EXAME QUÍMICO
•Método de pesquisa
das substâncias
químicas da urina pela
utilização de reagentes
específicos.
TIRA DE URINA
•Suporte plástico
•Formado de almofadas contendo reagentes ou
sistemas de reagentes para a pesquisa de
certas substâncias químicas ou provenientes de
estruturas celulares.
•O produto da reação é uma cor, de intensidade
proporcional à quantidade da substância
química ou estrutura celular presente na
amostra.
•As cores
resultantes são
interpretadas
comparando-se
com a tabela
cromática
fornecida pelo
fabricante.
Essas tiras são um meio simples e rápido
de realizar dez ou mais análises
bioquímicas clinicamente importantes: pH,
proteínas, glicose, cetonas, sangue,
bilirrubina, urobilinogênio, nitrito,
leucócitos e densidade.
ARMAZENAMENTO
•Recomenda-se que o frasco contendo a
tira de urina seja armazenado conforme
as informações de cada fabricante. De
uma maneira geral é recomendado
mantê-lo fora do alcance de iluminação
direta, bem fechado e com proteção
contra a umidade.
CONTROLE DE QUALIDADE
•Recomenda-se que o laboratório clínico
avalie o desempenho da tira reagente antes
de efetuar a compra e do primeiro uso.
•Recomenda-se ao laboratório clínico, o claro
entendimento das reações falso positiva ou
falso negativa, quanto a sua manifestação e
ao tipo recurso para minimizar o
aparecimento ou para solucionar esta
limitação.
•Utilizar sempre que possível, controles
para avaliação da reatividade da tira.
RESUMO DOS TESTES COM TIRAS
REATIVAS
•Guardá-las com dessecante em um
recipiente opaco e bem fechado.
•Guardá-las em lugar fresco mas não
refrigerado.
•Não as expor a vapores voláteis.
•Não usar depois do período de validade.
•Usar no período de seis meses depois de
abertas.
•Não usar as tiras reativas que tiverem
perdido a cor.
•Utilizar sempre que possível um controle
positivo e negativo conhecido.
•Abrir o frasco apenas para a retirada da
tira reagente e fechá-lo imediatamente.
•Retirar a quantidade necessária de tira
reagente de uma só vez e utilizá-la o mais
breve possível após a retirada do frasco.
•Não tocar a almofada reagente com
instrumento de metal e caso necessário,
empregar uma pinça de plástico.
•As dimensões da área de cada almofada
não devem ser alteradas, pois
comprometerá a reação química que nela
ocorre, a sua interpretação e
consequentemente o resultado da
amostra do paciente.
TÉCNICA
•Misturar bem a amostra.
•Mergulhar as tiras completamente mas
por breve tempo na amostra.
•Retirar o excesso de urina enquanto a tira
vai sendo retirada da amostra e usar um
papel absorvente.
•Comparar as cores da reação com a
tabela do fabricante com boa iluminação e
no momento determinado.
INTERPRETAÇÃO DA REAÇÃO
•Observar a ordem de apresentação da
almofada da tira reagente; nem sempre
corresponde a ordem de leitura da
reação.
•O tempo necessário para que a reação
ocorra e possa ser interpretada .
•Sempre que possível o laboratório clínico
deve optar pelo processo de leitura da
reação através de um equipamento.
AUTOMAÇÃO
•Os instrumentos existentes no mercado
são: Clinitek e Atlas, Chemstrip Urine
Analyser e Rapimat II.
•O instrumento mais sofisticado para a
análise automatizada é o Yellow IRIS.
FIM
Densidade
•Não é recomendável substituir a osmometria
ou a refractometria pelas tiras no exame de
líquidos biológicos vitais.
Padronização do Exame de Urina
Rotina Análise Física
•Densidade : 1,010 a 1,030
pH
•Os pulmões e rins são os principais
reguladores do equilíbrio ácido-básico do
organismo.
•A regulação se dá pela formação de
hidrogênio na forma de íons amônio, de
fosfato de hidrogênio e de ácidos
orgânicos fracos e pela reabsorção de
bicarbonato do filtrado dos túbulos
contorcidos.
•Valores normais variam de 5,0 a 6,0
(primeira urina da manhã) e de 4,5 a 8,0
(colhidas ao acaso).
•Não existem valores normais para pH
urinário, seu valor deve ser considerado
em conjunto com outras informações do
paciente ( valor do equilíbrio ácido-básico
do sangue, função renal do paciente,
presença de infecção no trato urinário,
ingestão de alimentos e tempo após a
coleta.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Ajuda a detectar possíveis distúrbios
eletrolíticos sistêmicos de origem
metabólica ou respiratória e a tratar
problemas urinários (onde seja necessário
manter determinado pH).
Acidose respiratória ou metabólica: urina
ácida.
Alcalose respiratória ou metabólica: urina
alcalina
•Distúrbio resultante da incapacidade renal
de produzir ou reabsorver ácidos ou
bases.
•Precipitação de cristais e formação de
cálculos.
•Tratamento das infecções do trato urinário
(algumas bactérias não se multiplicam em
meio ácido).
•Determinação de amostras não
satisfatórias (pH 9,0 – colher nova
amostra).
Padronização do Exame de Urina
Rotina Análise Química
•pH : 4,6 a 8,0 unidades de pH
PROTEÍNAS
•Mais indicativa de doenças renais.
•A urina normal contém quantidade muito
pequena de proteínas, em média menos de
10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas ( proteínas
de baixo peso molecular – albumina, e
proteínas produzidas no trato urogenital).
•Grande parte da albumina filtrada é
reabsorvida pelos túbulos, portanto mesmo
que ela esteja em grande concentração no
plasma, sua quantidade na urina é normal.
•Encontram-se também pequenas
quantidades de microglobulinas séricas e
tubulares, a proteína de Tamm-Horsfall
(produzida pelos túbulos), e as proteínas
provenientes de secreções prostáticas,
seminais e vaginais.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Lesão da membrana glomerular.
Aumento dos níveis séricos de proteínas
de baixo peso molecular (albumina e
globulina), devido à lesão da membrana
glomerular que filtram seletivamente.
Essas lesões podem ser devido ao
contato com substâncias anormais –
lúpus eritematoso, glomerulonefrite
estreptocócica, agentes tóxicos,
amiloidose.
•Distúrbios que afetam a reabsorção
tubular das proteínas filtradas. É
grande a presença de albumina, mas
estão presentes outras proteínas de baixo
peso molecular.
•Pré-eclâmpsia.
•Nefropatia diabética.
•Mieloma múltiplo.
É um distúrbio proliferativo dos
plasmócitos produtores de
imunoglobulina, o soro então contém
níveis muito elevados de imunoglobulinas
monoclonais de cadeias leves proteína de
Bence Jones. Essa proteína ultrapassa a
capacidade de reabsorção tubular, sendo
excretada na urina.
Pode-se fazer a pesquisa:
- Filtrar ou centrifugar a urina
- Em um tubo de ensaio, colocar 4 mL da urina
límpida, 1 mL do tampão de acetato e misturar.
O pH final deverá se de 4,8 a 5.
- Levar a um banho-maria a 56 °C e deixar 15
minutos. Qualquer precipitação indica presença
da proteína de Bence-Jones.
- Caso haja turvação ou precipitação, esquentar
o tubo em banho de água fervente por 3
minutos e observar qualquer diminuição da
turvação ou precipitação. A proteína de Bence-
Jones redissolver-se-á a 100 °C.
- Um aumento da turvação ou precipitação ao
ferver indicará a presença de albumina e
globulina que irá mascarar o resultado.
Portanto, filtrar o conteúdo do tubo
imediatamente após retirá-lo do banho fervente
e observar o filtrado. Caso seja claro e se torne
turvo, à medida que se esfria, e volte a ficar
claro quando retorna à temperatura ambiente, a
prova é positiva para a proteína de Bence-
Jones.
As proteínas coagulam quando expostas ao
calor. A proteína de Bence Jones, coagula em
temperaturas de 40 °C e 60 °C (opaca),
dissolvendo-se quando a temperatura atinge
100 °C (transparente).
Nem todos os pacientes portadores de
mieloma múltiplo produzem quantidades
detectáveis dessa proteína na urina.
Deve-se realizar a imunoeletroforese no
soro e na urina.
•Nefropatia diabética.
A ocorrência de nefropatia, com redução
da filtração glomerular, é comum em
pessoas com diabetes melito. Há uma
constante excreção de albumina em
pequenas quantidades.
O início das complicações renais pode ser
detectado precocemente através da
microalbuminúria, e a evolução da doença
pode ser retardada.
Não pode ser detectada pela tira reativa.
É considerada importante uma excreção
de 20 a 200 μg/min ou de 30 a 300 mg/24
horas.
A detecção é feita com métodos
imunológicos.
•Proteinúria ortostática ou postural.
Ocorre quando a pessoa fica em pé por
muito tempo e desaparece quando ela se
deita. Acredita-se que isso seja devido à
grande pressão sobre a veia renal quando
a pessoa fica na posição vertical.
Quando suspeita, pede-se ao paciente
que colha uma amostra imediatamente
após se levantar pela manhã e outra
amostra depois de ficar de pé por várias
horas.
Padronização do Exame de Urina
Rotina Análise Química
•A leitura é registrada como negativo,
traços, 1+,2+,3+,4+ ou um valor
semiquantitativo (depende do fabricante).
•VR: Ausente ou negativo
GLICOSE
•Detecção e controle do diabetes melito.
•Análise química realizada com maior
frequência.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Quase toda a glicose filtrada pelos
glomérulos é reabsorvida no túbulo
contorcido proximal.
Se os níveis sanguíneos de glicose se
elevam demais, os túbulos deixam de
transportá-la e ela aparece na urina.
Limiar renal: 160 a 180 mg/dL.
•Diabetes melito.
•Reabsorção tubular deficiente.
•Lesões do sistema nervoso central.
•Distúrbios da tireóide.
•Gravidez com possível diabetes melito.
TESTE COM TIRAS REATIVAS
•Pode ser registrada como 1+,2+,3+,4+ ou
medidas quantitativas que vão de 100
mg/dl a 2 g/dl. A sensibilidade da tira
reativa é fixada entre 50 e 100 mg/gl.
•VR: Ausente ou negativo.
CETONAS
•Três produtos intermediários do
metabolismo das gorduras: acetona, ácido
acetoacético e ácido beta-hidroxibutírico.
•Geralmente toda a gordura metabolizada
é completamente degradada e convertida
em dióxido de carbono e água.
•Quando o uso de carboidratos como fonte
de energia fica comprometida e os
estoques de gorduras do organismo
precisam ser metabolizados para
suprimento de energia, pode-se detectar
cetonas na urina.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Monitoração do diabetes melito.
A cetonúria demostra deficiência de
insulina. Controle da dosagem da insulina.
•Desequilíbrio eletrolítico.
O acúmulo excessivo de cetonas no
sangue pode levar à uma acidose e coma
diabético.
•Carência alimentar
Clínicas de tratamento de obesidade.
•Perda excessiva de carboidratos
(vômitos).
TESTE COM TIRAS REATIVAS
•O registro é feito como negativo,
pequeno, moderado ou grande, ou como
negativo, 1+,2+ ou 3+.
•VR: Ausente ou negativo.
SANGUE
•O sangue pode estar presente na urina
em forma de hemáceas íntegras
(hematúria) ou de hemoglobina, que é um
produto da destruição das hemácias
(hemoglobinúria).
•O exame microscópico do sedimento
urinário mostrará a presença de hemácias
íntegras, mas não a de hemoglobina livre
produzida por distúrbios hemolíticos ou
por lise das hemácias no trato urinário.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Hematúria
Tem mais relação com distúrbios de
origem renal ou urogenital, e o
sangramento seria resultante de
traumatismo ou irritação dos órgãos
desse sistema.
Principais causas de hematúria:
cálculos renais, doenças glomerulares,
tumores, traumatismo,
pielonefrite,exposição a produtos
tóxicos ou a drogas e exercício físico
intenso.
Hematúria de origem não patológica:
menstruação e após exercício físico
intenso.
•Hemoglobinúria
Pode ocorrer como resultado da lise das
hemácias no trato urinário, ou pode ser
causada por hemólise intravascular
(não serão encontradas hemácias).
Em condições normais a hemoglobina e a
haptoglobina formam grandes complexos
na circulação, impedindo que sejam
filtradas. Mas em patologias (anemias
hemolíticas, reações transfusionais,
queimaduras graves, infecções e
exercício físico intenso, a hemoglobina
livre ultrapassa a quantidade de
haptoglobina havendo hemoglobina em
excesso para filtração glomerular.
•Mioglobina
É uma proteína encontrada no tecido
muscular.
A mioglobinúria aparece devido a
pacientes portadores de distúrbios com
destruição muscular: traumatismos,
coma prolongado, convulsões,
doenças musculares e esforço físico
intenso.
•Para diferenciar hemoglobinúria de
mioglobinúria: o soro do paciente com
hemoglobinúria fica vermelho ou rosa e
com mioglobinúria fica incolor.
TESTE COM TIRAS REATIVAS
•Os fabricantes utilizam duas tabelas de
cores, correspondentes às reações que
ocorrem na hemoglobinúria e hematúria.
•O grau de hematúria pode ser calculado
pela intensidade das manchas
encontradas na tabela.
•VR: Ausente ou negativo.
Padronização do Exame de Urina Padronização do Exame de Urina
Rotina - Rotina - Análise QuímicaAnálise Química
•Sangue
Negativo
Positivo: + a +++
LEUCÓCITOS
•Indica uma possível infecção do trato
urinário.
•Não quantificam os leucócitos.
•Detectam a presença de leucócitos
lisados que não apareciam no exame
microscópico.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Infecção do trato urinário.
•Seleção de amostras para cultura.
Padronização do Exame de Urina
Rotina - Análise Química
•A tabela de cores contém quatro áreas
que representam: negativo, traços, 1+,2+
ou semiquantitativos.
•VR: Ausente ou negativo.
BILIRRUBINA
•PRODUÇÃO
É um produto da degradação da
hemoglobina.
•A hemoglobina liberada é decomposta em
ferro, proteína e protoporfirina. O ferro e a
proteína são reutilizados pelo organismo e
a protoporfirina é convertida em
bilirrubina.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•A cirrose e a hepatite produzem lesão
hepática produzindo bilirrubinúria.
•Outras doenças hepáticas.
•Obstrução biliar.
TESTE COM TIRAS REATIVAS
•Os resultados qualitativos são registrados
como negativo, pequeno, moderado,
grande, ou como negativo, 1+,2+,3+.
As reações coloridas das tiras reativas
são influenciadas por outros pigmentos
presentes na urina.
UROBILINOGÊNIO
•O urobilinogênio é um pigmento biliar
resultante da degradação da
hemoglobina.
•Normalmente se encontra pequena
quantidade na urina ( menos de 1 mg/dl
ou uma unidade de Ehrlich.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Grandes quantidades são observadas nas
hepatopatias e nos distúrbios hemolíticos.
•A ausência na urina e nas fezes também
tem significado diagnóstico: obstrução do
ducto biliar, que impede a passagem
normal de bilirrubina para o intestino.
TESTE COM TIRAS REATIVAS
Para semiquantificar, modificou-se o
método original, que consistia em
acrescentar reagente de Ehrlich à urina e
observá-la contra fundo branco para
detectar coloração vermelha, passando-
se a analisar diluições de urina em série.
•VR: Negativo ou ausente.
NITRITO
•Detecta infecções do trato urinário.
•Não substitui a cultura de urina como
prova de diagnóstico e controle das
infecções bacterianas, mas detecta casos
em que a necessidade de cultura pode
não ser evidente.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Cistite.
•Pielonefrite.
•Avaliação da terapia com antibióticos.
•Monitoração de pacientes com alto risco
de infecção do trato urinário.
•Seleção de amostras para cultura de
urina.
Padronização do Exame de Urina
Rotina Análise Química
•Qualquer tonalidade é considerada
significativa.
•VR: Negativo
NitritoNitrito
NegativoNegativo
PositivoPositivo
DENSIDADE
•Não é recomendável substituir a
osmometria ou a refractometria pelas tiras
no exame de líquidos biológicos vitais.
SIGNIFICADO CLÍNICO
•Estado de hidratação do paciente
•Incapacidade de concentração pelos
túbulos renais.
•Determinação da inadequação da
amostra por baixa concentração.
TESTE COM TIRAS REATIVAS
•VR: 1.010 a 1.035
Ácido Ascórbico
•Ácido Ascórbico
Negativo
Positivo: + a +++