Educando para a Cidadania

10,086 views 99 slides Mar 09, 2014
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About This Presentation

Educação Social


Slide Content

 
ÍNDICE 
 
PREFÁCIO 
 
O PROJETO TRIBUNOS DA CIDADANIA 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS 
 
DINÂMICAS INTRODUTÓRIAS 
 
1.   O que é Mais Importante no Mundo. 
   Auto-estima. 
 
2. Jogo das Aparências. 
   Conhecendo Meu Corpo 
 
3.  O Maior Rabo do Mundo 
   União, Solidariedade e Cooperação. 
 
DINÂMICAS SOBRE CIDADANIA 
 
4. Cidadania de A a Z 
   Caminho da Cidadania. 
 
5. Cidadão de Papel 
   Exercendo a Cidadania. 
 
6. Votar Consciente é ser Cidadão 
   Direito ao Sufrágio. 
 
7. A Importância do Voto Consciente 
   Exercendo o Direito ao Sufrágio. 
 
8. O Boneco João Ninguém. 
   A Importância da Documentação Civil. 
 
9. Cidadania é... 
   Cidadania – Direitos x Deveres. 
 
DINÂMICAS SOBRE CONSTITUIÇÃO 
 
10.  Árvore da Constituição 
   A Importância da Constituição Federal. 
 
11.  Criando uma Constituição 
   A Constituição. 
 
DINÂMICAS SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCE NTE 
 
12.  Teatro dos “ETS” 
   ECA – 0 Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
13.  Melô do ECA 
   Cantando o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

  2 
14.  Cuidando da Escola. 
   Regimento Escolar. 
 
15.  Memória do Conselho. 
   Conselho Tutelar. 
 
DINÂMICAS SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
16.  Teatrinho do Consumidor 
   Ser consumidor significa ter direitos e deveres.  
 
17.  Show da Cidadania 
   Direito do Consumidor 
 
DINÂMICAS SOBRE DIREITOS HUMANOS 
 
18.  O Homem Saco 
   Direitos Humanos 
 
19.  Direitos de Todos 
   Direitos Humanos Direitos de todo mundo no mundo todo. 
 
20.  Um VIVA à Diversidade! 
   Preconceito – Respeite a diversidade 
 
DINÂMICA SOBRE DIREITO AMBIENTAL 
 
21.  Meio-ambiente = Meio de todos 
    Direito ao Meio Ambiente Saudável. 
 
DINÂMICA SOBRE VIOLÊNCIA FAMILIAR 
 
22.  “Estourando” com a Violência Familiar 
    Violência Familiar. 
 
DINÂMICAS SOBRE ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
23.  Varal dos Órgãos Públicos 
   A Importância dos Órgãos Públicos 
 
24.  Por que devemos cuidar do Patrimônio Público? 
   Preservação do Patrimônio Público. 
 
DINÂMICA SOBRE ASSOCIAÇÕES ESTUDANTIS 
 
25.  Organizando a Cidadania na Escola. 
   Associações Estudantis (Agremiações Estudantis) 
 
DINÂMICAS SOBRE DIREITO DE FAMÍLIA 
 
26.  Jogo do Tabuleiro 
    Direito de Família 
 
27.  União Estável – O Casamento no Novo Milênio 
    Normas e considerações sobre União Estável. 
  
 
 

  3 
PREFÁCIO 
 
 
  A  grande  chaga  da  sociedade  brasileira  nesse  início  de  milênio  é  o  crescente 
número de pessoas que vivem sem participar dos avanços da cultura, da ciência e da técnica. Os 
miseráveis,  os  marginalizados,  os  excluídos  continuam  envergonhando  a  democracia  que 
pressupõe o exercício pleno da cidadania. 
  A pessoa, na realidade, não nasce cidadã pelo simples fato da lei declará-la como 
tal.  Cidadania se conquista, cidadania se aprende, cidadania se difunde. 
  Por  isso,  na  qualidade  de  diretora  da  Faculdade  de  Direito,  sinto-me  realizada, 
enquanto membro de uma universidade pública, em ver estudantes  e professores trabalhando, 
arduamente, para que o respeito à dignidade da pessoa humana deixe de ser apenas um princípio 
constitucional e passe a ser uma prática social concreta. 
  O  Projeto  Tribunos  da  Cidadania  assumiu  a  responsabilidade  de  multiplicar  os 
agentes instigadores da cidadania numa prática de solidariedade social digna de ser tomada como 
exemplo por todas as universidades desse país, notadamente aquelas públicas. 
  É imperioso viver a solidariedade. É necessário contribuir para a formação de um 
mundo melhor. É urgente lutar pela cidadania. Não podemos ignorar que “as almas são como as 
velas, acendem-se umas nas outras”. Iluminemos o Brasil. 
 
 
 
                                             Lia Palazzo Rodrigues 
                                   Diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  4 
O PROJETO TRIBUNOS DA CIDADANIA 
 
 
Democratizando o Acesso à Justiça, Capacitando em Direitos Humanos e Cidadania, 
Compartilhando Saberes. 
 
 
 
O PROJETO “TRIBUNOS  DA  CIDADANIA”  se  constitui  em  um  projeto  de  intervenção 
interdisciplinar extensionista, de natureza não assistencialista, estruturado na Faculdade de Direito 
da Universidade Federal de Pelotas, que integra o Programa Balcões de Direitos da Secretaria 
de  Estado  dos  Direitos  Humanos  do  Ministério  da  Justiça  e  conta  com  o  apoio  institucional  da 
UNESCO.  
Foi  implantado  em  1998  (convênio  87/98-jul/dez);  1999  (convênio  17/99-nov/dez);  2000 
(convênio77/2000-jul/dez) e 2001(convênio 207/2001-out/dez), sendo que a proposta da 5ª Etapa 
foi enviada a SEDH em 31/12/2001.  
O Projeto está fundado e justifica-se nos seguintes pressupostos: 
1.  O compromisso da universidade pública com os interesses coletivos; 
2.  A indissociabilidade  da tríade ensino, pesquisa e extensão; 
3.  A formação humanista e socialmente responsável dos  operadores do direito;  
4.  A  proteção, defesa, garantia e promoção dos direitos humanos e da cidadania.  
As  atividades  do  Projeto  estão  voltadas  para  a  atenção  integral  às  demandas  da 
comunidade  no  campo  do  acesso  à  justiça  e  dos  direitos  humanos,  através  de  uma  prática 
libertadora e conscientizadora, baseada na afirmação de uma cidadania livre igualitária, inclusiva 
e  democrática,  pautada  na  ética,  na  tolerância,  na justiça,  na  autonomia  e  dignidade  do  ser 
humano.  A  materialização  das  suas  ações  se  viabiliza  e  é  potencializada  graças  ao  processo 
retro-alimentar, próprio da atividade de extensão, que possibilita conectar a teoria com a prática, 
educar e ser educado, transformar, transformando-se, seguindo a máxima de Paulo Freire: “Quem 
forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se ao ser formado”.  
No  que  se  refere  ao  ensino  jurídico,  a  prática  extensionista  interdisciplinar  é  essencial, 
porque permite conciliar a formação cultural e humanística, com sua carga axiólogica voltada para 
a  emancipação  do  gênero  humano,  com  a  necessidade  contemporânea  de  atualização 
instrumental  para  o  enfrentamento  das  novas  e  complexas  demandas da  sociedade.  Possibilita 
mudanças  fundamentais  no  perfil  do  futuro  aplicador  do  Direito  e  na  qualidade  da  prestação 
jurisdicional do Estado, ajudando  a formar “juristas críticos e consciências pensantes e não meros 
oficiais  de  diligências  jurídicas”, conforme  palavras  de  Gomes  Canotilho,  contribuindo para  a 
construção de uma sociedade justa, fundada nos ideais republicanos e nas virtudes democráticas. 
 O “Projeto  Tribunos  da  Cidadania”  tem  como  objetivo  central  defender,  garantir  e 
promover  os  direitos  fundamentais  do  homem,  na  sua diversidade,  indivisibilidade  e 
universalidade, através da democratização do  acesso à justiça e à tutela jurisdiscional do Estado 
e capacitação direitos humanos e cidadania de lideranças comunitárias.  
Na  busca  deste  objetivo  o  Projeto  vem  atuando  em  04  (quatro)  zonas  selecionadas  de 
Pelotas (Bairros Areal, Navegantes, Vila Santos Dumont, Vilas Reunidas FRAGET), 02 (duas) na 
cidade  de  Canguçu  (Vilas  Meskó  e  Fonseca),  02  (duas)  no  Capão  do  Leão  (Bairro  Centro  e 
Jardim América) e 1 (uma) no município de Morro Redondo.  
Na definição destas áreas foram levados em consideração os seguintes fatores: 
1.  A extrema carência econômica da população; 
2.  A exclusão social e de direitos; a falta de acesso a equipamentos e serviços públicos; 
3.  A  representatividade  de  zonas  geográficas  bastante  diferentes,  não  concentrando  o 
atendimento em uma única região; 
4.  Os índices de repetência  e evasão escolar; 
5.  A violência e a drogadição etc. 
O Projeto tem com sede postos de saúde e escolas da rede de ensino, sendo sua equipe 
técnica formada por 14 (quatorze) professores da Faculdade de Direito, 02 (duas) da Psicologia, 
01 (uma) da Enfermagem, 01(uma) da Medicina e 01 (uma) Advogada/Assistente Social indicada 
pela OAB. A dinâmica de funcionamento compreende coordenadores docentes e discentes.  

  5 
Atualmente,  o  Projeto  congrega  100  estagiários  das diferentes  áreas  do  conhecimento 
como Direito, Arquitetura, Enfermagem, Medicina e Psicologia. 
 A processo de atuação se inicia com a aplicação, na população-alvo,  de uma pesquisa 
domiciliar padronizada, que objetiva evidenciar o perfil sócio-econômico, tanto demográfico quanto 
urbanístico  e  ambiental  das  comunidades,  além  de  explicitar  as  demandas  de  prestação 
jurisdicional de serviços, de equipamentos e de serviços públicos, criando-se, assim, um banco de 
dados de cada comunidade que nortearão as ações do Projeto. 
  Para o alcance dos seus objetivos, o Projeto estrutura-se e articula-se em dois eixos: 
 
 
I.  ACESSO  A  JUSTIÇA  E  À  TUTELA  JURISDICIONAL  DO  ESTADO,  com  as  atividades 
inerentes: 
1.Assessoria jurídica descentralizada e gratuita (sediada nos postos de saúde e 
escolas  das  áreas  de  abrangência),  inclui  assistência  judiciária,  informações 
sobre direitos/deveres, encaminhamento de documentação e prioriza a mediação 
como  forma  de  resolução  de  conflitos  de  solução.  O serviço  é  prestado  por 
estagiários do Direito, assessorados pelos alunos da Psicologia, sob a orientação 
dos  professores  coordenadores  de  áreas.  Está sediada nos postos  de saúde e  escolas  dos 
Bairros sedes, no Conselho da Mulher, e no Departamento de Assistência Social  do Capão do 
Leão.  
 
2.  Balcões  Itinerantes de Cidadania, que  compreende  intervenções  junto  às 
comunidades  (sábados)  para  encaminhar  gratuitamente  os  documentação 
básica, indispensável para o exercício da cidadania, divulgar o PNDH e realizar 
oficinas  sobre  direitos.  Em  parceria  com  o  Instituto  de  Identificação  e  o  Ronda  da  Cidadania, 
encaminha carteiras de identidade, carteiras de trabalho e registros de nascimento.  
 
3. DDH  –  Disque  Direitos  Humanos, que  foi   criado  em  11/2001  sediado  na 
Faculdade  de  Direito  –  Sala  dos  Tribunos  e  informa sobre  os  direitos, 
recebendo, encaminhando e acompanhando denúncias de violação de direitos 
humanos.  Atuando  em  parceria  com  a  Defensoria  Pública,  Ministério  Público,  Serviço  de 
Informação ao Consumidor, Brigada Militar, Conselho Tutelar, Conselho da Mulher, Fórum, etc . 
Os  estagiários  do  DDH  elaboraram  o  “S.O.S.  Tribunos  da  Cidadania”  que  se  constitui  em  um 
manual de endereços e telefones dos serviços de utilidade pública da Zona Sul, que foi publicado 
e distribuído.  
 
     4. NEPP  –  Núcleo  de  Estudos  sobre  Posse  e  Propriedade,  que  presta 
assessoria    jurídica,  urbanística  e  ambiental  às  prefeituras  para  a  elaboração  do 
Plano Diretor, com base no “Estatuto das Cidades” (Lei Federal 10.257) e orienta na 
construção/reconstrução de políticas públicas que garantam o direito constitucional à 
propriedade tendo por base o provimento “More Legal”. Atua em Capão do Leão (Plano Diretor) e 
Morro Redondo (More Legal). 
 
 
 
II. CAPACITAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA , com as atividades inerentes: 
 
1.Programa  de  Formação  de  Agentes  Multiplicadores  da  Cidadania  -  PFAMC  - 
visa formar multiplicadores, agentes jovens de justiça e paz,  conscientes  de seus 
direitos/ deveres, capacitados para disseminar os conhecimentos na comunidade e 
aptos a lançar-se ao protagonismo social. A capacitação é feita pelos estagiários, 
nas escolas das comunidades e os conteúdos são trabalhados através de dinâmicas 
de  grupo,  jogos,  música,  teatro  e  oficinas  interativas  sobre  os  direitos/deveres  fundamentais, 
comportamento/auto estima/atitude, saúde física e mental, preconceito / tolerância,  violência /paz,  
meio  ambiente/desenvolvimento  sustentável,  etc.  O  programa  em  sua  trajetória  já  trabalhou  57 
turmas de alunos em 10 escolas da rede de ensino. 
 

  6 
                  2.Escola  de  Direitos  Humanos  e  Cidadania  -  EDHUCA- ,  fundada  em 
09/2001, foi criada para capacitar em direitos humanos e cidadania lideranças 
da sociedade, mobilizar e articular  a atuação em rede deste   atores sociais. 
Tem como público alvo:  lideres da sociedade civil organizada, gestores de 
políticas  publicas,  professores  da  rede  escolar,  professores  e  acadêmicos, 
lideranças  da  sociedade  civil  organizada,  operadores  do  direito  e  da  saúde, 
membros dos conselhos de direitos e dos conselhos tutelares, gestores da administração pública 
e privada  e Agentes de Segurança Pública. O curso é desenvolvido na Faculdade de Direito e 
ministrado  na  forma  de  palestras,  oficinas,  e  dinâmicas  interativas.  Os  conteúdos  estão 
distribuídos  em  05  módulos,  funcionando  durante  03 meses,  com  uma  carga  horária  de  110 
horas/aula. O processo avaliativo final dos participantes consiste na apresentação dos trabalhos 
sobre  temas  de  Direitos  Humanos,  elaborados  no  decorrer  da  EDHUCA.  Em  2001  foram 
capacitadas 276 lideranças dentre estas, representantes de 78 entidades da sociedade civil. No 
ano  2000  foram  capacitadas,  em  parceria  com  as  ONGs  Themis  e  a  Gamp,  29  Promotoras  
Legais  Populares,  que  estão  atuando  nas  suas  comunidades  em  defesa  dos  direitos  das 
mulheres,  das  crianças  e  dos  adolescentes.  No  mesmo  ano  foram  capacitados  25  oficiais  da 
Brigada Militar de Pelotas, em parceria com o CAPEC. 
  Encontra-se  em  fase  de  publicação  o  livro Educando  para  a  Cidadania  contendo  as 
principais  oficinas  e  dinâmicas  elaboradas  pelos  estagiários  do Programa  de  Formação  de 
Agentes Multiplicadores de Cidadania. 
Apesar  de  estar  estruturado  em  dois  eixos,  o Projeto  Tribunos  da  Cidadania é  único  e 
interligado em suas ações. A convicção de que é imperativo atacar, simultaneamente, as causas e 
os  efeitos  da  exclusão  social  norteia  estas  atividades,  atuando  na  perspectiva  de  uma  prática 
preventiva e reparadora. 
O  Projeto  vem  cumprindo  suas  metas,  expandindo-se  geograficamente,  criando  novas 
ações e potencializando resultados. 
 
RESULTADOS  DAS 04 ETAPAS (Pelotas -  Canguçu – Cap ão do Leão) 
 
  1998  1999  2000        2001  TOTAL 
Pesquisa de campo  5.261   9.234  -  1.067      15.562 (1)  
Assessoria jurídica          751  1.008  2.530  1.222        5.511 (2)               
Balcões da Cidadania  1.470  2.087  5.788  4.759      14.104 (3)         
Disque Direitos Humanos  -  -  -            95             95 (4)         
Agentes Multiplicadores          201       512  1.847  1.523       4.083 (5)         
Promotoras Legais Populares  -  -           29  -             29 (6)  
Capac. Segurança Pública  -  -           25             67             92 (7) 
EDHUCA  -  -  -      276           276 (8)        
 
(1) Questionários aplicados 
(2) Atendimentos jurídicos 
(3) Carteiras de identidade; carteiras de trabalho; registros de nascimento 
(4) Atendimentos, encaminhamentos 
(5) Multiplicadores formados 
(6) PLPs formadas em parceria com as ONGs Themis (Porto Alegre) e Gamp (Pelotas) 
(7) Agentes de Segurança capacitados 
(8) Lideranças capacitadas (78 entidades representadas)  
 
O “Projeto Tribunos da Cidadania” promoveu vários cursos e seminários de extensão sobre 
direitos,  dentre  os quais: “Direitos  Fundamentais,  a  Criança  e  o  Adolescente”,  “Direito  e 
Cidadania”, ”Educação,  Direitos  Humanos  e  Cidadania”, “O  Direito  Como  Ele  É”,  “Direito: 
Atualidades em Debate”, “I Seminário Regional de Direitos Humanos e Cidadania”, “Capacitação 
em Direitos Humanos - Polícia Militar de Pelotas”, “Gestão de Políticas Públicas e Captação de 
Recursos”,“Estatuto  da  Cidade-Gestão  Ambiental e  Desenvolvimento  Sustentável”  e “Plano 
Diretor e Participação Popular”. 
Foi apresentado em vários eventos nacionais e internacionais: XI Congreso Latinoamericano 
de Derecho Romano (Buenos Aires); Câmara Municipal de Pelotas (50º Declaração dos Direitos 

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Humanos), Faculdade  de  Direito  de  Zaragoza  e Instituto  Aragonês da  Mulher  (Espanha),II 
Seminário  sobre  Estudos  Jurídicos  da  UCPel (Pelotas), VI  Colóquio  Ítalo-Brasileiro  de  Direito 
Romano  (Pelotas), 2ª  Conferência  Municipal  dos  Direitos  Humanos  (Pelotas), 4ª  Fecriança 
(Pelotas), 2ª  Conferência  Estadual  de  Direitos  Humanos  (Assembléia  Legislativa  POA), XXVIII 
Encontro Nacional de Faculdades de Direito - Políticas Gerais e Setorizadas do Ensino Jurídico 
para o Século XXI (foi recomendada, oficialmente, a implantação do Tribunos da Cidadania  
nas  Universidades  como  exemplo  de  efetividade  do  princípio  da  indissociabilidade  entre 
ensino, pesquisa e extensão – Faculdade de Direito da UFRGS), XVIII Seminário de Extensão 
Universitária da Região Sul (UFSM-RS), I Câmara Técnica de Balcão de Direitos (SEDH-Brasília), 
I  Câmara  Técnica  de  Capacitação em  DH  (SEDH-Brasília), XII  Congresso  Latinoamericano  de 
Derecho Romano (Panamá), Rotary Clube de Pelotas, II Câmara Técnica de Balcão de Direitos 
(SEDH-Brasília),, Capacitação  em Rede  –  Construindo  a  Cidadania  para  o  Século  XXI    (Rede 
Brasileira  de  Educação  em  DH  –  Recife), 3º  Seminário  Internacional  -  Polícia  e  Sociedade 
Democrática:  O  Estado  Democrático de  Direito  e  as  Instituições  Democráticas  – Ensino  em 
Segurança Pública, Razões de uma Metodologia – RS/SJSP; Uma Polícia Democrática e Cidadã 
para  a  Construção  da  Paz  –  UFRS/IFCH  (II  Fórum  Social  Mundial  -  Porto  Alegre)  III  Fórum 
Internacional  de  Educação  em  Segurança  Pública  –  AP-CEFORH; 1
o
.  Curso  de  Polícia 
Comunitária e Capacitação de Lideranças para a Prevenção da Violência – Governo RS/ Centro 
Universitário Feevale. 
O  “Projeto  Tribunos  da  Cidadania”  formou  parcerias  com  organizações  governamentais e 
ONGs:  Secretaria  de  Justiça  e  Segurança  Pública-RS,  Tribunal  de  Justiça-RS  (Ronda  da 
Cidadania), Fórum de Pelotas, Ministério Público de Pelotas, Defensoria Pública de Pelotas, OAB-
Pelotas,  Prefeituras  Municipais  de  Pelotas,  Canguçu,  Capão  do  Leão  e  Morro  Redondo, 
Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), Conselho Municipal dos Direitos 
da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal da Mulher, Instituto de Identificação de Pelotas, 
Grupo  Vale  a  Vida  (ONG)  Associação  dos  Deficientes Físicos  de  Pelotas,  Centro  de  Apoio  ao 
Adolescente São José, Instituto Sándor Ferenczi (Psicoterapia Breve-focal: assistência, ensino e 
pesquisa), Pastoral da Criança da Diocese de Pelotas, Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona 
de Pelotas, 4º BPM-Pelotas, Instituto de Filosofia e Sociologia da UFRGS, Conselhos Tutelares de 
Pelotas, Capão do Leão e Morro Redondo, Serviço de Informação ao Consumidor (SIOCON), etc. 
O Projeto Tribunos da Cidadania tem demonstrado na prática, que a extensão universitária 
é  um  instrumento  eficaz  na  formação  de  sujeitos  históricos  transformadores,  e  a  universidade 
pode, e deve, ser um vetor privilegiado, um centro indutor, promotor e difusor de uma política de 
extensão (retroalimentadora) voltada para mudar corações e mentes, contribuindo decisivamente 
para a construção de uma democracia real e de uma cidadania concreta.  
Finalmente,  se  faz  necessário  enfatizar  que  o  Projeto  buscou  inspiração  na  figura 
emblemática dos Tribunos da Plebe Romana, artífices da integração entre patrícios (proprietários) 
e  plebeus  no  período  republicano.  A  “revolução  permanente”  operada  pelos  defensores  dos 
“excluídos” de Roma é modelo, e deu nome ao Projeto.  
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Educando  para  a  Cidadania  é  uma  publicação  rara  e  sem  precedentes  no  âmbito da 
educação em direitos humanos. O valor e o ineditismo da obra reside no fato dela ser fruto do 
estudo,  da  pesquisa,  da  criatividade  e  do  trabalho dos  acadêmicos  dos  Cursos  de  Direito, 
Enfermagem,  Medicina  e  Psicologia,  que  fazem  parte do  Programa  de  Formação  de  Agentes 
Multiplicadores de Cidadania – PFAMC, e há três anos vêm formando agentes jovens de justiça e 
paz nas escolas da rede de ensino nas periferias dos municípios de Pelotas, Capão do Leão e 
Morro Redondo.  
Educando para a Cidadania - é uma coletânea de oficinas pedagógicas elaboradas para 
ensinar, de forma lúdica e prazerosa, os direitos, deveres e garantias fundamentais assegurados 
aos cidadãos brasileiros pela Constituição Federal. Este livro reafirma o compromisso do Projeto 
“Tribunos da Cidadania” de ajudar a construir uma cultura de paz e uma cidadania livre; de lutar 
pela  construção  de  uma  sociedade  igualitária,  inclusiva,  solidária,  democrática,  participativa  e 
multicultural referenciada na tolerância, na justiça, na autonomia e dignidade do ser humano.   
Esta publicação é destinada aos educadores, formais e informais, que militam em prol da 
defesa,  proteção  e  garantia  dos  direitos  humanos.  Nossa  intenção  é  difundir  e  socializar  o 
conhecimento, ora sistematizado, de forma que todos possam dele se apropriar e, sobre a nossa 
prática, recriar saberes. 
Em nome do Projeto “Tribunos da Cidadania” agradeço a todos os alunos que atuaram no 
PFAMC em todas as suas etapas e deram sua contribuição para esta obra. De forma especial:  
Aline  Moura  e    Lílian  Ackermann,  primeiras  coordenadoras  discentes  do  Programa;    Patrícia 
Gularte que deu um impulso extraordinário ao trabalho; Michele Bento e Clarissa Ribeiro atuais 
coordenadoras;  professores  coordenadores  de  áreas: Lia  Palazzo  Rodrigues  (Diretora  da 
Faculdade de Direito), Maria Elizabeth Urtiaga (Faculdade de Medicina), Maria da Glória Santana 
(Faculdade de Enfermagem), Ângela Terres Marasco e Bernadete Fernandes de Oliveira (Instituto 
de Psicologia Sándor Ferenczi) e Carla S. Schuch (OAB-Pelotas).  
Agradeço,  também,  à  Profa.  Inguelore  Scheunemann  de  Souza  (Reitora  da  Universidade 
Federal  de  Pelotas)  pelo  permanente  apoio;  ao  Prof.  Francisco  Elifalete  Xavier  (Pró-Reitor  de 
Extensão  e  Cultura),  nosso  “Tribuno  Honorário”;  às Prefeituras  conveniadas  com  o  Projeto;  à 
Secretaria  de  Estado  dos  Direitos  Humanos  do  Ministério  da  Justiça  pela  parceria  fecunda;  à 
UNESCO  pelo  apoio  institucional  e,  principalmente  aos  diretores,  professores  e  alunos  das 
escolas que ajudaram a realizar este sonho e acreditaram na proposta de investir na construção 
de um Brasil mais justo e solidário. 
Cumprimento a todos os participantes do Projeto “Tribunos da Cidadania”, pela coragem 
de enfrentar desafios, de ousar acreditar em utopias, e por terem demonstrado que, através de 
projetos como o nosso, se efetiva a indissociabilidade das três funções básicas da universidade: 
ensino, pesquisa e extensão. 
Finalmente, meu especial reconhecimento ao criativo grupo de alunos que, com entusiasmo 
e senso de responsabilidade sistematizou, redigiu, ilustrou, diagramou e deu vida a este livro. 
 
                                                                                            Maria das Graças Pinto de Britto 
   Profa. Direito Romano e Coordenadora Geral do “Tribunos da Cidadania”  
 
   
 
 
 
   
 
 
 
 
 

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS  
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família 
humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz 
no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam em atos 
bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os 
homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e 
da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,  
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, 
para  que  o  homem  não  seja  compelido,  como  último  recurso,  à  rebelião  contra  a  tirania  e  a 
opressão,  
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,  
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos 
humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos 
homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de 
vida em uma liberdade mais ampla,  
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação 
com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a 
observância desses direitos e liberdades,  
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta 
importância para o pleno cumprimento desse compromisso,  
A Assembléia Geral proclama:  
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por 
todos  os  povos  e  todas  as  nações,  com  o  objetivo  de  que  cada  indivíduo  e  cada  órgão  da 
sociedade,  tendo  sempre  em  mente  esta  Declaração,  se  esforce,  através  do  ensino  e  da 
educação,  por  promover  o  respeito  a  esses  direitos e  liberdades,  e,  pela  adoção  de  medidas 
progressivas  de  caráter  nacional  e  internacional,  por  assegurar  o  seu  reconhecimento  e  a  sua 
observância  universais  e  efetivos,  tanto  entre  os  povos  dos  próprios  Estados-Membros,  quanto 
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.  
Artigo I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão 
e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.  
Artigo  II  -  Toda  pessoa  tem  capacidade  para  gozar  os  direitos  e  as  liberdades  estabelecidas 
nesta  Declaração,  sem  distinção  de  qualquer  espécie,  seja  de  raça,  cor,  sexo,  língua,  religião, 
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer 
outra condição.  
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional 
do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob 
tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.  
Artigo III - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.  
Artigo  IV  -  Ninguém  será  mantido  em  escravidão  ou  servidão; a  escravidão  e  o  tráfico  de 
escravos serão proibidos em todas as suas formas.  
Artigo V - Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou 
degradante.  
Artigo  VI  -  Toda  pessoa  tem  o  direito  de  ser,  em  todos  os  lugares,  reconhecida  como  pessoa 
perante a lei.  

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Artigo VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção 
da  lei.  Todos  têm  direito  a  igual  proteção  contra  qualquer  discriminação  que  viole  a  presente 
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.  
Artigo  VIII  -  Toda  pessoa  tem  direito  a  receber  dos  tribunais nacionais  competentes  remédio 
efetivo  para  os  atos  que  violem  os  direitos  fundamentais  que  lhe  sejam  reconhecidos  pela 
constituição ou pela lei.  
Artigo IX - Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.  
Artigo X - Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte 
de  um  tribunal  independente  e  imparcial,  para  decidir  de  seus  direitos  e  deveres  ou  do 
fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.  
Artigo XI  
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que 
a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe 
tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.  
2. Ninguém  poderá  ser  culpado  por  qualquer  ação  ou omissão  que,  no  momento,  não 
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais 
forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.  
 
Artigo XII - Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar 
ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à 
proteção da lei contra tais interferências ou ataques.  
Artigo XIII  
1.  Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado.  
2.  Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este 
regressar.  
Artigo XIV  
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros 
países.  
a)  Este  direito  não  pode  ser  invocado  em  caso  de  perseguição  legitimamente 
motivada  por  crimes  de  direito  comum  ou  por  atos  contrários  aos  propósitos  e 
princípios das Nações Unidas.  
Artigo XV  
1.  Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.  
2.  Ninguém  será  arbitrariamente  privado  de  sua  nacionalidade,  nem  do  direito  de 
mudar de nacionalidade.  
Artigo XVI - Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade 
ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em 
relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.  
1.  O  casamento  não  será  válido  senão  como  o  livre  e  pleno  consentimento  dos 
nubentes.  
2.  A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da 
sociedade e do Estado.  

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Artigo XVII  
1.  Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.  
2.  Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.  
Artigo  XVIII  -  Toda  pessoa  tem  direito  à  liberdade  de  pensamento,  consciência  e  religião;  este 
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião 
ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em 
público ou em particular.  
Artigo  XIX  -  Toda  pessoa  tem  direito  à  liberdade  de  opinião  e  expressão;  este  direito  inclui  a 
liberdade  de,  sem  interferência,  ter  opiniões  e  de procurar,  receber  e  transmitir  informações  e 
idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.  
Artigo XX  
1.  Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.  
2.  Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.  
Artigo XXI  
1.  Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou 
por intermédio de representantes livremente escolhidos.  
2.  Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.  
3.  A  vontade  do  povo  será  a  base  da  autoridade  do  governo;  esta  vontade  será 
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo 
equivalente que assegure a liberdade de voto.  
Artigo  XXII  -  Toda  pessoa,  como  membro  da  sociedade,  tem  direito  à  segurança  social  e  à 
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização e 
recursos  de  cada  Estado,  dos  direitos  econômicos,  sociais  e  culturais  indispensáveis  à  sua 
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.  
Artigo XXIII  
1.  Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas 
e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.  
2.  Toda  pessoa,  sem  qualquer  distinção,  tem  direito  a  igual  remuneração  por  igual 
trabalho.  
3.  Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que 
lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a 
que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.  
4.  Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção 
de seus interesses.  
Artigo XXIV - Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas 
de trabalho e a férias periódicas remuneradas.  
Artigo XXV  
1.  Toda  pessoa  tem  direito  a  um  padrão  de  vida  capaz  de  assegurar  a  si  e  a  sua 
família  saúde  e  bem-estar,  inclusive  alimentação,  vestuário,  habitação,  cuidados  médicos  e  os 
serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, 

  12 
viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu 
controle.  
2.  A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as 
crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesmo proteção social.  
Artigo XXVI  
1.  Toda  pessoa  tem  direito  à  instrução.  A  instrução  será  gratuita,  pelo  menos  nos 
graus  elementares  e  fundamentais.  A  instrução  elementar  será  obrigatória.  A  instrução  técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.  
2.  A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade 
humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A 
instrução  promoverá  a  compreensão,  a  tolerância  e  a  amizade  entre  todas  as  nações  e  grupos 
raciais ou  religiosos,  e  coadjuvará as  atividades  das  Nações  Unidas  em prol da manutenção da 
paz.  
3.  Os  pais  têm  prioridade  de  direito  na  escolha  do gênero  de  instrução  que  será 
ministrada a seus filhos.  
Artigo XXVII  
1.  Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, 
de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.  
2.  Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes 
de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.  
Artigo XXVIII - Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e 
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.  
Artigo XXIX  
1.  Toda  pessoa  tem  deveres  para  com  a  comunidade,  em  que  o  livre  e  pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível.  
2.  No exercício  de  seus  direitos  e liberdades,  toda pessoa  estará  sujeita apenas  às 
limitações determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento 
e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da 
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.  
3.  Esses  direitos  e  liberdades  não  podem,  em  hipótese  alguma,  ser  exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.  
Artigo  XXX  -  Nenhuma  disposição  da  presente  Declaração  pode  ser  interpretada  como  o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou 
praticar  qualquer  ato  destinado  à  destruição  de  quaisquer  dos  direitos  e  liberdades  aqui 
estabelecidos.  
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  13 
 
DINÂMICAS INTRODUTÓRIAS 
 
DINÂMICA – 1
 
 
 
CONTEÚDO: Auto – estima. 
 
O que é Mais Importante no Mundo 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta  atividade  se  propõe  demonstrar  a  importância  da  pessoa  se  valorizar  e  aprender  a 
gostar  de  si  mesma,  salientando  que  nunca  devemos  permitir  que  alguém  desconsidere  nossa 
dignidade, ou tente diminuir nosso valor. 
  
ART 5º da Constituição Federal de 88: ” São invioláveis, a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação”. 
 
O que é mais importante no mundo para você? 
 
 
 
 
       
 
                                 Dinheiro?            Saúde?               Cigarro?        Amor? 
 
E você? Onde fica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ame-se primeiro!! 
 
TEMPO  DE DURAÇÃO : 50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA:
 livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Conscientizar os participantes sobre os direitos fundamentais, assegurados pela Constituição, 
no  que  diz  respeito  à  dignidade  da  pessoa  humana,  mostrando  que  todas  merecem  igual 
respeito; 
• Exercitar com que o grupo o dever de cada um de respeitar seus semelhantes; 
• Discutir com o grupo a importância da auto-estima para a vida. 
• Estimular  os  participantes  a  se  valorizarem,  conhecendo  e  exercendo  os  seus  direitos,  e 
respeitando os dos outros. 
 

  14 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Uma caixa de presente empacotada contendo um espelho. 
•  Uma música  alegre. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO
 
O orientador propõe que os participantes sentem-se em forma de círculo. Então mostra a 
caixa  e  diz  que  ela  contém  o  que  existe  de  mais  importante  do  mundo.  A  seguir,  pergunta  se 
alguém faz idéia do que está dentro da caixa. 
 
2 º MOMENTO 
O orientador abre a caixa, de modo que só ele possa ver o que há dentro, e admirado diz 
para o grupo que o objeto que vê é lindo, repetindo o gesto para despertar curiosidade.  
 
3º MOMENTO 
Logo  após  diz  que  irá  mostrar  a  cada  um  o  que  há  na  caixa,  mas  pede  que  olhem, 
individualmente, e observem com cuidado porque se trata de uma coisa que pode parecer frágil 
ou muito forte, dependendo da forma como se olha.  
 
4º MOMENTO: 
Cada participante, ao olhar dentro da caixa, perceberá sua imagem refletida. O orientador 
perguntará ao  grupo  se o  que  eles  viram,  é  de  fato,  o mais  importante  no mundo. Abre-se  um 
espaço  para  ouvir  a  opinião  de  cada  um.  O  orientador  deverá  mediar  a  discussão,  levando  os 
participantes a concluir que cada pessoa é a mais importante, pois é única e que devemos dar-
nos valor. 
  
 5º MOMENTO: 
Finalizando,  o  orientador  afirma  que  não  se  deve  permitir  que  alguém  agrida  física,  ou 
verbalmente,  o  mais  importante  no  mundo  e  que  eles acabaram  de  ver  dentro  da  caixa, 
assinalando que o Estado e as leis existem para proteger e garantir o direito das pessoas, mas 
que é necessário lutar para que esses direitos sejam assegurados e que esta é o fundamento da 
cidadania. 
  
RECURSO DE APOIO 
 
“É verdade que cada um de nós é um ser único, especial, sem outra réplica no mundo, com 
a  capacidade  de  amar  e  ser  amado  da  forma  mais  intensa  possível,  com  potencial  para  todo 
sucesso desejado. Um ser digno de toda riqueza que conseguir acumular. Mas também é verdade 
que todos os seres humanos têm esses direitos”.                   
  
                                                                                                                Roberto Shinyashiki 
                                               
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta é uma dinâmica fácil de se utilizar em qualquer grupo e bem aceita. Ela se torna mais 
consistente na medida em que conseguimos transmitir informações e conscientizar as pessoas de 
que elas podem decidir sobre suas vidas. É importante nesta dinâmica fazer com que as pessoas 
se  valorizem  e  sintam-se  capazes.  O  orientador  deverá  ressaltar,  também,  a  importância  de 
multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de 
uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão agindo  como  verdadeiros
  AGENTES 
MULTIPLICADORES DA CIDADANIA

 
 

  15 
DINÂMICA  - 2 
 
 
CONTEÚDO: Conhecendo Meu Corpo. 
 
Jogo das Aparências 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na busca ansiosa para encaixar-se no estereótipo imposto pela sociedade, as pessoas têm 
encontrado  dificuldade  em  reconhecer  a  verdadeira  imagem  do  seu  corpo.  A  que  reflete  no 
espelho, por vezes, não é vista como real e sim como um desenho impreciso, traçado por nosso 
imaginário, que nega qualquer figura que não se encaixe no esperado.  
Reconhecer o corpo exige aceitação própria e auto-estima. Esta capacidade implica em um 
trabalho que tem por objetivo a valorização “do que posso fazer” a partir da aceitação  “do que 
sou”. 
Pretende-se  com  essa  dinâmica  valorizar  e  reconhecer  as  características  físicas  e 
comportamentais  inerentes  ao  próprio  corpo,  esclarecendo  que  barreiras  físicas  e  estereótipos 
sociais não devem impedir que  busquemos alcançar nossos objetivos.  
 
Artigo 6º Constituição Federal de 88: “São direitos sociais a educação, a saúde, o 
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desempregados, na forma desta constituição”
 
 
Conhecendo o meu corpo... 
 
...Por dentro e por fora... 
 
 
 
 
 
                                                  
                              
                             ...Da cabeça...aos pés! 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Incentivar a identificação pessoal (físico-comportamental). 
• Demonstrar  como  estereótipos  e  interpretações  subjetivas  interferem  em  nosso 
comportamento. 
• Trabalhar  formas  e  possibilidades  de  vivenciar  situações  que  necessitem  compreensão  e 
reflexão. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
• Sala ampla e confortável; 
• Tiras de papel; 
• Canetas; 
• CD Player; 
• CD; 
• Balões. 
 
 

  16 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO 
Os orientadores iniciam um diálogo com o grupo sobre o tema proposto, perguntando, por 
exemplo: -  o que pensam a respeito dos  conceitos sociais sobre a aparência física? 
 
2º MOMENTO: 
Um orientador entrega um balão vazio e uma pequena tira de papel em branco para cada 
um dos participantes. 
 
3 º MOMENTO: 
É solicitado a cada pessoa que escreva no papel, sem mostrar para o companheiro ao lado, 
duas características físicas e uma comportamental, de modo que a pessoa possa ser identificada 
pelos outros.  
 
4º MOMENTO: 
Os participantes dobram o papel de maneira a  coloca-lo dentro do balão entregue. 
 
5º MOMENTO: 
Cada pessoa deve encher o seu balão e depois joga-los para cima, todos ao mesmo tempo, 
ao som de uma música animada. 
 
6º MOMENTO: 
Quando a música parar cada um pega um balão e estoura, lendo a tira de papel e  tentando 
adivinhar a pessoa pelas características que estão descritas. 
 
 
RECURSO DE APOIO 
 
     “(...)  Nós  nos  tornamos  o  que  somos,  constituímos  a  nossa  subjetividade,  interagindo 
diariamente com uma variedade de processos (individuais ou coletivos), que estão em constante 
movimento de construção e desconstrução. E, dessa forma, passamos a constituir sempre novas 
composições subjetivas”. (Guatari) 
 
Pode  ser  utilizado  como  material  de  recurso  álbuns sobre  o  funcionamento  do  corpo  humano, 
folders explicativos, cartazes e  demais materiais ilustrativos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As dinâmicas de grupo devem ser reflexivas, pois se os educadores não repensarem suas 
posturas  e  preconceitos  em  seus  processos  de  vida, não  estarão  cumprindo,  adequadamente, 
suas  finalidades.  O  orientador  deverá  lembrar  aos  participantes  sobre  a  importância  de 
multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de 
uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão agindo  como  verdadeiros
  AGENTES 
MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  17 
 
DINÂMICA – 3 
 
CONTEÚDO: União, Solidariedade, Cooperação. 
 
O Maior Rabo do Mundo 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta dinâmica procura ressaltar a importância da união, da  cooperação e  da  solidariedade  entre  as 
pessoas quando se tem a intenção de melhorar a qualidade de vida do grupo, da comunidade, visando a 
construção de uma sociedade justa, livre e igualitária, enfatizando que a união concretiza mudanças.    
 
Artigo 5º da Constituição Federal de 88: “É plena a liberdade de associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar” 
 
 
Você saberia dizer qual desses é o MAIOR RABO DO MUNDO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO : 50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Informar e conscientizar o grupo de que a Constituição Federal garante a livre associação e 
nós, como cidadãos, temos o dever de lutarmos unidos pelos nossos direitos. 
• Esclarecer  que  é  dever  de  todos  respeitar  o  direito  dos  outros,  pois  respeitando  seremos 
respeitados; 
• Estimular  os  participantes  a  perceberem  que  a  maioria  das  mudanças  sociais  acontece 
quando as pessoas se unem e lutam pelos seus direitos; através da organização popular. 
• Incentivar  os  participantes  a  atuar  em  grupos  e  movimentos  sociais  (família,  escola, 
associações  e  entidades  de  defesa  dos  direitos  humanos),  pois  é  através  da  união  e  da 
participação solidária que conseguiremos construir um Brasil para todos. 
 
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO 
 
• Jornais (muitos); 
• Fita adesiva ou fita crepe. 
 
 
 
                                              

  18 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO 
O orientador dividirá os participantes em três grupos com igual número de integrantes. 
 
2 º MOMENTO 
O orientador irá dispor os grupos em três filas e explicar que com o material fornecido os 
participantes  construirão maior rabo do mundo. 
 
3º MOMENTO 
O  orientador  fará  a  entrega  dos  jornais  e  da  fita  adesiva  aos  participantes  e  estipulará  o 
tempo em 10  minutos para que façam o maior rabo do mundo   . 
 
 4º MOMENTO 
Vencido o tempo, o orientador solicitará o encerramento das atividades. 
  
5º MOMENTO 
O  orientador,  então,  perguntará  se  o  maior  rabo  do mundo  já  está  pronto.  Os  grupos, 
provavelmente, responderão afirmativamente. O orientador perguntará se esta é a melhor maneira 
de  se  fazer  o  maior  rabo  do  mundo  e  pedirá  que  reflitam,  pois  deve  existir  outra  alternativa  e 
fornecerá mais  tempo aos grupos. 
  
6º MOMENTO 
Caso  os  participantes  não  consigam  achar  a  solução adequada,  o  orientador  deverá 
fornecer algumas pistas. 
 
7º MOMENTO 
A alternativa correta é a construção de um único rabo. O grupo todo, unindo os três rabos, 
construirá  o  maior  rabo  do  mundo.  Assim,  ficará  demonstrado  que  a  união,  a  cooperação  e  a 
solidariedade são importantes para o alcance de objetivos. 
 
RECURSO DE APOIO: TEXTO 
 
O Céu e o Inferno  (lenda judaica) 
 
Deus convidou um Rabino para conhecer o céu e o inferno. Ao abrirem a porta do inferno 
visualizaram uma sala e no centro dela um caldeirão onde se cozinhava uma suculenta sopa. 
Em volta dela estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava 
uma colher de cabo tão comprido que lhe permitia alcançar o caldeirão, mas não suas próprias 
bocas. O sofrimento era imenso. 
Em seguida, Deus levou o Rabino para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica a 
primeira, havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A 
diferença é que todos estavam saciados. 
- Eu não compreendo, disse o Rabino, por que aqui as pessoas estão felizes, enquanto na outra 
sala morrem de aflição, se é tudo igual? 
Deus sorriu e respondeu:  
- Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta dinâmica é adequada para ser utilizada no início dos encontros com os grupos. É  bem 
recebida  e  pode  ser  utilizada  para  abordar  outros  assuntos,  independente  de  faixa  etária.  O 
orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  sobre  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA. 
 

  19 
 
DINÂMICAS SOBRE CIDADANIA 
 
 
DINÂMICA – 4
 
 
 
CONTEÚDO: Cidadania 
 
Cidadania de A a Z 
 
INTRODUÇÃO 
 
Entendendo a cultura e a educação como os principais alicerces da cidadania é fundamental 
que,  além  da  educação  formal,  os  alunos  da  rede  de ensino  sejam  capacitados  em  áreas 
estratégicas do  conhecimento como  direitos  humanos,  saúde, meio  ambiente,  informática, meio 
ambiente, lazer, entre outros, para que conheçam os seus direitos e deveres, podendo defendê-
los e cumpri-los.  
A  cidadania  formal  se  materializa  e  se  realiza  na  prática,  através  do  conhecimento  dos 
direitos e garantias que estão na Constituição Federal. Fazer respeitar o seu direito é exercer a 
cidadania. A vida em sociedade exige a participação ativa e solidária de todos os cidadãos.   
 
 
Art.6º da Constituição Federal 88: “São direitos sociais a EDUCAÇÃO, A SAÚDE, O 
LAZER, A SEGURANÇA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL, A PROTEÇÃ O À MATERNIDADE E 
À INFÂNCIA, A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS na forma  desta Constituição.”
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  1 h e 30 mim 
 
FAIXA ETÁRIA: Livre 
 
OBJETIVOS 
 
•  Informar e conscientizar os participantes sobre cidadania formal e cidadania real. 
•  Estabelecer  um  paralelo  entre  a  sociedade  do  mundo  animal  e  a  dos  seres  humanos, 
procurando identificar quais as semelhanças e diferenças entre eles, analisando as regras 
de  um e de outro; 
•  Estimular a percepção do grupo para a importância da existência de regras básicas para 
uma  convivência humana harmoniosa. 
•  Promover a competição saudável e o sentimento de equipe; 
•  Evidenciar através de palavras ou frases (coladas no quadro) e com o auxílio de recortes       
(revistas e jornais), os conceitos de cidadania apreendidos e criados pelo próprio grupo.  
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Trilha  do “Caminho  da  Cidadania”,  confeccionada  com  folhas  de  ofício  ou  cartolina  
composta de letras do alfabeto de A à Z e com algumas “sanções” (por ex: -Você jogou 
papel  no  chão.  Volte  3  casas)  e  “recompensas”  (por ex:  -  Você  ajudou  uma  senhora  a 
atravessar a rua. Ande 2 casas.); 
•  Um  quadro  negro  para  registrar  como  foram  divididas  as    equipes  e  acompanhar    as 
palavras  que forem sendo ditas; 
•  Cartas de baralho – Às, 2, 3, 4, 5, 6 (podem ser substituídas por um dado também). 
 
 

  20 
DESENVOLVIMENTO 
 
 
1º MOMENTO: 
O  orientador  deverá  iniciar  a  dinâmica  estabelecendo  um  paralelo  entre  a  sociedade  do 
mundo animal, irracional, e a sociedade humana. Esta conversa deve levar o grupo a perceber 
que no reino animal a lei que predomina é a lei do mais forte; que esta sociedade também tem 
normas  de  organização  social  (citar  como  exemplo  o modo  como  as  formigas,  as  abelhas 
organizam  seus formigueiros  e colméias);  que  cada formiga  e  abelha  desempenha  uma função 
especial para fazer a sociedade funcionar; que em uma micro-sociedade sempre tem um líder que 
comanda (abelha rainha).   
Traçar  um  paralelo  perguntando:  como  a  sociedade  dos  humanos  se  organiza?  Qual  o 
papel  que  cada  um  desempenha  na  sociedade?  Existe  necessidade  de  comando?  Quem 
comanda?  
Inserir  no  debate  a  questão  do  conhecimento  e  da  informação  como  forma  de  poder  e 
finalizar  a  abordagem  inicial,  salientando  a  necessidade  de  organização,  de  união  e  do 
conhecimento  para  o  bom  funcionamento  de  uma  sociedade,  ressaltando  que  para  que  isso 
ocorra é necessário seguir regras de convivência social em grupos (casa, escola, clube etc.) e na 
comunidade. Finalmente, dizer  que:  se  no mundo  animal  quem  “se  dá  bem”  é o mais forte, no 
mundo  dos  humanos  quem  “se  dá  bem”  é  quem  detém  o  conhecimento,  quem  estuda,  quem 
trabalha. 
 
 
2º MOMENTO: 
O orientador colocará no quadro negro as seguintes perguntas: Como seria um mundo sem 
regras? O que aconteceria se em um determinado dia todos resolvessem desrespeitar as regras 
estabelecidas? E abrir o espaço para debates, estabelecendo comparações. 
  
3º MOMENTO: 
 
Trilhar o Caminho da Cidadania (ver RECURSOS DE APOIO)
 
 
1º passo
: Dividir a turma em quatro equipes. Cada equipe deverá se atribuir um apelido e o 
quadro negro  dividido em quatro partes, onde as equipes colocarão os apelidos escolhidos. 
2º passo: Cada equipe elegerá um representante que irá caminhar em nome da equipe pelo 
Caminho da Cidadania. 
3º  passo:  Os  representantes  dos  grupos  disputarão  “par  ou  ímpar”  para  definir  quem 
começará a caminhada.  
4º passo: O primeiro jogador (vencedor do par ou ímpar) retirará, aleatoriamente, uma das 
cartas do baralho. Ele deverá andar o número de casa correspondentes ao número da carta. 
5º passo: Em cada “casa” do Caminho que ele parar deverá  dizer uma palavra relacionada 
com cidadania que comece com a letra correspondente. Exemplo: A contagem parou na letra E - 
escola,  educação,  etc.  A  equipe  deverá  ajudá-lo.  Cada  palavra  dita  será  escrita  no  quadro  no 
espaço referente ao da equipe que tirou a carta. 
6º passo: A equipe que chegar primeiro ao final do caminho será a ganhadora. Poderá ser 
dado um prêmio (compatível com a faixa etária) aos componentes da equipe vencedora, mas é 
interessante que todos sejam premiados pela participação (por ex: balas, bis, pirulito, etc). 
 
 4º MOMENTO: 
Todos  os  participantes  copiarão  as  palavras  escritas  no  quadro.  O  orientador  solicitará  a 
elaboração de um texto como tarefa de casa onde sejam usadas as palavras ditas pelas equipes, 
que responda a seguinte pergunta: - O que é cidadania para você?  
O texto deverá  ser entregue no  encontro seguinte.  Os alunos  poderão fazer  pesquisa  em 
jornais e/ou revistas e até mesmo colar gravuras e fotos ilustrativas para enriquecer o trabalho. 
 
 
 

  21 
RECURSO DE APOIO 
 
As palavras abaixo poderão ser usadas para auxiliar o orientador a enriquecer a dinâmica, 
mas não deve ser utilizado para substituir as idéias dos participantes, estimulando-os a pensar e a 
refletir  para que  descubram as palavras necessárias.  Havendo  dificuldades  o orientador poderá 
oferecer alguma “dica”, Por exemplo: 
 
A – AJUDA OU AUXÍLIO: Ajudar uns aos outros e a si próprio construindo um ambiente melhor 
para todos; 
B – BRASILEIRO: Brasileiro graças a Deus! Brasileiro é o povo mais alegre do mundo; 
C  –  CIDADANIA: Cidadania  é  consciência  de  direitos;  Cidadania  é,  também,  consciência  de 
deveres. 
D – DIREITOS E DEVERES: O que significa ter direitos e deveres? E importante reclama-los? Por 
quê? 
E – EDUCAÇÃO: Direito de todo o cidadão e dever do Estado. 
F – FISCALIZAÇÃO: Fiscalizar os governantes e os que não respeitam o patrimônio público, nem 
o direito dos cidadãos são deveres de todos. 
G – GOVERNO: O governo é necessário e é formado pelos representantes eleitos pelo povo, que 
devem trabalhar visando o bem comum e o interesse de todos.  
H – HABITAÇÃO:  Habitação digna é direito de todos; é dever do Estado prover condições iguais 
de acesso a moradia aos cidadãos; é dever/direito do cidadão lutar para ter uma boa casa.  
I – INFORMAÇÃO – IGUALDADE:  A  informação através da educação é o caminho mais curto 
para a inclusão social. A igualdade de condições só será alcançada através da educação. 
J – JUSTIÇA: O acesso democrático à justiça é um direito do cidadão garantido na Constituição. 
O que é justiça? A justiça é igual para todos?  
L – LIBERDADE: A condição para a liberdade é o conhecimento dos direitos/deveres. O que é 
significa ser livre? O que é preciso para ser livre realmente? Exemplos: os direitos de ir e vir, de 
liberdade de expressão, de ser e agir como quisermos sem invadir o espaço alheio. 
M  –  MORADIA: Todos  têm  direito  à  moradia  digna.  O  que  é  uma  moradia  digna?  Por  que  a 
maioria dos brasileiros não tem uma moradia decente? O que eu devo fazer para ter uma moradia 
digna? 
N – NAÇÃO: O que é nação? Nação é o mesmo que povo e território? Exemplos: nação= cultura 
+ hábitos + língua em comum.  
O – OUSADIA:... De cobrar e exigir direitos, principalmente, dos governantes. 
P – PÁTRIA – PARTICIPAÇÃO: É o mesmo que nação? A maioria dos brasileiros tem orgulho de 
sua pátria? Por que alguns brasileiros  “falam mal” do Brasil, elogiando e copiando outras culturas 
(EEUUU por ex.)? 
Q  –  QUALIDADE  DE  VIDA: O  que  precisamos  para  ter  qualidade  de  vida?  (saúde,  boa 
alimentação,  liberdade,  educação,  justiça,  cultura,  segurança,  esporte,  lazer,  meio  ambiente 
saudável, etc.). 
R  –  RG  –  REGISTRO  GERAL: É o  número  da carteira  de identidade  de cada  cidadão.  O que 
significa ter uma identidade?  
S – SOLIDARIEDADE: O que é ser solidário? É dar um prato de comida para alguém quem pede 
na porta de nossa casa ou é ajudá-lo a descobrir suas capacidades? 
T – TRABALHO: Todos temos o direito a um trabalho digno, com carteira assinada e um salário 
satisfatório. Trabalho digno não é o mesmo que biscate ou “trocadinho”. 
U – UNIÃO – URBANISMO: O que é urbanismo? É tudo o que se faz para melhorar a qualidade 
de vida das pessoas e das cidades: saneamento, asfalto, praças, creches, escolas, transportes, 
etc... 
V  –  VOTO  -  VIDA: O  voto  é  a  força  e  o  poder  do  cidadão;  através  do  voto  o  cidadão  tem  a 
responsabilidade de escolher bem os seus governantes; porque é importante votar? Se o cidadão 
não vota não pode reclamar, deixa que o outro escolha no seu lugar; 
X – XENOFOBIA: Discriminar estrangeiros é cidadania ou preconceito? XIXI: Quem faz xixi na 
rua, em locais públicos, nos muros, nas casas, nas praças, etc, está cumprindo com seus deveres 
de cidadão?  
Z  –  ZUMBI  -  ZELAR: Quem  foi  Zumbi?  O  que  ele  representa  em  nossa  cultura?  Sua  luta  foi 
importante? Por quê? Qual o significado da palavra zelar? 

  22 
 
 
Cidadania de A  a Z  -  Caminho da Cidadania
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
ALGUMAS  ATITUDES  E  MUDANÇAS  NO  COMPORTAMENTO  TANTO  COLETIVO  COMO 
INDIVIDUAL  QUE PODEM TRANSFORMAR A VIDA DAS PESSOA S E O PAÍS: 
 
P Inserir no cotidiano da sociedade projetos que gerem ações que visem a Cidadania; 
P Apoiar/desenvolver programas auto-sustentáveis que resgatem este conceito nos segmentos 
mais carentes da sociedade; 
P Apoiar/desenvolver programas de prevenção e educação ambiental. 
P Apoiar  programas  educacionais  voltados  à  proteção  ambiental,  alimentação,  esportes, 
cidadania e movimentos solidários; 
P Rejeitar qualquer ato que demonstre preconceito, racismo e discriminação racial, trabalhando 
para a consolidação de uma sociedade mundial globalizada e mais justa; 
Você 
jogou 
papel no 
chão. 
Volte 2 
AAAA    B CCCC    
EEEE    FFFF    
IIII    
Ajudou 
uma 
senhora a 
atravessar 
a rua. 
Avance 2  
GGGG HHHH    
Você 
aprendeu 
a reciclar 
o lixo. 
Avance 3 
casas. 
DDDD    
JJJJ    LLLL    
NNNN    
 
Você tem 
gastado  
muita 
água. 
Volte 2
. Você 
ensinou 
que 
aprendeu  
Avance 2 .  
SSSS    
MMMM    
QQQQ    
PPPP     O 
T UUUU    
VVVV    XXXX    
Você 
sentou no 
lugar 
destinado 
a idosos 
no ônibus. 
Volte 3 
ZZZZ    
Você foi solidário 
ajudando um colega 
a estudar. Avance 
 1 casa. 

  23 
P Organizar  ações que  acelerem  o  desenvolvimento  de  instituições  e  mecanismos 
característicos de sociedades mais justas: 
P Organizar e realizar palestras, seminários, simpósios, cursos lutando pela desburocratização 
dos órgãos responsáveis pela defesa de direitos e pela implantação da gestão participativa e 
da democracia política e econômica em todos os níveis do processo decisório; 
P Buscar justiça em todos os níveis de acesso dos cidadãos, lutando para assegurar  a justiça 
social. 
P Apresentar projetos de lei de iniciativa popular; 
P Propor ações na defesa dos direitos constitucionais, da ética e da cidadania; 
P Reformular o sistema de representação popular; 
P Estimular  a  Cidadania em  contraposição  à  apatia  social  que  caracteriza  o atual  estágio  de 
nossa sociedade; 
P Propor e dar apoio à realização de plebiscitos e referendos, dando apoio a todo tipo de auto-
ajuda que venha a ser organizada pelos cidadãos; 
P Defender o direito à vida em todas as suas manifestações; 
P Promover a cidadania, intermediando as relações entre a sociedade e o Estado, defendendo a 
educação à distância e a livre concorrência. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A conclusão desta dinâmica não deve se encerrar no seu término. Os textos produzidos 
pelos  alunos  deverão  ser  recolhidos  analisados  e  discutidos  com  todo  o  grupo  no  próximo 
encontro junto com a tarefa solicitada no 4
o
. momento.  
O  orientador  deverá  lembrar  aos  participantes  sobre  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais justa e participativa estarão agindo como verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA 
CIDADANIA,
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  24 
 
DINÂMICA – 5 
 
 
CONTEÚDO: Cidadania 
 
 
Cidadão de Papel 
 
INTRODUÇÃO 
 
Cidadania,  no  seu  conceito stricto,  significa  ter  o  direito  de  votar  e  ser  votado.  Mas, 
atualmente,  o  entendimento  de  “exercer  a  cidadania”  ganhou  maior  amplitude.  Votar  é 
importantíssimo,  mas  é  necessário  que  esse  voto  seja  consciente  e  que  nele  se  deposite, 
também, responsabilidade e possibilidade da exigência do compromisso. 
Conhecer os direitos e deveres estabelecidos nas leis é muito importante e essencial para 
dar  continuidade  ao  exercício  efetivo  da  cidadania.  Isto  é,  devemos  distinguir  o  que  é  a  lei 
positivada  (que  está  nos  Códigos,  livros,  jurisprudência,  etc),  do  que  é  lei  efetivada  (que  se  
encontra sob domínio do povo).  
Quando a população se apropria das leis, conhecendo-as, identificando a sua importância, e 
fazendo com que sejam realmente aplicadas, se realiza o verdadeiro sentido da existência delas. 
As  leis  nascem  para  serem  apropriadas  pelo  povo,  como  acontecia  em  Roma,  mas  que, 
infelizmente, ainda não é o comum em nosso país. 
Essa dinâmica se propõe a tratar dessa questão, traçando um paralelo entre o cidadão de 
papel (aquele enjaulado nos códigos) e o verdadeiro cidadão (aquele que conhece, exerce seus 
deveres  e  exige  seus  direitos  na  prática),  de  uma  forma  lúdica  e  simples,  utilizando-se  do 
simbolismo para que se visualize a diferença entre o “cidadão de papel” e o “verdadeiro cidadão”. 
 
 
Artigo 6º Constituição Federal de 88: “São direitos sociais a EDUCAÇÃO, A 
SAÚDE, O LAZER, A SEGURANÇA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL,  A PROTEÇÃO À 
MATERNIDADE E À INFÂNCIA, A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPA RADOS na 
forma desta Constituição”. 
 
 
 
                    
          
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: de 12 até 18 anos 
 
OBJETIVOS: 
 
•  Reconhecer  a  importância  da  Constituição  Federal  e  perceber  a  necessidade  de  nos 
tornarmos  cientes  do  que  nela  está  escrito  para  que  não  existam “cidadãos  de  papel”,  mas 
cidadãos comprometidos consigo e  com a sociedade em geral. 
•  Pesquisar na Constituição os Direitos Fundamentais. 
•  Identificar a diferença entre ter direitos e exerce-los. 

  25 
•  Evidenciar como se constrói um “cidadão de papel” a partir da leitura da Constituição e refletir 
sobre esta condição. 
•  Perceber o que é necessário para que não sejamos “cidadãos de papel” e que construir uma 
sociedade mais justa depende de nós. 
  
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Várias Constituições (no mínimo quatro); 
•  Barbante ou linha; 
•  Sacos de lixo (de plástico ou de estopa); 
•  Lápis e canetas hidrocor; 
•  Retângulos de papel – mais ou menos 40 - que servirão de placas (onde os barbantes serão 
presos). 
•  Papel pardo para confecção dos pares de bonecos (um par para cada grupo de alunos); 
•  Tesoura. 
 
OBS: O orientador preparará, previamente, os retângulos de papel furando-os nas pontas e 
colocando os barbantes: 
 
                        
 
 
Deverá,  também,  recortar  bonecos  de  papel  pardo  (sendo  estes  pares  de  mãos  dadas) 
antes  da  dinâmica.  Esses  bonecos  poderão  ser  uma  menina  e  um  menino,  e  devem  estar  em 
branco  para  que  as  crianças  possam  preenche-los  com  os  direitos  e  deveres  extraídos  da 
Constituição. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1ºMOMENTO: 
Dividir  a  turma  em  três  ou  mais  grupos,  conforme  o número  de  participantes.  Os  grupos 
deverão ter no mínimo 4 e no máximo 8 componentes para que a discussão seja proveitosa.  
 
2ºMOMENTO: 
Dar a cada grupo um par de bonecos de papel; material para colorir e escrever e exemplares 
da  Constituição. 
 
3ºMOMENTO: 
Os  alunos  deverão  identificar  os  bonecos  com  os  nomes  dos  componentes  do  grupo  e 
“batizar” os bonecos com um nome próprio. Esclarecer que esses bonecos serão os “cidadãos de 
papel”. 
 
4ºMOMENTO: 
Orientar um trabalho de pesquisa na Constituição para que os alunos escrevam nos bonecos 
os  principais  direitos  e  deveres  nela  descritos.  Podem  ser  indicados  alguns  artigos  para  que  o 
trabalho fique mais ágil (art. 5º, 6º, 225 e 227 ver Recursos de Apoio). Esses artigos poderão ser 
lidos pelas crianças se o tempo disponível for suficiente, sendo que o orientador deverá esclarecer 
as  palavras  mais  complexas,  perguntando  e  orientando  os  alunos  sobre  o  significado  das 
mesmas.  Alertar  os  alunos que, quanto mais direitos eles  “derem” aos cidadãos  de  papel  mais 
deveres eles terão também. 
 
5º MOMENTO: 
Distribuir os retângulos com barbantes para os grupos. Nestes retângulos os alunos deverão 
descrever os direitos encontrados na Constituição. 
 

  26 
6º MOMENTO: 
Cada  grupo  irá  eleger  um  componente  que  representará  o  “cidadão  real”.  Esse  cidadão 
ficará distante alguns metros da sua equipe com os braços abertos, sendo que esta deverá formar 
uma fila. Cada fila recebe um saco. 
 
7º MOMENTO: 
Distribuir para cada componente do grupo um retângulo com um direito e/ ou dever descrito. 
 
8º MOMENTO: 
Após um determinado tempo os alunos deverão entrar no saco e ir, um a um,  até o cidadão 
real pulando e levando o retângulo nas mãos. Ao chegar devem pendura-lo no “cidadão real” da 
sua equipe.  
 
9º MOMENTO: 
A equipe que primeiro terminar será a vencedora. 
 
10º MOMENTO: 
Correlacionar os “cidadãos de papel” que fizeram, com o “cidadão real” que são. Questionar 
se  aquele  cidadão  de  papel  pode  usufruir  daqueles  direitos?  E  por  que?  Questionar também a 
diferença  entre  os  direitos  e  deveres  estarem  apenas  no  papel,  e  o  de  estarem  em  nossas 
consciências?  Enfim,  salientar  a  importância  de  estarmos  cientes  de  nossos  direitos  e  deveres 
para que possamos exercer todos eles. 
 
 
RECURSOS DE APOIO: Artigos da Constituição Federal 
 
Artigo 5º: 
 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, 
à segurança e à propriedade.” 
 
Artigo 6º: 
“São direitos sociais a educação, a saúde, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados na forma desta constituição”. 
 
Artigo 225: 
“Todos  tem  direito  ao  meio  ambiente  ecologicamente equilibrado,  bem  de  uso  comum  do  povo 
essencial  à  sadia  qualidade  de  vida,  impondo-se  ao Poder Público  e  à  coletividade  o dever de 
defende-lo e preserva-lo para as presentes e futuras gerações.” 
 
Artigo 227: 
“É  dever  da  família,  da  sociedade  e  do  Estado  assegurar  à  criança  e  ao  adolescente,  com 
absoluta  prioridade,  o  direito  à  vida,  à  saúde,  à  alimentação,  à  educação,  ao  lazer,  à 
profissionalização,  à  cultura,  à  dignidade,  ao  respeito,  à  liberdade  e  á  convivência  familiar  e 
comunitária,  além  de  colocá-los  a  salvo  de  toda  a  forma  de  negligência,  discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão.” 
 
CONIDERAÇÕES FINAIS 
 
Essa dinâmica precisa de muito tempo para ser aplicada. Pode ser dividida em duas etapas 
e  aplicada  uma  de  cada  vez,  realizando-se  ou  a  atividade  do  “Cidadão  de  Papel”  (pesquisa  e 
preenchimento dos bonecos de papel) ou a do “Cidadão Real” (pesquisa e corrida do saco). O 
orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos 
adquiridos,  pois  assim  estarão  contribuindo  para  a construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e 
participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES  MULTIPLICADORES  DA 
CIDADANIA. 

  27 
 
DINÂMICA – 6 
 
CONTEÚDO: Direito ao Sufrágio. 
 
Votar Consciente é ser Cidadão 
 
INTRODUÇÃO: 
 
O direito ao sufrágio, exercido através do voto, é a forma mais consistente de expressão da 
soberania popular. Essa participação não se resume ao dia da eleição, compreendendo, também, 
nosso cotidiano, ao reclamarmos e exigirmos o cumprimento das promessas, exercitando nossos 
direitos. 
O  voto  igualitário,  universal,  direto  e  secreto  é  uma  conquista  importante  da  luta  pela 
cidadania, obtida com muito esforço e que deve ser valorizada e respeitada por todos.  
Afinal,  é  pertinente  lembrar  algumas  práticas  “eleitorais”  anteriores, como  o voto  exclusivo 
para  os  que  eram  proprietários  de  determinada  quantidade  de  terras;  o  voto  a  “cabresto”;  a 
proibição  do  direito  de  votar  e  ser  votado  das  mulheres  e  dos  negros;  enfim  uma  série  de 
exigências que parecem absurdas diante do Estado Democrático de Direito no qual, hoje, estamos 
inseridos.  
 
Art. 21, III da Declaração Universal dos Direitos Humanos: 
“A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve 
exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente, por sufrágio 
universal igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente, que salvaguarde a 
liberdade de voto”. 
 
 
                         
  
 
 
Votar em branco: tecla branca  
Corrigir o voto: tecla laranja  
Confirmar o voto: tecla verde 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  1 hora e 30 minutos. 
 
FAIXA ETÁRIA: a partir dos 7 anos de idade. 
 
OBJETIVOS 
 
•  Proporcionar  aos  participantes  a  oportunidade  de  conhecer  a  urna  eletrônica  e  a  estrutura 
básica de uma campanha eleitoral; 
•  Simular o manuseio da urna eletrônica, familiarizando-se com ela, para que percebam suas 
vantagens em relação ao método tradicional; 

  28 
•  Reconhecer  a  importância  do  debate  para  a  efetivação  da  verdadeira  democracia, 
respeitando a diversidade de opiniões e incentivando a participação na vida política; 
•  Perceber a responsabilidade e a importância de votar consciente; 
•  Identificar, na vivência dos participantes, situações de manipulação em épocas eleitorais; 
•  Estimular uma visão crítica da realidade política e social do país, através de debates análises 
de situações comuns aos participantes. 
•  Conscientizar sobre a dinâmica do processo eleitoral. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Uma urna eletrônica de papelão ou cartolina (conforme figura acima); 
•  Papéis imitando cédulas eleitorais; 
•  Caixa de papelão para simular uma eleição no molde não eletrônico; 
•  Duas cartolinas (ou mais conforme o número de “partidos”); 
•  Pincéis atômicos. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
  Apresentação  do  tema  a  ser  trabalhado  –  O  VOTO  COMO  INSTRUMENTO  PARA  O 
EXERCÍCIO  DA  CIDADANIA,  abordando  sobre  a  idade  mínima  para  votar  (16  anos),  o  voto 
facultativo para os jovens de 16 a 18 anos, da obrigatoriedade do voto para maiores de 18 anos e, 
principalmente, sobre a importância de votar e participar da vida política e social da cidade, do 
estado e do país. 
 
2º MOMENTO: 
Mostrar um modelo de urna eletrônica e seu funcionamento chamando alguns alunos para 
votar, simulando uma eleição municipal para prefeito (descrita nos RECURSOS DE APOIO). 
3º MOMENTO: 
Mostrar aos participantes exemplos de cédulas e da urna utilizada anteriormente ao sistema 
eletrônico, explicando as dificuldades que o método antigo apresenta (demora na apuração, maior 
probabilidade de ocorrerem fraudes, rasuras e anulação não intencional do voto). 
 
4º MOMENTO: 
Convidar dois voluntários a participar de uma eleição simulada para prefeito da cidade. Cada 
voluntário deverá escolher mais três colegas que formarão a assessoria do candidato. 
 
5º MOMENTO: 
Cada  partido  receberá  uma  folha  de  cartolina  onde  deverá  organizar  e  escrever  as  suas 
propostas. O partido deverá ter um nome (uma sigla, por ex. – PFP, PCP), número do candidato, 
candidato à vice - prefeito e elaborar, no mínimo, seis propostas de governo.  
Durante  esta  etapa,  os  orientadores  deverão  auxiliar  os  partidos,  evitando  induzir  idéias, 
apenas sugerindo que os alunos priorizem o que eles consideram mais importante para a cidade 
(saúde, educação, emprego, transporte, saneamento básico, etc.). Para auxiliar  os demais alunos 
deverão  participar  da  construção  destas  propostas  representando  a  população  e  sugerindo  as 
prioridades. 
 
6º MOMENTO: 
Os dois partidos deveram apresentar ao grupo seus planos de governo, defendendo suas 
idéias, propostas e posições através de debates. 
 
 7° MOMENTO: 
Votação simulada com distribuição de cédulas com as siglas dos partidos, os números e os 
nomes dos candidatos a prefeito. Os alunos assinalarão no espaço dedicado ao candidato de sua 
escolha,  considerando  a  orientação  dada  de  que  devem  observar  o  compromisso  que  os 
concorrentes firmaram com os interesses e as necessidades da população.  

  29 
 
         8° MOMENTO: 
Fazer  a  abertura  da  urna  e  contar  os  votos,  chamando  a  atenção  novamente  para  a 
dificuldade e a demora deste sistema. 
 
 9° MOMENTO: 
Anunciar o resultado da apuração, deixando que comemorarem a vontade, aproveitando a 
euforia para estimular os alunos a repassarem todas as informações aprendidas neste encontro 
aos conhecidos mais próximos (familiares, amigos, colegas, etc) 
 
Exemplo de cédula utilizada nesta dinâmica: 
 
 
 
 
 
                     
 
 
RECURSOS DE APOIO:  Artigos do Código Eleitoral 
Art.1º.Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício 
de direitos políticos, precisamente os de votar e ser votado. 
Art.2º.Todo  poder  emana  do  povo  e  será  exercido  em seu  nome,  por  mandatários 
escolhidos,  direta  e  secretamente,  dentre  candidatos  indicados  por  partidos  políticos 
nacionais,  exceto  em  eleição  indireta  nos  casos  previstos  pela  Constituição  e  leis 
específicas.¹. 
Art.3º.Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as 
condições constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade. 
Art.7º.- O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o Juiz Eleitoral até 30 
(trinta) dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o 
salário  mínimo  da  região,  imposta  pelo  Juiz  Eleitoral  e  cobrada  na  forma  prevista  no 
art.367.¹. 
Funcionamento da urna eletrônica
 
 
 
          A  urna  funciona  ligada  à  rede  de  energia  elétrica  e,  caso  falte  luz,  possui  uma  bateria 
interna com capacidade para funcionar durante uma hora e meia. Caso o período se prolongue ela 
pode ser  ligada a uma bateria de automóvel, podendo funcionar dessa forma durante todo o dia. 
 
Conheça o teclado da urna eletrônica. 
 
       O teclado da urna eletrônica possui teclas numéricas iguais às do telefone, além das teclas 
coloridas que servem para votar em branco, corrigir ou confirmar o voto. 
Votar em branco: tecla branca 
Corrigir seu voto: tecla laranja 
Confirmar seu voto: tecla verde 
 
 
 
O Voto Eletrônico Passo a Passo 
 
20 – PFP – ANA CARLA 
 
 
 
  99 – PCP -  MARÍLIA        
 

  30 
1º passo: o eleitor vai até o mesário e se identifica apresentando o título de eleitor, caso tenha 
perdido o título, poderá votar apresentando a carteira de identidade.  
 
2º passo: o mesário digita o número do título do eleitor em um microterminal, habilita o eleitor e, 
automaticamente, a urna está liberada para a votação.  
 
3º passo: diante da urna eletrônica, o eleitor encontra o pedido para votar em vereador e espaço 
para digitar cinco algarismos.  
 
4º  passo:  o  eleitor  digita  o  número  do  candidato  a  vereador.  Na  tela, aparecerão  o  número,  o 
nome,  a  foto  e  o  partido  do  candidato  escolhido.  o eleitor  conclui  seu  voto  apertando  a  tecla 
"confirma" (verde).  
 
5º passo: o eleitor encontra o pedido para votar no candidato a "prefeito" e espaço para digitar 
dois algarismos.  
 
6º passo: o eleitor digita o número do candidato a prefeito. Na tela aparecerão o número, o nome, 
a  foto  e  o  partido  do  candidato  escolhido.  Após,  o eleitor  conclui  apertando  a  tecla  "confirma" 
(verde).  
 
7º passo: o eleitor volta ao mesário e recebe seu título de eleitor e o comprovante de votação.  
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Aproveitar o clima de entusiasmo e euforia para debater e conversar com os alunos sobre 
este  processo  alertando  que  o  seu  resultado  implicará  diretamente  na  qualidade  de  vida  dos 
próprios  eleitores  (eles  mesmos),  tanto  para melhor  como  para  pior.  Retomar  a  importância  de 
votar consciente já que este é um direito de todo o cidadão, conquistado duramente (relembrar 
sobre o voto a cabresto do tempo dos Coronéis e da repressão a livre expressão e da falta de 
democracia na época da ditadura). Finalizar a dinâmica entregando o seguinte folder:    
 
 
Exemplo do folder a ser distribuído aos participantes: 

          "Ninguém pode ser inquietado pelas suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, contanto 
que a manifestação delas não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei" (art. 10º); "A livre 
comunicação dos pensamentos e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo 
o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos 
desta liberdade nos termos previstos em lei" (art. 11º).” 
 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 26 de Agosto de 1789 
O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais justa e participativa e estarão agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 

  31 
DINÂMICA – 7 
 
 
CONTEÚDO: Exercendo o Direito ao Sufrágio. 
 
 
A Importância do Voto Consciente 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A  dinâmica  a  ser  apresentada  irá  abordar,  de  maneira  acessível,  a  importância  do 
direito/dever de votar como instrumento para o exercício da cidadania. Alem disso, serão tratados 
temas a respeito do alistamento eleitoral, conseqüências possíveis para quem não vota em um 
pleito e a função do Cartório Eleitoral. 
 A Constituição Federal de 1988 foi promulgada em nome da democracia estabelecendo um 
Estado Democrático de Direito. 
A  origem  do  poder  de  um  Estado  democrático  está  na vontade  do  povo,  os  constituintes 
garantiram  e  reforçaram,  em  nossa  Constituição,  os institutos  típicos  da  democracia 
representativa, através do direito ao voto. 
O  direito  ao  voto  traduz-se  na  capacidade  de  livre escolha  do  candidato  que,  se  eleito, 
representará  a  vontade  do  povo  na  feitura  e  aplicação  das  leis.  Todo  cidadão  tem  o  direito  de 
fazer sugestões e acompanhar o trabalho do candidato eleito, durante o cumprimento do mandato. 
 
 
Art. 14, parágrafo 1
o
, Constituição federal de 88:O alistamento eleitoral e o voto são: 
I – obrigatórios para os maiores de 18 anos; II – facultativos para: analfabetos; os 
maiores de 70 anos;os maiores de 16 e menores de 18 anos”. 
 
 
 
 
                              
 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  30 minutos 
 
FAIXA ETARIA: a partir de 12 anos 
 
 

  32 
OBJETIVOS 
 
•  Conscientizar  sobre  a  importância  do  direito  ao  voto,  como  instrumento  individual  do 
exercício da cidadania, e as repercussões desse ato em nosso cotidiano; 
•  Informar  a  localização  da  Justiça  Eleitoral  na  cidade  onde  está  sendo  desenvolvida  a 
dinâmica; 
•  Estimular a discussão sobre o tema.  
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Cartaz  contendo  endereço,  telefone  e  horário  de  atendimento  da  Justiça  Eleitoral  da 
respectiva localidade; 
•  Mesa e cadeiras; 
•  Um exemplar da Constituição Federal.  
 
DESENVOLVIMENTO  
Inicialmente é feita uma dramatização sobre o tema proposto, cujos personagens serão os 
seguintes: 
a) Sr. Felício - um cidadão com dúvidas  em relação ao funcionamento da Justiça Eleitoral; 
b) Sra. Berenice - amiga do Sr. Felício; 
c) Funcionário da Justiça Eleitoral - que informará sobre procedimento para regularização 
do  Título  Eleitoral;  formas  e  prazos  para  justificar  o  pleito  não  votado;  e  como  agir  em 
caso de perda do Título Eleitoral. 
 
1
o
  ATO: Encontro Casual:
 
 
  Sr.  Felício  e Sra.  Berenice  se  encontram e  começam  a  conversar.  Casualmente  inicia  o 
assunto das eleições. 
 A Sra. Berenice pergunta: 
— Seu Felício, o senhor votou nas últimas eleições? 
— Não, Dona Berenice. Eu acho até que meu título de eleitor nem tem mais validade e a 
minha situação com a Justiça Eleitoral deve estar bem complicada. Tenho até medo de aparecer 
no local da votação no dia das eleições... 
—  Meu  amigo  seu  problema  pode  ser  resolvido.  O  que o  senhor  precisa  é  apenas  de 
informações corretas. Nós, cidadãos, precisamos votar sempre e conscientemente, porque este 
gesto de cidadania nos traz vantagens. 
   
2
O
  ATO: A Caminho Do Cartório Eleitoral
 
 
  No  decorrer  da  conversa,  Dona  Berenice  insiste  para  que  o  amigo  se  dirija  ao  Cartório 
Eleitoral: 
  —  Seu  Felício  o  senhor  deve  ir  já  à  Justiça  Eleitoral,  pois  somente  lá  poderão  ser 
fornecidas as informações para  regularizar a sua situação. 
  Sr Felício, mais tranqüilo porque sabe que vai poder colocar a sua situação com a Justiça 
Eleitoral em dia, diz: 
  — Eu vou lá agora mesmo saber como eu faço para regularizar o meu título eleitoral. A Sra 
vem comigo?  
3
O
 ATO: No Cartório Eleitoral
 
 
  Sr. Felício e Sra. Berenice chegam à Justiça Eleitoral e dirigem-se a um balcão, onde um 
funcionário lhes dá as informações necessárias. 
  O Sr. Felício, então, explica ao funcionário que: - Eu não votei nas duas últimas eleições, e 
não justifiquei o meu voto. E pergunta: - Quero saber se o meu título ainda é valido e o que eu 
devo fazer para regularizar a minha situação? 
  O funcionário do Cartório Eleitoral responde atenciosamente: 

  33 
  — Sr. Felício, o seu título eleitoral ainda é válido; porém, como o senhor não votou nas 
últimas  eleições  e  não  justificou  o  voto,  deverá  pagar  uma  multa  referente  a  cada  pleito  não 
votado,  sendo  que  cada  turno  é  considerado  como  um pleito,  portanto, se  a  eleição  teve  dois 
turnos, a multa será devida em cada um deles. 
  — Mas eu não posso pagar nenhuma multa, pois não tenho nenhum dinheiro. 
  — Não tem problema, Sr. Felício. Se o senhor não tem condições financeiras de pagar a 
multa, basta  apresentar  ao  Cartório  Eleitoral  uma  declaração de  insuficiência  de recursos, que  
isentaremos o senhor do  pagamento da multa. 
  O funcionário do Cartório prossegue: 
  — O voto de cada cidadão é muito importante, Sr. Felício. Quando não for possível votar, o 
cidadão deve justificar, ou seja, explicar qual o motivo que impossibilitou seu comparecimento às 
urnas. A justificativa deve ser feita da seguinte forma: 
 
a)  Se o senhor não estiver no seu domicilio no dia da eleição, deve comparecer em qualquer 
local de votação, no município onde se encontrar, explicando que quer justificar o voto, 
preenchendo um formulário e prestando as informações necessárias. 
 
b)  Se o senhor estiver no seu domicilio no dia da eleição, mas com alguma impossibilidade 
de comparecer às urnas (doença, por exemplo), deve se dirigir à Justiça Eleitoral no prazo 
de 60 dias para justificar o fato de não ter votado.  
 
Após  estes  esclarecimentos  o  Sr. Felício  agradece  ao funcionário  e  à  Dona  Berenice, e 
lembrando o problema de uma vizinha do bairro onde mora, pergunta: 
 — O que precisa fazer uma vizinha minha que perdeu seu título de eleitor? 
 O funcionário responde, atenciosamente: 
 — No caso de perda do título eleitoral ela deve encaminhar-se à Justiça Eleitoral, portando 
documento de identidade, e solicitar a confecção de uma 2
a
 via do título que é gratuita e entregue 
na mesma hora ao eleitor. 
 O funcionário ainda ressalta: 
 —  Mesmo  sem  o  título  o  eleitor  pode  e  deve  votar. Para  isso,  basta  que  apresente  um 
documento de identidade (carteira de identidade, certidão de nascimento ou casamento) no local 
de  votação.  A  perda  do  título  não  justifica  o  não  comparecimento  às  urnas,  sendo  necessário 
votar mesmo quando não se está de posse do título eleitoral. 
 
 O  Sr.  Felício  e  a  sua  amiga,  Dona  Berenice,  satisfeitos  com  a  visita  à  Justiça  Eleitoral 
voltam  para  casa,  comentando  que  divulgarão  a  seus amigos  e  vizinhos  as  informações 
recebidas e a importância de se ter conhecimento sobre ato de votar. 
 
RECURSOS DE APOIO: ARTIGOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
A  Constituição  Federal  pode  ser  utilizada  no  final da  dinâmica,  quando  o  orientador 
convidará um dos participantes a ler o artigo 1
o
, § único e o artigo 14, § 1
o
 desta Magna Carta: 
 
Art. 1
o
, § único: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou 
diretamente, nos termos desta Constituição”. 
 
Ressaltar  o artigo 14  parágrafo  1
o
  da Constituição  de 1988, citado no  início  da dinâmica  sobre 
alistamento e voto. 
 
CONSIDERAÇOES FINAIS 
 
  Após  a  leitura  dos  artigos  o  orientador  deve  abrir  espaço  para  o  debate,  direcionando-o 
para que o grupo discuta a importância do direito/dever de votar, como instrumento individual do 
exercício  da  cidadania,  e  as  vantagens  desse  ato  em  nosso  cotidiano.  O  orientador  deverá 
ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois 
assim  estarão  contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e 
estarão agindo como verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA 

  34 
 
DINÂMICA – 8 
 
CONTEÚDO: A Importância da Documentação Civil 
  
 O Boneco João Ninguém 
 
INTRODUÇÃO 
 
A dinâmica se propõe a conscientizar os participantes sobre a importância da documentação 
civil para a realização plena da cidadania e seus efeitos sobre nossa auto-estima, lembrando que 
fazer as gerações futuras mais felizes do que a nossa é o prêmio maior que se pode aspirar. Não 
haverá  valor  comparável  ao  cumprimento  dessa  grande  missão,  que  consiste  em  preparar  um 
mundo melhor para a Humanidade do futuro. 
 
Art. 6º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
“Todos os indivíduos tem direito ao reconhecimento em todos os lugares da sua 
personalidade jurídica”. 
Art. 27 do ECA. 
“O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e 
imprescritível, podendo ser exercido contra os pais ou seu herdeiros, sem qualquer 
restrição,  observando o segredo de justiça”. 
 
Documentos Civis:
 
 
 
 
 
 
 
.  
 
 
São MUITOS... e MUITO importantes! 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 min 
        
OBJETIVOS 
 
•  Informar aos participantes quais são os documentos essenciais ao exercício da cidadania; 
•  Ressaltar a importância da Documentação Civil para as atividades desempenhadas ao longo 
da vida. 
•  Informar  o  endereço  dos  Postos  de  Identificação,  seus  horários  de  funcionamento  e  os 
requisitos para a confecção dos documentos; 
•  Incentivar os participantes, na medida que tomem contato com pessoas desprovidas de tais 
documentos, a encaminhá-las ao posto de identificação mais próximo. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Folha de cartolina; 
•  Canetas hidrocor; 
•  Tesoura; 
•  Cola; 
•  Boneco de Cartolina; 

  35 
•  Modelos  ilustrativos  de  CPF,  Carteira  de  Trabalho,  Carteira  de  Identidade  e  Certidão  de 
Nascimento, etc; 
•  Fita Adesiva; 
•  Aparelho de Som. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 1º MOMENTO : 
O  orientador  deve  fixar  em  um  local  bastante  visível  o  “Boneco  João-Ninguém”.  Ele  deve 
possuir uma aparência bastante saudável e estar bem vestido. Após todos o terem identificado, 
deve  realizar  a  seguinte  pergunta:  O  que  está  faltando  a  este  boneco  para  que  ele  seja  um 
cidadão  completo?  Deixe  surgir  as mais  variadas  respostas  até  que  se  chegue  à  adequada: O 
NOME!!!.  
 
2º MOMENTO 
O  orientador  deve  ressaltar  que  aparentemente  o  boneco  está  provido  de  todas  as  suas 
necessidades básicas como: saúde, vestuário, etc. Porém, isso tudo não basta, pois ele necessita 
de um nome para que seja individualizado e identificado como ser humano. 
                          
3º MOMENTO: 
O grupo deve escolher um nome para o boneco. 
 
4º MOMENTO: 
Nesse momento, o orientador deverá repassar aos presentes modelos de CPF, Carteira de 
Identidade e Certidão de Nascimento, explicando a utilidade de cada um deles, além de ressaltar 
a importância que estes documentos possuem para a vida do cidadão.  
 
5º MOMENTO: 
Depois que todos já tiverem analisado as réplicas ilustrativas dos documentos, o orientador 
deverá entregar um folheto explicativo contendo os endereços e horários de funcionamento dos 
postos de identificação da cidade.  
 
RECURSOS DE APOIO 
 
Certidão de nascimento 
Taxa  Grátis 
O que é 
preciso levar 
Registro da maternidade ou testemunho de duas 
pessoas, portando a carteira de identidade, para o caso 
de nascimento em casa. Os pais também devem levar o 
original da carteira de identidade e a certidão de 
casamento (se casados). 
Onde tirar  Cartórios de registro civil 
Prazo de 
emissão 
No mesmo dia 
2.ª Via  
Comparecer ao cartório onde a pessoa foi registrada e 
solicitar a emissão de novo documento. O pai ou 
responsável devem levar a carteira de identidade 
Taxa  R$ 12,85 (*) 
Carteira de Identidade 
Taxa  Grátis 
O que é preciso 
levar 
Certidão de nascimento (original e cópia ou cópia 
autenticada), certidão de casamento (se casado) e 
duas fotos 3x4. Quem quiser que os números do CIC 
e do PIS constem da identidade deve apresentar a 
original dos documentos no momento da solicitação. 
Onde tirar  Delegacias de Polícia e Poupatempo (no caso de São 
Paulo) 
Prazo de 
emissão 
De um dia a um mês 

  36 
2.ª Via   Comparecer a um dos postos de emissão com os 
mesmos documentos da primeira via. 
 Certidão de casamento 
Taxa  R$ 142,40 (verificar taxa extra para casamentos fo ra 
do cartório) (*) 
O que é preciso 
levar 
Carteira de identidade e certidão de nascimento 
(originais) dos noivos e duas testemunhas com o 
original da carteira de identidade. Os noivos menores 
de 21 anos precisam da autorização dos pais.  
Onde tirar  Cartórios de Registro Civil 
Prazo de emissão  Até 30 dias 
2.ª Via   Comparecer ao cartório em que foi registrado o 
casamento e solicitar a emissão de novo documento. 
Taxa  R$ 13,00 (*) 
Título de eleitor 
Taxa  Grátis 
O que é preciso 
levar 
Carteira de identidade ou certidão de nascimento e 
um comprovante de residência de pelo menos um 
ano. 
Onde tirar  Cartórios eleitorais. 
Prazo de emissão  No mesmo dia. 
2.ª Via   Carteira de identidade ou certidão de nascimento e  
um comprovante de residência 
Taxa  Quem deixou de votar em alguma eleição pagará 
multa 
Certificado de reservista 
Taxa  R$ 1,25 (*) 
O que é preciso 
levar 
Certidão de nascimento ou carteira de identidade, 
comprovante de residência e duas fotos 3x4 
Onde tirar  Junta militar de sua cidade ou na Prefeitura 
Prazo de 
emissão 
Até 30 dias após a dispensa do serviço militar 
2.ª Via   Comparecer a Junta Militar com o documento de 
identidade e uma foto 3x4 
Taxa  R$ 3,75 (*) 
Carteira de trabalho 
Taxa  Grátis 
O que é 
preciso levar 
Carteira de identidade ou certidão de nascimento ou de 
casamento ou certificado de reservista (originais ou 
cópia autenticada) e duas fotos 3x4 
Onde tirar  Postos do Ministério do Trabalho 
Prazo de 
emissão 
No mesmo dia 
2.ª Via   Comparecer aos postos do ministério com os 
documentos e fotos. Nos casos de roubo, furto, extravio 
ou perda do documento, será necessário apresentar o 
boletim de ocorrência ou uma carta escrita de próprio 
punho. 
Taxa  Grátis 
Atestado de antecedentes criminais 
Taxa  Grátis 
O que é preciso 
levar 
Carteira de identidade (original e cópia) 
Onde tirar  Distrito Policial credenciado  
Prazo de emissão  24 horas 
Atestado de óbito 
Taxa  Grátis 
O que é preciso 
levar 
Protocolo preenchido e fornecido pelo serviço 
funerário 
Onde tirar  Cartório de registro civil indicado no protocolo 

  37 
Prazo de emissão  cinco dias 
 Certidão negativa de crédito 
Taxa  Grátis 
O que é preciso 
levar 
Carteira de identidade ou de trabalho e CPF (pessoa 
física) e cartão de CNPJ, contrato social da empresa, 
com registro na junta (o nome do sócio deve constar 
no contrato) e carteira de identidade ou carteira 
profissional (pessoa jurídica) 
Onde tirar  Nos Cartórios destinados em sua cidade  
Prazo de 
emissão 
Variável 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O  tema  referente  à  documentação civil,  sem  dúvida, é  um  dos mais  importantes  a serem 
tratados. Portanto, o orientador deve incentivar o público a confeccionar seus documentos para 
que possam exercer sua cidadania plenamente. O orientador deverá ressaltar aos participantes 
sobre  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois  assim  estarão 
contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo 
como verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA.  
 
 
 
 
 
 
DINÂMICA – 9
 
 
CONTEÚDO: Cidadania - Direitos x Deveres 
 
Cidadania é... 
 
INTRODUÇÃO 
 
Falar  em  Cidadania  no  atual  contexto  mundial  é  uma tarefa,  por  vezes,  árdua,  mas 
necessária.  O  fato  de  sermos  nomeados  cidadãos  não basta,  pois  é  preciso  concretizar  um 
conceito mais amplo de cidadania para que a cotidiana degradação dos direitos do homem cesse.   
É  fundamental  que  a  população  tenha  consciência  dos  direitos  e  deveres  dos  quais  são 
titulares, exigindo-os e cumprindo-os de forma adequada para que possamos concretizar o sonho 
de uma sociedade justa e igualitária. 
Desta  forma,  cidadania  não  é  apenas  ter  direitos  e deveres,  mas,  principalmente,  saber 
como exercê-los. Esta dinâmica tem este propósito. 
 
Artigo 1º da Constituição Federal de 88: A Republica Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamento: a cidadania”. 
 

  38 
                           
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: Livre 
 
OBJETIVOS 
 
•  Auxiliar o grupo, através de um debate, na construção de noções de cidadania e direitos 
humanos. 
•  Enfatizar, ainda, os direitos e deveres que a condição formal de cidadania envolve. 
•  Demonstrar a importância que possui o fato da população buscar a efetivação dos seus 
direitos frente aos órgãos públicos e as demais entidades sociais. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Folhas de papel pardo. 
•  Recortes selecionados sobre situações cotidianas de vida .  
•  Cola 
•  Tesoura 
•  Pincel Atômico 
•  Constituição Federal. 
•  Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
•  Música Pacato Cidadão (SKANK). 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO:
 
Iniciar um questionamento com o grupo, visando descobrir o modo como eles observam a 
realidade do país, da cidade e do local onde vivem. Para tanto são utilizadas questões como por 
exemplo: 
 
  a)Quais as condições de limpeza da rua, da escola e do  bairro? 
  b)No Brasil, todos freqüentam a escola? 
  c)Qual é o papel da população nos problemas sociais? 
  d)Como colaborar para a solução destes problemas? 
 
2º MOMENTO: 
A partir da percepção do grupo sobre as questões, o orientador perguntará, com base nas 
questões anteriores, se a realidade exposta pelo grupo necessita ser modificada. 
 
3º MOMENTO: 

  39 
 O orientador colocará os recortes de revistas em uma mesa, pedindo que os participantes 
escolham uma figura para si. 
 
4º MOMENTO: 
 Após efetuarem a análise da figura que escolheram, os participantes serão convidados a 
colar  aquelas  que  julgarem  “boas”  em  um  cartaz  que estará  fixado  no  quadro  juntamente  com 
outro, onde serão coladas as figuras cujas imagens sejam consideradas “ruins”. 
 
5º MOMENTO: 
Em conjunto o grupo interpretará o resultado do painel, sendo que cada figura representará 
um direito assegurado aos cidadãos. Por exemplo: a figura de uma sala de aula poderá significar 
o  direito  à  educação.  Desta  forma  constrói-se  um  paralelo,  concluindo  que  as  coisas  boas 
representam o que é cidadania e as ruins aquilo que não configura esta condição. 
 
6º MOMENTO: 
  Todo  o  grupo  escutará  a  música  Pacato  Cidadão,  fazendo  em  seguida  uma  breve 
discussão, concluindo-se que: 
- Ser cidadão é ter direitos e deveres, mas, além disso, exigi-los e exercê-los. 
- Devemos ter consciência dos nossos direitos, para podermos exercê-los e reivindicá-los. 
      
7º MOMENTO: 
 O  orientador  convidará  alguém  do  grupo  para  identificar  os  dois  painéis,  escrevendo  as 
respectivas frases: “CIDADANIA É... CIDADANIA NÃO É...” 
 
8º MOMENTO:  
Mostrar a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pedindo a 
algum dos integrantes do grupo para ler determinado artigo. Por exemplo: 
 
- Artigo 7º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos são iguais perante a lei e, 
sem  distinção,  tem  direito  a  igual  proteção  da  lei.  Todos  tem  direito  a  igual  proteção  contra 
qualquer  discriminação  que  viole  a  presente  Declaração  e  contra  qualquer  incitamento  a  tal 
discriminação.” 
 
 
 
RECURSO DE APOIO 
 
“O exercício da cidadania implica no reconhecimento e na denúncia das formas pelas quais 
os  direitos  sociais  são,  constantemente,  violados  na  sociedade.  Não  pode  ser  reduzido  à 
consciência e ao exercício dos direitos e deveres civis. Supõe também criar condições para uma 
ação  transformadora  que  incida  nos  diferentes âmbitos  sociais.  Educar  para  a  Cidadania  exige 
educar para a ação político-social e esta, para ser eficaz, não poderá ser somente individual, nem 
individualista.  Educar  para  a  cidadania  é  educar  para  uma  democracia  que  dê  provas  de  sua 
credibilidade de intervenção na questão social e cultural”. (Tecendo a Cidadania- Vera Candau) 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O  orientador,  na  conclusão  da  dinâmica,  deverá  relacionar  a  concepção  de  cidadania 
percebida  pelo  grupo  com  os  direitos  e  deveres  garantidos  pela  Constituição  Federal  e  na 
Declaração  Universal  dos  Direitos  Humanos. O  orientador  deverá  ressaltar aos  participantes   a 
importância de multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a 
construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 

  40 
 
 
DINÂMICAS SOBRE CONSTITUIÇÃO 
 
 
DINÂMICA – 10
 
 
CONTEÚDO: A Importância da Constituição Federal 
 
 
Árvore da Constituição 
 
INTRODUÇÃO 
 
Considerando  a  Constituição  como  expressão  maior  do  Direito  de  qualquer  país 
construímos a presente dinâmica. A Constituição é uma lei soberana em todos os países, não se 
subordinando  a  nenhuma  outra  norma  jurídica.  Tem  seu  conteúdo  estruturado,  a  fim  de 
estabelecer as diretrizes e plataformas organizacionais de um país. Mas, o que mais importa ao 
nosso  estudo  é  sabermos  que  o  seu  texto  é  composto de  dispositivos  diversos,  normas  e 
princípios onde se encontram os principais direitos dos quais somos todos titulares.  
 
 
 
Art. 1º, Constituição Federal de 88: “A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos”: 
I – a Soberania;II –a Cidadania;III – a Dignidade da pessoa humana;IV – os Valores 
Sociais do trabalho e da livre iniciativa”. 
  
   
 
ÁRVORE DA CONSTITUIÇÃO 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 

  41 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Debater a importância do tema proposto, bem como sondar o conhecimento pré-existente do 
grupo sobre o tema; 
• Discutir sobre a aplicabilidade e fundamentação da Constituição; 
• Enfatizar os direitos fundamentais assegurados pela Constituição Federal de 1988. 
• Conhecer o mecanismo de hierarquia das leis no Brasil, ressaltando a superposição do texto 
legal sobre as demais expressões legais. 
• Estimular os presentes a avaliarem a aplicabilidade do texto constitucional, a partir de uma 
comparação  com  a  realidade  de  cada  um,  partindo  de um  pensamento  crítico  frente  ao 
assunto. 
• Desenvolver o sentimento de respeito pelos Direitos Humanos e de busca por soluções frente 
ao grave problema de sua violação. 
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
• Frutos de papel (laranja, maçã, pêra etc.); 
• Cartolina na cor do fruto escolhido; 
• Canetas hidrocor; 
• Fita adesiva; 
• Papel pardo; 
• Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988 (mais de um exemplar.) 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO:
  
O  orientador  deverá  dividir  os  participantes  em  5  grupos,  sendo  que  cada  um  destes 
corresponderá a um fruto da Árvore da Constituição. 
 
2º MOMENTO:  
Divididos  os  grupos  será  apresentada  ao  grupo  uma  árvore,  elaborada  previamente  à 
reunião,  que  receberá  o  nome  de “Árvore  da  Constituição”.  Nela  estarão  fixadas  5  frutos, 
correspondentes  aos  direitos  à  vida,  à  igualdade,  à  liberdade,  à  segurança  e  à  propriedade, 
devidamente  pendurados  em  sua  copada.  No  verso  de  cada  fruto  o  formador  deverá  traçar 
algumas  linhas,  pois  no  decorrer  da  dinâmica  os  alunos  terão  que  usá-las  para  escreverem 
opiniões sobre os direitos que os frutos representam. 
 
3º MOMENTO: 
O coordenador, depois de anexar a árvore ao quadro-negro ou a uma parede, exemplificará 
ao  grupo  que  a  Constituição  seria  como  a  maior  árvore  de  uma  floresta,  fazendo  sombra  e 
protegendo,  por  conseguinte,  todo  o  território.  Ela  gera  frutos,  que  representa  os  direitos, 
alimentando a todos. 
 
4º MOMENTO:  
Estabelecido o paralelo entre a Constituição e a árvore o orientador retirará desta os 5 frutos 
que  estão  identificados  por  um  Direito,  e  os  distribuirá,  um  a  um,  a  cada  grupo.  Atrás  deles, 
haverá  uma  série  de  linhas  traçadas  previamente,  onde  os  alunos  deverão  escrever  o  que 
pensam  sobre  o  Direito  em  questão,  a  observância  e respeito  que  ele  recebe  por  parte  das 
pessoas, bem como soluções práticas que sanariam sua falta de aplicabilidade. 
 
 
 
 

  42 
5º MOMENTO: 
Terminada a tarefa um representante apresentará para os demais a que conclusões o seu 
grupo chegou. Depois de todos os grupos expressarem suas opiniões, os frutos serão colados, 
novamente, na árvore que será fixada na sala de aula ou mural da escola.  
Finalmente, o orientador distribuirá para a turma exemplares da Constituição Federal a fim 
de  que  os  alunos  tenham  contato  com  o texto  legal  e,  simultaneamente,  estimulará  um  debate 
acerca  dos  direitos  discutidos,  reforçando  as  conclusões  atingidas  pelos  grupos,  fazendo  as 
devidas correções, caso estas se façam necessárias. 
 
RECURSOS DE APOIO: DIREITOS REPRESENTADOS NOS FRUTO S DA ARVORE 
 
P VIDA: art. 5º, caput, CF. Direito condicionador dos demais; protege-se a vida desde a fase 
intra-uterina até a morte. 
Art.  3º  da  Declaração  Universal  dos  Direitos  Humanos.  “Todo  o  indivíduo  tem  Direito à  vida,  à 
liberdade e à segurança pessoal”. 
 
P LIBERDADE: art. 5º, LXVIII, CF. Todo o cidadão deve ter o seu Direito à liberdade respeitado. 
A CF assegura a liberdade de locomoção, de credo, de reunião, de exercício profissional etc. 
Art. 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Todos os seres humanos nascem livres e 
iguais em dignidade e em direitos”. 
 
P IGUALDADE: Art 5º, I, CF. “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”. 
Art. 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Todos os seres humanos podem invocar 
os  direitos  e  as  liberdades  proclamadas  na  presente  Declaração,  sem  distinção  alguma, 
nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de 
origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação”. 
 
P SEGURANÇA:  Art.  144,  CF. A  segurança  pública  é  um  dever  do  Estado e  Direito  e 
responsabilidade de  todos,  a fim  de preservar a  ordem  pública  e  a proteção  das pessoas  e do 
patrimônio público e privado. 
Art. 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias 
na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à 
sua  honra  e  reputação. Contra  tais  intromissões  ou  ataques  toda  a  pessoa  tem  Direito  à 
proteção da lei”. 
 
P PROPRIEDADE:  Art.  5º,  XXII,  XXIII,  CF.  É  garantido  o  Direito  de  propriedade e  a 
propriedade atenderá a sua função social. 
Art. 17 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Toda pessoa, individual ou coletivamente, 
têm Direito à propriedade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade”. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
                   
O  tema  trabalhado  é  de  difícil  análise  e  explanação,  visto  que  se  distancia  muito  do 
cotidiano da maioria das pessoas, constituindo  o que chamaríamos de “utopia constitucional”.  
Portanto, deve ser tratado com clareza de idéias e com  didática adequada para que possa 
ser compreendido por todas as pessoas leigas no assunto. 
Deve-se  primar  pela  interação  orientador-participante,  para  que  se  construam  noções 
próprias  sobre  o  tema,  fruto  de  discussões  e  argumentos  diversos.  Na  finalização  pode  ser 
ressaltada a dificuldade de aplicabilidade da atual Constituição, demonstrando que este problema 
é decorrência direta da falta de informação das pessoas, pois a consciência de direitos é capaz de 
mobilizar em direção à mudança. 
O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA. 
 

  43 
DINÂMICA – 11 
 
CONTEÚDO: A Constituição Federal 
 
Criando uma Constituição 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A  nossa  atual  Constituição  foi  promulgada  em  05  de outubro  de  1988,  pela  Assembléia 
Nacional Constituinte, composta pelos representantes do povo, que veio resgatar os anseios da 
população por democracia e respeito aos direitos fundamentais, após um longo e sofrido período 
de ditadura militar. O Brasil, ao longo de sua história, teve sete constituições elaboradas em 1824, 
1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988, respectivamente. 
Mas o que significa a Constituição? 
A  Constituição,  também  chamada  de  Lei  Maior,  é  o  documento  legislativo  máximo  de  um 
país que deve ser respeitado, não só por todas as demais leis que dela derivam, como também, 
por todos os cidadãos do país.  Nela estão contidas normas fundamentais para a organização do 
Estado, ou seja, que dispõem sobre a estrutura, forma de governo, modo de aquisição e exercício 
do  poder,  criação  de  órgãos  e  fixação  das  limitações  da  atuação  dos  mesmos,  direitos 
fundamentais  do  homem  e  suas  respectivas  garantias,  além  de  regras  básicas  da  ordem 
econômica e social.  
 
 
Art. 3º C.F / Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II – garantir o desenvolvimento nacional; 
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais.” 
 
                                                       
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos. 
 
FAIXA ETÁRIA: livre. 
 
OBJETIVOS 
 
•  Esclarecer, de forma descontraída e participativa, o valor da Constituição; 
•  Orientar  sobre  a  importância  de  conhecermos  os  nossos  direitos  e  deveres  para  que 
possamos cobrá-los e exercê-los, efetivamente, com o objetivo de construir uma sociedade     
      participativa e cidadã; 
•  Promover debates questionando o grupo sobre os direitos que eles julgam não serem 
      respeitados e instigando formas de transformar essa situação; 
• Identificar  direitos  básicos  resguardados  pela  Constituição  através  do  diálogo  e  da 
“construção” de uma Constituição.
 
 

  44 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Cartolinas ou várias folhas de papel pardo do mesmo tamanho com dois furos nas laterais   
      (para confeccionar as páginas da Constituição que serão unidas por um barbante ou cordão); 
•  Gravuras de revistas; 
•  Fita adesiva; 
•  Duas fitas ou pedaços de barbante ou cordão; 
•  Pincel atômico; 
•  Constituição Federal. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
 Previamente, o orientador deverá escrever em uma das folhas: “Constituição da República 
Federativa do Brasil” – que servirá de capa. 
 
2º MOMENTO:  
O orientador introduzirá o tema falando sobre aspectos históricos da Constituição brasileira e 
sua importância; 
 
3º MOMENTO: 
Após perguntará ao grupo: - quais são os direitos que eles consideram mais importantes? 
Enquanto a perguntada é debatida o orientador colocará as folhas de papel pardo no quadro e, 
com o consenso de todos, escreverá os direitos mencionados pelo grupo nas folhas (um em cada 
folha) com as quais será “construída” a Constituição; 
 
4ºMOMENTO: 
O orientador distribuirá gravuras de jornais e revistas relativas aos direitos mencionados pelo 
grupo; 
 
5º MOMENTO: 
Os participantes serão convidados a se aproximarem do quadro para colar as gravuras nas 
folhas  que  contém  escritos  os  direitos  ilustrados  nas  gravuras.  Por  exemplo:  As  gravuras  com 
crianças  na  escola  deverão  ser  colocadas  na  página da  educação,  e  assim,  sucessivamente. 
Enquanto isso, o orientador deve comentar sobre os direitos explicitados; 
 
6º MOMENTO: 
Posteriormente  à  colocação  das  gravuras,  o  orientador  deverá  ler,  ou  pedir  para  os 
participantes que leiam, alguns artigos referentes àqueles direitos (ver RECURSOS DE APOIO). 
 
7º MOMENTO: 
A  seguir,  serão retiradas  do  quadro as páginas  da Constituição  e,  com a  ajuda  do  grupo, 
todas  são  unidas  com  o  barbante  para  formar  o  livro  mais  importante  do  país,  a  Constituição, 
construída pelos próprios participantes. 
 
8º MOMENTO: 
Finalmente, deverá ser exposta a Constituição confeccionada num lugar visível a todos para 
que ela não seja esquecida e para que eles possam relembrar os direitos inerentes a todos os 
cidadãos, que devem ser respeitados. 
 
 
RECURSOS DE APOIO:  Artigos Constituição Federal de 1988 
 
Preâmbulo: 
“Nós,  representantes  do  povo  brasileiro,  reunidos  em  Assembléia  Nacional  Constituinte  para 
instituir  um  Estado  Democrático,  destinado  a  assegurar  o  exercício  dos  direitos  sociais  e 
individuais,  a  liberdade,  a  segurança,  o  bem-estar,  o  desenvolvimento,  a  igualdade  e  a  justiça 

  45 
como  valores  supremos  de  uma  sociedade  fraterna,  pluralista  e  sem  preconceitos,  fundada  na 
harmonia  social  e comprometida, na  ordem  interna  e internacional,  com  a  solução pacífica  das 
controvérsias,  promulgamos,  sob  a  proteção  de  Deus,  a  seguinte  CONSTITUIÇÃO  DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. 
 
Artigo 5º: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes...” 
 
Artigo 6º: 
“São  direitos  sociais a educação,  a  saúde,  o  trabalho,  a  moradia,  o  lazer, a  segurança,  a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma dessa constituição”. 
 
Artigo 23: 
“É  competência  da  União,  dos  Estados,  do  Distrito  Federal  e  dos  Municípios:  IX  – Promover 
programas  de  construção  de  moradias  e  a  melhoria  das  condições  habitacionais  e  de 
saneamento básico”. 
 
Artigo 144: 
“A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio...” 
  
Artigo 215: 
“O  Estado garantirá a  todos o pleno  exercício  dos  direitos  culturais e  acesso  às fontes  de 
cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.” 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O  orientador  deve  estimular  o  grupo  a  fazer  uma  correlação  do  trabalho  desenvolvido 
(construir juntos  a  Constituição) com  a importância  da democracia e  o que ela  representa  para 
uma  nação.  Poderá  citar  outras  formas  de  governo  apontando  os  prós  e  os  contras  de  uma 
maneira crítica e livre, deixando o grupo à vontade para expressarem suas opiniões a respeito da 
democracia  e  do  que  pensam  sobre  os  direitos  trabalhados  que  se  encontram  na  Constituição 
brasileira. Lembrando que ela é a diretriz para todo o ordenamento jurídico e que foi construída 
democraticamente, assim como se desenvolveu a dinâmica, através de representantes do povo 
brasileiro que, inspirados nos anseios e necessidades da população, preservaram a importância 
dos  direitos  humanos  e  fundamentais  em  nosso  país. O  orientador  deverá  ressaltar  aos 
participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois  assim  estarão 
contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo 
como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  46 
DINÂMICAS SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCE NTE 
 
 
DINÂMICA - 12
 
 
 
CONTEÚDO: Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
Teatro dos “ETS”
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nesta  dinâmica  será  salientada  a  importância  do  -  ECA  -  um  estatuto  que  se  preocupa, 
especificamente,  com  crianças  e  adolescentes,  enfatizando  os  direitos  assegurados  pela 
Constituição  Federal.  As  crianças  e  os  adolescentes  constituem  um  grupo    vulnerável  na 
sociedade, e que é de todos a responsabilidade para que  tenham uma vida digna e segura. 
 
Artigo 227 da Constituição Federal de 88: 
“É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, 
à  profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração,violência, crueldade e opressão.”
 
 
 
 
                         
           
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO : 50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Identificar na Constituição e no Estatuto os dispositivos legais que protegem as crianças e os 
adolescentes; 
• Debater sobre a responsabilidade a respeito desse grupo vulnerável; 
• Buscar perceber que é dever da sociedade em geral preservar a dignidade das crianças e dos 
adolescentes; 
• Visualizar  o  quanto  questões  que  envolvem  crianças e  adolescentes  são  tratadas  com 
descaso e superficialidade; 
• Perceber a importância do conhecimento de Direitos para assegurá-los.      
 

  47 
 
MATERIAL NECESSÁRIO 
 
• 2 sacos de lixos descartáveis (100L); 
• Cartolina; 
• 2 tiaras com “anteninhas” dos ETS; 
• Uma boneca; 
• Um xale; 
• Um bigode feito de cartolina; 
• Duas bolas redondas também feitos de cartolina; 
• Música. 
 
OBS: São necessários três orientadores para o desenvolver esta dinâmica 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
    
Antes de entrar na sala de aula os orientadores irão vestir-se com sacos de lixo e colocar as 
tiaras  com  “anteninhas”  para  caracterizar  os  ETS,  explicando  que  encenarão  uma  peça  sobre  
crianças e adolescentes, colocando uma boneca (bebê) no canto da sala de aula. 
    
 1º MOMENTO
: Dialogo dos ETS: 
 
ET  1:  -  Aí  mano  tomara  que  nossos  pais  não  descubram  que  fugimos  para  terra  senão 
teremos que ficar uma semana sem aula.  
ET 2: -  É mesmo... Já pensou?... Uma semana em casa sem nada de útil para fazer...que 
saco!   
 
2º MOMENTO: 
Enquanto  os  irmãos  ETS  caminham  encontram  o  “bebê” no  canto  da  sala,  e  se 
impressionam por não haver alguém cuidando dele e falam: 
ET1: - Nossa mano! Será que aqui na terra não cuidam das crianças? 
ET  2:  -  Não  sei  mana.  Mas  em  Marte  não  acontece  isso.  Como  será  que  cuidam  das 
crianças aqui? Vamos achar alguém que nos ajude a descobrir isto?  
 
3º MOMENTO 
Os ETS encontram as crianças da escola (participantes) e perguntam como as crianças aqui 
no Brasil são tratadas, e se elas acham isso correto? Questionam sobre os deveres sociais e se 
há  aqui  um tal  de  ESTATUTO DA CRIANÇA E DO  ADOLESCENTE?   Perguntam, também, se 
eles conhecem e sabem para que serve este Estatuto? 
 
 4º MOMENTO: 
Após conversarem sobre o quanto todas as crianças e adolescentes devem ser cuidados e 
preservados, os ETS propõem aos participantes que encontrem um pai e uma mãe para cuidar 
daquela  criança.  Então  o  “bebê”  começa  a  passar  de mão  em mão,  colocando-se  uma música 
para animação. Quando a música parar, a menina ou menino que ficar com a boneca (bebê) será 
a mãe ou pai da criança. 
  
5º MOMENTO:  
Para  descontrair  os  ETS  colocam  o  xale  na  nova  “mãe”  e  colam as rodas  vermelhas  nas 
bochechas dela imitando uma maquiagem, e se for um “pai” é colado um bigode. Os participantes 
podem escolher cuidarem juntos do “bebê”. 
  
6º MOMENTO:  
Os ETS explicam que agora eles serão os novos pais desta criança e que, não importa se 
juntos ou separados, terão que se responsabilizar por ela. Explicam também que há o - ECA - que 
estabelece  normas  de  como  os  pais  e  a  sociedade  devem  cuidar  das  crianças  e  dos 

  48 
adolescentes,  e  o  que  fazer  quando  alguém  cometer  algo  que  não  é  permitido  pelo  Direito. 
Concluem afirmando que a criança tem direito a uma vida digna e segura, como consta no art. 227 
da Constituição Federal de 88. E se, por acaso, algo acontecer á esta criança, os pais ou qualquer 
outra pessoa deverão informar ao Conselho Tutelar da sua cidade. 
 
7º MOMENTO: 
Os  ETS  perguntarão  aos  participantes  se  eles gostaram  da maneira  como o  problema foi 
solucionado  e  propõem  que  cada  um  faça  a  sua  parte para  cuidar  das  crianças  e  dos 
adolescentes  e  lembrando  que  como  multiplicadores  de  cidadania  deverão  passarão  o  que 
apreenderam na aula para pessoas próximas. 
 
RECURSO DE APOIO 
 
“(...)  Na  luta  em  prol  de  diminuição  da  violência  à  criança  e  adolescente  è  necessário, 
primeiramente,  uma  conscientização  social,  uma  mudança  de  conceitos  e  atitudes.  È  preciso 
estabelecer um pensamento uníssono acerca do  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), 
sobretudo que passemos a acreditar nele como instrumento necessário ao bem-estar de nossa 
infância  e  juventude,  nessa  empreitada  é  crucial  o inter-relacionamento  de  todos  os  órgãos 
federais, estaduais e municipais, além dos não governamentais. (...)” 
 
                                                           
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta  é  uma  dinâmica  fácil  de  utilizar  em  qualquer  grupo  independente  da  idade  dos 
participantes, pois desperta: os sentidos visuais, auditivos e de tato.  
Procuramos através desta dinâmica enfatizar a repulsa ao abandono infantil e salientar a capacidade 
de  cada  um  de  nós  de  ajudar  a  resolver  os  problemas  sociais. 
O  orientador  deverá  lembrar  aos 
participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois  assim  estarão 
contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo 
como verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  49 
DINÂMICA – 13 
 
 
CONTEÚDO: Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
Melô do ECA 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (lei 8069/90) se propõe a proteger, integralmente, 
as crianças até 12 anos e os adolescentes até 18 anos, sem exceções. Mas, até construirmos o 
ECA, houve uma longa caminhada da comunidade internacional em favor dos direitos da criança, 
da qual surgiram várias declarações que sempre visaram ampliar, substancialmente, o elenco dos 
direitos aplicáveis a população infantil. 
A lei 8069/90 foi um avanço inquestionável se comparado às leis que o antecederam como, 
por  exemplo,  o  Código  de  Menores  de  1907  e  a  Política  Nacional  de  Bem  Estar  do  Menor 
(PNBEM),  que  se  destinavam  apenas  aos  menores  carentes,  abandonados,  não  adaptados  e 
infratores. 
O  ECA  possui 267  artigos.  É  uma  verdadeira  "Constituição  da  População Infanto-Juvenil", 
pois esta lei cria as condições de exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente que 
constam na Convenção Internacional dos Direitos da Criança e demais instrumentos da normativa 
internacional, na Constituição Federal e nas leis que a complementam. 
 
Art. 227 Constituição Federal de 88: 
"É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-lo a salvo de toda a forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
 
O artigo 227 da CF não começa falando em direitos. Ele sinaliza a expressão "É dever" que 
os direitos da criança e do adolescente sejam considerados pelas gerações adultas. A referência 
inicial à família explicita sua condição de esfera primeira, natural e básica de atenção. Além disso, 
quando  se  refere  a  "absoluta  prioridade"  trata  do  interesse  superior  da  criança,  o  qual,  em 
qualquer  circunstância  deverá  prevalecer.  Os  demais  elencos  de  direitos  referem-se  a 
sobrevivência, ou seja, a subsistência, ao desenvolvimento pessoal e social, à integridade física, 
psicológica e moral da criança e do adolescente. 
 
 

  50 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 min 
        
OBJETIVOS 
 
•  Esclarecer a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente como uma conquista dos 
Direitos Humanos; 
•  Ressaltar a previsão dos direitos das Crianças e Adolescentes na Constituição Federal; 
•  Identificar  os  órgãos  competentes  que  devem  ser  acionados quando  ocorrer  à  violação  dos 
direitos da criança e do adolescente.  
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Violão (opcional) para acompanhar a música; 
•  Letra da música (Melô do ECA); 
•  Cartolina; 
•  Revistas; 
•  Jornais; 
•  Tesoura; 
•  Colas; 
•  Fita adesiva; 
•  Folheto informativo; 
•  Constituição Federal; 
•  Exemplares do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
O  orientador  pedirá  para  que  um  participante  faça  a  leitura  do  artigo  227  da  Constituição 
Federal, que trata da proteção e dos direitos da criança e do adolescente. 
 
2º MOMENTO: 
O  grande  grupo será dividido  em  grupos menores, de 4  ou  5  componentes.  Estes  grupos 
receberão  revistas  e  jornais,  nas quais  deverão  procurar e  recortar  as gravuras  que  devem ser 
relacionadas  com  o  artigo  227  da  Constituição  Federal  que  será  previamente  lido  por  um 
voluntário do grupo. As figuras deverão ser coladas nas cartolinas. 
 
3º MOMENTO: 
Cada  pequeno  grupo,  após  confeccionar  os  cartazes, deverá  mostrá-los  aos  demais, 
comentando e explicando as situações abrangidas pelas gravuras escolhidas. O orientador deve 
coordenar  as  explicações  apresentadas  por  cada  grupo,  utilizando  como  fundamento  a 
Constituição Federal e o ECA. Por exemplo, em relação a liberdade, respeito e dignidade poderá 
ser lido o artigo 15 do ECA, e sobre a educação  os artigos 53 e 54 da mesma lei. 
 
4º MOMENTO: 
Os cartazes serão expostos para o grande grupo. O conteúdo destes será objeto de debate 
entre os participantes para que todos possam ser estimulados a dar sua opinião e a fazer relatos 
de possíveis experiências vivenciadas  por eles. 
 
5º MOMENTO: 
É distribuída a letra da música "Melô do ECA" e todos juntos serão convidados a cantá-la. 
 
 
 
 

  51 
RECURSO DE APOIO 
 
                                   
(Henrique Stefanello Teixeira) 
 
Toda criança tem seus direitos 
Toda criança precisa de respeito 
Tem direito à saúde, à vida e a família; 
Tem direito ao esporte, ao lazer e à educação; 
Tem direito à proteção e à dignidade, 
À profissionalização e também à liberdade 
E, se algum desses direitos violar 
Você já sabe onde denunciar? 
É no Conselho Tutelar 
Nós somos dos Tribunos 
Já está plantada a semente 
Esse é o Melô do ECA 
O Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao  trabalharmos  este  tema  precisamos  estar  conscientes  de  que  em  nosso  imenso  país 
ocorrem inúmeras violações aos direitos da criança e do adolescente. Portanto, é necessário que 
a nossa sociedade lute pela efetivação dos direitos previstos no artigo 227 da CF e no ECA, para 
que possamos progressivamente alterar o quadro atual. 
O que é importante salientar, nesta nova lei, é que a criança passa a ser considerada, em 
sua dignidade de pessoa humana, sujeito pleno de direito à vida, à educação, à saúde, ao lazer, à 
convivência familiar, à dignidade etc., cabendo a todos nós - família, Estado e sociedade - o dever 
de garantir estes direitos, com absoluta prioridade. O orientador deverá ressaltar aos participantes  
a importância de multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para 
a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  52 
DINÂMICA – 14 
 
 
CONTEÚDO: Regimento Escolar 
 
Cuidando da Escola 
 
INTRODUÇÃO 
 
O  assunto  proposto  -  Regimento  Escolar  -  possui  relação  direta  com  a  consciência  e  a 
responsabilidade dos alunos em relação à escola. Portanto, merece especial atenção de cada um 
deles,  da  comunidade  escolar  do  Programa  de  Formação  de  Agentes  Multiplicadores  da 
Cidadania. 
O  Regimento  Escolar  se  constitui  em  conjunto  de  normas  e  dispositivos  gerais,  que 
regulamentam a sistemática de qualquer instituição de ensino. Nele estão dispostos os direitos e 
deveres dos alunos, bem como as normas que disciplinam a vida escolar.  
 
Artigo 205 da Constituição Federal de 88: 
“A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração de toda a sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” 
 
  
                                                            REGIMENTO ESCOLAR 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
•  Conhecer o Regimento da escola; 
•  Fazer  uma  análise  do  Regimento  Escolar,  debatendo detalhadamente  os  direitos  e 
deveres nele contidos; 
•  Indicar os direitos e deveres mais importantes, bem como orientar para a necessidade de 
se adicionar alguns, julgados necessários, e que não constam no Regimento Escolar. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Regimento  Escolar  (pedir  permissão  previamente  à  Escola  para  trabalhar  o  tema 
solicitando cópias);  
•  Cartolina;  
•  Pincéis Atômicos; 
•  Tesouras;  
•  Folhas de ofício. 
 

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DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
O orientador dividirá, previamente, a folha de cartolina ao meio, como se fosse a capa de 
um livro. Na parte da frente, escreverá: Regimento Escolar da ...(colocar o nome da escola). Após, 
fará uma cópia dos direitos e deveres do regimento, cortando-os em tiras. 
 
2º MOMENTO: 
Divide-se  a  turma  em  grupos  e  se  distribui  pedaços de  papel  que  contêm  os  direitos  e 
deveres do Regimento. 
 
3º MOMENTO: 
O orientador deverá estimular os grupos a discutirem a respeito daqueles direitos e deveres, 
já trabalhados em outras dinâmicas. 
 Será colocada a música “É”, de Gonzaguinha. 
 
4º MOMENTO: 
Acabada  a  discussão,  os  alunos  deverão  colar  no  livro  feito  de  cartolina,  os  direitos 
separando-os dos deveres. Caso a classe considere que algum direito ou dever esteja faltando no 
Regimento, este deve ser escrito (de preferência, de cor diferente dos dispositivos já constantes 
no regimento) e colado no livro. 
 
5º MOMENTO: 
Depois dos direitos e deveres terem sido discutidos e colados no livro, poderá ser fixado na 
sala de aula ou mural da escola. 
 
 
RECURSO DE APOIO –  
 
Música “É”, de Gonzaguinha: 
 
É, a gente quer valer o nosso amor 
A gente quer valer nosso suor 
A gente quer valer nosso humor 
A gente quer do bom e do melhor 
A gente quer carinho e atenção 
A gente quer calor no coração 
A gente quer suar mas de prazer 
A gente quer viver muita saúde 
A gente quer viver a liberdade 
A gente quer viver felicidade. 
É, a gente não tem cara de panaca 
A gente não tem jeito de babaca 
A gente não está com a bunda exposta na janela 
Pra passar a mão nela. 
É, a gente quer viver pleno Direito 
A gente quer viver todo respeito 
A gente quer viver uma nação 
A gente quer é ser um cidadão. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O regime escolar é, na maioria das vezes, desconhecido pelos alunos. Quando essas regras 
lhe  são  apresentadas,  há  um  misto  de  surpresa  com  um  súbito  interesse  em  conhecê-las. 
Surpreendem-se  porque  não  se  conheciam  como  sujeitos  de  direitos  e  deveres,  no  âmbito 
escolar. Os alunos sentem-se valorizados por terem, então, seus direitos e deveres contemplados 

  54 
em um documento. Em decorrência disso, mostram interesse em conhecê-los e, principalmente, 
debatê-los. 
Essa também é uma ótima oportunidade para que se trace um paralelo entre as normas da 
escola e as normas do país, mais especificamente a Constituição. O regimento escolar pode servir 
de exemplo presente e concreto de normatização. 
Deve-se ressaltar, também ao final, a figura do aluno como sujeito de direitos e obrigações, 
estimulando a exigência dos primeiros e o cumprimento dos últimos. Esse tema ainda é propício 
para que se estabeleça a noção de limites, imprescindível para o bom convívio escolar e social O 
orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  sobre  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  55 
DINÂMICA – 15 
 
CONTEÚDO: Conselho Tutelar 
 
Memória do Conselho 
 
INTRODUÇÃO 
A infância é a imagem que se usa para chamar a atenção e elevar no espírito o sentimento 
de zelar pela inocência. A sociedade freqüentemente conclama para a proteção das crianças e o 
fortalecimento  da  saúde  familiar.  Ao  mesmo  tempo,  milhares  de  crianças  experimentam  a 
violência de maneira regular e suas vidas são, irremediavelmente, alteradas. Para essas crianças, 
os locais de violência não são a guerra da periferia das cidades ou o crime que domina as ruas, 
mas o interior dos seus lares. O Conselho Tutelar visa proteger, orientar crianças e adolescentes, 
fazendo cumprir o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).  
O  Conselho  Tutelar  é  um  órgão  público  e  autônomo,  vinculado  ao  município  que  tem  a 
atribuição de zelar por crianças e adolescentes que estão tendo seus direitos violados de alguma 
forma. Mas, infelizmente, o - ECA - não é conhecido, suficientemente, pelos seus assegurados, 
menos  ainda  o  Conselho  Tutelar  e  suas  atribuições. Tendo  em  vista  essa  problemática  o 
Programa de Formação de Agentes Multiplicadores da Cidadania procurou, de uma forma lúdica e 
atraente, trabalhar esse tema através da presente dinâmica.
 
 
Art. 131 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, 
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do 
adolescente, definidos nesta Lei

 
       
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: (Para o Jogo da Memória) 
 
• 6 cartolinas; 
• 12 folhas de ofício; 
• Canetas hidrocor.  
 
 
OBJETIVOS 
 
• Identificar o que é um Conselho Tutelar e sua importância para a  real efetivação dos direitos 
da Criança e do Adolescente.  

  56 
• Esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto; 
• Buscar compreender quais as atribuições do Conselho Tutelar; 
• Investigar o conhecimento já existente dos alunos em relação ao tema e desenvolve-lo a partir 
das idéias apresentadas. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Preparação da dinâmica: 
 
O  jogo  possui  12  peças.  Essas  peças  são  feitas  com as  6  cartolinas,  onde  cada  folha 
formará dois envelopes grandes. 
Em  cada  envelope  deverá  ser  desenhado  um  número  (de  1  a  12),  e  conter  as  seguintes 
perguntas  e respostas referentes ao assunto abordado.  
 
Peça 01: São algumas atribuições do Conselho Tutelar; - 9 
Peça 02: A idade mínima para se candidatar a membro do Conselho é... - 11 
Peça 03: São direitos da criança e do adolescente... - 7 
Peça 04: Rua Major Cícero, 158 – Fone: 227-3003; - 10 
Peça 05: O Conselho Tutelar; - 6 
Peça 06: Qual o órgão encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da 
                criança e do adolescente? - 5 
Peça 07: Vida, saúde, educação, lazer, dignidade, família, liberdade e convivência comunitária; - 3 
Peça 08: É proibido qualquer trabalho ao menor com... -12 
Peça 09: Encaminhar ao juiz os casos de sua competência – Requisitar certidões de nascimento e 
               de óbito de crianças ou adolescentes quando necessário – Atender e aconselhar os pais   
               e responsáveis; - 1 
Peça 10: O endereço e telefone do Conselho Tutelar em Pelotas são..- 4. 
Peça 11: Superior a 21 anos; - 2 
Peça 12: Idade inferior a 14 anos - 8 
 
 
1ºMOMENTO: 
 Explicar aos alunos o tema que será exposto (ver RECURSOS DE APOIO) 
 
2ºMOMENTO: 
Fixar o Jogo da Memória no quadro e explicar o seu funcionamento. Cada peça corresponde 
a  uma pergunta ou a uma resposta (número em negrito) sobre o assunto e se relacionam. Por 
exemplo:  a Peça 01 tem sua resposta na Peça 09 e assim por diante.Os integrantes precisarão 
ler as peças e após relacionar umas com as outras conforme forem lembrando. 
 
3º MOMENTO: Os grupos são divididos em dois e é escolhido um líder em cada grupo, que 
deverá as respostas do grupo por ele representado. 
 
 4ºMOMENTO: 
 À medida que as perguntas e respostas forem corretamente relacionadas, os assuntos vão 
sendo explicados.  
 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
1. O que é o Conselho Tutelar? 
O  Conselho  Tutelar zela  por  crianças  e adolescentes, fazendo cumprir  o  que  determina o 
Estatuto - ECA no artigo 136, sem abusos ou omissões. 
É um órgão público e autônomo vinculado ao município que tem a atribuição de zelar por 
crianças e adolescentes que estão tendo seus direitos violados de alguma forma.  

  57 
Os  Conselheiros  Tutelares  são  escolhidos  pela  comunidade  para  fazer  cumprir  as 
determinações  do  Estatuto  da  Criança  e  do  Adolescente.  Quando  uma  criança  ou  adolescente 
está fora da escola ou sofre maus-tratos o primeiro contato é sempre com o órgão responsável 
pelo atendimento, como  a Secretaria Municipal de Educação ou à Diretoria Regional de Ensino. 
A autoridade, o agente público ou o funcionário que rejeitar a requisição do Conselho Tutelar 
poderá ser processado na Justiça por crime de impedimento ou embaraço. (Artigo 236 - ECA) 
O Artigo 136, inciso III, alínea "a" do ECA dá poderes administrativos ao Conselho Tutelar 
para  requisitar  serviços  públicos  nas  áreas  de  Saúde,  Educação,  Serviço  Social,  Previdência, 
Trabalho e Segurança. 
2.As crianças e os adolescentes têm só direitos? 
Não. Eles têm muitos deveres também, como o de estudar, de respeitar, principalmente, os 
pais e responsáveis, e o dever de obedecer à lei da mesma forma que os adultos. Ao contrário do 
que se pensa, o Estatuto prevê punições para crianças ou adolescentes que não cumprem o que 
nele  está  determinado.  As  penas  variam  desde  o  reparo  ao  dano  e  a  prestação  de  serviço  à 
comunidade, até a privação de liberdade por até 3 anos. 
3. O que se considera maus tratos?  
Maus  tratos  representam  toda  aquela  situação  que  coloca  a  criança  ou  adolescente  em 
situação de  risco  e  que compromete  o  seu  desenvolvimento.  As formas de maus  tratos  são  as 
seguintes: negligência, violência física e/ou psicológica e abuso sexual. 
Estatuto da Criança e do Adolescente (lei 8069 de 13/07/1990 - artigos 13 e 245) 
       "Os  casos  de  suspeita  ou  confirmação  de  maus  tratos  contra  criança  ou 
adolescente  serão  obrigatoriamente  comunicados  ao  conselho  tutelar  da  respectiva 
localidade, sem prejuízo de outras providências legais”. 
"Deixar o médico, o professor ou o responsável por estabelecimento de atenção à 
saúde  e  de  ensino  fundamental,  pré-escolar  ou  creche,  de  comunicar  à  autoridade 
competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de 
maus tratos contra criança ou adolescente. Pena - multa de três a vinte salários mínimos 
de  referência,  aplicando-se  o  dobro  em  caso  de  rein cidência”. 
 
4 .Como proceder diante de uma situação de maus tratos? 
 
Deve ser realizada  a notificação aos Órgãos de Proteção à Criança e ao Adolescente: 
P Conselho Tutelar; 
P Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente;  
P Juizado da Infância e da Juventude; 
P Autoridades policiais.  
 
5. O que a legislação diz sobre o Conselho Tutelar? 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
Livro II - Parte Especial 
Título V - Do Conselho Tutelar Capítulo I - Disposições Gerais 

  58 
Art. 131 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado 
pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos 
nesta Lei. 
Art. 132 - Em cada Município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto de cinco 
membros, escolhido pela comunidade local para mandato de três anos, sendo permitida uma 
recondução (Nova redação conforme Lei Federal 8.242/91, de 12/10/91) 
Art. 133 - Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar serão exigidos os seguintes 
requisitos: 
I - reconhecida idoneidade moral; 
II - idade superior a vinte e um anos; 
III - residir no município. 
Art. 134 - Lei Municipal disporá sobre local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, 
inclusive quanto a eventual remuneração de seus membros. 
Parágrafo Único - Constará da Lei Orçamentária Municipal previsão dos recursos necessários ao 
funcionamento do Conselho Tutelar. 
Art. 135 - O exercício efetivo da função de Conselheiro constituirá serviço público relevante, 
estabelecerá presunção de idoneidade moral e assegurará prisão especial, em caso de crime 
comum, até o julgamento definitivo. 
CAPÍTULO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO  
Art.136-São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses 
previstas  nos  artigos  98  e  105,  aplicando  as  medidas  previstas  no  Art.  101,  I  a  VII; 
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no Art. 129, I a 
VII; 
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos 
nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;b) representar 
junto  à  autoridade  judiciária  nos  casos  de  descumprimento  injustificado  de  suas  deliberações. 
 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal 
contra os direitos da criança ou adolescente; 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI - providenciar a medida 
estabelecida  pela  autoridade  judiciária,  dentre  as previstas  no  Art.  101,  de  I  a  VI,  para  o 
adolescente autor de ato infracional; 
VII - expedir notificações; 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e 
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; 
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no Art. 
220 § 39, inciso II da Constituição Federal; 
XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perdas ou suspensão do pátrio 
poder. 
Art.  137  -  As  decisões  do  Conselho  Tutelar  somente poderão  ser  revistas  pela  autoridade 
judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. 
 

  59 
CAPÍTULO III - DA COMPETÊNCIA 
Art. 138 - Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência constante do Art. 147. 
CAPÍTULO IV - DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS  
Art. 139 - O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em Lei 
Municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
Adolescente e a fiscalização do Ministério Público. (Nova redação conforme Lei Federal 8.242/91, 
de 12/10/91) 
CAPÍTULO V - DOS IMPEDIMENTOS  
Art. 140 - São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e 
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho, 
padrasto ou madrasta e enteado. 
Parágrafo Único - Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à 
autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância 
e da Juventude, em exercício na Comarca, Foro Regional ou Distrital. 
6. Exemplo de Folheto explicativo a ser distribuído: 
 
O que é o Conselho Tutelar? 
É um órgão que zela e protege os direitos das crianças e dos adolescentes de acordo com o que 
determina o ECA. 
Os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos, e de qualquer outra violação de direito de 
criança ou adolescente devem ser encaminhados ao Conselho Tutelar. 
Como informar ao Conselho Tutelar? 
Pelotas: 
Através do telefone 227-3003 ou no endereço - Rua Major Cícero, 158. 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Esse  tipo  de  dinâmica  sempre  alcança  bons  resultados,  uma  vez  que  possui  um  grande 
apelo  visual  e  atividade  lúdica.  O  tema  Conselho  Tutelar  pode  ser  difícil  de  ser  abordado 
isoladamente, pois sempre está muito aliado aos assuntos do ECA. A nossa sugestão é de que os 
temas  ECA  e  Conselho  Tutelar  sejam  abordados  no  mesmo  encontro.  O  orientador  deverá 
lembrar aos participantes a importância de multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim 
estarão  contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão 
agindo como verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
DINÂMICAS  SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR
 
 
 
 
DINÂMICA – 17
 
 
CONTEÚDO: Direito do Consumidor 
 
Show da Cidadania 
INTRODUÇÃO 
 
O  Código  de  Proteção  e  Defesa  do  Consumidor  é  a  legislação  que  estabelece  direitos  e 
obrigações nas relações de consumo e por ser uma lei de ordem pública e de interesse social, 

  60 
não  pode  ser  contrariada,  nem  por  acordo  entre  o  fornecedor  de  produtos  ou  serviços  e  o 
consumidor.Este Código tem como principais finalidades: 
1.  Evitar que os consumidores sofram prejuízos; 
2.  Informar quais os direitos e deveres de cada um nas relações de consumo; 
3.  Estabelecer responsabilidades; 
4.  Determinar  procedimentos e  fixar sanções. 
        Tem por objetivo principal o atendimento às necessidades dos consumidores, reconhecendo 
sua posição de vulnerabilidade no mercado de consumo. 
        Mesmo  se  tratando  de  uma  disposição  constitucional,  a  grande  maioria  dos  municípios 
brasileiros não possui o Órgão responsável pela defesa dos direitos do consumidor - o PROCON. 
Órgão que possui poder de polícia para efetivar a vigilância em relação à lesão aos direitos dos 
consumidores e o cumprimento do próprio Código do Consumidor. 
 
 
– Artigo 5

da Constituição Federal de 88: 
 XXXII: “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. 
 
 
A dinâmica “Show da Cidadania” funciona como um programa de auditório de perguntas e 
respostas. 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  20 minutos 
        
OBJETIVOS 
 
•  Despertar  a  idéia  de  que  na  qualidade  de  consumidor,  o  cidadão  tem  direitos  e  meios 
eficientes de garanti-los; 
•  Conhecer os Órgãos Públicos aos quais devem recorrer no caso de lesão a um direito do 
consumidor; 
•  Relacionar o Direito do Consumidor com o conceito de Cidadania 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Três  cartazes,  confeccionados  com  cartolinas,  contendo  as  letras  A,  B  e  C  na  frente  e 
alternativas de respostas escritas no verso; 
•  Cartaz escrito “APLAUSOS” 
•  Novelo de lã ou barbante; 

  61 
•  Envelopes de Papel Pardo; 
•  Folhas de ofício; 
•  Aparelho de Som e música animada; 
•  Pincel Atômico. 
 
Para  o  desenvolvimento  desta  dinâmica  são  necessários  6  formadores;  1  para  ser 
apresentador e animador, que conduzirá o show de auditório e  5 ajudantes que se distribuem da 
seguinte forma: 
 
•  1 para manusear os envelopes pardos com as folhas de ofício que contém as perguntas, 
assim como da  entrega dos “prêmios” aos participantes; 
•  3 formadores segurarão os cartazes A, B e C contendo as alternativas de respostas no 
verso; 
•  1 formador que deverá segurar o cartaz onde estará escrita a palavra “APLAUSOS”; 
•  1 formador que, por último, deverá controlar o som. (início e pausa da música). 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1ºMOMENTO:  Os membros  escolhidos para  compor a  dinâmica  deverão  se  posicionar na 
frente do “auditório” em um local bem visível. Explica-se ao público que a brincadeira funcionará 
de  forma  semelhante  a  um  programa  de  auditório  e  que  o  tema  tratado  será  o  Direito  do 
Consumidor.  
O jogo se desenvolve da seguinte forma: 
O animador pedirá para que todos fiquem em pé.O novelo de lã, enquanto a música toca, 
será repassado a um dos participantes da platéia, que deverá enrolar o fio de linha no seu dedo e 
jogar o novelo para outra pessoa que repetirá o movimento. A pessoa que estiver de posse do 
novelo  no  momento  em  que  a  música  parar  será  a  escolhida  para  responder  uma  pergunta 
referente ao tema. 
 
2
o
. MOMENTO:
 
O animador deve se dirigir até o participante e pedir a ele que escolha um dos envelopes e 
leia em voz alta a pergunta que nele está contida. Antes da resposta o animador deverá chamar 
as alternativas. Os ajudantes responsáveis pelas placas com as alternativas deverão levantá-las, 
com a face, que contém as letras, virada para o público, e ler as alternativas de resposta. Feito 
isso,  o participante deverá escolher a  alternativa que  julgar mais  correta.  Em caso  de resposta 
certa, um dos ajudantes pode entregar um prêmio  ao acertador (bala, chiclete, bombom.). Se a 
resposta  for  incorreta  o  animador  deverá  consolar  o  participante  e  pedir  aos  ajudantes  que 
indiquem a resposta certa. 
Segue-se da mesma forma o Show até que se esgotem as perguntas. 
 
 
 
3
o
.MOMENTO:
  
Cessadas  as  perguntas  o  animador  deverá  agradecer  a  presença  do  público  e  perguntar 
para o auditório se alguém poderia explicar o porquê daquele emaranhado de fios.  
Qual seria o seu significado? Ouvidas as interpretações, o animador deverá dizer que todos 
são importantes e que o conhecimento não pertence a um só, mas é parte do saber de cada um 
de  nós  e  que  na  verdade  estamos  todos  ligados  por  ele  também  em  nossas  vidas.  A  teia 
representa essa idéia de união, de conhecimento construído, e que todos devem manifestar suas 
idéias e procurar no outro ajuda para encontrar as soluções dos problemas do cotidiano.  
 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
 
Exemplos de perguntas utilizadas: 
 

  62 
1 – Na semana passada comprei um eletrodoméstico que estragou logo. Aconselharam-me 
a procurar o PROCON. Não sei o que é e nem para o que serve: O que é o PROCON? 
a)  Associação de Lojistas 
b)  Órgão de Defesa do Consumidor 
c)  Um novo shopping-center 
 
2-  Você  está  assistindo  TV  e  se  depara  com  um  anúncio  de  um  produto  que  promete  ao 
usuário um emagrecimento de vinte quilos em uma semana. O que é isso? 
a)  Propaganda Enganosa 
b)  Milagre 
c)  Nova tecnologia 
 
3 – O que é venda casada? 
a)  Deixar sua lista de noiva na loja 
b)  Ir com o marido fazer compras 
c)  Condicionar a compra de um produto à compra de outro 
 
4- Comprei um rádio e não me deram a Nota Fiscal. Devo exigi-la? 
a)  Não, é mais um papel para guardar em casa. 
b)  Sim,  o  documento  é  o  que  garante  a  sua  compra  ou  contratação,  além  dos 
impostos. 
c)  Não, isto é prejuízo para o dono da loja. 
 
5-  Comprei  de  minha  vizinha  uma  panela  de  pressão  através  de  um  catálogo  comercial. 
Quando recebi não era nada do que eu esperava. Posso devolver? 
a)  Não, comprou agüenta a bomba. 
b)  Não, tente vender a outra pessoa. 
c)  Sim,  existe  um  prazo  de  arrependimento  de  sete  dias  em  caso  de  compras 
feitas fora do estabelecimento comercial. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O tema Direito do Consumidor, sem dúvida, é um dos que possuem maior importância para 
a construção da cidadania, pois as relações de consumo, que são aquelas controladas por esse 
direito, não são apenas as que envolvem grandes somas em dinheiro, mas, também, as pequenas 
compras do dia-a-dia que efetuamos nas feiras e nos mercados. O Show da Cidadania tem por 
objetivo  despertar  nos  participantes  o  interesse  sobre  o  tema,  além  de incentivá-los  a  lutar  por 
seus  direitos.O  orientador  deverá  lembrar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais justa e participativa e estarão agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA.
 
 
DINÂMICA – 16
 
 
 
CONTEÚDO: Direito do Consumidor 
 
 
Teatrinho do Consumidor 
 
INTRODUÇÃO 
 
As  relações  de  consumo  surgem  das  transações  comerciais  estabelecidas  entre  as 
pessoas.  Atualmente  estas  relações  vêm  se  desenvolvendo  em  ritmo  acelerado,  tornando 
necessário uma regulamentação  ampla e  detalhada,  não  apenas por  seu  grande  número, mas, 
também,  por  sua  importância.  Para  proteger  o  consumidor,  considerada  a  parte  mais  fraca  da 
relação de consumo, criou-se a lei 8078/90 – concretizada no Código de Defesa do Consumidor. 

  63 
  Considera-se consumidor aquela pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto 
ou  serviço  como  destinatário  final.  Define-se fornecedor como  toda  pessoa  física  ou  jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, que desenvolve atividades de produção, montagem, 
criação,  construção,  transformação,  importação,  exportação,  distribuição  ou  comercialização  de 
produtos  ou  prestação  de  serviços.  Assim,  tem-se  uma  relação  de  consumo  quando  num  dos 
pólos temos o consumidor e no outro o fornecedor. 
Desta forma, diariamente  todas  as  pessoas figuram como consumidores  e  por  esta razão 
devem estar informadas dos direitos que possuem. 
 
Artigo 5º, XXXll Constituição Federal de 88: 
“O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.
 
 
 
 
 
 
 
TODOS JUNTOS NESSA LUTA!!! 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
•  Buscar desenvolver no grupo a noção de que, na qualidade de consumidor, o cidadão é titular 
de direitos, possuindo meios eficientes de garanti-los, devendo utilizá-los quando necessário. 
•  Conhecer  os  Órgãos  Públicos  que  devem  ser  procurados  no  caso  de  violação  a  um  dos 
direitos do consumidor, 
•  Orientar o procedimento quando se sentirem lesados; 
•  Reconhecer a importância de não silenciar diante de uma eventual lesão. 
•  Perceber que o Direito do Consumidor está intimamente ligado ao conceito de Cidadania. 
  
 
MATERIAL NECESSÁRIO 
 
•  Papel pardo  

  64 
•  Pincel atômico 
•  Fita adesiva dupla face 
•  Um eletrodoméstico (ex: liquidificador, rádio) 
•  Cédulas de dinheiro de brinquedo (ex: banco imobiliário) 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO:  
A  dinâmica  consiste  num  teatro  realizado  com  os  próprios  participantes,  sendo  estes  os 
atores da peça. 
 
2º MOMENTO: 
Na  sala  de  reunião,  os  orientadores  montarão  o  cenário  dispondo  mesas  e  cadeiras,  em 
locais diferenciados, representando os seguintes locais: 
 
•  LOJA DE ELÉTRODOMÉSTICOS; 
•  ASSISTÊNCIA TÉCNICA AUTORIZADA; 
•  SIOCON; 
•  JUIZADO ESPECIAL CÍVEL.  
          
         Cada  um  destes  locais  estará  devidamente  indicado  por  um  cartaz  com  o  nome  do 
estabelecimento. 
 
3º MOMENTO:  
Na  loja  deverá  estar  exposto  um  eletrodoméstico  à  venda,  com  o  preço  destacado  num 
cartaz, indicando o valor à vista e o valor a prazo com juros ilegais. Exemplo: Preço à vista R$ 
50,00 e preço a prazo 10x de R$ 10,00 (observe que um valor é o dobro do outro). 
 
4º MOMENTO:  
O  orientador  solicita  ao  grupo  que  algumas  das  pessoas  ali  presentes,  participem  da 
encenação desempenhando os seguintes papéis: 
•  Consumidor 
•  Vendedor da loja de eletrodomésticos; 
•  Dono da loja; 
•  Atendente da assistência técnica autorizada; 
•  Atendente do SIOCON; 
•  Estagiário do Juizado Especial Cível 
•  Juiz 
 
 
 
5º MOMENTO 
 
Dramatização 
 
-  O consumidor se dirige até a loja e compra o produto a prazo, conforme o anúncio; 
-  Ao chegar em casa o consumidor constata que o aparelho não funciona; 
-  O consumidor retorna à loja, narra o ocorrido, reclama, pedindo providências. 
-  O  vendedor,  após  discutir  com  o  cliente,  se  isenta  de  qualquer  responsabilidade  e  o 
encaminha para a assistência técnica autorizada; 
-  Na  assistência o  atendente alega  que  não  pode  consertar  o  aparelho, porque  o  cliente não 
tem o certificado de garantia, que deveria ter sido fornecido pela loja; 
-  O consumidor então procura o SIOCON para pedir informações sobre como proceder. 
-  No SIOCON é orientado pelo atendente a propor uma ação contra a loja, no Juizado Especial 
Cível; 

  65 
-  Chegando no Juizado o estagiário esclarece ao consumidor que o procedimento deste órgão é 
mais simples e não há necessidade de constituir advogado, desde que o valor da causa não 
exceda 20 (vinte) salários mínimos; 
-  O consumidor lesado decide entrar com ação no Juizado Especial Cível e marca a primeira 
audiência; 
-  Caso não haja acordo na audiência de conciliação, o juiz marcará uma nova audiência na qual 
proferirá uma sentença, decidindo sobre o caso.  
-  O juiz condenará a loja (sentença que será discutida no 6
o
.momento) e adaptará os juros às 
taxas legais vigentes. 
 
6º MOMENTO:
  
O orientador deve explicar ao grupo o significado da sentença proferida pelo juiz: 
“A loja violou o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor (ler o artigo para o grupo) e 
por esta razão o consumidor pode escolher dentre três alternativas qual preferir” 
-  Trocar o aparelho por outro da mesma espécie em perfeitas condições de uso;  
-  Ter restituído o total pago; 
-  Receber um abatimento proporcional no preço que pagou, no caso de o produto ter vindo com 
algum defeito que não afete o seu funcionamento.  
 
7º MOMENTO:  
O orientador deverá chamar a atenção dos participantes para a importância do recebimento 
da  nota  fiscal  no  momento  da  compra  de  qualquer  produto,  pois  ela  é  o  meio  adequado  para 
provar em juízo que a compra foi realizada, além de ser o instrumento que assegura a garantia 
legal de podermos reclamar defeitos que poderão existir no produto. 
 
 
RECURSO DE APOIO 
 
O Direito do Consumidor – Garantia de Cidadania 
 
O  Direito  do  Consumidor  vem  reafirmar  um  princípio básico  e  importante  de  justiça: 
“desigualar os desiguais na medida de sua desigualdade”. Mas como podemos ser justos e tratar 
de igual para igual um consumidor de uma cidade qualquer frente a uma empresa multinacional? 
Ao  tratarmos  de  direito  do  consumidor  verifica-se  que  a  relação  entre  consumidor  e 
fornecedor não se dá de igual para igual. Percebe-se a necessidade que o consumidor tem de ser 
protegido perante práticas abusivas de alguns maus empresários. 
O Código de Defesa do Consumidor não significa apenas um passo na caminhada de luta 
do consumidor contra a exploração que sofre, mas um amparo legal e justo ao indivíduo, para que 
este  possa  exigir  seus  direitos  não  só  enquanto  consumidor,  mas  principalmente  enquanto 
cidadão, pois esta condição antecede a de  consumidor. 
Compreender  e  sentir-se  um  agente  ativo  no  processo  social  que  envolve  muitas  outras 
relações – entre elas a de consumo – é ser cidadão. Exercer a proclamada e, por vezes, pouco 
praticada “cidadania”,  compreende  os  pequenos  gastos  e  ações  do  nosso  cotidiano  (como  não 
jogar papel no chão), até a exigência da nota fiscal ao efetuarmos uma compra. 
Consumir no mundo moderno é algo intrinsecamente ligado à palavra sociedade. Viver em 
sociedade significa ser cidadão, ou seja, atuar ativamente como portador de direitos. 
O  cidadão  brasileiro  está  deixando  de  achar,  felizmente,  que  tudo  deve,  e  vem  se 
conscientizando de sua importância. 
Atrás  da  imponência  de  uma  grande  empresa  multinacional  está  a  frágil  necessidade  de 
conquistar,  cada  vez  mais,  um  maior  número  de  compradores,  entretanto,  sem  a  preocupação 
com os direitos dos consumidores, mas somente com a quantidade que consomem. 
É neste momento que o vulnerável pode tornar-se forte,  exercendo sua cidadania cobrando, 
exigindo e reivindicando seus direitos enquanto consumidor, descobrindo a força que pode ter um 
indivíduo quando se une a outros por uma causa comum: lutar por seus direitos.  
 
Legislação para consulta: 
 

  66 
-  Constituição Federal, 
-  Código de Defesa do consumidor; 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
  
Após  a  dramatização  da  peça,  o  orientador  deverá  estimular  a  discussão  sobre  o  tema 
referido. Em seguida pedirá aos participantes que relatem casos semelhantes por eles vividos, ou 
por  parentes  e  vizinhos.  Solicitar  a  um  dos  participantes  que  leia  o artigo  5º  XXXll  da 
Constituição Federal e explicar que todo consumidor está amparado por ela. O orientador deverá 
também explicar o que é, qual a função e onde se localizam os órgãos citados na encenação. 
Cada  participante  do  grupo  deverá  sair  da  oficina  consciente  de  que  na  condição  de 
cidadão/consumidor  tem direitos assegurados por leis e órgãos públicos especializados na defesa 
destes direitos. O orientador deverá lembrar aos participantes a importância de multiplicarem os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais justa e participativa e estarão agindo como verdadeiros  
AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA.
 
 
 
 
DINÂMICAS  SOBRE DIREITOS HUMANOS 
 
DINÂMICA – 18
 
 
CONTEÚDO: Direitos Humanos. 
 
 O Homem Saco 
 
INTRODUÇÃO 
 
A vida em sociedade é uma necessidade da natureza humana. É nesse ambiente gregário 
que  satisfazemos  nossas  carências  imprescindíveis  para  nosso  pleno  desenvolvimento  como 
seres humanos. Mas, porque é vivendo em sociedade que a pessoa satisfaz suas necessidades 
vitais,  torna-se  indispensável  que  esse  meio  social  seja  organizado  de  tal  forma  que  sirva, 
realmente,  para  esse fim.  Portanto,  para  o desenvolvimento  do ser humano é  preciso, além de 
ações  governamentais,  conhecer  nossos  direitos  e  exigir  que  eles  sejam  respeitados,  como 
também conhecer e cumprir nossos deveres e responsabilidades sociais. 
 
 
SIM! AOS DIREITOS HUMANOS!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Declaração Universal dos Direitos do Homem
 
 
Artigo I: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados 
de razão e consciência e devem agir uns para com os outros com espírito de 
fraternidade”. 
Artigo XXIX: “Todos os homens têm deveres para com a comunidade, fora da qual não é 
possível o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade”. 

  67 
 
Constituição da República Federativa do Brasil 
 
Artigo 5º: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos humanos são direitos 
de todo mundo - no mundo todo! 
 
TEMPO DE DURAÇÃO : 50 minutos 
 
OBJETIVOS 
 
•  Evidenciar a violação dos direitos humanos de forma, preponderantemente, visual; 
•  Consolidar a percepção de que a promoção e defesa dos direitos humanos requerem ações 
positivas de cada indivíduo; 
•  Despertar nos participantes a motivação para a luta em prol dos direitos humanos. 
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Sacos de lixo na cor preta; 
•  Cartazes  com  as  palavras: egoísmo,  intolerância,  discriminação,  escravidão,  morte, 
solidariedade, respeito, igualdade, liberdade e vida; 
•  Folhas de ofício ou pedaços de papel cartolina coloridos para a confecção de cartazes; 
•  Fita adesiva; 
•  Pincel Atômico; 
•  Aparelho de som; 
•  Músicas: “Sibéria”, de Lulu Santos e  “O que é, o que é”, de Gonzaguinha 
 
 
DESENVOLVIMENTO  
 
1º MOMENTO: 
Um formador entrará na sala com o corpo completamente coberto por sacos de lixo na cor 
preta e traz fixadas no corpo as seguintes palavras: 
 
Na perna direita – egoísmo; 
Na perna esquerda – intolerância; 
No braço direito – discriminação; 
No braço esquerdo – escravidão; 
Na cabeça – morte.  
         

  68 
 Ele deverá entrar resguardado por um lençol branco segurado por outros dois formadores. Assim 
que estejam posicionados, inicia-se a música “Sibéria”. 
 
2º MOMENTO : 
Serão convidados cinco participantes a formarem um semicírculo por trás daquela pessoa 
encoberta  pelos  sacos  de  lixo.  Assim  que  o  semicírculo  esteja  formado,  os  formadores  que 
seguravam  o  lençol  saem  da  sala  e  aparece  em  destaque,  então,  a  personagem  principal  da 
dinâmica – aquela coberta pelos sacos de lixo, que executa movimentos suaves com o objetivo de 
tornar ciente os expectadores de que  se encontra presa e limitada por aqueles adjetivos. 
 
3º MOMENTO: 
Cada integrante disposto em semicírculo, de frente para o público, possuirá um papel com 
adjetivos opostos aos dos protagonistas, colocados ao serem convidados. 
Iniciando-se  por  uma  das  extremidades  do  semicírculo  o  participante  que  contém  os 
adjetivos  fixados  nas  costas,  vai  até  o  centro,  fica  por  alguns  instantes  de  costas  para  que  o 
público possa lê-lo, e retira da personagem encoberta aquela palavra oposta a que ela sustenta, 
juntamente com o saco de lixo a que está presa.   Assim,  por  exemplo,  aquele  que  traz  o  cartaz 
escrito solidariedade  tira,  usando  de  certa  veemência,  o  cartaz  do egoísmo,  mostrando-o  ao 
público e amassando-o e de forma enfática, jogando-o no lixo. Isto é feito sucessivamente com os 
seguintes  pares  de  palavras: egoísmo  x  solidariedade,  respeito  x  intolerância,  igualdade  x 
discriminação, liberdade x escravidão e vida x morte.  
 
4º MOMENTO: 
Inicia-se a música “O que é, o que é“ e a personagem central arranca de si aquele último 
saco de  lixo que  a  encobria.  Sua  expressão, agora, demonstra  a felicidade por  estar  liberto de 
toda carga negativa que sustentava. 
 
5º MOMENTO: 
Depois  de  livre,  o  integrante  antes  coberto  conclui  a  dinâmica  lendo  uma  mensagem  que 
pode ser a seguinte: 
 
  “Esta foi uma demonstração de como se constrói um verdadeiro cidadão, retirando tudo o 
que há de negativo, regando a alma com muito amor e fazendo com que fique totalmente tomado 
pela cidadania. Esta é a receita para que se construa um mundo melhor, de pessoas capazes e 
dispostas  a  enfrentar  essa  batalha.  Então,  venham  conosco  para  a  luta  e  defesa  dos  direitos 
humanos e promoção da cidadania”. 
 
   A encenação encerra-se com todos os integrantes retirando-se de mãos dadas.  
 
6º MOMENTO: 
Para  finalizar  a  oficina,  pode-se  estimular  o  grupo  a  debater  a  cerca  dos  direitos 
mencionados na encenação. No caso de jovens ou adultos, pode-se propor a produção de textos 
para que identifiquem, no seu entorno, quais os direitos humanos violados e como se pode tirar, 
simbolicamente,  aquele “saco  de  lixo”,  ou  seja,  apresentar  uma  alternativa  para  a  violação  dos 
direitos  que  mencionarem.  Caso  o  grupo  de  aplicação  seja  de  crianças,  tendo-se  em  vista  os 
mesmos objetivos da produção de textos, a proposta pode ser a confecção de desenhos. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
Texto  “O Direito de Sonhar”, de Eduardo Galeano: 
 
 
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no 
final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar, e pela água que dele jorra, a 
maior parte dos direitos morreria de sede. 
 

  69 
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de 
novo os pés no chão. 
(...) 
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de 
promessas.  
 
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a 
indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.  
 
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.  
 
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fosse lixo, porque não vão existir meninos 
de rua.  
(...) 
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas vão estar de novo 
unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.  
(...) 
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se 
fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro. 
 
Música “O que é, o que é”, de Gonzaguinha: 
 
Eu fico com a pureza da resposta das crianças, 
É a vida, é bonita e é bonita 
Viver e não ter a vergonha de ser feliz 
Cantar e cantar a beleza de ser 
um eterno aprendiz (ai meu Deus) 
Eu sei que a vida devia ser 
bem melhor e será, mas isso 
Não impede que eu repita: 
É bonita, é bonita e é bonita 
Mas a vida e a vida o que é, diga lá meu irmão 
(...) 
Há quem fale que a vida da gente é nada no mundo, 
É uma gota, é e um tempo que não dá um segundo. 
Há quem fale que é um divino mistério profundo...  
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A  oficina  visa  despertar  no  público  o  protagonismo para  a  construção  de  uma  cultura  de 
direitos humanos. 
Por se tratar de uma atividade que explora, essencialmente, o aspecto visual, ela apresenta 
bons resultados quando aplicada a uma clientela numerosa e de faixa etária variada. 
A oficina causa no público uma espécie de epifania – grande descoberta, revelação – que, 
se  corretamente direcionada,  torna-se  uma mola propulsora  de  ações  positivas  do  indivíduo no 
sentido  da  construção  do  verdadeiro  cidadão.O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  
sobre  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois  assim  estarão 
contribuindo  para  a  construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo 
como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 

  70 
 
DINÂMICA – 19 
 
CONTEÚDO: Direitos Humanos 
 
Direitos de Todos 
 
INTRODUÇÃO 
 
No ano de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, que visa atingir a todos os povos e todas as nações, afim de que todos os 
indivíduos  e  todos  os  órgãos  da  sociedade  se  esforcem  pelo  ensino  e  pela  educação,  por 
desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover o seu reconhecimento e a sua 
aplicação universal.  
 
Artigo 1
o
. I da Declaração dos Direitos Humanos: 
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de 
razão e consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. 
 
 
 
 
 
 
    
 
O Brasil é signatário da Declaração de Direitos Humanos, aderindo assim a todos os pactos 
internacionais  e  regionais  de  Direitos  Humanos  e  afirmando,  em  sua  Constituição  Federal,  os 
Direitos fundamentais, individuais e coletivos. 
A expressão “Direitos Humanos” significa os direitos fundamentais da pessoa humana. 
Fundamentais porque correspondem às necessidades essenciais do indivíduo, sem as quais 
ele não conseguiria existir, desenvolver a sua personalidade ou participar plenamente da vida.   
Esses  direitos  são  diretamente  relacionados  com  os seres  humanos,  porque  visam 
consagrar a dignidade da pessoa humana, diferentemente dos demais seres vivos, já que somos 
dotados de inteligência e de consciência. 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 min 
 

  71 
 
 
OBJETIVOS 
 
• Identificar o conhecimento do grupo sobre o assunto; 
• Debater a importância do respeito aos dos Direitos Humanos para a construção da verdadeira 
consciência de cidadania.  
 
 
MATERIAL NECESSÁRIO 
 
•  1 caixa de sapato; 
•  1 novelo de lã; 
•  Aparelho de som; 
•  CD ou fita cassete com a música Comida dos Titãs. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO

Pedir para que os participantes sentem -se em círculo; 
 
2º MOMENTO: 
O orientador passa um o fio de lã em volta dos participantes sentados. O fio representará a 
restrição das liberdades.  
 
3º MOMENTO: 
Ao som da música, a caixa de sapato será passada entre os participantes. Quando a música 
parar  o  participante  que  a  tiver  em  mãos,  retirará e  responderá  uma  pergunta  relacionada  ao 
tema. Por exemplo: 
 
• Um  homem  cometeu  um  crime  muito  grave,  foi  julgado e  condenado.  Na  penitenciária  foi 
ameaçado de morte. Terá ele direito à vida e à dignidade depois de cometer tal crime?  
Resposta – SIM 
Todos têm direito à vida e à dignidade, independentemente da situação em que se encontram. É 
vedado qualquer tipo de ameaça a sua integridade. 
 
• Um  menino  de  12  anos  decide  sair  à  noite  para  uma  festa  e  seu  pai  o  proíbe  por  julgar 
perigoso. Estará o pai restringindo a liberdade do filho?  
Resposta – NÃO 
A liberdade do filho está sob o poder dos pais ou responsáveis, que têm o dever de zelar pela 
educação e integridade de seus filhos. 
 
• Uma professora perdeu o emprego por discordar das opiniões ideológicas e políticas de um 
prefeito de determinada cidade. Isso está correto?  
Resposta – NÃO 
Todos possuem direitos de livre pensamento, de expressão e de opinião política. 
 
O  orientador  deve  auxiliar  e  complementar  os  comentários feitos  pelo  grupo.  O  participante 
que responder deve sair do círculo. Então, a caixa deve continuar sendo passada até que acabem 
as perguntas. 
 
4º MOMENTO:
 
O orientador deverá, ao final das questões, fazer um comentário sobre o objetivo geral da 
dinâmica:  que  é  acentuar  a  importância  de  que  todos  tenham  consciência  de  seus  direitos 
fundamentais, para que possam reivindicá-los e buscar sua efetivação. O fio de lã representa uma 

  72 
“prisão ilusória”, e é somente através do conhecimento dessas questões que os indivíduos que 
nela se encontram podem conquistar sua real liberdade. 
RECURSOS DE APOIO 
 
O  que  são  Direitos  Humanos? 
São  os  direitos  fundamentais  de  todas  as  pessoas  sem 
discriminação de: raça – idade – credo –cor –orientação sexual – condição social 
 
Todas as pessoas têm o Direito a: vida – liberdade – dignidade - nacionalidade – respeito – 
igualdade justiça – segurança – opinião política - proteção da lei – privacidade – propriedade 
 
Todas as pessoas têm o Direito à liberdade de: pensamento – credo – opinião e expressão – 
reunião – organização – associação pacífica – voto
 
 
 
Música 
 
COMIDA (Titãs) 
          
Bebida é água. 
Comida é pasto. 
Você tem sede de que ? 
Você tem fome de que ?  
A gente não quer só comida, 
A gente quer comida, diversão e arte. 
A gente não quer só comida, 
A gente quer saída para qualquer  parte.  
A gente não quer só comida, 
A gente quer bebida, diversão, balé. 
A gente não quer só comida, 
A gente quer a vida como a vida quer.  
Bebida é água, comida é pasto 
Você tem sede de que ? Você tem fome de 
que ?  
A gente não quer só comer, 
A gente quer comer e quer fazer amor. 
A gente não quer só comer, 
A gente quer prazer pra aliviar a dor.  
A gente não quer só dinheiro, 
A gente quer dinheiro e felicidade. 
A gente não quer só dinheiro, 
A gente quer inteiro e não pela metade. 2x 
Diversão e arte 
Para qualquer parte 
Diversão, balé 
Como a vida quer 
Desejo, necessidade e vontade 
Necessidade, desejo, necessidade e vontade 
Necessidade

 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Para  que  haja  maior  fixação  do  conteúdo  debatido  na  dinâmica,  é  interessante  que  o 
orientador  distribua  panfletos  com  as  informações  contidas  no  quadro  “O  que  são  direitos 
humanos?”. 
A  idéia  de  que  a  liberdade  só  é  plenamente  alcançada  quando  o  indivíduo  adquire 
consciência de seus direitos e deveres, deve ser bastante enfatizada pelo orientador, afim de que 
o grupo contribua cotidianamente para a cultura de paz e solidariedade dos direitos humanos. 
O orientador deverá ressaltar aos participantes a importância de multiplicarem os conhecimentos 
adquiridos,  pois  assim  estarão  contribuindo  para  a construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e 
participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES  MULTIPLICADORES  DA 
CIDADANIA.
 
 
 
 

  73 
DINÂMICA – 20 
 
CONTEÚDO: Preconceito – respeite a diversidade. 
 
Um VIVA à Diversidade! 
 
INTRODUÇÃO 
 
O  Preconceito  nasce  de  uma  suposição  feita  sobre  algo  ou  alguém.  Muitas  vezes,  o 
conceito  construído  com  tal  suposição  torna-se  antecipado  e  superficial,  formado  sem  muita 
reflexão e discernimento. Essa falsa percepção do real faz com que tenhamos comportamentos 
fortemente  discriminatórios  frente  a  situações  e  pessoas.  Assim,  nasce  o  que  chamamos  de  – 
preconceito - uma grave distorção social fortemente alimentada pelo homem. 
O tratamento igualitário e o combate ao preconceito (entenda-se como de qualquer espécie) 
são  os  objetivos  desta  oficina.  Assim,  tentaremos  demonstrar  que  a  pré-conceituação  das 
pessoas, quase sempre, é equivocada e que a diversidade existente é fundamental ao pluralismo 
e ao enriquecimento da cultura humana. 
 
Artigo 3ª da Constituição Federal de 88:  
Constituem objetivos fundamentais da República federativa do Brasil: 
IV – Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, idade, e 
quaisquer outras formas de discriminação”. 
 
 Artigo 5º da Constituição Federal de 88:  
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à   segurança e à propriedade nos termos seguintes”: 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei“.
 
 
 
 
 
                       
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO : 50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 

  74 
OBJETIVOS 
 
•  Promover a integração do público de forma descontraída e lúdica; 
•  Expressar conhecimentos e inquietações referentes ao tema;  
•  Identificar,  através  de  discussões,  os  principais problemas  gerados  pelo  preconceito  e 
buscar       possíveis soluções;  
•  Perceber  como  é  produtivo  o  trabalho  em  conjunto, ressaltando  que  pelas  diferenças 
inerente    a  cada  integrante,  se  faz  possível  obter uma  vastidão  de  conhecimentos  e 
opiniões. 
•  Constatar que todos devem ver no próximo uma fonte de conhecimentos e experiências 
diversa da sua; 
•  Conhecer o texto constitucional e verificar que o ordenamento jurídico nacional abomina 
qualquer tipo de Preconceito. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Revistas de conteúdo diversificado;  
•  Tesouras; 
•  Colas; 
•  Cartolinas; 
•  Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988; 
•  Aparelho de som; 
•  Música: “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
Os  participantes  da  oficina  serão  divididos  em  pequenos  grupos  e  receberão  um kit, 
contendo o seguinte material: revistas, cola, tesoura e cartolina. Com ele o grupo deverá escolher, 
entre  as  gravuras  contidas  na  revista,  aquelas  que considerarem  ter  conteúdo  passível  ou 
suscetível  de  preconceito  de  qualquer  espécie.  Dentre  os  exemplos  o  orientador  poderá  citar 
alguns,  sem  influenciar  o  grupo,  apenas  a  titulo  de  ilustração,  por  exemplo:  a  figura  de  uma 
mulher, de uma criança, de um negro, etc.  
Selecionadas as gravuras, o grupo deverá recortá-las e colar na cartolina. 
 
2º MOMENTO: 
Construídos  os  cartazes,  cada  equipe  deverá  expor  aos  demais  o  motivo  que  os  levou  a 
considerar cada uma das figuras coladas  como alvo de alguma espécie de preconceito. Deverão 
também levantar as causas da discriminação atribuída a cada um dos recortes, além de apontar 
as possíveis soluções para o preconceito sofrido pelos mesmos. Todo este processo deverá ser 
acompanhado  da  discussão  entre  os  grupos,  estimulada  pelo  orientador,  a  fim  de  levantar  as 
diferentes opiniões presentes. 
 
3º MOMENTO: 
Finalizada  a  exposição  dos  cartazes,  o  orientador  pedirá  que  um  participante,  munido  de 
uma Constituição, transcreva o inciso IV do artigo 3º no quadro-negro. Após, todos deverão ler em 
voz alta,  a fim de comprovarem  que  o  ordenamento jurídico  nacional abomina  qualquer tipo  de 
preconceito. Caso não exista um quadro negro no local da oficina poderá ser usada uma folha de 
papel pardo. 
 
4º MOMENTO: 
O orientador deverá propor às equipes que criem um mural na sala em que se encontram ou 
no  prédio,  para  que  sejam  anexados  os  cartazes  elaborados,  a  fim  de  tornarem  público  o  que 
desenvolveram.  É  importante  valorizar  a  construção feita,  pois  esta  atitude  aumenta  a  auto- 
estima dos participantes fazendo com que se sintam reconhecidos. 

  75 
5º MOMENTO: 
Finalmente, as pessoas serão dispostas em círculo e ouvirão a música de Geraldo Vandré, 
intitulada “Pra não dizer que não falei das flores”. No momento em que a letra diz “somos todos 
iguais, braços dados ou não”, o orientador fará com que todos dêem as mãos e cantem a canção, 
visando  proporcionar  o  contato  físico  estimulando  a  percepção  do  outro  em  cada  um  dos 
participantes.  Serão  esclarecidos,  ao  final  da  música,  os  pontos  anteriormente  discutidos  na 
oficina, de forma conclusiva. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. 
 
Música -  PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES (G eraldo Vandré) 
 
Caminhando e cantando e seguindo a 
canção 
Somos todos iguais braços dados ou não 
Nas escolas, nas ruas, campos, construções. 
Caminhando e cantando e seguindo a 
canção 
 
Vem, vamos embora que esperar não é 
saber. 
Quem sabe faz a hora não espera acontecer 
 
Pelos campos a fome em grandes 
plantações 
Pelas ruas marchando indecisos cordões 
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão 
E acreditam nas flores vencendo canhões 
 
Vem, vamos embora que esperar não é 
saber. 
Quem sabe faz a hora não espera acontecer 
 
Há soldados armados ou não 
Quase todos perdidos de armas na mão 
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições 
De morrer pela pátria e viver sem razão 
 
Vem, vamos embora que esperar não é 
saber. 
Quem sabe faz a hora não espera acontecer 
 
Nas escolas, nas ruas, campos, construções. 
Somos todos soldados, armados ou não 
Caminhando e cantando e seguindo a 
canção 
Somos todos iguais braços dados ou não 
 
Os amores na mente, as flores no chão. 
A certeza na mente, a história na mão. 
Caminhando e cantando e seguindo a 
canção 
Aprendendo e ensinando uma nova lição 
 
Vem, vamos embora que esperar não é 
saber. 
Quem sabe faz a hora não espera acontecer 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O tema – Preconceito - atinge o cotidiano das pessoas, portanto, deve ser trabalhado com  
cuidado para não incentivar uma postura severa e crítica, pois alguns espectadores podem ter se 
comportado de forma preconceituosa ou já ter sofrido um preconceito, sendo importante assinalar 
que esta é uma questão, por vezes, não intencional, mas que adquirir consciência é necessário 
para não se postergar condutas equivocadas.  
Atualmente,  é  imprescindível  o  compromisso  em  relação  a  esta  problemática  para  que 
tenhamos uma sociedade mais justa, humana e igualitária. Uma sociedade que não só respeite a 
diversidade,  mas  que  saiba  aceitá-la,  valorizando  o  que  ela  trás  de  produtivo  à  convivência 
humana.  O  orientador  deverá  lembrar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais justa e participativa e estarão agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA.
 
 
 
 

  76 
DINÂMICA SOBRE DIREITO AMBIENTAL 
 
 
 
DINÂMICA – 21
 
 
CONTEÚDO: Direito Ambiental. 
 
Meio-ambiente = Meio de todos 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os problemas ambientais dizem respeito a toda comunidade mundial, não apenas a um país, a  um 
continente, pois o meio-ambiente ecologicamente equilibrado é  a garantia do bem maior do ser humano: a 
vida. Neste sentido a sociedade necessita de informações, a fim de que se   efetivem os textos normativos 
relativos ao tema, mediante a utilização dos meios hábeis de proteção. 
Em síntese são três os pontos 
essenciais para que as normas ambientais tornem-se realidade: 
 
• Consciência popular; 
• Participação organizada; 
• Formação de uma política ambiental (impulsionada pelos outros dois fatores). 
 
 
         O  tema  meio-ambiente  não  deve  ser  esquecido  e  devemos  dedicar  a  ele  cuidado  e 
preocupação.  Por  isso,  ele  se  inclui  entre  um  dos  vários  temas  tratados  e  difundidos  na 
comunidade dentro do Programa de Formação de Agentes Multiplicadores da Cidadania. 
 
 
 
Art. 225, da Constituição Federal: 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações“.
 
 
 
 
 
 
 
Um Meio Ambiente Saudável e Qualidade de Vida dependem de nós! 
 

  77 
                                 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
• Conhecer  as  principais condutas  e  atividades  lesivas ao meio  ambiente, correlacionando  as 
principais sanções aplicáveis; 
• Perceber a importância de se preservar o meio ambiente. 
• Estimular o sentimento de responsabilidade e comprometimento dos participantes frente aos 
problemas ecológicos. 
• Reconhecer a parcela de responsabilidade de cada um, enquanto cidadãos, pelas agressões 
ao meio ambiente. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
• Cartaz  com  uma  paisagem  que  traduza  um  ambiente  ecologicamente  preservado  (rios, 
animais, árvores, entre outros); 
• Figuras  de  revistas  ou  jornais  que  contenham  condutas  lesivas  ao  meio  ambiente,  como 
queimadas, peixes mortos, lixo em lugar impróprio, etc.; 
• Fita adesiva. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO:
 
Fixar na parede ou mural da sala o cartaz contendo a paisagem que represente um meio 
ambiente “saudável”. Feito isto, o orientador introduzirá o tema a ser abordado, através de uma 
conversa  com  o  grupo,  demonstrando  a  importância  de  se  ter  um  ambiente  limpo,  sadio  e 
preservado para que possamos viver bem. 
 
2º MOMENTO: 
Dividir os alunos pelo número de figuras a serem coladas na referida paisagem. Cada grupo 
receberá uma figura ilustrando crimes contra a flora, a fauna, etc., ou seja, representando o meio 
ambiente sendo destruído.  
O orientador deve estar ciente de que os tópicos a serem tratados serão os seguintes: 
 
•  Crimes contra a fauna e flora; 
•  Poluição; 
•  Crimes ambientais contra o ordenamento urbano e o  patrimônio cultural. 
 
3º MOMENTO 
O  orientador  explicará  o  significado  de  cada  uma  das  imagens  e,  simultaneamente,  cada 
grupo  deverá  identificar  sua  figura  com  a  explicação  dada,  colando-a  no  cartaz.  Assim,  por 
exemplo,  quando  estiver  sendo  comentado  o  crime  contra  a  flora  (queimadas,  aplicação  de 
agrotóxicos, derrubada ilegal de árvores etc.), se pedirá que um representante do grupo, de posse 
da figura que o ilustre, cole-a no cartaz, na parte que representa a região afetada (a queimada 
será colada onde estiverem dispostas as árvores, por exemplo). 

  78 
4º MOMENTO: 
Coladas  todas  as  figuras  o  orientador  comentará  a  Lei  9.605/98  (ver  RECURSOS  DE 
APOIO)  ressaltando  as  principais  condutas  e  ações  agressivas  ao  meio  ambiente,  assim  como 
suas respectivas sanções. 
 
5º MOMENTO: 
Comentar  que  o  ambiente  do  cartaz,  no  início  sadio,  ao  final  encontra-se  totalmente 
agredido. Para tal, o orientador deverá promover uma discussão, a fim de buscar soluções para os 
problemas, orientando também para que os participantes repassem o que aprenderem. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
“ Constituição Federal (CF) 
 
Art. 225, § 1º - “ Para assegurar a efetividade desse Direito, incumbe ao Poder Público: 
 
VI  –  promover  a  educação  ambiental  em  todos  os  níveis  de  ensino  e  a  conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente; 
 
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco 
sua função ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade. 
 
 “A  Floresta  Amazônica  Brasileira,  a  Mata  Atlântica,  a  Serra  do  Mar,  o  Pantanal  Mato-
Grossense  e  a  Zona  Costeira  se  constituem  Patrimônio  Nacional  que  tem  assegurado  sua 
preservação, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”. 
 
“ Lei de Crimes Ambientais – Lei nº. 9.605/98 
 
“ Ações cabíveis para a proteção do meio-ambiente - 
 
•  Ação Civil Pública, na forma da lei nº. 7.347/85 que deve ser movida junto ao Ministério 
Público (art. 129, III, CF); 
•  Ação Popular (art. 5º, LXXIII, CF). 
 
“ Problemática da água - 
 
•  3% da água existente no mundo é potável e, destes,  metade está nas geleiras; 
•  É possível recuperar águas poluídas, principalmente no caso dos rios. (Ex: Rio Tamisa – 
Londres) 
•  Carência de áreas verdes (parques, reservas florestais, áreas de lazer e recreação, etc.): 
em  decorrência  da  falta  de  áreas  verdes,  agrava-se a  poluição  atmosférica,  já  que  as 
plantas, através da fotossíntese, contribuem para a renovação do ar. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O  orientador  deverá  ressaltar  a  importância  de  todos  preservarem  o  meio  ambiente  e 
convocará  todos  os  presentes  a  lutarem  pela  preservação  da  natureza  e  a  denunciarem  às 
autoridades  competentes  todos  os  atos  lesivos  que  sejam  testemunhas,  pois  assim,  estarão 
contribuindo com a comunidade e com a preservação da própria existência e qualidade de vida.O 
orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos 
adquiridos,  pois  assim  estarão  contribuindo  para  a construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e 
participativa e estarão agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 

  79 
DINÂMICA SOBRE VIOLÊNCIA FAMILIAR 
 
DINÂMICA – 22
 
 
CONTEÚDO: Violência Familiar 
 
 
“Estourando” com a Violência Familiar
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta dinâmica trata da violência familiar e suas conseqüências tanto físicas (crimes) como 
psicológicas (sentimentos de raiva, dificuldade de relacionamentos, dificuldade escolar,...).  
O  tema  é  pauta  dos  direitos  humanos  em  todo  o  mundo  e  tem  sido  evidenciado  como  a 
violência familiar, até há pouco tempo invisível e tida como assunto proibido, é responsabilidade 
da sociedade.  
Considerada-se violência familiar todo e qualquer ato violento  envolvendo pais, irmãos, ou 
mesmo, familiares próximos. 
         A Constituição Federal em seus dispositivos legais consagra a dignidade da pessoa humana 
(art.1º,  III),  e  tem  como  objetivo  fundamental construir  uma  sociedade  livre,  justa  e  solidária 
(art.3º,I). Contudo é no seu artigo quinto que consagra o direito à vida e à segurança; e é baseado 
neste artigo que a dinâmica proposta pretende ressaltar estas garantias. 
 
 
 
Art. 5º da Constituição Federal de 88: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer  natureza garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade,... 
 
 
                                         
  
    
NÃO à Violência Familiar!NÃO à Violência Familiar!NÃO à Violência Familiar!NÃO à Violência Familiar!    
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
• Uma música alegre e agitada; 
• Balões; 
• Folhas descrevendo casos práticos de violência familiar (olhar recursos) para serem 
colocados dentro dos balões; 
• Artigo 5 º da Constituição Federal escrito num cartaz; 
• Cartazes com o tipo penal característico da violência ocorrida (ver RECURSOS DE APOIO). 
 
 
 
 

  80 
 
OBJETIVOS 
 
• Evidenciar que a violência doméstica é  um problema social, visto que uma criança violentada 
poderá ser um adulto agressivo; 
• Proporcionar acesso a Constituição Federal e aos tipos penais; 
• Informar  conhecimentos  necessários  para  que  as  violências  ocorridas  em  família  sejam 
identificadas mesmo em atos simples e cotidianos; 
• Explicitar  a  violência  doméstica  como  sendo,  muitas  vezes,  silenciosa,  atingindo  as  mais 
diversas camadas sociais. 
   
DESENVOLVIMENTO 
    
1º MOMENTO:
 
O orientador deve preparar, anteriormente, as folhas contendo os casos descritos e colocá-
los dentro dos balões antes de enche-los. Cuidando para que se repitam os casos 2 vezes. 
 
2º MOMENTO: 
Sendo um grupo de 10 participantes, separa-se o grupo em 5 pares. Ata-se um balão em 
um dos pés de cada participante. Em cada balão há um caso de violência, sendo que nos pares, 
esses casos devem ser iguais. 
 
3º MOMENTO: 
Cola-se no quadro o cartaz com o artigo 5º da Constituição e logo abaixo os cartazes com 
os  tipos  penais  que  se  relacionam  com  o  caso  de  violência  que  estão  dentro  dos  balões.  É 
importante que haja um cartaz para o artigo e um cartaz para cada tipo penal. 
 
4º MOMENTO: 
Coloca-se  a  musica  e  os  pares  começam  a  dançar  e  tentam  estourar  o  balão  do  seu 
parceiro. 
 
5º MOMENTO: 
Quando o primeiro balão for estourado, pára-se a música e, quem conseguiu estourar lê o 
caso  escrito  em  voz  alta.  Após  a  leitura  o  seu  parceiro  comenta  o  caso  com  os  demais 
participantes e tenta relaciona-lo com os tipos penais expostos no quadro. 
 
6º MOMENTO: 
Depois,  inicia-se  novamente  a  música  até  que  um  novo  par  consiga  estourar  o  balão,  e 
assim sucessivamente até que todos os balões sejam estourados. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
Casos fictícios sobre violência em família e violações do Direito. 
 
1 - Mulher chega em casa cansada do trabalho e encontra o marido embriagado, que lhe exige 
manter relações sexuais, alegando que ela lhe deve isso, pois é sua mulher. A mulher se nega e 
ele a possui a força. 
 
TIPO: Estupro, art. 213 do Código Penal, “constranger mulher a conjunção carnal mediante 
violência ou grave ameaça.” 
PENA; reclusão de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
 
2  -  Homem  chega  em  casa  e,  contrariado  porque  seu  jantar  não  está  pronto,  briga  com  sua 
mulher, dizendo que ela  tem  obrigação de obedece-lo, senão levará uma surra. 
 
TIPO: Ameaça, art.147 do Código penal.”Ameaçar alguém por palavra, escrita ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave”. 

  81 
PENA; detenção, de (1) um a 6(seis) meses ou multa. 
                                              
3 – Pais decidem que um filho, menor, irá para as ruas pedir esmolas, pois assim necessitarão 
trabalhar menos. 
 
TIPO: Abandono Intelectual, art. 247, IV, do Código Penal “Permitir alguém que menor de 
(18 dezoito) anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância mendigue ou 
sirva a mendigo para excitar a comiseração pública”. 
PENA: detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
  
4 - Mulher com ciúmes do marido, por pensar que ele esteja tendo “um caso”, sai mentindo para 
seus conhecidos que ele é um “sem-vergonha”, que não paga as suas contas em dia, e que até já 
colocou um comerciante no hospital porque queria lhe cobrar contas atrasadas.  
 
TIPO: Calúnia art. 138, do Código Penal “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato 
definido como crime”. 
PENA: detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa 
 
5 - Mãe chama a filha para perguntar se ela já fez os trabalhos  escolares, a menina responde que 
não, mas que irá fazer depois que brincar na rua. A mãe pega a menina pelos cabelos e a leva 
para o quarto, lhe dá um tapa no rosto, obrigando que ela faça os trabalhos agora.  
 
TIPO: Lesão Corporal, art.129 do Código Penal “Ofender a integridade corporal ou à saúde 
de outrem” 
PENA: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.  
 
 
Textos de apoio sobre: Violência contra a Mulher 
 
TEXTO 1 
 
  “Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE- no final da 
década  de  80,  constatou  que  63%  das  vítimas  de  agressões  físicas  ocorridas  no  espaço 
doméstico  eram  mulheres.  Dessas  agressões,  a  mais  comum  é  a  lesão  corporal.  Outros 
tipos de violência, muito comum dentro de casa são: ameaça, abandono material, atentado 
violento ao pudor e estupro”. 
 
Fonte Bibliográfica: http://www.pratanet.com.br/maria/www.maria/pdfviolencia.html 
 
 
TEXTO 2 
 
  “A  mulher,  por  sua  vez,  começou  a  tomar  consciência  e  coragem  de  mudar  a  situação 
imposta  a  ela  e  mostrar  que  tem  condições,  equilíbrio  e  direitos  para  exercer    dentro  da 
sociedade, no lar ou fora dele, um papel grandioso e que deve ser respeitado pelo homem, 
sem precisar passar por cima do ser masculino e até mesmo desrespeitar ele, tal qual o pai, 
esposo, patrão, etc...” 
 
Terezinha de Jesus Paiva da Silva 
Promotora Legal Popular - Formada pelos Tribunos da Cidadania em 2000. 
 
TEXTO 3 
 
“As  teorias  sociais  tem  buscado  ao  longo  das  ultimas  décadas,  justificar  o  crescente 
número  de  casos  de  tentativa  de  homicídio  e  homicídios  consumados,  bem  como  de 
agressões intrafamiliares (pais que agridem fisicamente seus filhos e vice-versa, levando-
os à hospitalização e por vezes a óbito)”. 

  82 
Dependendo  da  linha  teórica,  esses  episódios  acabam  denominados  coco  “Reflexos 
Condicionados”,  “Comportamentos  Socialmente  Aprendidos”,  “Compulsão  à  Repetição”, 
“Conseqüências da perversa política econômica dos nossos atuais colonizadores”, mas o 
fato  é  que  em  seu  bojo,  todos  esses  conceitos  traduzem  uma  única  experiência: 
“Indivíduos que agridem hoje, já foram vítimas um dia (...)”. 
 
Fonte Bibliográfica: http violência familiar – acredite na criança html 
 
 
TEXTO 4 
 
“(...)  a  violência  familiar  tem  conseqüências  diretas  nas  relações  socais:  são 
desdobramentos  da  “psicopatia”,  que  anula  a  vontade  do  mais  fraco  através  da  força, 
aparece diariamente nas colunas policiais dos jornais e noticiários de TV:  É o assaltante 
que espanca sua vítima para obriga-la a entregar-lhe seus pertences, por que aprendeu que 
com  violência  e  não  com  esforço,  tolerância  e  trabalho  se  consegue  o  que  quer.  É  o 
adolescente que ateia fogo no índio por que aprendeu que o corpo do mais indefeso é de 
sua  propriedade,  assim  como  ele  próprio  foi  um  dia,  propriedade  daqueles  que  o 
(des)educaram. É o diretor do grande jornal que mata a tiros aquela a quem dizia amar por 
que ela não se submeteu a sua vontade(...)” 
 
 Fonte Bibliográfica: http // violência familiar - acredite na criança html 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAS 
 
 A dinâmica acima referida estimula, além do contado visual, a atividade corporal e auditiva, 
fatos estes que a fazem ser bem recebida pelos participantes. O orientador não pode esquecer de 
inicialmente falar sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Constituição Federal 
Brasileira, pois estes recursos fornecem a base para todo o trabalho. 
Ao final da dinâmica o orientador deve lembrar que a violência doméstica é um problema 
social, e que se não nos envolve diretamente, acaba por nos envolver indiretamente na medida 
em  que  ela  se manifesta  na  sociedade.  Diante deste fato  devemos  denunciá-lo, encaminhando 
aos  órgãos  competentes.  O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de 
multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de 
uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão agindo  como  verdadeiros
  AGENTES 
MULTIPLICADORES DA CIDADANIA.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  83 
DINÂMICAS SOBRE ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
DINÂMICA – 23
 
 
CONTEÚDO: A Importância dos Órgãos Públicos 
 
Varal dos Órgãos Públicos 
 
INTRODUÇÃO 
 
O conhecimento sobre a atividade exercida por determinados Órgãos Públicos é de imensa 
importância  para  o  cidadão.  Há  instituições  que  exercem  funções  essenciais  à  promoção  da 
justiça e garantia de necessidades básicas, que devem ser prestadas pelo poder público, como 
por exemplo: a Defensoria Pública, a Promotoria de Justiça, o Juizado Especial Cível etc, que se 
encontram a disposição do cidadão para que ele busque informações visando o exercício de seus 
direitos. 
Os  serviços  públicos  são  uma  constância  em  nossas  vidas.  Ao  acendermos  a  luz,  ao 
abrirmos a torneira, ao subirmos em um ônibus estamos utilizando-os. 
 
Art. 5º XXXII, Constituição Federal de 88: 
 “Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo, ou geral, que serão prestados no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança 
da sociedade e do Estado...” 
        
              
 
 
 
                                
 
 
 
 
 
Senado Federal 
 
E  o  que  se  considera  Serviço  Público?    É  uma  atividade  exercida  pelo  poder  público  e 
dirigida para as necessidades essências da sociedade. Existem leis que determinam quais são os 
serviços mais importantes e que devem funcionar para todos, sem distinção.  
Portanto,  é  preciso  que  saibamos  sobre  a  importância  dos  serviços  públicos  e  de  que 
devemos fiscalizá-los, pois pertencem a todos e a cada um de nós. 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 min 
 
OBJETIVOS 
 
•  Debater  com  o  grupo  a  importância  de  alguns  Órgãos  Públicos,  considerando  o  prévio 
conhecimento dos participantes; 
•  Informar a existência, localização e função dos Órgãos Públicos mais utilizados, no dia a 
dia do cidadão. 
•  Estimular a exigência de um serviço de qualidade, de ser bem atendido e respeitado nos 
Órgãos Públicos.   

  84 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Fotos de alguns Órgãos Públicos; 
•  Cartazes especificando o nome e o endereço destes Órgãos Públicos. 
•  Corda de varal 
•  Prendedor de roupas; 
•  Canetas hidrocor; 
•  Panfletos informativos ( ver RECURSOS DE APOIO). 
•  Aparelho de som 
•  CD ou fita cassete com a música Pacato Cidadão do Skank.  
•  Bolinha de Tênis (pode ser qualquer outro objeto pequeno) 
•  Balas 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO: 
O orientador se apresentará ao grupo e explicará como desenvolverá a dinâmica. Estende a 
corda de varal e coloca os cartazes com os prendedores, de modo que fiquem com a face que 
contém o Órgão Público escondida. As outras faces devem ser, seqüencialmente, numeradas pelo 
orientador.  
 
2º MOMENTO: 
O orientador explica que o jogo funcionará como o da “batata quente”. Ao som da música a 
bolinha vai passando de mão em mão, quando a música parar, quem possuir a bolinha deverá 
escolher uma peça do varal e responder se conhece aquele órgão, se já o utilizou e se sabe qual 
sua função. Mesmo que a resposta não seja correta o participante deverá ganhar algum prêmio 
(balas).  Posteriormente,  o  orientador  deverá  apresentar  um  caso  concreto  relacionado  àquele 
Órgão, aproveitando para explicar sua utilidade. Cessada a explicação daquele Órgão, repete-se 
o procedimento, sucessivamente, até que todos os cartazes sejam descobertos. 
 
3º MOMENTO: 
Ao final da brincadeira, mostra-se o varal com as fotos e os respectivos nomes e endereços 
dos Órgãos Públicos, para que o grupo visualize os prédios e identifique os serviços prestados por 
cada Órgão. O orientador deve, nesse momento reforçar o que foi apresentado. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
Exemplos de casos: 
 
Defensoria Pública: Um homem está sendo acusado de ter cometido um crime, mas se não 
possuir dinheiro para pagar um advogado ele tem direito a um defensor público que será nomeado 
e pago pelo Estado.  
 
Assistência Judiciária Gratuita: Uma mulher quer entrar com uma ação de divórcio, mas 
não  tem  condições  financeiras.  Ela  deve  ir  até  esse  Órgão  e  será  atendida  por  alunos  das 
faculdades de direito, que com a devida orientação dos professores darão início à ação. 
 
Juizado  Especial  Cível: Dois  vizinhos  estão  discutindo  e  reclamando  a  respeito  do 
posicionamento de um muro. Como a questão tem um valor inferior a 20 salários mínimos eles 
devem procurar o Juizado Especial Cível para resolver esse problema. 
 
Conselho Tutelar: Uma dona-de-casa enxerga com freqüência seu vizinho espancando um 
menor de idade. Ela pode intervir denunciando-o ao Conselho Tutelar, para que sejam  tomadas 
as medidas necessárias. 
 

  85 
Polícia  Civil:  Um  homem  teve  sua  carteira  de  identidade  furtada.  O  que  ele  deve  fazer? 
Deve se dirigir até uma delegacia da Polícia Civil a fim de registrar uma ocorrência para que a 
polícia instaure inquérito e apure os fatos.  
 
Delegacia de Polícia para a Mulher: Uma dona-de-casa tem sido violentamente espancada 
por seu marido. Onde ela deve buscar ajuda? Ela poderá recorrer a Delegacia da Mulher, que irá 
apurar  a  denúncia,  abrindo  um  inquérito  que  será  remetido  ao  Poder  Judiciário,  através  do 
Ministério Público, que entrará com uma ação contra o agressor. 
 
PROCON: Um  estudante  comprou  um  ventilador  estragado.  Voltou  a  loja  e  não  teve  seu 
problema resolvido. Que atitude deve tomar? Deve procurar o PROCON de sua cidade a fim de 
defender seus direitos de consumidor. 
 
Posto  de  Identificação: Um  adolescente  de  15  anos  ainda  não  possui  carteira  de 
identidade.  Ele  pode  conseguir  o  documento  de  graça?  Sim,  ele  deve  se  dirigir  ao  Posto  de 
Identificação e conseguirá o documento gratuitamente. 
 
O orientador poderá acrescentar novos casos referentes a outros órgãos. 
 
Sugestão de panfleto explicativo para ser entregue 
 
      
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O tema Órgãos Públicos gera discussões, principalmente no que se refere à efetividade dos 
serviços  prestados.  Grande  parte  das  pessoas  não  acredita  que  problemas  enfrentados  no 
cotidiano possam ser resolvidos de forma muito rápida e simples. 
Cabe ao orientador desmistificar o acesso à justiça e aos demais Órgãos Públicos, além de 
transmitir a idéia de que os serviços públicos podem ser e, muitas vezes já são, bastante eficazes. 
A missão de tentar modificar o senso comum não consiste em tarefa fácil, portanto o orientador 
deve valer-se da legislação, de casos concretos e de recursos visuais para atingir seu objetivo. O 
orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos 
adquiridos,  pois  assim  estarão  contribuindo  para  a construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e 
participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros
 AGENTES  MULTIPLICADORES  DA 
CIDADANIA. 
 
 
Telefones e Endereços de Órgãos Públicos 
 
Defensoria Pública: 
Rua Dr. Cassiano, 152 
Fone: 225-9859 
Horário: das 08:30 às 17:30(2
a
. a 6
a
.) 
Promotoria de Justiça:
 
Rua Félix da Cunha, 630 
Fone: 225-7595 
Horário: das 08:30 às 18:30(2
a
. a 6
a
.) 
Assistência Judiciária:
 
Rua Almirante Tamandaré, 463 
Fone: 222-4918 
Horário: das 08:30 às 17:30(2
a
. a 6
a
.) 
Conselho Tutelar:
 
Rua General Osório, 914 Fone: 227-5313 / 
227-5613 / 91181661  (plantão) 
Horário: das 08:30 às 18:00 (2
a
. a 6
a
.) 
 

  86 
 
DINÂMICA – 24 
 
CONTEÚDO: Preservação do Patrimônio Público. 
 
Por que devemos cuidar do Patrimônio Público? 
 
Patrimônio  é  qualquer  bem  material  ou  moral  pertencente  a  uma  pessoa,  instituição  ou 
coletividade. 
Bem Público, em sentido amplo, são todas as coisas, móveis e imóveis, créditos, direitos e 
ações,  que  pertençam  a  entidades  estatais,  autárquicas,  fundacionais  e  empresas 
governamentais. 
 
Artigo 5
o
 da Constituição da República Federativa do Brasil: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
 
 
 
 
 
 
 
 
                    Preserve e cuide da escola. 
               Ela é sua!! 
 
Construções antigas são patrimônio da Humanidade. 
Portanto seus! Preserve-os também!!
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  50 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: até 12 anos 
 
OBJETIVOS
 
 
•  Perceber a importância do patrimônio público. 
•  Identificar o patrimônio público como sendo uma “coisa de todos”; 
•  Conscientizar de que todos nós devemos ter o interesse e a obrigação de zelar por ele e 
pela sua preservação, para que possamos usufruí-lo; 
•  Entender que preservar o patrimônio público é  uma forma de exercer a cidadania. 
 
MATERIAL NECESSARIO: 
 
•  Cartaz  com  a  figura  de  um  patrimônio  público,  por ex:  uma  praça  bem  limpa  e  bem 
cuidada; 
•  Quebra-cabeça,  a  ser  montado,  de  uma  praça  destruída,  suja,  com  arvores  quebradas, 
etc; 
•  Cartazes  com  informações  básicas  sobre  o  tema:  O  que  é  o  patrimônio  público?  Quem 
perde com a não conservação do patrimônio público?  
•  Fita adesiva para fixar os cartazes; 
•  Artigo 5
o
  da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.  
 
 

  87 
DESENVOLVIMENTO 
 
1
o
 MOMENTO:
 
O orientador estabelecerá uma conversa informal com o grupo a respeito da casa de cada 
um  e  perguntará:  -  O  que  fazemos  para  conservá-la? Jogamos  lixo  no  chão?  Riscamos  as 
paredes? Usamos outros locais, além do banheiro, para fazermos as necessidades fisiológicas? 
 
2
o
 MOMENTO:
 
O orientador prosseguirá o debate perguntando ao grupo: - Por que nós não fazemos essas 
coisas?  Por  que  nós  cuidamos  de  nossas  casas?  A  resposta,  provavelmente,  irá  referir-se  ao 
cuidado que temos por querermos ver o que é nosso bem cuidado, limpo e agradável de viver e 
se olhar.  
   
3
o
 MOMENTO:
 
O orientador  fixará um cartaz com a frase: - O que é o Patrimônio Público? - em local visível 
a todo grupo. Estimula-se uma breve discussão a fim de que todos falem, digam suas idéias a 
respeito do conteúdo do cartaz. 
 
4
o
 MOMENTO:
 
Um outro cartaz é fixado, preenchido apenas com quadrados, em branco, numerados como 
na figura: 
     1      2      3      4      5 
     6      7      8      9     10 
    11     12     13     14     15 
    16     17     18     19     20 
 
5
o
 MOMENTO: 
 
Os participantes do grupo receberão quadrados numerados que serão postos nos lugares 
conforme uma estória for sendo contada. Cada quadrado, numerado de um lado, terá do outro 
lado um pedaço da história. Por ordem numérica, os participantes terão que ler o que diz no seu 
cartão e, em seguida, colá-lo no espaço correspondente no cartaz, formando a seguinte estória: 
 
01. Era uma vez uma cidade chamada “Cinza”. 
02. E tinha esse nome tão pouco poético. 
03. Porque nessa cidade havia fábricas. 
04. Que não respeitavam a natureza. 
05. E poluíam o ar, deixando o céu assim, meio cinza. 
06. Havia árvores muito feias.  
07. Onde não se ouvia o canto dos pássaros. 
08. Porque o passatempo predileto dos meninos era atirar com bodoque. 
09. Matando os passarinhos nos ninhos que eram derrubados. 
10. Não  se  ouvia  o  riso  das  crianças  em  suas  brincadeiras,  pois  o  Fulano 
revoltado porque não tinha mais idade para fazer uso dos balanços, destruiu-
os.  
11. Ou será que foi Sicrano por pura maldade?  
12. Eis que vem chegando alguém cansado. 
13. Mas onde estão os bancos, para o seu descanso? 
14. Beltrano destruiu os bancos porque sempre achou que o que é público não é 
de  ninguém,  e  não  sabe  que  a  prefeitura  colocou  os bancos  ali  com  o 
dinheiro dos impostos que ele pagou. 
15. Alguém vem chorando, precisa de ajuda, precisa telefonar, 
16. Mas o telefone público está quebrado por alguém que fez isso por diversão. 
17. E o que vejo pelo chão? Flores? 
18. Não.  Vejo  lixo  do  Fulaninho  e  de  muitos  outros que  aqui  passaram  e 
deixaram uma lembrança. 
19. E  aqui  está  a  lixeira,  quebrada,  chutada  e  sem poder  ser    usada  como 
deveria. 

  88 
 
6
o
 MOMENTO:
 
O  orientador  colocará  um  cartaz  com  a  frase:  -  Quem  perde  com  a  não  conservação  do 
patrimônio  público?  Deixando  que  o  grupo  debata  e  se  perceba  quem  perde  com  a  não 
conservação e cada um de nós e a coletividade como um todo. 
Reforçar a explicação de que o patrimônio público é “de todos”, que é mantido pelo Estado, 
mas o povo deve colaborar, pois o Estado o mantém para o  uso de toda a comunidade. 
Aqui também deve ficar clara a idéia de que o  patrimônio público não se reduz a praças,  
parques, ruas, escolas, lagoas, hospitais, calçadas, postos de saúde, mas tudo o que seja de uso 
público. 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
A  Constituição  da  República  Federativa  do  Brasil,  no  seu  artigo  5
o
,  sobre  o  direito  à 
propriedade.  
Neste caso,  a  noção de  propriedade  se  identifica  com a  de  patrimônio  público, entendido 
como propriedade de todos, tendo o direito de usar e dever de cuidar, sendo este dever tanto do 
Estado como da comunidade em geral. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A história da cidade “Cinza” pode ser a história da cidade de qualquer um de nós. O Fulano, 
o  Beltrano  e  o  Sicrano aqui  são  imaginários, mas  em  nossas  praças,  escolas  e  ruas,  eles  tem 
nome e a destruição que eles fazem é real. 
Nunca devemos esquecer que no lugar daquele ancião poderia ser você que precisando de 
um  banco  para  descansar,  e  seria  muito  bom,  enquanto  você  estivesse  descansando,  ouvir  o 
canto dos passarinhos. 
Você  um  dia  pode  ser  a  mãe  ou  pai  daquela  criança  que  não  tem  um  balanço  na  praça 
porque alguém, talvez que você até conheça, o quebrou. 
Eu,  você,  ou  alguém  que  você  conhece,  gosta,  pode  ser  a  pessoa  que  precisa  daquele 
banco, que foi destruído. Ou até mesmo a pessoa que o destruiu pode precisar dele. 
E  se  alguém  tem  alguma  emergência  médica,  ou  precisa  chamar  a  polícia,  pode  ser 
prejudicada  pela  irresponsabilidade  de  alguém  que, por  puro  prazer,  destruiu  o  telefone  que 
poderia ajudar a salvar uma vida ou evitar uma tragédia. 
E aquela enxurrada, aquela chuva bárbara, que alaga, que causa enchente, muitas vezes 
não é culpa apenas do poder público, que se omitiu em construir escoamento e canaletes. Mas 
pode ser culpa daquele pequeno plástico ou papel jogado no chão, por um de nós, pela preguiça 
de  procurar  uma  lixeira  ou  levar  o  papel  até  em  casa,  pois  um  papelzinho,  multiplicado  pela 
população de nossa cidade, além de suja-la, pode ser o causador dessas enchentes. 
O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os 
conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade 
mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES 
DA CIDADANIA.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  89 
DINÂMICAS SOBRE ASSOCIAÇÕES ESTUDANTIS 
 
 
DINÂMICA - 25
 
 
CONTEÚDO: Associações Estudantis (Agremiações Estudantis) 
 
 
Organizando a Cidadania Na Escola 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Grêmio Estudantil é uma associação composta somente por estudantes e tem autonomia 
para representá-los dentro e fora da escola. 
A  principal  função  do  Grêmio  é  atuar  junto  à  diretoria  da  escola  na  discussão  de 
possibilidades de ações na escola e na comunidade, além de ser um espaço de aprendizagem, 
convivência e luta pelos direitos básicos dos estudantes. 
Seu  objetivo  é  contribuir  para  aumentar  a  participação  dos  estudantes  na  escola, 
organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que estes tenham voz 
ativa  e  participem  -  junto  com  professores,  coordenadores  e  diretores  –  da  programação  e  da 
construção das regras dentro da sua escola. 
Um  Grêmio  Estudantil  pode,  por  exemplo,  exigir  a  melhoria  na  qualidade  de  ensino  e 
participar de uma campanha para criticar um governante. É claro que o Grêmio pode, também, 
organizar festivais, excursões, publicações, mobilizações contra as decisões políticas, campanhas 
contra a violência, etc... Ele tem o potencial de integrar os estudantes, a escola e a comunidade. 
 
 
Artigo 53, inciso IV, Estatuto da Criança e do Adolescente: “Direito de organização 
e participação em entidades estudantis”. 
 
Constituição da República Federativa do Brasil, Capítulo III,que trata da educação  
 
Lei 7398 de 4/11/85: “Direito ao Grêmio”; 
 
 
Estudar é, também, participar! Assim se aprende a reivindicar direitos e cumprir deveres! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  40 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA:
 A partir dos 14 anos 
 

  90 
OBJETIVOS 
 
•  Conscientizar  os  próprios  formadores  da  importância  da  participação  na  política  das 
associações  estudantis  que  os  representam  em  suas  respectivas  Faculdades  e  na 
Universidade; 
•  Despertar a consciência e indignação com problemas que afetam a sociedade como um 
todo e a eles próprios enquanto estudantes; 
•  Enfatizar que é possível combater efetivamente males e carências que ocorrem na escola 
e na comunidade, através da organização dos estudantes em uma Associação Estudantil; 
•  Estimular  a  participação  em  uma  Associação  Estudantil  já  existente  na  escola  ou  na 
comunidade  e,  despertar  o  interesse  do  grupo,  fornecendo  subsídios  teóricos  dos 
primeiros passos da criação de uma Associação Estudantil. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Um Aparelho de som; 
•  Música:  “Até  quando?”-  Gabriel  O  Pensador  (ou  outra  que  a  substitua  e  que  seja 
compatível com o tema proposto acompanhada de cópia da  letra para cada membro do 
grupo); 
•  Cartazes com tópicos mais importantes do assunto; 
•  Cartolinas; 
•  Pincel Atômico; 
•  Resumo para ser entregue aos membros do grupo no final da dinâmica com destaque para 
os pontos mais importantes. (ex: panfletos com  “formação de um grêmio estudantil passo 
a passo”). 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Será feita  uma  reflexão inicial,  seguida  de  um  debate  sobre  os  problemas  que  afetam a 
escola, a comunidade e a sociedade como um todo, finalizando com uma breve exposição teórica 
do  assunto,  levando  em  consideração,  principalmente,  os  tópicos  levantados  durante  o  debate. 
Para ficar mais claro, as etapas serão as seguintes: 
 
1
o
 MOMENTO:
   
Apresentação do tema ao grupo e convite para o trabalho proposto; 
 
2ºMOMENTO:  
Solicitar ao grupo que disponha as cadeiras em semicírculo; 
 
3º MOMENTO: 
Entregar  uma  cópia  da  letra  da  acima  referida  música  a  cada  membro  do  grupo, 
procedendo, em seguida, a execução da música para que todos escutem e acompanhem; 
 
4º MOMENTO:  
Conceder um tempo (de 5 a 10 minutos) para discussão sobre o que o grupo entendeu a 
respeito da música; 
 
5
o
 MOMENTO: 
 
Organizar  um  levantamento,  a  ser  feito  pelo  grupo, sobre  os  problemas  e  carências  que 
afetam a escola, comunidade/bairro ou sociedade, e o que eles, enquanto estudantes e cidadãos, 
podem fazer para combatê-los: 
Com  auxílio  de  giz  e  quadro  negro,  escrever  de  um  lado  “Até  quando?”,  questionando  o 
grupo sobre o que eles acham que está errado e anotando no quadro as afirmações do grupo em 
forma de lista. No lado oposto escrever acima: - O que os estudantes podem fazer? anotando as 
respostas dos membros do grupo.  Se não houver quadro negro, as anotações podem ser feitas 
em cartolina ou papel pardo.  

  91 
A partir desse momento da dinâmica o orientador deve ser provocador, instigando o grupo a 
indignar-se com o que ocorre no mundo. 
 
6º MOMENTO:  
Realizar exposição teórica do tema proposto, aproveitando os debates feitos anteriormente 
e,  ao  final,  convidando  o  grupo  a  participar  ou  criar  uma  associação  de  estudantes  em  sua 
respectiva escola.  
 
 
 
RECURSOS DE APOIO 
 
FAÇA PARTE DE GRUPOS 
 
  Participar é importante para transformar. Se não estivermos satisfeitos com determinada 
situação devemos propor alternativas para sua transformação. Se estivermos satisfeitos com algo, 
podemos participar da sua divulgação e contribuir para que outras pessoas aprendam com nossa 
experiência. Isso é exercício de cidadania. 
  Por  isso  é  muito  importante  aprender  a  participar das  atividades  da  comunidade  e  da 
escola. E a melhor forma é participando, aproveitando as oportunidades ou criando-as. 
  Quanto mais estimularmos a colaboração e a solidariedade na comunidade e na escola, 
mais  estaremos  participando  da  construção  de  uma  cidadania  ativa,  consciente  e  responsável. 
Esse é o desafio de uma Associação ou Grêmio Estudantil. 
 
LEIS QUE REFORÇAM A EXISTÊNCIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL  
 
  As  atividades  das  associações  de  estudantes  devem buscar  promover  a  melhoria  da 
sociedade a partir da escola. Existem leis que garantem a participação em uma Associação ou 
Grêmio Estudantil como um direito de todos os estudantes. Em outras palavras, todo estudante de 
ensino  fundamental,  médio  e  de  escolas  técnicas  pode  montar  um  Grêmio  Estudantil  na  sua 
escola. Exemplos: 
“ Estatuto  da  Criança  e  do  Adolescente  (art.  53,  inciso  IV):  “direito  de  organização  e 
participação em entidades estudantis”;  
“ Lei 7398 de 4/11/85: “direito ao Grêmio”; 
“ Constituição da República Federativa do Brasil, Capítulo III, que trata da educação. 
 
Consta na lei que o Grêmio é livre e autônomo. Não precisa ter professor ou coordenador e 
nem autorização do diretor. 
 
 
FORMAÇÃO DE UM GRÊMIO ESTUDANTIL PASSO A PASSO 
 
1
O
 PASSO

 O  grupo  interessado  em  formar  a  Associação  comunica  a  direção  escolar,  divulga  a 
proposta  na  escola  e  convida  os  estudantes  interessados  e  os  representantes  de  turma  (se 
houver) para formar a COMISSÃO PRÓ-GRÊMIO. Este grupo discute e elabora uma proposta de 
estatuto que será discutida e aprovada pela Assembléia Geral. 
 
2
O
 PASSO:
 
A  Comissão  Pró-Grêmio  convoca  todos  os  estudantes  para  a  ASSEMBLÉIA  GERAL  dos 
estudantes. Nesta reunião decide-se o nome do Grêmio, o período de campanha das chapas e 
aprova-se o  Estatuto  do Grêmio. Nessa  reunião  podem  ser  definidos, também,  os membros da 
comissão eleitoral. 
 
 
 
 

  92 
3
O
 PASSO: 
Os  estudantes  se  reúnem  e  formam  as  chapas  que  concorrerão  á  eleição.  Elas  devem 
apresentar as suas idéias e propostas para o ano de gestão no Grêmio Estudantil. A Comissão 
Eleitoral promove debates entre as chapas abertos a todos os estudantes. 
 
4
O
 PASSO:
 
A Comissão Eleitoral organiza a eleição (o voto é secreto). A contagem dos votos é feita por 
representantes  de  classe,  acompanhados  de  representante  de  cada  uma  das  chapas,  e 
eventualmente,  dos  coordenadores  pedagógicos  da  escola.  No  final  da  apuração,  a  Comissão 
Pró-Grêmio deve fazer uma ata de apuração para divulgar os resultados. 
 
 
5
O
 PASSO

A Comissão Pró-Grêmio envia uma cópia da Ata de Eleição e do Estatuto para a direção 
escolar e organiza a cerimônia de POSSSE DA DIRETORIA do Grêmio (quem cuidará do que no 
Grêmio Estudantil).  
 
A cada ano, reinicia-se o processo eleitoral a partir do 1
o
 PASSO. 
 
 
“Nunca  duvide  que  um  pequeno  grupo  de  cidadãos  pensantes  e  comprometidos 
possa mudar o mundo: na verdade, a única coisa que já mudou o mundo foi isso.” 
 
                                                                                                                        Margaret Mead 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Caso haja real interesse do grupo em participar de uma associação estudantil já existente, 
ou
 fundar uma nova associação estudantil, os orientadores devem colaborar fornecendo subsídios 
teóricos  e  auxiliando  nos  primeiros  passos.  O  orientador  deverá  ressaltar  aos  participantes  a 
importância de multiplicarem os conhecimentos adquiridos, pois assim estarão contribuindo para a 
construção  de  uma  sociedade  mais  justa  e  participativa  e  estarão  agindo  como  verdadeiros 
AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  93 
DINÂMICAS  SOBRE DIREITO DE FAMÍLIA 
 
 
DINÂMICA - 26
 
 
 
CONTEÚDO: Direito de Família. 
 
 
 Jogo do Tabuleiro 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A família constitui a base da sociedade, de modo que, sua  desorganização, pode tender ao 
caos social, ou seja, nos estados onde a instituição é preservada, verifica-se uma ordem social 
melhor estabelecida, de modo que tem sido observado que quanto maior a desagregação familiar, 
pior a vida em sociedade. 
  Em função desta forte influência sobre as relações e estruturas sociais, mesmo de maneira 
indireta,  e  na  vida  de  todos  os  indivíduos,  torna-se  imprescindível  existir  um  ramo  jurídico  que 
tutele as relações familiares, auxiliando-as de maneira eficaz, para que as situações conflitantes 
sejam resolvidas. 
  Foi acreditando que não basta a positivação dos direitos para um pleno fortalecimento da 
instituição família, que foram criados métodos para a difusão na comunidade de conhecimentos 
básicos referentes ao tema, possibilitando o fortalecimento da família e da cidadania. 
 
Artigo 226 da Constituição Federal de 88 “A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado”. 
 
 
 
                         
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  40 minutos. 
 
FAIXA ETÁRIA: Livre. 
 

  94 
OBJETIVOS 
 
•  Expor  ao  público  a  importância  que  o  tema  possui  na  estrutura  das  relações  de  todos  os 
indivíduos em sociedade.  
•  Esclarecer  a  comunidade  sobre  a  solução  de  questões,  referentes  ao  tema,  que  surgem 
diariamente no convívio social.  
•  Promover  uma  compreensão  genérica,  de  modo  que  o  grupo  obtenha  um  conhecimento 
básico sobre o assunto, mas também uma assimilação específica no que diz respeito a certas 
áreas, tais como: casamento, união estável, pensão de alimentos e filiação. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Papel pardo (cartolinas ou folhas de papel ofício); 
•  Pincéis coloridos; 
•  Um dado grande;  
•  Fita adesiva; 
•  Tesoura; 
•  Com este material o grupo expositor deverá confeccionar um caminho (tabuleiro gigante) que 
será fixado no chão para que as equipes o percorram. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1º MOMENTO:  
Primeiramente  os  orientadores  deverão  se  apresentar,  informando  ao  público  seu(s) 
nome(s) e o que será objeto do trabalho a ser realizado, fazendo uma breve introdução do tema. 
 
2º MOMENTO: 
Para o início da atividade deve-se dividir o público em duas equipes, cada uma escolhendo 
seu representante, que, através de disputa de par ou impar, decidem quem começa o jogo. 
 
3º MOMENTO: 
O grupo que vencer esta disputa lança o dado e o número resultante corresponde à quantia 
de casas que deverão ser percorridas pelo representante desta equipe. 
 
4º MOMENTO: 
No local onde o representante da equipe parar terá indicado um assunto (que determinará o 
conteúdo da pergunta a ser feita para a equipe responder) e um número de casas. Caso acertem 
a resposta, o líder avançará a quantia indicada, do contrário retrocede a mesma quantia de casas. 
 
5º MOMENTO:  
Vence a competição a equipe que acabar primeiro o percurso. 
 
 
 
RECURSOS  DE APOIO 
 
Exemplos de Perguntas: 
  
Alimentos: 
 
1-  O que significa ter direito a alimentos? 
a)  É  ter  direito  de  receber  apenas  uma  alimentação boa,  ou  seja,  poder  comer  arroz,  feijão  e 
carne. 
b)  Significa  ter  direito  a  tudo  aquilo  que  é  considerado  necessário  para  sobreviver  de  uma 
maneira digna e saudável, ou seja: saúde, educação, alimentação. 
 

  95 
2-  Quem pode reclamar alimentos e quem tem obrigação de prestá-los? 
a)  Qualquer pessoa que tenha dinheiro tem obrigação de prestar alimentos a outro que precise, 
mesmo não existindo entre elas nenhum vínculo familiar.   
b)  Em geral quem tem esta obrigação são os parentes reciprocamente e por ordem de sucessão; 
os  cônjuges  e  os  concubinos,  desde  que  se  comprove a  necessidade  de  um  e  a 
disponibilidade do outro. 
 
3-  O que é preciso verificar para determinar que uma pessoa preste alimentos a outra? 
a)  É  necessária  a  obrigação  legal  de  prestação  de  alimentos  por  parte  de  alguém,  sendo  que 
deve ser verificada a necessidade daquele que pede alimentos e a disponibilidade do outro em 
prestá-la. 
b)  Não  é  preciso  comprovar  nada,  desde  que  você  encontre  uma  pessoa  que  tenha  dinheiro, 
podem ser pedidos alimentos a esta. 
 
4-  João é um velhinho de 70 anos e não tem condições de se sustentar, sendo que possui um 
único filho que é um jogador de futebol muito famoso, mas não se importa com o pai. Pode 
João pedir alimentos ao filho? 
a)   Não, afinal os alimentos podem ser requeridos apenas pelo filho. 
c)  Sim,  pois  neste  caso  eles  são  parentes  e  está  comprovada  a  necessidade  de  um  e  a 
disponibilidade do outro, que possui um meio de sobrevivência. 
 
União Estável e Casamento 
 
1-  Qual a diferença entre união estável e o casamento? 
a)  Eles  são  iguais,  ou  seja,  ambos  são  realizados  no  cartório  obedecendo  todos  os  trâmites 
legais. 
b)  O casamento é realizado no cartório, enquanto a união é a junção de um casal sem cerimônia 
legal cumprida, porém ambos são reconhecidos pela constituição como entidade familiar. 
 
2-  Que relação pode ser considerada como  união estável? 
a)  A união de um casal que seja pública, duradoura e com o intuito de constituir família. 
b)  Aquela relação entre um homem e uma mulher que namoram há muito tempo, e se vêm de 
vez em quando. 
 
3-  Quem vive em união estável tem algum direito? 
a)  Não, pois esta instituição não é reconhecida pela lei. 
b)  Sim, pois a Constituição reconhece este tipo de relação como entidade familiar. 
 
Filiação 
 
1-  Para o Direito existe diferença entre os filhos havidos do casamento e os outros? 
a)  Não,  a  constituição  equipara  os  filhos  em  direitos  e  deveres,  proibindo  a  distinção  entre 
aqueles advindos do matrimonio e os demais. 
b)  Sim, afinal os filhos do casamento devem ter mais direito que os demais. 
 
2-  O que pode acontecer se o pai não quer reconhecer voluntariamente um filho? 
a)  Se o pai não quer, não tem como o filho ser reconhecido. 
b)  Parte-se  para  o  reconhecimento  judicial,  que  através  de  uma  investigação  de  paternidade 
determinará se o indivíduo é o pai. Se este se recusar a fazer o exame de DNA, presume-se 
que ele seja o pai. 
 
...”Que a família comece e termine sabendo onde vai, 
e que o homem carregue nos ombros a graça de um pai, 
que o casal seja um céu de ternura, aconchego e calor; 
e que os filhos conheçam a força que brota do amor!” 
 
(Padre Zezinho) 

  96 
Legislação a ser consultada: 
 
-  Constituição Federal de 1988, artigo 226. 
-  Código Civil, livro l – Do Direito de Família 
-  Manual de Direito de Família – Caio Mário da Silva Pereira 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Esta dinâmica geralmente possui uma boa aceitação por parte do público, pois proporciona 
que os participantes aprendam questões relativas ao tema de modo bastante descontraído. 
As perguntas a serem aplicadas podem variar de modo que se pode optar entre formular 
novas questões  relativas  a apenas  um  dos  tópicos,  como também  implementar áreas  diversas. 
Porém  é  preciso  uma  prévia  observação  do  público  alvo  para  optar-se  entre  uma  ou  outra 
abordagem. O direito de família é um assunto amplo que exige estudo, pois em atividades como 
esta surgem muitos questionamentos para os quais o animador deve estar habilitado. O orientador 
deverá  ressaltar  aos  participantes  a  importância  de multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos, 
pois assim estarão contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e participativa e 
estarão agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

  97 
DINÂMICA – 27 
 
CONTEÚDO: Normas e Considerações sobre União Estável. 
 
União Estável – O Casamento do Novo Milênio 
 
INTRODUÇÃO 
 
O Direito de Família é um ramo que envolve a sociedade em geral, pois apesar das diversas 
formas de composição das famílias, todos procedem e vivem quase sempre em um grupo familiar. 
Assim, pela importância do tema, o Estado protege a referida instituição. 
A instituição familiar sofreu reformulações a medida em que se aperfeiçoou a democracia, 
gerando  igualdade  entre  homens  e  mulheres,  reforçando-a  no  tratamento  aos  filhos,  não 
importando o tipo  de relação entre  os pais.  Na Constituição  Federal, em seu artigo 5º  -  I  , não 
mais  se  admite  funções  diferenciadas  no  interior  da  família,  como  aquelas  que  atribuíam  ao 
homem a chefia da sociedade conjugal e a mulher o comando do “governo” doméstico. 
Além disso, é importante observar no artigo 226 da Constituição Federal de 1988 caput, o 
termo  família  abrange  tanto  aquelas  formadas  pelo  casamento,  como  também  situações 
comunitárias ou grupos de parentes análogos à família oriunda do matrimônio consubstanciado na 
união de fato (artigo 226 §3º), na família natural, fundada no fato procriação (artigo 226 §1º) e na 
família adotiva (adoção por pessoa não casada). 
O  Direito  de  Família  disciplina  uma  nova  forma  de  sociedade  familiar,  ou  seja,  a  União 
Estável que é aquela consolidada pelo convívio duradouro, público e contínuo de um homem e 
mulher, com o intuito de constituir família (lei 9278/96 artigo 1º). 
 
 
 
 
 
Artigo 226 Constituição Federal de 88: “A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado”. 
§3º - “Para efeito da proteção do estado, é reconhecida a união estável entre o homem 
e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. 
 
 
 
 
TEMPO DE DURAÇÃO:  20 minutos 
 
FAIXA ETÁRIA: livre 
 
OBJETIVOS 
 
•  Difundir  na  comunidade  noções  básicas  de  Direito  de  Família,  enfocando  o  tema  relativo  a 
União Estável. 

  98 
•  Informar que a lei reconhece e regulamenta a União Estável, mesmo àqueles que vivem sob 
este regime sem conhecê-lo. 
•  Divulgar os dispositivos cabíveis para solucionar problemas de partilha, separação e demais 
questões relativas ao tema. 
•  Proporcionar  informações  sobre  questões  como  a  guarda  dos  filhos,  pensão  alimentícia  e 
divisão de bens. 
 
MATERIAL NECESSÁRIO: 
 
•  Cartolinas (da cor que desejar); 
•  Canetas coloridas (canetinhas, pincéis, lápis de cor etc); 
•  Palitos grandes de churrasco (cinco); 
•  Tesouras; 
•  Colas; 
•  Um lençol de casal escuro;  
•  Constituição Federal de 1988 e lei 9278/96. 
 
Utilizando-se  deste  material  os  formadores  deverão criar  fantoches  (5),  sendo  que  cada 
componente do grupo representará um determinado personagem da história  a ser encenada. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1ºMOMENTO: 
O grupo expositor se apresenta para a comunidade, explicando qual será o tema abordado 
neste encontro, fazendo em seguida  uma  breve  introdução, demonstrando  o  conceito  de  União 
Estável, sua previsão na legislação e qual tratamento recebido antes da atual constituição. 
 
 
 
2º MOMENTO: 
Posteriormente,  explica-se  que  a  atividade  a  ser  desenvolvida  consiste  num  teatro  de 
fantoches, relacionado ao tema União Estável, cujos personagens são: 
 
-  André (namorado de Florinda); 
-  Florinda; 
-  Flavinho (inicialmente um bebê e posteriormente um menino de oito anos); 
-  Dr. Jorge (juiz de direito); 
 
O nome dos personagens pode ser alterado conforme a vontade do grupo. 
 
3º MOMENTO:  
Cada formador fará a interpretação de um dos personagens, sendo que ficarão escondidos 
atrás do lençol, sustentado por dois voluntários, de maneira que só apareçam os fantoches em 
cena.  
  
4º MOMENTO:  
A história interpretada é a de um casal de namorados (Florinda e André), ela é estudante e 
ele vendedor. Após um período de envolvimento descobrem que a moça está grávida e por este 
motivo decidem morar juntos, ou seja, começam a ter uma união estável. 
Após  o  filho  nascer  Florinda  abandona  a  escola  e  passa  a  se  dedicar  do  filho  e  do 
companheiro (André), que por sua vez decide construir uma casa para a família morar. 
O tempo passa, Flavinho é um menino de oito anos, a casa está pronta e eles compram um 
automóvel.  Porém,  começam  as  brigas  e  discussões  que  abalam  a  vida  do  casal,  gerando  a 
separação. 
Surgem dúvidas sobre como ficarão as coisas, pois não casaram no civil, mas moravam há 
algum tempo juntos; decidem, então, procurar um juiz de direito (Dr. Jorge). 

  99 
O  juiz  esclarece  ao  casal  que  a  relação  tida  por  eles  era  de  União  Estável,  sendo  esta 
reconhecida pela atual Constituição, gerando assim diversos direitos. Orienta-os a entrar com uma 
ação de reconhecimento e dissolução de União Estável, incluindo partilha de bens. 
Florinda  questiona  qual  parte  dos  bens  terá  direito,  pois  apenas  exercia  os  serviços 
domésticos, não ajudando assim na aquisição dos bens. 
O juiz explica que através da realização deste tipo de serviço ela contribuiu para a obtenção 
de tal patrimônio. Desta maneira, se dissolverá a União Estável e o juiz determinará que a casa 
fique  com  Florinda,  pois  esta  não  trabalha  e  precisa  de  um  lugar  para  ficar,  devendo  André 
permanecer com o carro e pagando uma pensão para Flavinho e Florinda todos os meses. 
Assim eles resolveram seus problemas e poderão reiniciar suas vidas. 
      
OBS: O conteúdo do texto pode ser modificado e dependerá da criatividade de cada grupo que 
trabalhe o tema proposto por esta dinâmica.  
 
RECURSO DE APOIO 
 
“A família é um fato natural. Quando um homem e uma mulher se reúnem sob um mesmo 
teto em torno de um pequenino ser, ali está uma família. Passou por lá um juiz com sua lei, ou o 
padre com seu casamento?  
O que importa isso? O convencional não tem força para apagar o natural”. 
                                                       (Virgílio de Sá Pereira) 
 
 
Legislação a ser consultada: 
 
•  Lei 8971/94 
•  Lei 9278/96 
•  Artigo 226 Constituição Federal de 88; 
•  Manual de Direito de Família – Caio Mário da Silva Pereira; Silvio Rodrigues. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Encerrando-se  o  teatro,  é  necessário  que  os  animadores  incitem  o  público  a  questionar, 
propondo problemas diários referentes ao tema e elucidando sobre os mesmos. 
O tema abordado nesta dinâmica exige uma série de conhecimentos sobre o assunto de modo 
que são pontos primordiais a serem tratados os seguintes: 
 
-  Para  que  tenhamos  União  Estável  é  necessária  a  comprovação  de  que  se  trata  de relação 
pública, duradoura e contínua, de um homem e uma mulher, com o intuito de constituir família. 
  
-  Para tratar de questões referentes à União Estável a competência é da Vara de Família. 
 
-  Quando  o  casal  decide  separar-se  é  necessário  entrar  com  ação  de  reconhecimento  e 
dissolução de União Estável.  
 
-  O  regime  de  divisão  de  bens  adotado  pela  lei  é  o parcial,  ou  seja,  tudo  que  foi  adquirido 
durante  o  relacionamento  será  dividido  entre  ambos,  porém,  aquilo  que  adveio  de  patrimônio 
anterior à união fica com seu possuidor inicial. 
 
O texto base apresentado para criação das falas pode ser implementado com estes tópicos, 
para que se possa solucionar o maior número de dúvidas possível. O orientador deverá ressaltar 
aos  participantes  a  importância  de  multiplicarem  os  conhecimentos  adquiridos,  pois  assim 
estarão contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e participativa e estarão 
agindo como verdadeiros
 AGENTES MULTIPLICADORES DA CIDADANIA.