Logo, de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), em 2022, o índice de atendimento total de água com redes
públicas de abastecimento foi de 84,9%, o que corresponde a 171.042.954
habitantes atendidos. O índice de atendimento total contempla apenas serviços
que utilizam redes públicas de água. O cálculo não inclui soluções alternativas,
como poços, nascentes, cisternas, chafarizes, dentre outras. O consumo médio
per capita de água no Brasil, em 2022, foi de 148,2 L/hab./dia (litros de água por
habitante por dia). Entre as macrorregiões, Sul, Norte, Centro-Oeste e Sudeste o
consumo foi acima da média nacional, com 149,8, 151,2, 153,5 e 159,9 L/hab./dia,
respectivamente. O menor índice é observado no Nordeste, com 121,4 L/hab./dia.
No entanto, cerca de 80% da água captada em ambientes naturais, tratada e
distribuída por redes públicas para consumo humano se transforma em esgoto
após usos domésticos. Nessas atividades, ela incorpora resíduos, material
orgânico e nutrientes. Em média, os chamados efluentes domésticos são
formados por 99,9% de água e 0,1% de sólidos. Dessa forma, considerando que,
em 2022, o consumo médio per capita de água no Brasil foi de 148,2 L/hab./dia e
que, após os usos domésticos, estima-se que 80% da água consumida se torna
esgoto, no mesmo ano, a geração média per capita de esgoto no Brasil foi cerca
de 118,56 L/hab./dia.
O esgoto não tratado é uma das principais fontes de poluição de corpos hídricos
no Brasil. Logo, a coleta e o tratamento de esgotos são essenciais para o
saneamento básico. Essas ações representam promoção de saúde pública e
manutenção de recursos naturais, entre eles, os corpos hídricos onde é captada a
água para abastecimento público. Nos domicílios, a maior parte da água se
transforma em esgoto após usos como lavagem de roupa e louça, limpeza e
higiene pessoal. As impurezas incorporadas precisam ser removidas antes do
retorno a ambientes naturais. O tratamento de esgoto contribui para evitar
poluição e contaminação de recursos hídricos, situação potencializada quando a
coleta de resíduos sólidos e a drenagem das águas pluviais (chuvas) são
ineficientes.
As redes de esgotos atendem 56,0% da população total (112,8 milhões de
habitantes) do Brasil. O maior valor é da macrorregião Sudeste (80,9%), e o
menor, da macrorregião Norte (14,7%).
Do total de esgoto gerado, apenas 52,2% são tratados. Nas macrorregiões, os
índices variam de 19,8% na Norte a 61,6% no Sudeste. Na abrangência da
prestação dos serviços, há variações de 50,5%, na Regional, a 61,0%, na
Microrregional. Do esgoto coletado, 81,6% são tratados. Nas macrorregiões, o
menor índice é registrado no Nordeste, com 76,3%, e o maior no Centro-Oeste,
com 94,3%.
O índice tratamento em relação ao volume total gerado tem maior relação com a
abrangência das infraestruturas que coletam a água que se torna esgoto após