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FelipeNoeldeAredeSil 123 views 8 slides Jul 19, 2022
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About This Presentation

Apresentação de trabalho de Tópicos Especiais-Filosofia
DRE: 119158471


Slide Content

Estoicismo
de Marco
Aurélio
Felipe Noel de Arede Silva
119158471
Tópicos Especiais-Filosofia
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Comunicação Visual Design

Biografia
Nascido em 26 de Abril de 121 d.C, Roma, Itália, Marcus Aurelius Antoninus Augustus advém da
nobreza, filho de Marcus Annius Verus III, político Romano, e Domitia Lucilla Minor, herdeira de uma
grande fortuna de olarias e manufatura de tijolos, proporcionando amplos recursos em sua criação.
Aos 3 anos, se tornou órfão e foi adotado e criado por seu avô paterno, Marcus Annius Verus I,
cônsul e prefeito de Roma, em conjunto com seu bisavô materno, proporcionando educação por
diversos mestres e oradores gregos, tendo como seu primeiro tutor, Diogneto, que o introduziu à
filosofia aos 11 anos, fato este de grande influência em seu comportamento e pensamento daí em
diante.
Ao florescer de sua maturidade, o então imperador e grande amigo de Marcus, Publius Aelius
Hadrianus, devido a uma crise hemorrágica, anunciou como herdeiro ao cargo Lucius Ceionus
Commodus em 135 d.C, em concomitância ao arranjo matrimonial, por Hadrianus, entre Marcus e
Ceionia Fabia, filha do recente Caesar. No entanto, a súbita morte hemorrágica de Lucius três anos
depois levou a Hadrianus a apontar Titus Aurelius Fulvus Boionius Arrius Antoninus como sucessor
sob as condições de este adotar Marcus e Lucius Verus, filho do falecido Caesar. Sob tais
circunstâncias, o casamento anterior de Marcus foi invalidado para que ele começasse seu
compromisso com a filha de Antoninus, Annia Galeria Faustina Minor (Faustina, a Jovem),
casamento fértil e duradouro que ocorreu no ano de 145 d.C, futuramente possibilitando a
ascensão de Aurélio.
Durante o governo de Antonino, Marco Aurélio continua seu aprimoramento intelectual,
tornando-se aluno de Marco Cornélio Frontão, gramático e advogado, Herodes Ático, aristocrata
ateniense e sofista, e Apolônio de Calcedônia, filósofo que o aprofundou ao estoicismo. Mesmo
Lucio recebendo uma educação esmerada, Marco ainda era considerado a opção favorável à
sucessão de Antonino, algo consolidado em 161 d.C em sua cama de morte.
Ao receber todos os poderes concedidos pela posição de imperador, Marco solicitou ao Senado a
dividir o título de imperador com Lucio, a pedido do falecido Antonino, cenário improcedente em
Roma.
Figura 1: Busto de Marco Aurélio
Fonte: Wikipedia


Disponível em:
<https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarcoAurelio.png>
Acesso em: 13 de Julho. 2022

Biografia
O início do novo governo foi marcado por grande popularidade por parte de Marco Aurélio,
mesmo não sonhando ser imperador, reconheceu e aceitou seu destino de forma resignada,
colocando em prática os idéias estóicos na administração e jurídica de Roma, diminuindo as
punições e condições dos escravos, mantendo consonância aos imperadores de outrora e
liderando o Senado sem diminuir a opinião de seus integrantes. Por outro lado, Lucio Vero
liderava as campanhas militares, combatendo os Partos na Síria entre 162 e 166 d.C, evento
que marcou o início dos tempos turbulentos do Império, trazendo a Peste Antonina e
constantes guerras fronteiriças.
Durante a guerra travada contra os Germânicos em Danúbio, Lucio Vero é acometido pela
Peste Antonina, o levando à morte em 169 d.C, aumentando o número de obrigações
governamentais e o encabeçamento do exército por parte de Marco. Na mesma época e
região, o livro “Meditações”, uma coleção de dissertações filosóficas e anotações diárias de
Marco Aurélio, é escrito em grego, um dos mais importantes documentos e expoentes do
estoicismo, é escrito durante os embates contras os bárbaros da Germânia.
De 176 até 180 d.C, seu filho Commodus governou juntamente a seu pai, até sua morte por
causas naturais na região de Danúbio aos 58 anos, sendo sucedido por seu primogênito,
marcando assim a história romana como não só o último dos bons imperadores, como
também do imperador filósofo.
Figura 2: Busto de Lucius Verus
Fonte: Freepng
Disponível em: <https://www.freepng.es/png-ymo6wy/> Acesso em: 14 de
Julho de 2022

Sobre “Meditações”
Figura 3: Capa de “Meditações”
Fonte: MagazineLuiza
Disponível em:
<https://www.magazineluiza.com.br/livro-meditacoes/p/bd
852bab8k/li/lifs/>
“Meditações” é uma coletânea de 12 pequenos livros que contém
as anotações de Marco Aurélio escritas durante seus últimos 10
anos de vida, escritas começadas durante a campanha em Danúbio,
servindo basicamente um diário sobre as reflexões de orientação
estóica, composta muitas vezes por poucas frases ou parágrafos
divididos em tópicos que abrangem diversos temas, tais como o
valor da racionalidade, fidelidade a sociedade e seus costumes, os
conceitos de dever e destino, a espiritualidade e entre outros. É
importante notar a honestidade e humildade no qual Aurélio se
refere a si mesmo, não como imperador e filósofo, mas sim em um
homem observador e agente dos acontecimentos em volta,
baseando-se em seus professores e figuras que ele considerava
acima de si mesmo.
A publicação do livro, lembrando que foi compilado de forma não
cronológico pelo próprio autor sobre o nome “Para si mesmo”,
continua sendo um mistério, tendo menções históricas e apenas
sendo publicado em 1558 em Zurique por Wilhelm Holzmann,
tendo o manuscrito original dessa edição perdido.

Culto aos ancestrais
e aos deuses
Nossos progenitores, nossos pais, avós e nossos antepassados
de forma geral são responsáveis pelo meio em que vivemos,
ambos no sentido coletivo e individual, herdando deles todas as
nossas virtudes e pecados que antes estavam presentes nos
que outrora viveram na terra e morreram nesta.
Consequentemente, os deuses são de máximo respeito e fé,
independente de sua existência, não por superstição ou lei, mas
sim pelo fato de providenciaram tudo que se há na
materialidade e espiritualidade, seja elas o que consideramos
como tragédia ou benção, ambas nos formando como seres
pensantes e sociais em consonância à Providência, a ação divina
e racional que guia todas as coisas e eventos, essencialmente
proporcionando a capacidade de nos prevalecer acima dos
outros animais.

Tal como os deuses e a Providência são, a Lei Natural
está acima de qualquer construção legal que o
homem cria, de certa forma legislando a todos os
homens, oferecendo uma dignidade inata e imutável
a eles, pois no final todos sofrem do mesmo destino
independente da fortuna ou nascença, à morte. Tal
fator demonstra a verdadeira justiça presente em tal
conceito, pois é sua aplicabilidade total que difere das
justiças mundanas, não diferenciando a ninguém e
chegando a conclusão racional de toda existência
material, da entropia e retorno para qual se originou,
seja para o pó, átomos ou o sopro divino, se reunindo
a essência primária e julgado por nossas ações em
vida.
Assim sendo, para seguir a boa conduta é preciso agir
baseados nos preceitos da maior ordem, conservando
o tecido social.
A Lei Natural e a Racionalidade

Tal como a morte, todas as coisas e eventos que vimos como
barreiras e empecilhos a serem superados ou destruídos são
constantemente presentes na vida terrena, ocorrendo
independentemente de nossos anseios, ou seja, sua existência é
determinada por fatores fora do escopo humano. Então, a
preocupação sobre tais fatores é nada mais que uma dor
desnecessária, um fardo carregado que desconsidera a natureza
efêmera da vida e a eternidade do espírito.
E quanto às inimizades e embates que ocorrem entre conterrâneos
ou estrangeiros? Mesmo que tais conflitos sejam resultado de
outrem, é sempre preciso pensar sobre os meios nos quais si
mesmo lida com seus problemas individuais, visando o que é
melhor para si e consequentemente a outros, constantemente
pensando no que se pode fazer ou invés no que pode ocorrer.
Como mencionado anteriormente, a natureza efêmera nos faz
lembrar de nossa alma, esta que permanece eterna no mundo, de
forma literal ou metafórica, o indivíduo, ou seu semblante,
sobrevive por gerações por meio de seus feitos em vida,
salvaguardado pela memória e histórias.
Memento Mori à aceitação
Figura 4: Renderização artística da Morte
Fonte: PNGwing
Disponível em:
<https://www.pngwing.com/tr/free-png-vvobn/download>

Referências
-ANDRÉ, Eduardo. MARCO AURÉLIO – O IMPERADOR-FILÓSOFO. HISTÓRIAS DE ROMA. Disponível
em: <https://historiasderoma.com/2021/04/26/marco-aurelio-o-imperador-filosofo/>. Acesso em:
16 jul. 2022.
-Biografia de Marco Aur�lio, o imperador fil�sofo. Netsaber.com.br. Disponível em:
<http://biografias.netsaber.com.br/biografia-1698/biografia-de-marco-aurelio--o-imperador-filoso
fo>. Acesso em: 16 jul. 2022.
-CLAUDIO, Luiz. Marco Aurélio Descomplicado: Biografia e Filosofia - Nau dos Loucos. Nau dos
Loucos. Disponível em:
<https://naudosloucos.com.br/marco-aurelio-descomplicado-biografia-e-filosofia/>. Acesso em: 16
jul. 2022.
-DILVA FRAZÃO. Biografia de Marco Aurélio - eBiografia. eBiografia. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/marco_aurelio/>. Acesso em: 16 jul. 2022.
-Marco Aurélio. Uol.com.br. Disponível em:
<https://educacao.uol.com.br/biografias/marco-aurelio.htm>. Acesso em: 16 jul. 2022.
-HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/SOCIENTIFICA. SoCientífica. SoCientífica. Disponível em:
<https://socientifica.com.br/marco-aurelio-o-ultimo-dos-bons-imperadores-romanos/>. Acesso
em: 16 jul. 2022.
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