolução e nosso crescimento em todos os
sentidos da vida.
Atotô, Obaluayê!

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NANÃ


A divindade nanã está assentada no polo negativo (absorvedor) da evolução.

• Rege sobre a maturidade e seu campo de atuação e sobre o racional dos seres.

• A mãe nanã possui duas irradiações distintas maleabilidade e decantação, que
também é um dos seus fatores divinos.
• Nanã transmuta as energias negativas e paralisante, gerada por conceitos
negativos e errôneos que os seres desenvolvem a respeito das coisas
divinas (sentimentos, pensamentos, emoções, atos etc.) De modo a
reequilibrá-lo e conduzi-los para o caminho da evolução.
• Em seu aspecto de maleabilidade vai desfazendo o que está paralisado ou
petrificado nos seres, dando-lhes maleabilidade. Por exemplo quando um ser
estaciona em um estado vibratório negativo insistindo em condutas
negativas, ele se torna impermeável a sugestões do bem, neste caso ele será
atraído ao campo de nanã para adquirir maleabilidade. (uma doença, pode ser uma
ferramenta).

139
• Como decantadora, vai decantando os seres de seus vícios, desequilíbrios e
negativismo, fazendo uma espécie de filtragem destas energias
desequilibradoras.
• Rege uma dimensão formada por terra e água, de natureza cósmica agindo no
emocional dos seres.
• É ela que adormece o espírito para o reencarne.

• Ela atua dissolvendo os medos ou bloqueios inexplicáveis, defundo
inconsciente e a memórias traumáticas do ser.
• Todo este negativismo vai se soltando vai sendo depositado no fundo do barro
(encontro dos elementos terra/água) e finalmente dar estabilidade ao que
ficou depositado em todo este processo, para que o ser retorne a sua evolução
de forma equilibrada, o entregando aos domínios de obaluaê.
• Os lagos, os mangues e os rios que correm de modo tranquilamente são os seus
pontos de força.
• Um lago tema superfície calma, mas puxa para abaixo tudo que é neleatirado,
assim é o magnetismo desta grande mãe.
• Nanã é mais velhas das mães, é nosso aconchego, é a experiência, a sabedoria,
a paciência, e nossa divina avozinha.

140
• Ela é a chuva da garoa, por isso um banho de chuva também é reverência a seu
elemento.
• Ela é a senhora das passagens desta vida para a outra, reconduzindo ao astral
as almas que oxum colocou na concepção no mundo material.
• Ela é a mãe e a avó, protetora dos idosos e da família.

141
SAGRADO ORIXÁ NANÃ

“A sabedoria nos acomoda e revela os mistérios

Ocultos e sagrados”.


Nanã no sincretismo é Santa Ana

Saudação: Saluba, Nanã! (significado: águas pantaneiras!)
Ponto de força: mangue
Cor da vela: lilás
Pedra: rubelita
Dia da semana: quarta-feira

Fio de contas: cascalho de pedra rubelita ou contas de lilás

As filhas de nanã são regidas por magnetismos venusianos e terráqueos
Símbolo: ibirin feito com palha-da-costa
A orixá nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é oracional
dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova
“vida”, já mais equilibrada. A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por
dois elementos, que são: terra e água.
Ela é de natureza cósmica, pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos
seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas
evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma
decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais.

142
Nanã forma com Obaluayê a sexta linha de umbanda, que é a linha da evolução. E
enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela
atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar.
Saibam que os orixás obá e omulu são regidos por magnetismos “terra pura”,
enquanto nanã e Obaluayê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”.
Obaluayê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também
absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua
irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”.

Já nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia
como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em
essência, irradia-o junto com sua energia aquática. Estes dois orixás são únicos, pois
atuam em polos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos,
regem a evolução dos seres.
Enquanto nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluayê o envolve
em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o
tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado. Este
mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está
ligadoDesde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso
amado pai Obaluayê, que é o “senhor das passagens” de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação
única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória,
preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já
vivenciou.

143
É por isso que nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa
a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos
campos de atuação de nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio,
ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles nãointerfiram com o destino
traçado para toda uma encarnação. Em outra linha da vida, ela é encontrada na
menopausa.
No início desta linha está oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está
Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está nanã, paralisando tanto a
sexualidade quanto a geração de filhos. Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás
atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa davida dos
seres.
Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar,
porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível
nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Nanã em seus aspectos
positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas
qualidades “água-terra”.

144
A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos,
ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único orixá que não reconheceu a soberania
de ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da
vida, como da morte. Seu símbolo é o ibirin – um feixe de ramos de folha de palmeira
com a ponta curvada e enfeitado com búzios. Nana é a chuva e a garoa.

O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande
força, uma homenagem a este grande orixá. Nanã buruquê representa a junção
daquilo que foi criado por deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a
separação entre o que já existia, a água da terra por mando de deus, sendo,Portanto,
também, sua criação simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra surgiu o barro.

2. O barro com o sopro divino representa movimento.

3. O movimento adquire estrutura.

4. Movimento e estrutura surgiu a criação, o homem.


Portanto, para alguns, nanã é a divindade suprema que junto com zambi (Olorum) fez
parte Da criação, sendo ela responsável pelo elemento barro, que deu forma ao
primeiro homem e deTodos os seres viventes da terra, e da continuação da existência
humana e da morte, Passando por uma transmutação para que se transforme
continuamente e nada se perca. Esta é uma figura muito controvertida do panteão
africano.

145
Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes,
relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido. Orixá que
também rege a justiça, nanã não tolera traição, indiscrição nem roubo.

Por ser orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter
completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma
dengosa e vaidosa aparente filha de oxum seria uma filha de nanã "escondida". Nanã
faz o caminho inverso da mãe da água doce.

É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas que oxum colocou no mundo real.
É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do
desconhecido. A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que
recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-
uterina.
É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da
umbanda e do candomblé, com menos familiaridade que os orixás mais
extrovertidos como ogum e xangô, por exemplo. Muitos são, portanto, os mistérios
que nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para
poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada
um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a
responsável por esse período é justamente nanã.

146
Ela é considerada pelas comunidades da umbanda e do candomblé, como uma figura
austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou, então, de alguma
forma de explosão emocional.
Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por nanã,
por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável,
pois o orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca, em geral, sempre a
mesma relação austera que mantém com o mundo. Nanã forma par com Obaluayê.
E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá
encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o
envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto
já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado
desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluayê, que
é o "senhor das passagens" de um plano para outro. Está grande orixá, mãe e avó, é
protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as
enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando

uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Sant’Ana, e a cerimônia se chama
dança dos pratos. Nanã, é um orixá feminino de origem daomeana, que foi
incorporado há séculos pela mitologia Yorubá, quando o povo nagô conquistou o povo

147
do daomé (atual república do benin), assimilando sua cultura e incorporando alguns
orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Uma pessoa que tenha nanã como orixá de cabeça, pode levar em conta,
principalmente, a figura da avó: carinhosa, às vezes, até em excesso, levando o
conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com
forte tendência a sair censurando os outros.
Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar
pequenos problemas em grandes dramas.


Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano,
como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o
perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.
Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre
tentando realizar as vontades e necessidades dos outros. Às vezes, porém, exige
atenção e respeito que julga devido, mas não obtido dos que a cercam.

Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como
optam por certas saídas que para um filho de nanã são evidentemente inadequadas.
É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem
aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela. Suas reações bem
equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da
sabedoria e da justiça.

148

Todos esses dados indicam também serem os filhos de nanã, um pouco mais
conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do
passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até
voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos
costumes, da nova moralidade etc. Quanto à dados físicos, são pessoas que
envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm. Os filhos de
nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza.

São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo,
como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas
com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a
indulgência das avós.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre
no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade. O tipo psicológico
dos filhos de nanã é de introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero.
Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos
e há muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer,
ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

149
Lendas de nanã

Como nanã ajudou na criação do homem

Dizem que, quando Olorum encarregou oxalá de fazer o mundo e modelar o ser-
humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não
deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou
dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu.
Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi,então, que nanã veio em seu
socorro e deu a oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob
as águas, que é nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de
Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos orixás povoou a terra. Mas tem um dia que o
homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de nanã.
Nanã deu a matéria no Começo, mas quer de volta no final tudo o que é seu.

Banho de ervas
Alfazema
Camomila
Assa-peixe
Tiririca
Cana-do-brejo
Losna
Hortelã

150
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de
Desligar, deixar tampado por 10 minutos.

Despejar a água sobre as flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter
sem Movimento por aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em
seguida, tomar o banho energético que pode ser do pescoço Para baixo. O banho
indicado proporciona tranquilidade, equilíbrio e fortalecimento para o campo astral;
Traz paz de espírito, harmonia, transmutação de energias, força e coragem para
transformações
Urgentes e renovadoras. Além disso, ajuda no esgotamento de magias negativas e dos
seus
Elementos, purifica e levanta o astral.
Consagre-o elevando acima da cabeça:
“divino pai Olorum! Amado mãe nanã! Irradiem suas energias neste banho, para o
meu benefício.”
Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um vaso Ou de um jardim, agradecendo à natureza.

151

Oração a Mãe Nanã

Divina mãe Nanã Buruquê!

Eu reverencio respeitosamente o seu poder divino

E clamo, amada mãe, que suas irradiações curadoras
Adentrem em meu mental, apaziguando-o,
Equilibrando meu emocional,
Regenerando e fortalecendo meus campos energéticos
E órgãos vitais.
Que suas irradiações evolucionistas me envolvam
E se estendam por este ambiente,
Devolvendo a harmonia, a prosperidade e a saúde energética,
Emocional, mental e física.
Inunde todo meu ser e este local com suas irradiações
Aquático-vegetais, para que elas fluam, abrindo caminhos
Em todos os sentidos da vida. Agradeço, amada mãe
nanã, por sua intervenção, proteção E amparo divino em
minha jornada evolucionista.
Saluba, Nanã buruquê! Saluba Nanã!

152
IEMANJÁ



• Iemanjá é a divindade que está assentada no polo universal positivo ou
irradiante do trono da geração e da vida onde se polariza com Omulú polo
negativo absorvedor.
• Iemanjá é a mãe da vida, é a água que vivifica e pai Omulú é a terra que molda
os seres viventes.
• Simboliza a maternidade, o amparo materno, a maternidade propriamente
dita.
• Ela irradia seu fator gerador e criacionista, que estimula a gerações e a
criatividade das pessoas, trazendo oportunidade de crescimento nos 7 sentidos
da vida.

153
• O principal elemento de iemanjá são as águas as emoções, é representação o
princípio feminino é a “mãe do criador”, conhecida como a mãe de todo os
orixás.
• O mar é regido por ela e representa todas as emoções, já que todas as águas
correm para o mar.
• O mar lava as nossas almas, magoas, renova a vontade de viver, justamente
porque a sua energia é a emanação da mãe divina.
• Iemanjá vai muito mais além da geração através do sexo, por representar avida
em seu sentido mais amplo, na geração dos seres, das criaturas e das espécies,
gerando também novos caminhos e novas oportunidades em nossa vida.

154
SAGRADO ORIXÁ YEMANJÁ

“Que a luz da vida os abençoe e ampare enquanto viverem

No meio (carne), pois assim poderão amparar

A muitos que estão à sua volta.”


Yemanjá no sincretismo é nossa senhora das graças, nossa senhora dos navegantes

Saudação: Odoyá, minha mãe! Ou Odociaba! (significa: salve a amada senhora da
água!)
Ponto de força: mar
Cor da vela: azul claro
Pedra: diamante
Dia da semana: sábado

Fio de contas: cascalho de água marinha

As filhas de Yemanjá são regidas pelo planeta netuno
Símbolo: leque com espelho e espada
Yemanjá é o trono feminino da geração e seu campo preferencial de atuação é no
amparo à maternidade. O fato é que o trono essencial da geração assentado na coroa
divina projeta-se e faz surgir, na umbanda, a linha da geração, em cujo polo magnético

155
positivo está assentada o orixá natural Yemanjá e, em cujo polo magnético negativo
está assentado o orixá omulu.
Yemanjá, a nossa amada mãe da vida é a água que vivifica e o nosso amado pai omulu
é a terra que a molda os viventes. Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a
maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente.
ela se projeta e faz surgir sete polos magnéticos ocupados por sete Yemanjás
intermediárias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras
de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos. Estas
sete Yemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro
da umbanda.
Suas orixás intermediadores estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos,
onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos
maternais ou paternais. Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também
para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas
hierarquias de orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos
religados às hierarquias naturais.
Deusa da nação de Egbé, nação esta Yorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá). No
brasil, rainha das águas e mares.
Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os orixás
yorubanos, enquanto a maternidade dos orixás daomeanos é atribuída a nanã. Por isso
à ela, também, pertence a fecundidade. É protetora dos pescadores e jangadeiros.
Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura
extremamente simples.

156
Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem
divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam muitos iniciados
e simpatizantes, tanto da umbanda como do candomblé. Pelo sincretismo, porém,
muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos
e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer
casamentos entre santos cristãos e orixás africanos, buscando pontos em comum nos
mitos.

Para Yemanjá foi reservado o lugar de nossa senhora, sendo, então, artificialmente
mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por
muitos ramos da umbanda. Mesmo assim, não se nega o fato de sua popularidade ser
imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho. É
uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da
mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vêem se afastarem de seu abrigo,
tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os
presentes e oferendas dos devotos.
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no rio de janeiro, em santos
(litoral de são Paulo) e nas praias de porto alegre a oferta ao mar de presentes a este
orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na
passagem do ano. São comuns no réveillon as tendas de umbanda na praia, onde
acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a
qualquer pessoa que se interesse. Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem
tanto oxum como Yemanjá à função da maternidade, pode estabelecer-se uma boa

157
distinção entre esses conceitos. Os dois orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente
não rivaliza com ninguém, enquanto oxum é famosa por suas pendências amorosas
que a colocaram contra iansã e obá).
Cada uma domina a maternidade num momento diferente. A majestade dos mares,
senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente
absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de deusa das pérolas, é
aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.
Numa casa de santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida
e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência;
proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco
tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou
de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos babalorixás (pais no
santo) ou Ialorixás (mães no santo) com os filhos no santo.



A necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é
uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor
ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente
ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a
salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar. É ela que proporcionará
boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu
reino. É ela quem controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o
maremoto.

158
Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá oxalá complementando-o como o princípio
gerador feminino. Essa força da natureza também tem papel muito importante em
nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas. É ela que dá o sentido da
família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do
sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao
grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos.
Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações
familiares. É o sentido da união por laços consanguíneos ou não. Pelo fato de Yemanjá
ser a criação, sua filha, normalmente, tem um tipo muito maternal. Aquela que
transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os
braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram.
A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a
grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os
seus. O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida
de seus tutelados com muito amor. Geralmente é calmo e tranquilo, exceto quando se
sente ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém.

É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não
admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como
ajuntó o orixá ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajunto é
Oxóssi, aí sim, é pessoa calma, tranquila, e sempre reage com muita tolerância. O
maior defeito do filho de Yemanjá é o ciúme.

159
É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão
sob sua guarda. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres,
pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da
comunidade de que fazem parte. Apreciam o luxo, as jóias caras e os tecidos vistosos e
bons perfumes. Entretanto, não possuem a mesma vaidade coquete de oxum, sempre
apresentando uma idade maior, mais responsáveis e decididos do que os filhos da
Oxum.
A força e a determinação fazem parte de suas características básicas, assim como o
sentido de amizade, sempre cercada de algum formalismo. Apesar do gosto pelo luxo,
não são pessoas ambiciosas nem obcecadas pela própria carreira, detendo-se mais no
dia a dia, sem grandes planos para atividades a longo prazo. Pela importância que dá a
retidão e à hierarquia, Yemanjá não tolera mentira e a traição.
Assim sendo, seus filhos demoram a confiar em alguém, e quando finalmente passam
a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro círculo de amigos, deixam de ter restrições,
aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo
grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Não esquecem uma
ofensa ou traição, sendo raramente esta mágoa esquecida. Um filho de Yemanjá pode
tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las
jamais. Fisicamente, existe uma tendência para a formação de uma figura cheia de
corpo, um olhar calmo, dotada de irresistível fascínio (o canto da sereia). Enquanto os
filhos de oxum são diplomatas e sinuosos, os de Yemanjá se mostram mais diretos.
São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a
determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da

160
amizade e do companheirismo. São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem
falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo.
Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente
possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Todos esses
dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora
do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente
envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos
outros. Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum orixá. Seu
caráter pode levar o filho desse orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos
que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Gostam de
testar as pessoas.

Lendas de Yemanjá

Yemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito
jovem e foi viverna mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe,
Oxossi bebeu uma poção dada porOssain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato.
Passado o efeito da poção, ele voltou para casa, masYemanjá, irritada, expulsou-o.
Então, ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar emConflito
com os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu
para o mar.
Yemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a
casa do paiOlokum. Okere mandou um exército atrás dela, mas, quando estava sendo
alcançada, Yemanjá seTransformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante,

161
Okere a alcançou e pediu que voltasse; comoYemanjá não atendeu, ele setransformou
numa montanha, barrando sua passagem. Então, Yemanjá pediuajuda a xangô; o orixá
do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva,
queencheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Yemanjá pôde correr
para o mar.
Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la.

Uma grande lutase deu, e bravamente Yemanjá resistiu à violência do filho que, na

luta, dilacerou os seios da mãe.Enlouquecido e arrependido pelo que fez, exu “saiu no
mundo” desaparecendo no horizonte. Caída ao chão,Yemanjá entre a dor, a vergonha,
a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao paiOlokum e ao
criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi
saindo dandoOrigem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa
dos orixás, tendo comoIncumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos
outros na corte.
Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a
maternidade e aFecundidade.
Banho de ervas
Rosas brancas
Manjericão
Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de
Desligar, deixar tampado por 10 minutos.

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Despejar a água sobre as flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter
sem Movimento por aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em
seguida, tomar o banho energético que pode ser da cabeça
Aos pés.

O banho indicado é excelente para trazer paz ao espírito, harmonizar, desenvolver as

Faculdades psíquicas, purificar os chacras, principalmente o coronal, o frontal e o
cardíaco; clarear aMente, além de nos ajudar a ter novas ideias. Também, propicia
excelente conexão com o planoEspiritual, fortalecendo o espírito e ligando às
vibrações mais sutis.
Consagre-o elevando acima da cabeça:“divino pai Olorum! Amada mãe Yemanjá!
Irradiem suas energias neste banho, para o meuBenefício.”
Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um vaso
Ou de um jardim, agradecendo à natureza.

163
Oração a mãe Yemanjá

Oh doce, meiga e querida mãe Yemanjá!

Vós permitistes que no seio de vossa morada se formassem as primitivas formas de
vida, Que foram o berço de toda a criação, de toda a natureza, e de toda a
humanidade; Aceitai nossas preces de reconhecimento e amor.
Oh visão divina e celestial!

Que os lampejos que emanam de vosso diáfano manto de estrelas venham, como
benéficas Vibrações espirituais, aliviar os nossos males, curar aos doentes,
apaziguar os nossos irmãos Irados, consolar os corações aflitos.
Que as flores e oferendas que depositamos em vosso tapete sagrado
Sejam por vós aceitas e, quando entrarmos nas águas para ofertá-las,
Sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluídos divinos.
Fazei, senhora rainha das águas, com que a espuma das ondas em sua alvura
imaculada Traga-nos a presença de oxalá, limpe os corações de todas as maldades
e malquerenças. Que os nossos corpos, tocados por vossas águas sagradas,
Libertem-se em cada onda que passa, de todos os males materiais e espirituais.
Que a primeira onda a nos tocar afaste de nossas mentes todos os eventuais desejos
de vingança. Que a segunda onda lave nossos corações e nosso espírito,
Para que não nos atinjam as infâmias e malquerenças de nossos desafetos.
Que a terceira onda afaste a vaidade de nossos corações.

164
Que a quarta onda lave o nosso corpo de todos os males e doenças físicas
Para que, sadios, possamos prosseguir.
Que a quinta onda afaste de nossa mente a ganância e a cobiça.
Que a sexta onda venha carregada de flores e que, Nosso maior
desejo seja o de cultivar o amor fraternal que deve existir entre
todos os homens.
E que, ao passar a sétima onda, nós, puros e limpos.

165

OMULU



A morte é um ato de vida “pai Rubens Saraceni”


• a verdadeira vida eterna é a existência do espírito que, após um período no astral,
reencarna, voltando ao corpo material muitas vezes para ampliar a consciência no
caminho rumo ao criador. Portanto vida e morte constituem um único ciclo de vida.

• pai omulu é o orixá, fiel depositário do nosso corpo, quando o espírito se desprende
dele, como orixá da terra.
• o que chamamos de morte e dissolução progressiva do indivíduo, que, ao
desencarnar, se defronta com uma zona de transição entre o mundo material eo
mundo astral, denominado túnel de triagem . Ao passar por este túnel, basta apenas alguns
segundos para que toda a sua vida, ideias, preconceitos, comportamentos e crenças
desenrolem-se como um filme. Esta triagem dá o direcionamento ao local onde habitará após o
desencarne.

166
Pai omulu, de seu ponto de força no camposanto (cemitério), coordena todas as almas,
de acordo com a lei maior, mantendo-as no cemitério ou enviando-as ao umbral, onde
também é o regente.
O senhor omulu é o chefe de todos executores da lei dentro da linha das almas e é ele
mesmo, o verdadeiro executor dos seres que caíram. Em todas as culturas o campo
santo é considerado um ugar sagrado, onde os corpos sem vida são recolhidos pela
terra e devolvidos ao criador.
Na umbanda omulu é o orixá que tem o recurso de paralisar todo processo criativo ou
gerativo que se desvirtuar, se degenerar, se desequilibrar e se negativar.
Pai omulu nos paralisa nos atos geradores desvirtuados das ideias, doutrinas, projetos,
desejos, faculdades sexuais, princípios , leis e etc.

Seu elemento é telúrico, divindade da terra, é o orixá que rege a morte é a energia
que se condensa em torno do fio de prata, que une o espirito a matéria, e o
dissolve no momento do desencarne. É o guardião dos mortos e da vida, pois
paralisa todos que atentarem contra ela. Ele não pune ou castiga, apenas conduz
cada um ao seu devido lugar. No seu polo negativo ,é o chefe de todos executores
da lei na linha das almas. Orixás como yansã d´balê, ogum megê e xangô da terra
também tem seus subpontos de forças em seu reino. Para auxilia-lo em tem a sua
direita ogum megê, que é o guardião das passagens e a sua esquerda o exu
guardião das 7 porteiras. No cruzeiro a direita ogum megê e a sua direita yansã
d`balê.

167

A sétima linha da magia é dele. Aqueles que trabalham com magia não o
desconhecem, mesmo que sob outro nome, entendendo se por magia tudo que
ofertamos e retiramos do astral. Ir ao cemitério e ascender uma vela, levar flores
é um ato magico. Aqueles que vão ao cemitério para prejudicar os seus
semelhantes sentirão peso da lei deste pai, podendo ter sua alma aprisionada aos
planos inferiores do cemitério.

Mas em seu polo positivo, ele é o puro amor divino a própria caridade divina no
amparo dos espíritos caídos(equipe de socorristas), até que os mesmos tenham se
curado e retornado ao caminho reto.
Podemos orar a omulu na cura de enfermidades. Ele atuará no nosso magnetismo, no
nosso corpo energético, no nosso campo vibratório e em nosso corpo carnal, curando
ou possibilitando o encaminhamento ao médico que fara isso. Toda magia envolvendo
os mortos está em seu reino, ponto de forças dos cemitérios, no embaixo, já que, no
alto são regidos por nosso pai obaluaê.
Rege a linha dos caboclos africanos quimbandeiros e guardiões.

Elementos :

velas roxas
incenso violeta
bebida água potável
pipocas, coco fatiado
vinho branco licorosos
flores crisântemos
pedra turmalina preta

168
SAGRADO ORIXÁ OMULU

“A morte é a transformação de uma vida em outra. ”

Omulu no sincretismo é são roque

Saudação: atoto, meu pai! (significa: peço quietude, meu pai!)
Ponto de força: cemitério
Cor da vela: roxa
Pedra: turmalina negra
Dia da semana: domingo

Fio de contas: branco e preto

Os filhos de omulu são regidos por plutão

Símbolo: xaxará ou íleo (espécie de lança de madeira)

Omulu é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para
o plano espiritual (desencarne). É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos
umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado pai omulu.
E, no entanto, descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram
legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só
os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que omulu é o guardião divino dos
espíritos caídos.

169
O orixá omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua
jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais. Mas, ele não
pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da lei divina, que também não
pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne.
E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela
própria lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás
cósmicos, que são magneticamente negativos. Tatá omulu é um desses guardiões
divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos
espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida.
Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou
incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que tatá omulu é um dos
orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o
descrevem como implacável nas suas punições. Ele, na linha da geração, que é a
sétima linha de umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa
amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra
os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.
Em tatá omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade
se consagra por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que tatá
omulu assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que
começássemos a atentar contra os princípios da vida.
Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai omulu nos
paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores. Mas esta “geração” não se
restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo

170
sexual. Afinal, geramos ideias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos,
doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis,
preceitos, princípios, templos etc.
Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os
princípios sustentados pela irradiação divina, que na umbanda recebe o nome de
“linha da geração” ou “sétima linha de umbanda”, então, estamos sob a irradiação da
divina mãe Yemanjá, que nos estimula.
Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados
como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então, já estaremos sob a
irradiação do divino pai omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas,
pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma
ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu,
colocando-nos em um de seus sombrios domínios.
Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se
feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E,
por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos
tenhamos nos curados para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os
espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.
Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida,
seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade, seja nas ideias, através de nosso
raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira
dádiva divina. Tatá omulu, em seu polo positivo, é o curador divino e tanto cura alma
ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele

171
atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso
corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que
detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.
O orixá omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual seja a sua
religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa
vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de
um dos mistérios de deus, que nominamos de “mistério da morte”.
Tatá omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em
torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do
desencarne ou passagem de um plano para o outro.

Neste caso, ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e
capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é
apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a
vida na carne. Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura,
e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante,
como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o
espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta,
induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva. O orixá omulu atua em
todas as religiões e em algumas é nominado de “anjo da morte” e em outras de
divindade ou “senhor dos mortos”.

172
No antigo Egito, ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes
que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do cristianismo
seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e
“arcanjo” para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do que recorrer ao
arquétipo tão temido do “anjo da morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje
da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade
responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.
O culto a tatá omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito,
que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o
tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que
alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras
regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás
semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram.

“humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas,
compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação. Tatá omulu não
vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na
coroa divina, pois é um dos tronos de Olorum, o divino criador. Entre, corpo e alma,
possamos ver, ainda que apenas por alguns segundos, o esplendor de vossa radiosa
imagem. É o que humildemente vos suplicam os filhos de umbanda.
Banho de ervas
Pinhão roxo

173
Dandá da costa
Manjericão roxo
Manjerona
Gengibre
Angélica
Cipó-cravo

Lavar as flores e ervas e dispor em um refratário de ágata branca. Ferver água e,
depois de
Desligar, deixar tampado por 10 minutos.

Despejar a água sobre as flores e ervas, macerar e tampar com pano branco. Manter
sem Movimento por aproximadamente 2 horas. Tomar o banho higiênico e, em
seguida, tomar o banho energético que pode ser do pescoço
Para baixo. O banho indicado é excelente para ajudar a consumir e dissipar larvas e miasmas
astrais e
Paralisar energias e fluxos negativos. Traz firmeza de propósitos, ânimo, energia,
vitalidade, Regeneração, alegria, concentração e expansão. É também esgotador,
ajuda na limpeza de magias e Elementos negativos, desagregando e purificando.

174
Consagre-o elevando acima da cabeça:

“divino pai Olorum! Amado pai omulu! Irradiem suas energias neste banho, para o
meu benefício.”
Derrame a água de ervas da cabeça aos pés. Recolha os restos e deposite na terra de
um vaso Ou de um jardim, agradecendo à natureza. Oração a pai omulu
Amado pai omulu!

Pedimos força, coragem, resignação e inspiração para que só pratiquemos o bem.

Sabemos como é difícil seguir a sua senda, pois temos consciência das nossas
fraquezas e imperfeições.
Entretanto, sagrado pai, nós nos esforçamos para sermos dignos de suas bênçãos e de
seu perdão.
Zele, pai omulu, para que sejamos sempre amparadores da vida e dos seus sentidos.

Faça com que busquemos, cada vez mais, os bons ensinamentos, sentimentos e
atitudes que nos elevem e Nos conduzam à luz do nosso divino criador.

175
Divino pai omulu! Cubra-nos com o seu manto de irradiações telúricas, imantando-nos
e despertando em Nosso íntimo os virtuosos sentimentos de preservação de tudo que
foi gerado pelo divino criador. Cremos em seu poder divino que transcende tudo que
possamos imaginar. Ao senhor, que é a luz que dá vida aos nossos espíritos imortais,
rogamos, pai amado, que tenhamos o Entendimento necessário, para que nossos
espíritos não se percam em vida nem se desvirtuem dos caminhos
Predestinados por nosso amado pai Olorum.
Atotô, velho omulu! Atotô, divino pai!
Ponto para pai omulu

O senhor do braço forte

Quem nos ampara na vida, quem nos ampara na morte,
Quem nos ampara na vida, quem nos ampara na morte?
É omulu, nosso pai, o senhor do braço forte.
É omulu, nosso pai, o senhor do braço forte.
Olhe por nós, omulu, meu velho pai,
Para que ninguém tropece ao caminhar,
Mas se um filho seu tropeça e cai,
Por amor, ó pai, ajude a levantar!
Por amor, ó pai, ajude a levantar!

176
O ESTADO DO VAZIO



Antes de existir “fora” do divino criador Olorum, tudo já preexistia nele, e além dele

nada mais existia por si só.

Como nada existia além dele, fora dele nada existia e tudo estava contido dentro dele.
Na origem estava Olorum nada mais e mais ninguém além dele existia.
Dentro e dissociado dele, tudo e todos preexistiam como parte de um todo, que era
ele em si mesmo. Nesse estado ainda interior, cada orixá era uma de suas partes divinas e eram
mistérios internos unidos a ele.
Nenhum orixá existia por si só e apenas existiam como partes de um todo divino do qual eram
indissociáveis de Olorum, já que fora dele nada existia, fornecendo-nos o primeiro estado da
criação original Olorum então, vendo tudo e todos em si mesmo, pensou em como se
exteriorizare dar vida própria em cada ser e a cada coisa que existiam como parte de si. Então
Olorum pensou em seu primeiro estado original externo, o estado de nada existir fora dele, que
não é um estado mas uma ausência de qualquer coisa oposto do seu lado interno.

177
E assim do pensamento de Olorum que foi exteriorizado na forma do primeiro estado
que passou a existir por si só, surgiu no seu exterior o estado do vazio absoluto, foi
pensado com esta capacidade dele de poder conter tudo o que viesse a ser
exteriorizado posteriormente por ele. O estado vazio assumiu a condição de oposto ou
negativo do lado interno de Olorum, que a tudo esvaziaria e integraria como partes
vazias ou relativas do vazio absoluto. Começamos a entender um pouco já do mistério
absorvedor esvaziador de exu, que a tudo esvazia até o seu estado natural para
reintegrar novamente ao absoluto.
então Olorum pensou, dentro de mim, todos se sentirão plenos, mas dentro do vazio,
sentir –se ão vazio de si mesmos.
assim como Olorum é criador e gerador ,o vazio ao ser criado mostrou-se como uma
esfera á sua volta, tão grande como seu lado interior, mas escura por nada existir,
enquanto em Olorum e dentro dele tudo irradia sua própria luz, dentro do estado do
vazio nada e ninguém consegue irradiar-se por que é esvaziado, inclusive da sua
própria luz.
deu-se ao princípio de luz e escuridão .
este mistério gerador do vazio
foi denominado matriz divina geradora do vazio.

178
MISTÉRIO DE EXU



E por que é em si uma divindade ,Olorum nomeou para guardar para ele o guardião
divino da esfera do vazio, assim de individualizando, como preencher este vazio era
impossível, Olorum pensou em um mistério que preencheria o vazio interior dessa
divindade , o mistério pensado foi o refletidor e imediatamente a esfera do vazio foi
preenchida pelo reflexo do seu interior pleno.
Assim este mistério refletor passou-a refletir tudo e todos que preexistiam no interior
de Olorum .
Este mistério possui duas faces, uma voltada para lado interno de Olorum e outra para
o lado externo dele, assim esta entidade guardiã passou a receber o reflexo de tudo
que acontece no interior e exterior de cada ser, fato este que cada pensamento ato
ou palavra proferida por alguém reflete no vazio absoluto, tornando se conhecida por

179
seu guardião divino.

Esta divindade guardiã dos mistérios do vazio já recebeu muitos nomes aqui na terra
devido a existências de muita religiões já fundadas pelo homem.
Quem melhor interpretou esta divindade do vazio foi a religião dos orixás, nascida há
alguns milhares de anos na Nigéria. Então, essa divindade recebeu o nome de exu

entre os povos é exu ou melhor orixá exu, que segundo alguns, em ioruba significa
esfera.
Mas na umbanda, ele não foi fundamentado na sua forma africana, mas nas suas
funções divinas na criação.
No culto tradicional praticado na Nigéria aos orixás, há um deles que responde pelo
nome; exu somente. Ele não é u exu tranca – ruas ou sete encruzilhadas.
Seu ponto de intercessão se dá com outros orixás ,denominando como qualidades de
exu, ou seja, existe uma qualidade de exu para xangô, oxossi, ogum e etc.
Para melhor compreensão , se observarmos uma missa católica ela será diferente de
um culto evangélico, a divindade cultuada é a mesma porem a forma de acessa-la é
diferente.
A forma religiosa é para cultuá-lo .

A forma magística e para ser ajudado por ele.

180
Exu, no ritual da umbanda é força ativa por excelência e como guardião nas trevas,
tem uma função definida pela lei maior que não podemos colocar em dúvidas.
Exu é uma das forças que atuam no negativo de qualquer pessoa que possua o dom
ancestral místico da incorporação oracular.


Sete são as linhas de forças tanto no positivo quanto no negativo; sete são os círculos
ascendentes e sete são os círculos descendentes, sete são os símbolos da luz e sete são
os símbolos das trevas, sete são os degraus ascendentes e sete são os degraus
descendentes.


Mas o primeiro ascendente está ligado ao primeiro descendente e assim
sucetivamente.
Os guardiões dos orixás maiores são apenas 7,um para cada linha de força.
Um exu de lei ou exu guardião, está ligado a uma orixá menor.
Os sete exus originais ou de nível 1 não incorporam.

Mas os do nível 2 coordenada as manifestações dos 7 do nível 3 que cada um deles
comanda. Esta coordenação e controlada pelos 7 superiores.
Isto é um exu de lei, alguém que conhece os mistérios da magia e já cansou de ter
prejuízo com seu mau uso do instrumento colocado a sua disposição.
Esta é a linha que divide um exu de lei dos quiumbas e eguns, espíritos ainda presos
nas trevas da maldade e ignorância, que ainda não se esvaziaram de suas
negatividades. Mais dias ou menos dias serão recolhidos pela lei, e daí por diante serão

181
para futuro aproveitamento e evolução. Exus que atuam através do dom oracular são
aqueles que estão aprendendo a usar os seus instrumentos colocados à sua disposição.
Quando descobrem o caminho menos espinhosos, usam de todas as suas forças para
atingir um grau superior. Para eles não existe o bem ou o mal só objetivos a serem
atingidos. São ligados a lei, mas executores do carma e ao mesmo tempo neutros.
Observemos o exemplo de quando estamos aflitos, elevamos nossos pensamento e
pedimos a deus e aos orixás ajuda, forças luminosas nos serão direcionadas.
Mas se estamos com ódio, inveja e ira, desejamos o mau a todo custo, praguejando e
amaldiçoando, elas também serão atendidas, mas pelas trevas.
Os exus atuam em um campo restrito, eles somente se movimentam se alguém for ao
campo de força. Sem isso os exus verdadeiros não atendem ninguém, e aquando já
despertaram para a verdadeira sabedoria não atendem nem ao seu médium.
*** que isto fique bem claro. Exu só age se for pago, simbolicamente através de uma
oferenda .com isso ele se exime da culpa pela ação negativa. Quem o pagou é que é o
culpado.
Aqui aplica-se o mistério refletidor, pois você recebera de volta a suas ações.

Um guia de luz age onde ele acha necessário, um exu age quando lhe pedem e pagam.
Aí está sua neutralidade esclarecida.
Se alguém tiver que pagar, que pague dando prova material de sua ação.

Os espíritos que vivem no meio os eguns e quiumbas, estes sim são os piores que existem no
baixo astral, sem pátria, sem lei agindo sempre se impondo sobre as pessoas.

182
Mas exu que trabalha junto com os seu médiuns, são semelhantes a nós, e tomam
nosso lado quando algo ou alguém está nos prejudicando.
Portanto exu de lei não e' demônio é um agente da lei, apesar de enfrentar forças
demoníacas.
Um exu não combate um mentor de luz, ambos atuam sob uma mesma lei.

Portanto orixá exu é uma divindade cósmica, que gera um fator que vitaliza os seres, e
por isso foi associado a sexualidade humana como “manipulador” do vigor sexual. Seu
símbolo fálico já é um indicador de seu mistério original representado pelo tridente.
Mas o vigor não se aplica só sexualidade, pois seu vigor está em todos os sentidos da
vida, fé, conhecimento, no amor, na lei etc.
Exu tanto gera e irradia o fator vigor quanto o absorve e o retira, e por ser agente
cármico a própria lei o ativa e ele próprio começa atuar como paralisador e esgotador
de carma grupais ou individuais.
Por ser elemento mágico só e ativado quando alguém o ativa.

Se for alguém que ativou exu contra uma pessoa, um outro médium pode ativa-lo
para que cessem sua atuação. Agora se foi a lei maior, só com uma verdadeira reforma
intima a pessoa atuada o desativará
o tridente totêmico fálico serve tanto como uma arma que perfura a aura inundando
seu corpo magnético, assim também como para desenergizar uma pessoa, um espírito
ou mesmo para quebra de uma magia no astral.
Quando alguém recebe a energia de exu sente-se forte, vigoroso e feliz. Mas vigor sem
estímulos não se torna ativo, é ai que exu se completa com a qualidade de pombo -
gira, o desejo e estimulo.

183
A vitalidade de exu age principalmente no mental do ser, atuando no seu reequilíbrio
emocional, fortalecendo seus corpos físicos e energéticos, fazendo com que o ser saia
da apatia, tornando o capaz de tomar suas próprias decisões, estimulados aevoluir.
São mensageiros que respondem aos orixás aqui na terra. São intermediários, pelos
quais os orixás podem manifestar-se nas trevas.
Enquanto linha de esquerda, incorporam em seus médiuns e dá consultas gratuitas,
aconselhamento, orientando, defendendo, ajudando a superar as dificuldades
materiais ou espirituais familiares, profissionais, mas sempre a partir da sua visão
cósmica das situações.
Mas se exu transpira vigor por todos os sentidos , não vibram o fator estímulo,
inciativa ,desejo e não tem livre iniciativa e por não vibrar este fator e não tomar
iniciativas próprias é que polariza com pombo-gira, são indispensáveis um para o
outro.
Exu é de natureza dual intuitiva e emotiva.

É o mais humano dos mistérios da umbanda, porque reflete em si a natureza emotiva
do seu médium, no qual ele se manifesta e incorpora.
Seus elementos:

farofa de mandioca, crua ou com dendê
pimenta vermelha
pinga charutos

moedas fitas vermelhas e
pretas cravos vermelhos
velas pretas e ou pretas e vermelhas “laroyê exu. Exu é mojubá”

184
MISTERIO POMBO-GIRA


O mistério pomba-gira é regida por uma divindade cósmica que tanto gera como

irradia o fator “desejo”.

O fator vigor (exu) e desejo se completam e criam as condições ideias para que a
umbanda tenha seus recursos mágicos e cármicos, ele atuando em linhas horizontais e
inclinadas, dispensa a ativação direta do trono cósmico regente.
Pombo gira natural é um ser que desperta o desejo, não se limitando ao sexo,
destinando-se também a todos os sentidos da vida.
Desejo é um fator divino fundamental em nossa vida, pois nós o absorvemos por todos
os nosso chacras.

185
Associam-se ao desejo a um sentimento condenável, pois assumiu uma conotação
sexual, fora do controle.
O desejo só existe por que assim deus quis, se voltarmos a inicio da aula do vazio
“Olorum expressou o desejo de esvaziar-se e externalizar de si mesmo”, eis o mistério
pombo –gira sendo criado.
Ele é fundamental em nossas vidas sem ele vegetaríamos.

O mistério pomba-gira se manifesta na umbanda através de seres naturais ou de
espíritos incorporados as suas hierarquias ativas, pois são elementos mágicos que
podem assim com exu ser ativado por qualquer pessoa, estando sobre as mesmas
penalidades.

Existem uma dimensão da vida cujo polo positivo é regido por oxum e cujo polo
negativo e cultuada por uma divindade cósmica que não foi humanizada e não é
cultuada diretamente.
Mas é ativa em função da humanização de oxum.
O mistério pombo-gira é um mistério fechado.
Enquanto oxum irradia o mistério do amor essa divindade irradia o desejo e com isso
complementa ação agregadora do amor, dando-lhe fluidez e expansão.
Pois amar todos amam, mas amar algo só é sentido desejo de ama-lo que nos
apegaremos a este algo, seja pessoas, religião ou conhecimento

Esta divindade de deus também criou suas hierarquias divinas que são envolventes,
insinuantes e excitantes pombo-giras, que são regidas por um trono cósmico feminino
,cujo nome mântrico é ma_hor_iim_yê, senhora guardião do desejo.

186
Estimulando através do vermelho cor de sangue o desejo e o prazer pela vida.
Também é um mistério colocado à disposição dos orixás para atuar como os impulsos
sexuais femininos, evitando que as mulheres e seres caiam nos desejos mais
instintivos, próximos aos animais como a volúpia e a luxuria.
Portanto elas devem ser respeitadas e não vistas como prostitutas, pois elas
descarregam o acumulo de energias acumuladas e desvirtuada na sexualidade dos
seres..
Pombo –gira possui uma faixa vibratória e um grau magnético só seu, pelas quais flui,
irradia e manifesta-se na vida dos seres, regida também pelo mistério do trono neutro
assim como seu par vibratório exu

Através da sua dança ritualística e magisitica, com encanto amor e magia, ativa seus
magnetismo e mistério da fluidez, atuando , quebrando magias, limpando e
descarregando.
Se sem exu não se faz nada.

Sem pombo-gira não haveria o desejo e sentido de exu existir.

“laro-yê pombo-gira
pombo-gira é mojubá.”
Elementos de pombo-gira
pano vermelho
champanhe rosê
rosas vermelhas

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batom vermelho
perfumes e
velas vermelhas
bijuterias e ou joias em vermelho ou dourado

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MISTÉRIO EXU MIRIM



EXÚ MIRIM E SEU MISTÉRIO DE ATUAÇÃO. (POR RUBENS SARACENI)



exu mirim, pouco cultuado e muito desconhecido. Em um bom estudo, sobre essa
grande entidade que atua constantemente na nossa amada umbanda, pude descobrir
tamanha e ímpar descrição dada ao mistério exu mirim por Rubens Saraceni.

Em nossa amada umbanda, muito se fala sobre o mistério exu mirim, sendo uma
irradiação de um espírito infantil que atua na linha de esquerda (polo negativo), assim
como os erês que atuam na direita (polo positivo).
Muito mais do que essa simples definição nos é dada nesse estudo realizado por
Rubens Saraceni, nos direcionando um conhecimento espiritual onde o mistério do

189
orixá exu mirim atua como fator regredidor das ações humanas no polo negativo.


Exu mirim é um poder divino manifestado em seu mistério infantil, em um contexto
geral, ele atua regredindo o nosso progresso quando feito mal uso de nossas
faculdades pessoais, mediúnicas e dons para ações que nos prejudicam e
principalmente prejudicam o próximo.


Em conformidade com todo o contexto da linha de esquerda exu e pombo gira, que
atuam, desvitalizando, neutralizando e vitalizando condições através da magia e do seu
mistério para o nosso progresso e proteção em todos os campos e irradiações dos
nossos amados orixás, os exus mirins também realizam o mesmo mistério magístico
com a diferença de nos regredir por ações negativas de nossa iniciativa, que nos façam
prejudicar o próximo e a nós mesmos, onde nos é tirado faculdades as quais fazemos
mal uso durante nossa caminhada, para que através dessa regressão possamos
identificar a necessidade de reaprender as reais necessidades para evolução espiritual
e progresso.
Nessa mesma condição são as pombo-giras meninas, o mistério feminino da linha
mirim ou de esquerda. São entidades maravilhosas de um poder maravilhoso no
positivo (ação) e de um poder temível no negativo (ação).


De acordo com lendas e mitos, o mistério de exu mirim e sua linha de trabalho é atuar
nos mostrando como crescer, em sua constante busca pela evolução e seu
crescimento, nos privando de liberdades e conquistas adquiridas após feito mal uso da
mesma por nós, onde a regressão nos faz sentir no nosso íntimo a real importância

190
daquilo que tínhamos em nossa vida e não soubemos fazer uso.


Exu mirim é o nome que se dá aos seres de uma dimensão à esquerda da nossa.
Alguns deles se apresentam com características infantis, mas os que se manifestam
nos trabalhos religiosos de umbanda já trazem da sua dimensão um nível de evolução
diferenciado.
Exu, pomba-gira e exu mirim formam o triângulo de forças à esquerda da umbanda.

Que fique claro: exu mirim não é filho de exu e de pomba-gira.

Todos são arquétipos adotados pela umbanda para englobar numa só linha de
trabalhos espirituais os seres das dimensões da vida à nossa esquerda.

Estamos ligados mentalmente a eles (e a todos os outros) por meio de cordões
energéticos.


Tendo exu mirim (à esquerda) e os erês (à direita) em equilíbrio conosco, isto faz
com que sejamos alegres, dispostos, de bom humor, falantes e sonhadores.
Os exus mirins são portadores de poderes excepcionais que, doutrinados de forma
correta, muito nos auxiliam.
Eles também nos auxiliam amparando os seres equilibrados e merecedores do amparo
da lei, desembaraçando entraves e dificuldades dos seus caminhos, para que os seus
projetos bons, saudáveis e justos se concretizem.

Mais um mistério divino assim como exu e pomba-gira, não são demônios e muito

menos “espíritos de moleques de rua”.

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Exu mirim – exu “pequeno”, esse pequeno é somente no nome que carrega porque ele

é gigante em sua atuação e dentro do seu mistério divino.

Uma das funções de exu mirim é regredir os espíritos que atentam contra os princípios
da vida e contra a paz e a harmonia entre os seres.
-falou em intenções, falou em exu mirim, eles também refletem as más intenções das
pessoas que os incorporam e sabem exatamente qual é a real intenção de um
consulente, mas também sabem esgotar os vícios de seus médiuns
Não são os erês, por favor não confundam mais os seus exus mirins com os erês da
direita, erê é erê com seu mistério dentro da criação divina e exu mirim é exu mirim e
pronto.
São encantados da esquerda, são irrequietos, atentos, curiosos, mas nunca mal-
educados ou desrespeitadores e são linhas de trabalho com um mistério próprio, nunca
encarnaram.

Eles vem do plano dual e encantado, são de outra realidade, provenientes da sétima
dimensão à esquerda da que nós vivemos.
Eles entram em lugares e em campos que o exu e pomba-gira não entram ou não
querem entrar, entram e saem sem serem vistos.

Possuem o fator descomplicador e desirritador. As coisas estão complicadas? Chama
exu mirim; você está irritado por demais? Chama exu mirim que ele vai te ajudar desde
que suas intenções sejam realmente boas para consigo e seu semelhante.
“exu mirim, enquanto mistério divino que se auto realiza e se aplica a tudo e a todos,

vive e atua nos limites nebulosos que separam os dois planos de uma mesma coisa (…)

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tudo dependendo da intenções íntimas de cada um e de todos em geral” (livro: orixá

exu mirim – Rubens Saraceni – Madras editora.)


“ podem nos imputar todos os defeitos e vícios humanos que não ligamos a mínima,
porque somos refletores das más intenções de quem nos incorpora. Mas, que ninguém
se esqueça de que, ao incorporarmos em nossos médiuns e nos comportarmos de
forma chula ou mal-educada, antes dela ser nossa já era dele.
Portanto que cada um eduque sua “criança interior” que, aí sim, seremos mais

educados. Mas não muito certo?

Afinal, podemos ser pequenos, mas não somos bobos, pois sabemos muito bem como
são os humanos!
Certos comportamentos, devemos debitar ao arquétipo errôneo construído por
pessoas desinformadas sobre essa linha de trabalhos espirituais umbandistas.


2) Não São Espíritos Humanos, Em Hipótese Alguma.

3) Exus Mirins São Seres Encantados Da Natureza Provenientes Da Sétima Dimensão À
Esquerda Da Que Nós Vivemos.
4) a irreverência ou má educação comportamental não é típico deles na dimensão
onde vivem.
5) são naturalmente irrequietos e curiosos, mas nunca intrometidos ou
desrespeitadores
6) Por um processo osmótico espiritual, refletem o inconsciente de seus médiuns, tal
como acontece com exu e pombo gira. logo, são nossos refletores naturais.
7) Gostam De Beber As Bebidas Mais Agradáveis Ao Paladar Dos Seus Médiuns, Sejam

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Elas Alcoólicas Ou Não

8) Apreciam Frutas Ácidas E Doces "Duros", Tais Como: Rapadura, Pé DeMoleque,
Quebra Queixo, Cocadas Secas E Balas "Ardidas" (De Menta Ou Hortelã).
9) Se Bem Doutrinados Prestam Inestimáveis Trabalhos De Auxilio Aos Frequentadores
Dos Centros De Umbanda.
10) Não Aprovam Ser Invocados E Oferendados Em Trabalhos De Demandas E
Magias Negativas Contra Pessoas.
11) Toda Vez Que Seus Médiuns Os Ativam Para Prejudicar Os Seus Desafetos Seus
Exus Mirins Se Enfraquecem Automaticamente Já Aconteceram Inúmeros Casos De
Médiuns Que Ficaram Sem Seus Verdadeiros Exus Mirins Porque Os Usaram Tanto
Contra Seus Desafetos Que Eles Ficaram Tão Fracos Que Foram Aprisionados E
Kiumbas Oportunistas Tomaram Seus Lugares Junto Aos Seus Médiuns, Passando Daí
Em Diante A Criar Problemas Para Suas Vítimas Que Ainda Acreditavam Que Estavam
Incorporando Seus Verdadeiros Exus Mirins.
12) Eles Raramente Pedem Seus Assentamentos Ou Firmezas Permanentes EPreferem
Ser Oferendados Periodicamente Na Natureza, Tal Como As Crianças Da Direita.


13) se bem doutrinados e colocados a serviço dos frequentadores dos centros
umbandistas, realizam um trabalho caritativo único e insubstituível.
vamos resgatar os exus mirins da umbanda e libertá-los do falso arquétipo que mentes
e consciências distorcidas criaram para eles?

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Exu mirim corta intenções e atuações negativas que venham a prejudicar o equilíbrio
da vida, a paz e a harmonia entre os seres.
eles também desembaraçam situações complicadas, promovem limpeza energética
profunda e cortam magias negativas, principalmente as projeções mentais negativas.
na verdade quem teme exu-mirim não quer ver seus desejos sombrios revelados, pois
como guardião de mistério, conhece a verdadeira intenção, por trás de cada palavra,
ação e pensamento.
seu mistério é revelador do oculto.

relações

regência principal: à esquerda da nossa dimensão

campo de atuação: regeneração e harmonia

cores: preto, vermelho e preto e vermelho (bicolor)

ervas: casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo,
dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.
flores: rosa branca e vermelha

bebidas: vinhos doces e sucos de morango, cereja, acerola ou de maçã

oferendas: morango, cereja, maçã, romã, acerola, pêssego, limão e frutas vermelhas
em geral. mescle com bebidas, flores e velas
banhos: utilize as ervas acima em números ímpares (3, 5 ou 7)

saudação: “laroyê exu mirim!”

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Resumo final


O que é médium?

O médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, também
chamado de oráculo. É um dom natural acertado no plano espiritual, podendo ser
cármicos(débitos) ou dármico (ensinar, orientar e conduzir).
Fazem parte fundamental do currículo do médium, que entende a sua missão, os
seguintes requisitos voluntários:

humildade –obediência-fé-desprendimento-discernimento-propósito e fim.
O fim é o aprimoramento durante o caminho percorrido.


Falamos dos chacras:

São centros de energias funcionando como canais receptores transmissores e
receptores de energia vital (prana, chi, fluido universal, ectoplasma)localizados em
determinados pontos do corpo.
Se desenvolve durante o processo de toda uma vida.

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197

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O que é teologia?

Théos-grego = termo usado no mundo antigo para denominar seres além da
capacidade humana.
Logos= revelar/ logia= estudo.

Portanto teologia é estudo onde se revela em todas as suas formas e manifestação

Teologia de umbanda sagrada, portanto é um estudo de todo universo da umbanda,
desde os orixás, passando pelos guias e vindo até nós.
Então como surgem as religiões?

Na maioria dos casos, o surgimento de uma nova religião deve-se a iniciativa de
dissidentes de uma já existente, mas que não mais os satisfazem.
E a umbanda surgiu no brasil, com os espíritos e médiuns insatisfeitos com os cultos
afros de então e com o elitismo existente no kardecismo.
Surgiu em 15 de novembro de 1908, em um centro de estudos kardecista, um jovem
de nome Zelio Fernandino De Moraes.
“com os espíritos mais evoluídos aprenderemos e aos mais atrasados ensinaremos e a
nenhum renegaremos A umbanda é monoteísta, ou seja, crê em um só deus. (Olorum)
Os orixás são seus atributos e fatores divinos.
Tais como: amor, fé, geração, evolução, conhecimento, lei, justiça etc.

A umbanda além de ser divina é cósmica porque engloba todas as manifestações dos
seres existentes e criados em diversos níveis de evolução e dimensão espiritual.

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Ela é uma religião espiritualista e mágica por excelência.

O sincretismo foi introduzido no brasil pelos escravos, que eram obrigados a se batizar
na igreja católica, pois eram proibidos de cultuar seus orixás plenamente, dando nome
aos santos católicos aos seus orixás onde veremos que a vibração original não se
perdeu.

Diferença de umbanda e cultos de nação africanas (candomblé, gueto, gegê, bantu
etc.)

Tem só 7 linhas de irradiações bipolarizadas ou seja 7 masculinas e 7 femininas,
totalizando a coroa de 14 orixás.
No candomblé existem bem mais até mesmo desconhecidos por nós: ossain, ewá,
iroko,ayom etc...
A umbanda alcançou primeiro as classes baixas.

No candomblé, cultua-se um orixá individualmente.

Na umbanda cultua-se todos os guias que tomam a frente de seu médium.
Na umbanda são os guias que dão consulta
No candomblé somente os babalorixá e as yalorixás dão consultas através do jogo de
yfá(buzios)
Na umbanda não tem matança ou uso do axé animal, só frutas, flores, sementes etc.

200
No candomblé usa-se o axé animal, onde deve ser respeitado por todos.
Na umbanda trabalha-se na caridade
Difere-se pela manifestação dos guias mentores, através da mecânica de incorporação
(mediunidade oracular) nos de nações dança para só um mesmo orixá do qual foi feito
o santo.
No candomblé, as consultas de ifá, amacis, ebós e feituras tem valores estipulados
Religião brasileira
Seus pontos principais e fundamentos.

Buscou seus fundamentos entre o espiritismo, cristianismo, pajelança e cultos afros.

Fundamentados em linhas de atuações de trabalho como: caboclos, pretos velhos,
marinheiros, crianças, boiadeiros, baianos, exus e pombo–giras.
A umbanda é massiva, religião de massas, pois acolhe a todos sem distinção.
Seu ponto principal é a caridade
Utiliza-se de velas, escritas magicas (pontos riscados) espadas, por ser magistica por
excelência.
Utiliza – se bebidas, charutos colares criando um campo de proteção.

Utiliza-se de palmas, pontos cantados, tambores criando um espaço mágico para os
trabalhos, o som é um desagregador de energias.

Seus templos de forças estão na natureza, onde devem ser oferendados os orixás.

201
As entidades se dividem em hierarquias, falanges e sub-falanges, derivados de um
orixá maior e ou original.
Banhos de ervas são fundamentos para limpeza, preparação, descarregos e ativação
energética.
O uso de velas possui seu fundamento perpetuando astralmente orações e pedidos.
Defumações para limpezas e descarrego do ambiente.
Fumo, bebidas (purificação pelo elemento eter), cachimbo, charuto que nada tem
haver com vícios, fazem parte de seus fundamentos para descarregos e desagregação
de miasmas do ambiente e consulência.
Tem como base as 7 linhas bipolarizadas.

Seu ritual é musicado, dançado e ritmado, aberto a todos que possuem pureza no
coração.

202
NÃO É UMBANDA!!!

Trabalhos cobrados financeiramente.

Assédio sexual e comportamentos promíscuos.

Falta de moral e desrespeito aos que procuram ajuda espiritual.
Trabalhos de amarrações e similares.
Promessas de milagres e soluções materiais mirabolantes.
Atalho para evolução e iluminação, sem trabalho espiritual.
Matança de animais e outros sacrifícios.


UMBANDA É!!!



A manifestação do espírito para a prática do amor e caridade.
Aprender com os mais evoluídos e ensinar aos menos evoluídos.
Acima de tudo trabalho espiritual.

É fé, amor conhecimento, justiça, lei, evolução e geração
o um, o todo, com todos nós, a sua banda, suas partes.
Sinônimo de curador, sacerdote e médium.

O templo onde habita Olorum e seus orixás, junto de nó e nossos guias.

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SER UMBANDISTA É:

Amar a deus acima de todas as coisas.
É amar a natureza e respeitá-la.
Reconhecer que os orixás são potencias de deus.

É ser amante da sabedoria, justiça, virtude e da humanidade.
É levar para o terreiro a prática do bem.
É pregar a tolerância e praticar acaridade.

É ter crenças sem tabus, dogmas e ou pré-conceitos.
É dar de graça ao que de graça recebemos
É respeitar todas as religiões como chaves de deus para abrir os corações.
e se você não reúne estas condições, afaste-se da umbanda.

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