Apresentação
Setenta anos de história! E que história...
E
ssa pérola encravada nas montanhas da Mantiqueira, adornando a
Cidade das Rosas, celebra sete décadas de glórias formando a juventude
brasileira, acalentando o sonho dourado de quase-crianças idealistas que
intentam conquistar os céus.
Escola Preparatória de Cadetes do Ar, a visão bela e surreal de quem se depara
com a sua imponente fachada, sente estar de frente com uma imagem indescritível,
linda... muito linda.
O seu pátio da bandeira, suas salas de aula, seus alojamentos, laboratórios,
biblioteca, praça de esportes, seus muitos ambientes guardam tantas e tantas
conversas, esperanças, saudades, alegrias, choros, devaneios, sacrifícios.
Quantos por ali passaram, alunos, professores, instrutores, convivendo com
jovens ansiosos, preocupados, trocando o convívio diuturno com os familiares,
pela busca do futuro, de uma profissão digna. Todos estiveram presentes em
cada momento, as suas maneiras, em algum cantinho da Escola, espreitando,
participando, contribuindo, se fazendo importantes.
Os toques de alvorada e de silêncio não são para ela, mas sim para quem vive nela.
Ela não dorme, logo, não acorda, está sempre desperta, como uma eterna sentinela
do saber, pronta para proteger os seus alunos como uma mãe, que, mesmo com os
olhos cerrados na madrugada, está sempre atenta, guardando as suas crias.
A excelência do conhecimento ali transmitido e absorvido pode se assemelhar
a de algumas poucas entidades existentes no País, mas o maior ensinamento
disseminado, a sua própria essência, é matéria singular da soberana EPCAR:
formar cidadãos.
Camaradagem, espírito de corpo, união, companheirismo formam a parte
principal do currículo da Escola, transmitido pelos exemplos, pelo ombro-a-ombro,
pelas lágrimas, pelos sorrisos, pelo suor, pelas noites mal dormidas, formando mais
do que futuros cadetes, mas gente brasileira de caráter.
A memória daqueles inesquecíveis dias nunca se apagará, porque não é chama,
mas fogo eterno, que transmite o calor da emoção e da perenidade.
Quem por ela passou, nunca a esquecerá, ansiando por voltar a cada dez anos,
na tradicional reunião da sua turma, patrimônio cultural imaterial da Força Aérea,