SEMANA 6
1 - “Nos dez anos que se seguiram a 1852, o número de escravos que desembarcaram anualmente no porto do Rio de
Janeiro vindos de outras províncias chegou perto dos 3.370. outros vieram por terra. Embora os números sejam
pequenos em comparação com a média anual de 41.400 escravos importados da África entre 1845 a 1850, ajudaram a
suprir a demanda ainda insaciável de trabalhadores por parte das fazendas de café. Entre 1864 e 1874, o número de
escravos no Nordeste, sobretudo na produção de açúcar, caiu de 774 mil (45% de todos os escravos do Brasil) para
435.687 (28%), enquanto em regiões cafeeiras aumentaram sua população de cativos de 645 mil (43%) para 809.575
(56%) e a província de São Paulo dobrou seu contingente, de 80 mil para 174.622”.
GRAHAM, R. O Brasil de meados do século XIX até a Guerra do Paraguai. In: BETHELL, L. (org.). História da
América Latina: da independência até 1870. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado; Brasília: Fundação Alexandre
de Gusmão, 2001. p. 773-84. v. 3
De acordo com o texto, escreva um parágrafo respondendo: Qual a direção do tráfico interprovincial
de escravizados; suas características e as causas que estimularam o crescimento desse tráfico
interprovincial.
A partir do momento em que o tráfico internacional de escravos aos portos brasileiros foi
encerrado com a Lei Eusébio de Queirós em 1850, o tráfico interno (interprovincial) foi a única
alternativa para repor a mão de obra escrava nas lavouras e nos centros urbanos.
2 - “O sistema de sesmarias, encerrado em 1822-1823, não fora substituído. Em consequência, os títulos privados de
posse de terra, sempre confusos, achavam-se agora em estado caótico, o que acabava por minar a autoridade do
governo central e estimular conflitos e violências locais.
[...] com a disseminação da agricultura de exportação, os agricultores que plantavam para a subsistência viram
rapidamente seus direitos disputados por fazendeiros mais poderosos e ricos ou cede- ram a ofertas financeiras
atraentes e se mudaram para outros lugares. Além disso, as concessões da Coroa muitas vezes se haviam
superpostas umas às outras. Nem os funcionários públicos nem os proprietários privados fizeram levantamento
topográficos sistemáticos nem registraram suas propriedades. A Lei de Terras, aprovada em 1850, prometeu
acabar com essa situação caótica, ao exigir que no futuro todas as terras públicas fossem vendidas (e não outorgadas)
e que fossem feitos levantamentos topográficos sistemáticos das posses existentes, à custa de todos aqueles que
qui- sessem ter seus títulos reconhecidos. Todavia, muitos proprietários de terra acabaram por efetuar os depósitos
formais iniciais exigidos pela lei, mas seus direitos alegados consistiam de uma lista de nomes de seus vizinhos
fronteiriços; não fizeram medições, não solucionam seus conflitos de posse e logo esqueceram os outros dispositivos
da lei. Ainda hoje os títulos continuam confusos”.
BETHELL, L.; CARVALHO, J. M. de. O Brasil da Independência a meados do Século XIX. In: BETHELL, L. (org.).
História da América Latina: da independência até 1870. São Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado; Brasília:
Fundação Alexandre de Gusmão, 2001. P 754-76. v. 3.
Escreva um parágrafo resumindo a situação dos registros latifundiários em meados do século
XIX; os objetivos da Lei de Terras e se esses objetivos foram alcançados.
A Lei de Terras, aprovada em 1850, prometeu acabar com essa situação caótica, ao exigir que no
futuro todas as terras públicas fossem vendidas (e não outorgadas) e que fossem feitos
levantamentos topográficos sistemáticos das posses existentes, à custa de todos aqueles que
qui- sessem ter seus títulos reconhecidos. Todavia, muitos proprietários de terra acabaram por
efetuar os depósitos formais iniciais exigidos pela lei, mas seus direitos alegados consistiam de
uma lista de nomes de seus vizinhos fronteiriços; não fizeram medições, não solucionam seus
conflitos de posse e logo esqueceram os outros dispositivos da lei.
3 - (Fuvest - adaptada) No século XIX, a imigração europeia para o Brasil foi um processo ligado:
a) a uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes brancos em
áreas estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de mão-de-obra.
b) a uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a mão-de-obra escrava das
regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas áreas de povoamento no sul do país.
c) à política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas agrícolas e implantar um meio
alternativo de produção, baseado em minifúndios.
d) à política oficial de povoamento baseada nos contratos de parceria como forma de estabelecer mão-de-
obra assalariada nas áreas de agricultura de subsistência e de exportação.