Dicas para cerimônia fúnebre

prvladimir 34,313 views 3 slides Apr 11, 2013
Slide 1
Slide 1 of 3
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3

About This Presentation

Dicas liturgicas para novos obreiros evangélicos


Slide Content

1 Cerimônia Fúnebre Pr. Vladimir Calisto
       O pastor e a igreja precisam tomar certos cuidados práticos, sempre que ocorrer 
o falecimento de alguém da igreja. Assim que receber a notícia da morte de um dos 
membros  de  sua  igreja,  o  pastor  (ou  um  representante  designado  por  ele)  deve 
imediatamente  ir  à  residência  dos  familiares  para  oferecer  sua  ajuda  e  consolo 
espiritual. É importante verificar os planos da família para o funeral, fazer sugestões 
pertinentes  e  ajudar  em  tudo  o  que  for  possível.  O ministro  deve  agendar  a  hora  o 
local  do  funeral  e  se  a  cerimônia  fúnebre  será  realizada  na  igreja,  numa  capela 
mortuária  ou  na  residência  do  falecido.  É  de  muita ajuda  à  família  orientações  no 
sentido de que se evitem certos gastos excessivos, como sucede com muita freqüência 
quando  as  emoções  profundas  atacam  o  interior  das  pessoas.  Este  cerimonial,  do 
ponto  de  vista  humano,  é  o  que  menos  agrada  ao  ministro  oficiante,  porém  não  se 
pode fugir ao dever do ofício. Ademais, é uma oportunidade para se evidenciarem aos 
valores espirituais com que o Espírito de Deus dotou aquele servo que agora passou 
para o Senhor. 
      Cabe, portanto, ao oficiante de cerimônia fúnebre observar as recomendações que 
abaixo seguem: 

       Em  primeiro  lugar,  deve-se  conhecer  a  condição  espiritual  e  o  testemunho  da 
pessoa  falecida,  para  evitar  pronunciamentos  inverídicos  que  possam  criar 
constrangimento. É sempre bom que se faça alusão à pessoa a ser sepultada quando 
da  sua  existência  se  possa  tirar  algum  bom  exemplo para  aplicá-lo  em  forma  de 
conselho  espiritual  aos  que  estiverem  presentes  ao ato.  Conhecer  os  membros  da 
família antes de iniciar a cerimônia é uma medida prudente já que esses precisam de 
uma palavra de conforto no momento. Deve o oficiante conhecer o local e o horário do 
sepultamento, com segurança. 
 
Passos a serem dados: 

1 – Comparecer no local do sepultamento pelo menos uma hora antes. Nunca 
é uma atitude agradável chegar às carreiras quando o momento é de tristeza para as 
pessoas que nos são caras em Cristo, pois representamos, então, como ministros, as 
pessoas mais capazes de ajudá-los espiritualmente nessa fase. 
  
2 – Iniciar com uma oração, pedindo a Deus a sua graça para a cerimônia. O tom de 
voz deve ser moderado, nunca como se estivesse pregando numa cruzada ou no 
púlpito.  Começar  dizendo  do  significado  do  ato,  que  ,  sendo  de  dor  e  tristeza  pela 
separação do ser querido que partiu, é, no entanto, uma oportunidade para renovar a 
nossa memória quanto às promessas do Senhor Nosso Deus. 

Se o testemunho deixado pela pessoa objeto do ato fúnebre foi um exemplo de fé e 
obediência à Palavra do Senhor, torna-se isso causa de grande inspiração para quem 
oficia o ato, e para todos os que fizerem uso da palavra. 
 
3  – Fazer  a  leitura  da  Palavra  de  Deus,  usando  entre  outros,  alguns  dos  seguintes 
textos:  
1  Tessalonicenses  4.13-18;  2  Coríntios  1.5-7;5.1-10;  1  Coríntios  15.39-55;  Salmo 
116.15; Apocalipse 14.13;21.3,4.
  feita  a  leitura,  fazer  explanação,  de  acordo  com  a 
inspiração  que  recebeu,  mas  com  concisão  e  objetividade,  usando  tom  de  voz 
compatível com o momento. Se houver mais alguém para falar, deve-se ter conta o 
fator tempo quando franquear a palavra. É recomendável que o oficiante estabeleça 
limite de tempo para cada um que vai falar:                                                          
                                                                       
   Nota: Os cânticos só deverão ser executados com autorização da família enlutada. 

2 Cerimônia Fúnebre Pr. Vladimir Calisto
Nunca por iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias à família, para evitar 
que  alguém  se  sinta  ferido,  em  lugar  de  confortado.  O  cântico  deve  fazer  parte  do 
testemunho  da  esperança  do  crente  e  servir  de  conforto  espiritual  aos  familiares,  e 
nunca ser interpretado como um ato de insensibilidade ao acontecimento. Os cânticos 
devem ser entoados em tom de piano (baixo), com a melhor harmonia possível, tudo 
para glória de Deus. 

4 – Após o ato, o oficiante fará mais uma oração, suplicando a Deus consolação para 
todos e, em se tratando de passagem de um fiel servo de Deus, deve-se agradecer ao 
Senhor o tempo que ele passou entre nós, e pelos exemplos de fé que nos legou. 
 
5 – Após esta oração o oficiante dirá: “Está concluída a cerimônia e a condução do 
sepultamento fica a critério da família”. 
  
6 – Sendo o local e tempo favoráveis poderá ser dada uma breve palavra quando o 
corpo descer á sepultura, porém nem sempre isso se faz necessário. Nesse momento, 
a  presença  do  oficiante  se  presta  mais  para  dar  apoio  à  família  e  orientar  na  parte 
espiritual, evitando que se cometam atos que choquem as consciências cristãs gerando 
mau testemunho.  
   
    Nota:  Às  vezes,  somos  convidados  para  dar  auxílio  espiritual  a  uma  família  cujo 
falecido  não  é  crente.  Em  tais  circunstâncias,  nada  temos  a  mencionar  quanto  à 
pessoa do extinto, mas tão-somente aproveitar a oportunidade de se viver preparado 
para o instante do chamamento à eternidade. A ocasião é muito oportuna para se dizer 
que sem Cristo nesta vida, a eternidade não será feliz. Se alguém se decidir por Cristo 
naquele  momento,  sem  apelo,  não  devem  ser  feitas  alusões  à  pessoa  do  morto, 
dizendo que foi ou não salvo. Não somos juízes nessas ocasiões. Somos anunciadores 
da fé em Cristo. 

           O  serviço  fúnebre  é  um  momento  onde  há  oportunidade  para  meditação  e 
reflexão  e  pode-se  alcançar  uma  audiência  bem  heterogênea  com  a  mensagem  de 
esperança e salvação de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O pastor deve chegar 
sempre bem adiantado, jamais em cima da hora em ocasião como essas. Durante a 
cerimônia propriamente dita, o pastor deve usar roupa escura; uma camisa branca ou 
escura ficará bem. A mensagem deve ser simples, breve, para não perder seu objetivo 
principal: consolar a família e levar os ouvintes a um momento de reflexão sobre um 
futuro encontro com Deus. O tom de voz deve ser moderado, nunca como se estivesse 
pregando  numa  conferência  evangélica  ou  um  sermão  exortativo.  É  preciso  que  se 
planeje  a  ordem  de  culto,  para  que  tudo  saia  sem  surpresas  desagradáveis  ou 
hilariantes. Antes de começar a cerimônia, o pastor deve pedir a autorização 
da família e solicitar a atenção de todos os presentes. 
 
      Há  muitas  passagens  bíblicas  oportunas  para  esse  momento.  Algumas  destas 
passagens  são: 
Salmo  46;  Salmo  90;  Apocalipse  14.13;  João  11.25,26;  Apocalipse 
21.3-7;                     1 Tessalonicenses 4.13-18; João 5.28-29; 1 Coríntios 15.42-44; 1 
Coríntios 15.53-55; João 14.1,2.
 os hinos e as músicas especiais devem ser calmas e 
devem falar  da ressurreição, do céu, da vida eterna e do consolo de Deus. 

        É importante no início da cerimônia fazer-se um relato breve da vida da pessoa 
falecida: onde nasceu, onde viveu, quando foi batizado, sua família, números de filhos 
e netos, seu trabalho e suas amizades da igreja.Esses dados devem estar escritos e 
confirmados pelas pessoas da família. Nessa parte introdutória, bem como no sermão, 
não se deve falar sobre os defeitos do morto e nem exagerar suas virtudes. 

3 Cerimônia Fúnebre Pr. Vladimir Calisto
 
        No  caso  de  um  descrente,  nunca  se  deve  dizer  se  foi  ou  não  salvo.  A 
ocasião é própria para consolo e evangelização. No culto fúnebre, deve-se falar sobre a 
brevidade da vida e o preparo que cada um tem de fazer para encontra-se com Deus, 
no além. Nunca se deve  apelar para o emocional dos familiares durante a cerimônia, 
pois isto além de ser desonesto, pode trazer um sentimento negativo  dos parentes 
com relação à igreja. 
 
       É comum no Brasil que o ministro acompanhe a família ao cemitério. Nesse caso,                
deve-se fazer uma breve cerimônia: normalmente canta-se um hino, faz-se uma leitura 
bíblica,  ora-se  invocando  a  bênção  de  Deus  sobre  a família  enlutada,  e  pode-se 
terminar  com  as  seguintes  palavras: 
“Entregamos  o  corpo  de  nosso  irmão  (ã) 
______________  à  terra,  sabendo  que    sua  alma  está com  Cristo  (  se  for  cristão 
autêntico) gozando parte das delícias do paraíso. Seu corpo aguardará a ressurreição 
do último dia, quando Cristo, cheio de poder e majestade, volta para julgar os vivos e 
os mortos. 


A terra e o mar entregarão os seus mortos e os corpos corruptíveis dos que 
dormiram em Cristo serão transformados e feitos semelhantes ao Seu glorioso  corpo, 
segundo a poderosa obra pela qual pode sujeitar a si todas as coisa. Bem aventurados 
os  mortos  que  desde  agora  morrem  no  Senhor.  Sim,  diz  o  Espírito  ,  para  que 
descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”.
  
 
Então o ministro despede as pessoas com a bênção apostólica e o corpo é baixado á 
sepultura. 
Tags