MAR VERMELHO [TERRAS E GEOGRAFIABÍBLICAS]

MenezesScribe1 40 views 143 slides May 29, 2024
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About This Presentation

Como um cristão que desde a minha infância ouvia e lia histórias da travessia do povo hebreu pelo Mar Vermelho que Deus abriu para o seu povo passar e depois de décadas eu tive a oportunidade de estar pessoalmente aqui, foi uma experiência incrível. Neste livro registrei minhas experiências �...


Slide Content

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 2 ]

FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados tem
o intuito de levar os homens a se tornarem melhores, a
amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si mesmo.
Minhas obras não têm a finalidade de entretenimento, mas
de provocar a reflexão sobre a nossa existência. Em Deus
há resposta para tudo, mas a caminhada para o
conhecimento é gradual e não alcançaremos respostas
para tudo, porque nossa mente não tem espaço livre
suficiente para suportar. Mas neste livro você encontrará
algumas respostas para alguns dos dilemas de nossa
existência.
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO é licenciado em Ciências
Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de Santos;
possui curso superior em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de
Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembléias de
Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP
e dois diplomas de Harvard University dos EUA sobre Epístolas
Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista profissional pelo
SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Nasceu
em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o Centro de Evangelismo
Universal; hoje se dedica a escrever livros e ao ministério de

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intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou participar de
eventos, evitando convívio social.
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com áudios,
palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
E-MAIL: [email protected]

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)


M543 O Peregrino Cristão, Central de Ensinos Bíblicos
1969 –

O MAR VERMELHO

Sinai/Egito, Livrorama
Bibliomundi, Amazon.com, 2024, 142 p. ; 21 cm

ISBN: 9798322742364 Edição 1°

1. Mar Vermelho 2. Egito 3. Canal de Suez
4. Navegação 5. Oriente Médio

CDD 220

CDU 22

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 4 ]

CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de
um dólar [ou cinco reais BR],
assim continuaremos produzindo livros que edifiquem:
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Valdemir Mota de Menezes,
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CPF 069 925 388 88
Este material literário do autor não tem fins lucrativos, nem
lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste em
contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de vida
para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o único Deus
Todo-Poderoso.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 5 ]
Sumário
INTRODUÇÃO ...................................................................... 7
EXTENSÃO ............................................................................ 8
ZONA ECONÔMICA EXCLU SIVA ..................................... 9
NOMES ................................................................................... 9
HISTÓRIA ............................................................................ 12
ERA ANTIGA ....................................................................... 12
IDADE MÉDIA E ERA MODERNA .................................. 15
OCEANOGRAFIA ................................................................ 16
SALINIDADE ....................................................................... 18
INTERVALO DE MARÉS ................................................... 20
ATUAL .................................................................................. 20
REGIME DE VENTO ......................................................... 22
GEOLOGIA .......................................................................... 23
ÓLEO E GÁS ........................................................................ 25
RECURSOS MINERAIS ...................................................... 26
ECOSSISTEMA .................................................................... 28

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 6 ]
USINAS DE DESSALINIZAÇÃO ....................................... 31
NEGÓCIOS .......................................................................... 31
TURISMO ............................................................................. 32
SEGURANÇA ....................................................................... 34
PAÍSES FRONTEIRIÇOS ................................................... 35
CIDADES E MUNICÍPIOS ................................................. 37
CANAL DE SUEZ ................................................................ 38
História do Canal de Suez ..................................................... 54
Crise de Suez ......................................................................... 70
Incidentes .............................................................................. 78
Capacidade ............................................................................ 83
Operação ............................................................................... 87
Travessias de canal ................................................................ 89
Impacto ambiental ................................................................ 98
MOISÉS ABRIU O MAR VERMELHO ........................... 102
Mar Vermelho na Bíblia ...................................................... 107

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 7 ]
INTRODUÇÃO

Como um cristão que desde a minha infância ouvia
e lia histórias da travessia do povo hebreu pelo Mar
Vermelho que Deus abriu para o seu povo passar e depois
de décadas eu tive a oportunidade de estar pessoalmente
aqui, foi uma experiência incrível. Neste livro registrei
minhas experiências às margens do Mar Vermelho, no
canal de Suez, na península do Sinai. Nesta obra descrevo
além das minhas experiências, a história que se
desenrolou no Mar Vermelho e como este curso de água
se tornou tão importante após a construção do canal de
Suez, na qual há um tráfego contínuo de mercadoria que
passam diariamente em navios cargueiros ali. O Mar
Vermelho testemunhou eventos bíblicos e a passagem de
caravanas de mercadores ao longo da história. Suas águas
contem uma grande riqueza ecológica com muitas
espécies marinhas, e as sua águas quentes e praias
belíssimas tem se tornado o refúgio de muitos turistas em
resorts de luxo que tem sido construído ao longo dos anos.
Por outro lado, há uma necessidade contínua de
segurança militar ali para que grupos radicais não
estrangulem a economia global impedindo a passagem de
navios.


O Mar Vermelho (árabe: رحبلا رمحلأا - رحب مزلقلا ,
romanizado: moderno: al-Baḥr al-ʾAḥmar, medieval: Baḥr
al-Qulzum; hebraico: םַי-ףוּס, romanizado: yam sūf ou
hebraico: םָּי ַה םָּי ַה ָּה ָּהy ʾāḏōm ; é uma água do mar entrada
do Oceano Índico, situada entre a África e a Ásia. A sua

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[ 8 ]
ligação ao oceano faz-se a sul, através do estreito de Bab
el Mandeb e do Golfo de Aden. Ao norte estão a Península
do Sinai, o Golfo de Aqaba e o Golfo de Suez (conduzindo
ao Canal de Suez). É sustentado pelo Rift do Mar
Vermelho, que faz parte do Grande Vale do Rift.

O Mar Vermelho tem uma área de superfície de
aproximadamente 438.000 km2, tem cerca de 2.250 km
de comprimento e - em seu ponto mais largo - 355 km de
largura. Tem uma profundidade média de 490 m, e no
centro de Suakin Trough atinge sua profundidade máxima
de 3.040 m.

Aproximadamente 40% do Mar Vermelho é
bastante raso (menos de 100 m de profundidade) e cerca
de 25% tem menos de 50 m de profundidade. As extensas
prateleiras rasas são conhecidas por sua vida marinha e
corais. Mais de 1.000 espécies de invertebrados e 200
tipos de corais moles e duros vivem no mar. O Mar
Vermelho é o mar tropical mais setentrional do mundo e foi
designado como uma ecorregião Global 200.

EXTENSÃO

A Organização Hidrográfica Internacional define os
limites do Mar Vermelho da seguinte forma:

No norte. Os limites do sul dos Golfos de Suez
[Uma linha que vai de Ràs Muhammed (27°43'N) ao ponto
sul da Ilha Shadwan (34°02'E) e daí para oeste em um

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[ 9 ]
paralelo (27°27'N) até a costa da África] e Aqaba [Uma
linha que vai de Ràs al Fasma a sudoeste até a Ilha Requin
(27°57′N 34°36′E) através da Ilha Tiran até o ponto
sudoeste dela e daí para oeste em um paralelo (27°54' N)
até a costa da Península do Sinai].

No sul. Uma linha que une Husn Murad (12°40′N
43°30′E) e Ras Siyyan (12°29′N 43°20′E).

ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA

Zonas econômicas exclusivas no Mar Vermelho:

Número Área do País (Km2)
1 Arábia Saudita 186.392
2 Sudão 92.513
3 Egito 91.279
4 Eritreia 78.383
5 Iêmen 35.861
6 Djibuti 7.037
7 Israel poucos quilometros
Total Mar Vermelho 438.000
Nota: Triângulo de Hala'ib disputado entre Sudão
e Egito e calculado para ambos.

NOMES

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[ 10 ]

Tihama no Mar Vermelho perto de Khaukha,
Iêmen.

Mar Vermelho é uma tradução direta do grego
Erythra Thalassa (Ερυθρὰ Θάλασσα). O próprio mar já foi
referido como o Mar Eritreu pelos europeus. Assim como
Mare Rubrum em latim (alternativamente Sinus Arabicus,
literalmente "Golfo Árabe"), os romanos o chamavam de
Pontus Herculis (Mar de Hércules). Outras designações
incluem o árabe: رحبلا رمحلأا, romanizado: Al-Baḥr Al-Aḥmar
(alternativamente رحب مزلقلا Baḥr Al-Qulzum, literalmente "o
mar de Clysma"), o copta Phiom ̀nš Charger āʾ summāqā,
badda somali cas e Tigrinya Qeyyiḥ bāḥrī (ቀይሕ ባሕሪ). O
nome do mar pode significar as florações sazonais do
vermelho Trichodesmium erythraeum perto da superfície
da água. Uma teoria defendida por alguns estudiosos
modernos é que o nome vermelho se refere à direção sul,
assim como o nome do mar Negro pode se referir ao norte.
A base dessa teoria é que algumas línguas asiáticas
usavam palavras coloridas para se referir aos pontos
cardeais. Heródoto em uma ocasião usa o Mar Vermelho e
o Mar do Sul de forma intercambiável.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 11 ]



Enquanto viajava as margens do Mar Vermelho
pela rodovia que a margeia já do lado da península do
Sinai, podemos ver algumas redes de distribuição elétrica.

O nome em hebraico Yam Suph (hebraico: םי ףוס,
lit. 'Mar de Juncos') é de origem bíblica. O nome em copta:
Phiom Enhah ("Mar de Hah") está conectado à raiz egípcia
antiga ḥ-ḥ, que se refere à água e ao mar (por exemplo, os
nomes dos deuses Ogdoad Heh e Hauhet).

Historicamente, também era conhecido pelos
geógrafos ocidentais como Mare Mecca (Mar de Meca) e
Sinus Arabicus (Golfo da Arábia). Alguns geógrafos antigos
chamavam o Mar Vermelho de Golfo Pérsico ou Golfo da
Arábia.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 12 ]

A associação do Mar Vermelho com o relato bíblico
dos israelitas que cruzaram o Mar Vermelho é antiga e foi
explicitada na tradução da Septuaginta do Livro do Êxodo
do hebraico para o grego koiné aproximadamente no
século III a.C. Nessa versão, o Yam Suph (hebraico: םי ףוס,
lit. 'Mar de Juncos') é traduzido como Erythra Thalassa
(Mar Vermelho).

O Mar Vermelho é um dos quatro mares nomeados
em inglês por termos de cores comuns - os outros são o
Mar Negro, o Mar Branco e o Mar Amarelo. A tradução
direta do grego Erythra thalassa em latim como Mare
Erythraeum refere-se à parte noroeste do Oceano Índico e
também a uma região em Marte.

HISTÓRIA

ERA ANTIGA

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 13 ]

Antiga expedição egípcia à Terra de Punt, na costa
do Mar Vermelho, durante o reinado da rainha Hatshepsut


A exploração mais antiga conhecida do Mar
Vermelho foi conduzida pelos antigos egípcios, enquanto
tentavam estabelecer rotas comerciais para Punt. Uma
dessas expedições ocorreu por volta de 2500 aC e outra
por volta de 1500 aC (por Hatshepsut). Ambos envolviam
longas viagens pelo Mar Vermelho.

O livro bíblico do Êxodo conta o relato da travessia
dos israelitas por um corpo de água, que o texto hebraico
chama de Yam Suph (em hebraico: םַי ףוּס). Yam Suph era
tradicionalmente identificado como o Mar Vermelho. O
rabino Saadia Gaon (de 882 a 942), em sua tradução
judaico-árabe do Pentateuco, identifica o ponto de

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 14 ]
travessia do Mar Vermelho como Baḥar al-Qulzum, que
significa Golfo de Suez.

Assentamentos e ce ntros comerciais nas
proximidades do Mar Vermelho envolvidos no comércio de
especiarias, conforme descrito no Périplo do Mar Eritreu.
.
No século 6 aC, Dario, o Grande, da Pérsia, enviou
missões de reconhecimento ao Mar Vermelho, melhorando
e ampliando a navegação ao localizar muitas rochas e
correntes perigosas. Um canal foi construído entre o Nilo e
o extremo norte do Mar Vermelho em Suez. No final do
século 4 aC, Alexandre, o Grande, enviou expedições
navais gregas pelo Mar Vermelho até o Oceano Índico. Os
navegadores gregos continuaram a explorar e compilar
dados sobre o Mar Vermelho. Agatharchides coletou
informações sobre o mar no século II aC. O Périplo do Mar
Eritreu ("Périplo do Mar Vermelho"), um périplo grego
escrito por um autor desconhecido por volta do século I,
contém uma descrição detalhada dos portos e rotas
marítimas do Mar Vermelho. O Periplus também descreve
como Hippalus descobriu pela primeira vez a rota direta do
Mar Vermelho para a Índia.


O Mar Vermelho foi favorecido pelo comércio
romano com a Índia a partir do reinado de Augusto, quando
o Império Romano ganhou controle sobre o Mediterrâneo,
o Egito e o norte do Mar Vermelho. A rota havia sido usada
por estados anteriores, mas cresceu no volume de tráfego
sob os romanos. Dos portos indianos, mercadorias da
China foram introduzidas no mundo romano. O contato

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 15 ]
entre Roma e China dependia do Mar Vermelho, mas a rota
foi interrompida pelo Império Aksumita por volta do século
III dC.

IDADE MÉDIA E ERA MODERNA

Durante a Idade Média, o Mar Vermelho era uma
parte importante da rota comercial de especiarias. Em
1183, Raynald de Châtillon lançou um ataque no Mar
Vermelho para atacar os comboios de pere grinos
muçulmanos para Meca. A possibilidade de que a frota de
Raynald pudesse saquear as cidades sagradas de Meca e
Medina causou fúria em todo o mundo muçulmano. No
entanto, parece que o alvo de Reynald eram os comboios
de peregrinos muçulmanos levemente armados, em vez
das cidades bem guardadas de Meca e Medina, e a crença
no mundo muçulmano de que Reynald estava tentando
saquear as cidades sagradas era devido à proximidade
dessas cidades com o áreas que Raynald invadiu.

Em 1513, tentando assegurar aquele canal para
Portugal, Afonso de Albuquerque sitiou Áden, mas foi
forçado a recuar. Eles cruzaram o Mar Vermelho dentro do
Bab al-Mandab, como a primeira frota da Europa nos
tempos modernos a navegar nessas águas. Mais tarde, em
1524, a cidade foi entregue ao governador Heitor da
Silveira como um acordo para proteção dos otomanos. Em
1798, a França ordenou ao general Napoleão que
invadisse o Egito e assumisse o controle do Mar Vermelho.
Embora tenha falhado em sua missão, o engenheiro Jean-

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 16 ]
Baptiste Lepère, que nela participou, revitalizou o projeto
de um canal que havia sido pensado durante o reinado dos
faraós. Vários canais foram construídos nos tempos
antigos, do Nilo ao Mar Vermelho, ao longo ou perto da
linha do atual Canal de Água Doce, mas nenhum durou
muito tempo. O Canal de Suez foi inaugurado em
novembro de 1869. Após a Segunda Guerra Mundial, os
americanos e os soviéticos exerceram sua influência
enquanto o volume de tráfego de petroleiros se
intensificava. No entanto, a Guerra dos Seis Dias culminou
com o fechamento do Canal de Suez de 1967 a 1975. Hoje,
apesar das patrulhas das principais frotas marítimas nas
águas do Mar Vermelho, o Canal de Suez nunca recuperou
sua supremacia sobre a rota do Cabo, que se acredita ser
menos vulnerável à pirataria. [2]
OCEANOGRAFIA


O Mar Vermelho está entre terras áridas,
desérticas e semi-desérticas. Os sistemas de recifes são
mais bem desenvolvidos ao longo do Mar Vermelho,
principalmente por causa de suas maiores profundidades e
um padrão de circulação de água eficiente. A massa de
água do Mar Vermelho troca sua água com o Mar da
Arábia, Oceano Índico através do Golfo de Aden. Esses
fatores físicos reduzem o efeito da alta salinidade causada
pela evaporação no norte e pela água relativamente quente
no sul.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 17 ]

Vista anotada do Nilo e do Mar Vermelho, com uma
tempestade de areia.

O clima do Mar Vermelho é o resultado de duas
estações de monções; uma monção do nordeste e uma
monção do sudoeste. Os ventos de monção ocorrem
devido ao aquecimento diferencial entre a terra e o mar.
Temperaturas de superfície muito altas e altas salinidades
fazem deste um dos corpos de água do mar mais quentes
e salgados do mundo. A temperatura média da superfície
da água do Mar Vermelho durante o verão é de cerca de
26 ° C no norte e 30 ° C no sul, com apenas cerca de 2 °
C de variação durante os meses de inverno. A temperatura
média geral da água é de 22 °C. A temperatura e a
visibilidade permanecem boas em cerca de 200 m. O mar
é conhecido por seus fortes ventos e imprevisíveis
correntes locais.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 18 ]



Nas imediações do canal de Suez eu pude
contemplar vários comboios de navios transportando as
mercadorias do Oriente para o Ocidente e vice-versa.

SALINIDADE

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 19 ]
A precipitação sobre o Mar Vermelho e suas costas
é extremamente baixa, com média de 60 mm por ano. A
chuva é principalmente de aguaceiros curtos, muitas vezes
com trovoadas e ocasionalmente com tempestades de
poeira. A escassez de chuvas e nenhuma fonte importante
de água doce para o Mar Vermelho resulta em evaporação
excessiva de até 2.050 mm por ano e alta salinidade com
variação sazonal mínima. Uma expedição subaquática
recente ao Mar Vermelho ao largo do Sudão e da Eritreia
encontrou temperaturas da superfície da água de 28 ° C
no inverno e até 34 ° C no verão, mas apesar desse calor
extremo, o coral estava saudável com muita vida de peixes
com muito poucos sinais de branqueamento de corais, com
apenas 9% infectados por Thalassomonas loyana, o
agente da 'peste branca'. O coral Favia favus abriga um
vírus, BA3, que mata T. loyana. Os cientistas estão
investigando as propriedades únicas desses corais e suas
algas comensais para ver se eles podem ser usados para
salvar o coral branqueado em outro lugar.


O Mar Vermelho é um dos corpos de água mais
salgados do mundo, devido à alta evaporação e baixa
precipitação; nenhum rio ou córrego significativo drena
para o mar, e sua conexão ao sul com o Golfo de Aden, um
braço do Oceano Índico, é estreita. Sua salinidade varia
entre ~36 ‰ na parte sul e 41 ‰ na parte norte ao redor
do Golfo de Suez, com uma média de 40 ‰. (A salinidade
média da água do mar do mundo é de aproximadamente
35 ‰ na Escala Prática de Salinidade, ou PSU; que se
traduz em 3,5% dos sais reais dissolvidos).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 20 ]
INTERVALO DE MARÉS

Em geral, a maré varia entre 0,6 m no norte, perto
da foz do Golfo de Suez e 0,9 m no sul, perto do Golfo de
Aden, mas flutua entre 0,20 m e 0,30 m de distância do
ponto nodal. O Mar Vermelho central (área de Jeddah) é,
portanto, quase sem maré e, como tal, as mudanças
anuais no nível da água são mais significativas. Por causa
da pequena amplitude das marés, a água durante a maré
alta inunda os sabkhas costeiros como uma fina camada
de água de até algumas centenas de metros, em vez de
inundar os sabkhas através de uma rede de canais. No
entanto, ao sul de Jeddah, na área de Shoiaba, a água da
lagoa pode cobrir os sabkhas adjacentes até 3 km (2
milhas), enquanto ao norte de Jeddah, na área de Al-
Kharrar, os sabkhas são cobertos por uma fina camada de
água. até 2 km. Os ventos norte e nordeste predominantes
influenciam o movimento da água nas enseadas costeiras
para os sabkhas adjacentes, especialmente durante as
tempestades. O nível médio do mar no inverno é 0,5 m
mais alto que no verão. As velocidades das marés que
passam por constrições causadas por recifes, bancos de
areia e ilhas baixas geralmente excedem 1–2 m/s. Os
recifes de corais no Mar Vermelho estão perto do Egito,
Eritreia, Israel, Arábia Saudita e Sudão.

ATUAL

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 21 ]
Faltam informações detalhadas sobre os dados
atuais, em parte porque as correntes são fracas e tanto
espacial quanto temporalmente variáveis. A variação das
correntes temporais e espaciais é tão baixa quanto 0,5 m
(1,6 pés) e são todas governadas pelo vento. Durante o
verão, os ventos NW conduzem as águas superficiais para
o sul por cerca de quatro meses a uma velocidade de 15–
20 cm/s (6–8 in/s), enquanto no inverno o fluxo é revertido
resultando no influxo de água do Golfo de Aden no Mar
Vermelho. O valor líquido deste último predomina,
resultando em uma deriva geral para o extremo norte do
Mar Vermelho. Geralmente, a velocidade da corrente de
maré é de 50–60 cm/s (20–24 in/s) com um máximo de 1
m/s (3,3 pés/s) na foz da Lagoa al-Kharrar. No entanto, o
alcance da corrente norte-nordeste ao longo da costa
saudita é de 8–29 cm/s (3–11 in/s).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 22 ]

O Egito tem investido no final do século XX e XXI em
construir resort e cidades de veraneio as margens do Mar
Vermelho que não só tem atraído turistas do país, como
também do mundo inteiro, fazendo do Egito um canteiro de
obras.

REGIME DE VENTO

A parte norte do Mar Vermelho é dominada por
ventos persistentes de noroeste, com velocidades variando
entre 7 km/h (4,3 mph) e 12 km/h (7,5 mph). O resto do Mar
Vermelho e o Golfo de Aden estão sujeitos a ventos
regulares e sazonalmente reversíveis. O regime do vento é
caracterizado por variações sazonais e regionais em
velocidade e direção com velocidade média geralmente
aumentando para o norte.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 23 ]


Tempestade de areia sobre o Mar Vermelho


O vento é a força motriz no Mar Vermelho para
transportar material em suspensão ou como carga de
fundo. As correntes induzidas pelo vento desempenham
um papel importante no Mar Vermelho na ressuspensão
dos sedimentos do fundo e na transferência de materiais
de locais de despejo para locais de soterramento em
ambiente de deposição quiescente. A medição da corrente
gerada pelo vento é, portanto, importante para determinar
o padrão de dispersão de sedimentos e seu papel na
erosão e acreção da exposição rochosa costeira e dos
leitos de coral submersos.

GEOLOGIA

O mar continua a alargar (em 2005, após um
período de três semanas de atividade tectónica, tinha

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 24 ]
crescido 8m), e considera-se que se tornará um oceano
com o tempo (como proposto no modelo de John Tuzo
Wilson). Em 1949, uma pesquisa em águas profundas
relatou salmouras anormalmente quentes na porção
central do Mar Vermelho. Trabalhos posteriores na década
de 1960 confirmaram a presença de salmoura salina
quente a 60 °C e lamas metálicas associadas. As soluções
quentes emanavam de uma fenda submarina ativa. O Lago
Asal em Djibouti é elegível como um local experimental
para estudar a evolução das salmouras quentes e
profundas do Mar Vermelho. Ao observar a composição do
isótopo de estrôncio das salmouras do Mar Vermelho, é
possível deduzir como essas águas salgadas encontradas
no fundo do Mar Vermelho poderiam ter evoluído de
maneira semelhante ao Lago Asal, que representa
idealmente seu extremo de composição. A alta salinidade
das águas não era hospitaleira para os organismos vivos.

Em algum momento durante o período Terciário, o
Bab el Mandeb fechou e o Mar Vermelho evaporou em uma
pia quente e seca com piso de sal. Os efeitos que
causaram isso teriam sido:

Uma "corrida" entre o alargamento do Mar
Vermelho e a erupção da Ilha de Perim enchendo o Bab el
Mandeb de lava.
O rebaixamento do nível do mar mundial durante a
Idade do Gelo devido ao acúmulo de muita água nas
calotas polares.
Várias ilhas vulcânicas se erguem do centro do
mar. A maioria está dormente. No entanto, em 2007, a ilha
Jabal al-Tair no estreito de Bab el Mandeb entrou em

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 25 ]
erupção violenta. Duas novas ilhas foram formadas em
2011 e 2013 no arquipélago de Zubair, uma pequena
cadeia de ilhas de propriedade do Iêmen. A primeira ilha,
Sholan Island, surgiu em uma erupção em dezembro de
2011, a segunda ilha, Jadid, surgiu em setembro de 2013.
[2]


21 de maio de 2023, eu caminhava as margens
do Mar Vermelho
ÓLEO E GÁS

As reservas de petróleo não descobertas na região
foram estimadas em 5.041 MMBO. As reservas de gás não
descobertas na região foram estimadas em 112.349
BCFG. As reservas de gás natural não descobertas foram
estimadas em 3.077 MMBNGL. A maioria dessas peças é
controlada pela estrutura da bacia. Falhas normais são
comuns, pois o Mar Vermelho ocupa uma margem

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 26 ]
divergente ativa. Esses alvos são comumente encontrados
abaixo dos depósitos de sal do Mioceno médio.

O desenvolvimento moderno está focado nos
seguintes campos. O Campo Durwara 2 foi descoberto em
1963, enquanto o Campo Suakin 1 e o Campo Bashayer
1A foram descobertos em 1976, no lado egípcio do Mar
Vermelho. O Campo de Barqan foi descoberto em 1969 e
o Campo de Midyan em 1992, ambos na Bacia de Midyan,
no lado saudita do Mar Vermelho. A Formação Maqna do
Mioceno Médio com 20 m de espessura é uma rocha
geradora de petróleo na bacia. Vazamentos de petróleo
ocorrem perto das Ilhas Farasan, do Arquipélago de
Dahlak, ao longo da costa da Eritréia e no sudeste do Mar
Vermelho ao longo das costas da Arábia Saudita e do
Iêmen.

RECURSOS MINERAIS


Em termos de recursos minerais, os principais
constituintes dos sedimentos do Mar Vermelho são os
seguintes:

Constituintes biogênicos:

Nanofósseis, foraminíferos, pterópodes, fósseis
siliciosos

Constituintes vulcanogênicos:

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 27 ]

Tufitos, cinzas vulcânicas, montmorilonita,
cristobalita, zeólitas


Costa do Mar Vermelho em Taba, Egito

Constituintes terrígenos:
Quartzo, feldspato, fragmentos de rocha, mica,
minerais pesados, minerais argilosos

Minerais autigênicos:
Minerais de sulfeto, aragonita, calcita,
protodolomita, dolomita, quartzo, calcedônia.

Minerais evaporíticos:

Magnesita, gesso, anidrita, halita, polihalita

Salmoura precipitada:

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 28 ]
Fe-montmorilonita, goethita, hematita, siderita,
rodocrosita, pirita, esfalerita, anidrita.

ECOSSISTEMA


Tartaruga-de-pente no recife de Elphinstone



Fita de ovo de nudibrânquios em Shaab Mahmoud.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 29 ]
O Mar Vermelho é um ecossistema rico e
diversificado. Mais de 1200 espécies de peixes foram
registradas no Mar Vermelho, e cerca de 10% delas não
são encontradas em nenhum outro lugar. Isso também
inclui 42 espécies de peixes de águas profundas.


Corais do Mar Vermelho e peixes marinhos

A rica diversidade se deve em parte aos 2.000 km
de recifes de corais que se estendem ao longo de sua
costa; esses recifes em franja têm de 5.000 a 7.000 anos
de idade e são em grande parte formados por acroporas
pedregosas e corais poritos. Os recifes formam
plataformas e às vezes lagoas ao longo da costa e outras
características ocasionais, como cilindros (como o Buraco
Azul (Mar Vermelho) em Dahab). Esses recifes costeiros
também são visitados por espécies pelágicas de peixes do
Mar Vermelho, incluindo algumas das 44 espécies de
tubarão. Outros habitats marinhos incluem leitos de ervas
marinhas, salinas, manguezais e pântanos salgados.

Ele contém 175 espécies de nudibrânquios, muitos
dos quais são encontrados apenas no Mar Vermelho.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 30 ]

Na garrafinha d’água eu recolhia pedras, conchas
e pedaços de corais na praia do Mar Vermelho, no lado
da península do Sinai.

O Mar Vermelho também contém muitos recifes
offshore, incluindo vários atóis verdadeiros. Muitas das
formações incomuns de recifes offshore desafiam os
esquemas clássicos de classificação de recifes de corais
(ou seja, darwinianos) e são geralmente atribuídos aos
altos níveis de atividade tectônica que caracterizam a área.

A biodiversidade especial da área é reconhecida
pelo governo egípcio, que criou o Parque Nacional Ras
Mohammed em 1983. As regra s e regulamentos que
regem esta área protegem a vida marinha local, que se
tornou um grande atrativo para os entusiastas do
mergulho.

Os mergulhadores devem estar cientes de que,
embora a maioria das espécies do Mar Vermelho sejam
inócuas, algumas são perigosas para os seres humanos.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 31 ]
A ONU está trabalhando para mitigar a ameaça do
FSO Safer, um petroleiro abandonado na costa do Iêmen
que poderia causar um enorme desastre ecológico no Mar
Vermelho [2]

USINAS DE DESSALINIZAÇÃO
Há uma grande demanda por água dessalinizada
para atender às necessidades da população e das
indústrias ao longo do Mar Vermelho.

Existem pelo menos 18 usinas de dessalinização
ao longo da costa do Mar Vermelho na Arábia Saudita que
descarregam salmoura quente e produtos químicos de
tratamento (cloro e anti-incrustantes) que branqueiam e
matam os corais e causam doenças nos peixes. Isso é
apenas localizado, mas pode se intensificar com o tempo
e impactar profundamente a indústria pesqueira.

NEGÓCIOS

O Mar Vermelho desempenha um papel importante
na economia global, com navios de carga viajando entre o
Oceano Índico e o Mar Mediterrâneo todos os anos,
encurtando assim o caminho entre a Ásia e a Europa quase
pela metade (em comparação com a viagem pela África
pelo Oceano Atlântico).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 32 ]
TURISMO


Hotéis em Eilat, Israel

O mar é conhecido por seus locais de mergulho
recreativo, como Ras Mohammed, SS Thistlegorm
(naufrágio), Elphinstone Reef, The Brothers, Daedalus
Reef, St. John's Reef, Rocky Island no Egito e locais menos
conhecidos no Sudão, como Sanganeb, Abington,
Angarosh e Shaab Rumi.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 33 ]

No Mar Vermelho coletei água, conchas, rochas e
corais e trouxe para o Brasil para a minha coleção de
mineralogia. Eu não pedi autorização a nenhum órgão e
também não tive problema em nenhuma front eira ou
aeroporto.

O Mar Vermelho tornou-se um destino popular
para mergulho após as expedições de Hans Hass na
década de 1950 e, posteriormente, de Jacques-Yves
Cousteau. Estâncias turísticas populares incluem El
Gouna, Hurghada, Safaga, Marsa Alam, na costa oeste do
Mar Vermelho, e Sharm-el-Sheikh, Dahab e Taba no lado
egípcio do Sinai, bem como Aqaba na Jordânia e Eilat em
Israel em uma área conhecida como Riviera do Mar
Vermelho.

A popular praia turística de Sharm el-Sheikh foi
fechada para todos os nadadores em dezembro de 2010
devido a vários ataques graves de tubarão, incluindo uma
fatalidade. Em dezembro de 2010, os cientistas estão

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 34 ]
investigando os ataques e identificaram, mas não
verificaram, várias causas possíveis, incluindo a pesca
excessiva que faz com que grandes tubarões cacem mais
perto da costa, operadores de barcos turísticos que
procuram oportunidades de fotos de tubarões e relatos de
navios jogando gado morto ao mar. A estreiteza do mar,
profundidade significativa e declives acentuados, tudo se
combina para formar uma ge ografia onde grandes
tubarões de águas profundas podem vagar em centenas
de metros de água, mas estar a menos de cem metros das
áreas de natação. O Red Sea Project está construindo
acomodações da mais alta qualidade e uma ampla
variedade de instalações na costa da Arábia Saudita. Isso
permitirá que as pessoas visitem a costa do Mar Vermelho
até o final de 2022, mas estará totalmente concluída em
2030.
O turismo na região tem sido ameaçado por
ataques terroristas ocasionais e por incidentes
relacionados com as normas de segurança alimentar. [2]

SEGURANÇA

O Mar Vermelho faz parte das estradas marítimas
entre a Europa, o Golfo Pérsico e o Leste Asiático e, como
tal, possui tráfego marítimo intenso. Órgãos relacionados
ao governo com responsabilidade de policiar a área do Mar
Vermelho incluem a Autoridade Portuária de Port Said, a
Autoridade do Canal de Suez e a Autoridade dos Portos do
Mar Vermelho do Egito, a Autoridade Marítima da Jordânia,

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 35 ]
a Autoridade Portuária de Israel, a Autoridade dos Portos
Sauditas e a Corporação dos Portos Marítimos do Sudão.

PAÍSES FRONTEIRIÇOS

Um mapa de quatro cores do Mar Vermelho e seus
países limítrofes

O Mar Vermelho pode ser dividido
geograficamente em três seções: o Mar Vermelho
propriamente dito e, ao norte, o Golfo de Aqaba e o Golfo
de Suez. Os seis países que fazem fronteira com o Mar
Vermelho propriamente dito são:

costa leste:
Arábia Saudita

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 36 ]
Iémen
costa ocidental:
Egito
Sudão
Eritreia
Djibuti

O Golfo de Suez faz fronteira inteiramente com o
Egito. O Golfo de Aqaba faz fronteira com o Egito, Israel,
Jordânia e Arábia Saudita.


Praia bonita, águas azuis, céu claro e ensolarado.
Assim é a paisagem quase permanente no Egito, às
margens do Mar Vermelho.

Além da definição geográfica padrão dos seis
países que fazem fronteira com o Mar Vermelho citados
acima, áreas como a Somalilândia às vezes também são
descritas como territórios do Mar Vermelho. Isso se deve

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 37 ]
principalmente à proximidade e semelhanças geológicas
com as nações que enfrentam o Mar Vermelho e/ou laços
políticos com essas áreas.

CIDADES E MUNICÍPIOS

Vilas e cidades na costa do Mar Vermelho
(incluindo as costas dos Golfos de Aqaba e Suez) incluem:

Al Hudaydah, Iêmen (ةديدحلا)
Al Lith, Arábia Saudita (ثِّ يللا)
Al Qunfudhah, Arábia Saudita (ةذفنقلا)
Al-Qusair, Egito (ريصقلا)
Al Wajh, Arábia Saudita (هجولا)
Aqaba, Jordânia (ةبقعلا)
Asseb, Eritreia (ዓሰብ / بصع)
Dahab, Egito (بهد)
Duba, Arábia Saudita (ءابض)
Eilat, Israel (תליא)
El Gouna, Egito (ةنوجلا)
El Suweis, Egito (سيوسلا)
Hala'ib, Egito e Sudão (بيلاح) (disputado)
Haql, Arábia Saudita (لقح)
Hirgigo, Eritreia (ሕርጊጎ / وقيقرح)
Hurghada, Egito (ةقدرغلا)
Jeddah, Arábia Saudita (ةدج)
Jazan, Arábia Saudita (نازاج)
Marsa Alam, Egito (ىسرم ملع)
Massawa, Eritreia (ምጽዋዕ / عوصم)
Moulhoule, Djibouti (لوم ةلوه)

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 38 ]
Nuweiba, Egito (عبيون)
Port Safaga, Egito (ءانيم اجافس)
Port Sudan, Sudão (تروب نادوس)
Rabigh, Arábia Saudita (غبار)
Sharm el Sheikh, Egito (مرش خيشلا)
Baía de Soma, Egito (اموس ياب)
Suakin, Sudão (نكاوس)
Taba, Egito (اباط)
Thuwal, Arábia Saudita (لوث)
Yanbu, Arábia Saudita (عبني) [2]

CANAL DE SUEZ

O Canal de Suez (em árabe : ةاَنَق ٱ سْيَوُّسل , Qanāt as-
Suwais) é uma via navegável artificial ao nível do mar no
Egito, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho
através do Istmo de Suez e dividindo a África e a Ásia e,
por extensão, a Península do Sinai, do resto do Egito. O
canal de 193,30 quilômetros de extensão é uma importante
rota comercial entre a Europa e a Ásia.

Em 1858, Ferdinand de Lesseps formou a
Companhia do Canal de Suez com o propósito expresso
de construir o canal. A construção do canal durou de 1859
a 1869. O canal foi inaugurado oficialmente em 17 de
novembro de 1869. Oferece aos navios uma rota direta
entre o Atlântico Norte e o norte dos oceanos Índicos
através do Mar Mediterrâneo e do Mar Vermelho, evitando
o Atlântico Sul e o sul dos oceanos Índicos. e reduzindo a
distância da viagem do Mar da Arábia a Londres em

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 39 ]
aproximadamente 8.900 quilômetros, para 10 dias a 20 nós
(37 km/h; 23 mph) ou 8 dias a 24 nós (44 km/h; 28 mph). O
canal se estende do terminal norte de Port Said até o
terminal sul de Port Tewfik, na cidade de Suez. Em 2021,
mais de 20,6 mil embarcações passaram pelo canal (uma
média de 56 por dia).


Enquanto nossa caravana de peregrinos viajava do
Cairo até os pés do monte Sinai, neste ínterim, viajamos
por algum tempo na rodovia egípcia que margeia o Mar
Vermelho e em uma das paradas aproveitamos para
caminhar na praia.

O canal original apresentava uma hidrovia de faixa
única com passagens no Ballah Bypass e no Great Bitter
Lake. De acordo com os planos de Alois Negrelli, não
continha eclusas, com a água do mar fluindo livremente
através dela. Em geral, a água do canal ao norte dos Lagos

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 40 ]
Amargos flui para o norte no inverno e para o sul no verão.
Ao sul dos lagos, a corrente muda com a maré em Suez.

O canal era propriedade do governo egípcio, mas
os acionistas europeus, principalmente britânicos e
franceses, eram proprietários da empresa concessionária
que o operou até julho de 1956, quando o presidente
Gamal Abdel Nasser o nacionalizou - um evento que levou
à crise de Suez de outubro a novembro. 1956. O canal é
operado e mantido pela estatal Autoridade do Canal de
Suez (SCA) do Egito. S egundo a Convenção de
Constantinopla, pode ser usado "em tempos de guerra
como em tempos de paz, por todos os navios de comércio
ou de guerra, sem distinção de bandeira". No entanto, o
canal desempenhou um importante papel estratégico
militar como atalho naval e ponto de estrangulamento.
Marinhas com costas e bases tanto no Mar Mediterrâneo
como no Mar Vermelho (Egito e Israel) têm um interesse
particular no Canal de Suez. Depois que o Egito fechou o
Canal de Suez no início da Guerra dos Seis Dias, em 5 de
junho de 1967, o canal permaneceu fechado por oito anos,
reabrindo em 5 de junho de 1975.

O governo egípcio lançou a construção em 2014
para expandir e alargar o desvio de Ballah em 35 km para
acelerar o tempo de trânsito do canal. A expansão
pretendia quase duplicar a capacidade do Canal de Suez,
passando de 49 para 97 navios por dia. Com um custo de
LE 59,4 bilhões (US$ 9 bilhões), este projeto foi financiado
com certificados de investimento remunerados emitidos
exclusivamente para entidades e indivíduos egípcios.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 41 ]
A Autoridade do Canal de Suez inaugurou
oficialmente o novo canal lateral em 2016. Este canal
lateral, no lado norte da extensão leste do Canal de Suez,
serve o Terminal Leste para atracação e desatracação de
navios do terminal. Como o Terminal de Contêineres Leste
está localizado no próprio Canal, antes da construção do
novo canal lateral não era possível atracar ou desatracar
navios no terminal enquanto um comboio estivesse em
circulação.


Vista aérea do Canal de Suez em Suez

Precursores

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 42 ]

Canal dos Faraós, que seguia o Wadi Tumilat

Antigos canais oeste-leste foram construídos para
facilitar a viagem do Nilo ao Mar Vermelho. Acredita-se
que um canal menor tenha sido construído sob os
auspícios de Senusret II ou Ramsés II. Outro canal,
provavelmente incorporando uma parte do primeiro, foi
construído sob o reinado de Necho II (610-595 aC), mas o
único canal totalmente funcional foi projetado e concluído
por Dario I (522–486 aC).


Segundo milênio aC
James Henry Breasted atribui a primeira tentativa
conhecida de construção de um canal à primeira catarata,
perto de Assuã, à Sexta Dinastia do Egito e sua conclusão
a Senusret III (1878-1839 aC) da Décima Segunda Dinastia
do Egito.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 43 ]

O terminal sul do Canal de Suez em Suez, no Golfo
de Suez, no extremo norte do Mar Vermelho

O lendário Sesostris (provavelmente o Faraó
Senusret II ou Senusret III da Décima Segunda Dinastia do
Egito) pode ter construído o antigo canal, o Canal dos
Faraós, unindo o Nilo ao Mar Vermelho (1897-1839 aC),
quando um canal de irrigação foi construído por volta de
1848 aC, que era navegável durante a estação das cheias,
levando a um vale de rio seco a leste do Delta do Rio Nilo,
chamado Wadi Tumilat. (Diz-se que nos tempos antigos o
Mar Vermelho alcançava o norte até os Lagos Amargos e
o Lago Timsah).

Em sua Meteorologia, Aristóteles (384-322 a.C.)
escreveu:

Um de seus reis tentou fazer um canal até lá (pois
não teria sido de pouca vantagem para eles se toda a
região se tornasse navegável; diz-se que Sesostris foi o

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 44 ]
primeiro dos antigos reis a tentar), mas ele descobriu que
o mar era mais alto que a terra. Então ele primeiro, e depois
Dario, pararam de construir o canal, para que o mar não se
misturasse com a água do rio e o estragasse.



A região as margens do Mar Vermelho é muito pedregosa
e as pedras são usadas não só nas construções mas como

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 45 ]
adornos paisagístico como estas passarelas que dão
acesso as casas nesta vila.

Estrabão escreveu que Sesostris começou a
construir um canal, e Plínio, o Velho (23/24-79 dC)
escreveu:

165. Em seguida vem a tribo Tyro e o porto dos
Daneoi, de onde Sesostris, rei do Egito, pretendia
transportar um navio-canal até onde o Nilo deságua no que
é conhecido como Delta; esta é uma distância de mais de
100 km. Mais tarde, o rei persa Dario teve a mesma ideia,
e mais uma vez Ptolomeu II, que fez uma trincheira de 30
m de largura e 9 m de profundidade e cerca de 55 km de
comprimento, até o Bitter. Lagos.

No século 20, a extensão para o norte do posterior
canal Darius I foi descoberta, estendendo-se do Lago
Timsah aos Lagos Ballah. Isto foi datado do Reino Médio
do Egito, extrapolando as datas de locais antigos ao longo
de seu curso.

Os relevos da expedição de Punt sob Hatshepsut,
1470 aC, retratam navios transportando a força
expedicionária retornando de Punt. Isto sugere que existia
uma ligação navegável entre o Mar Vermelho e o Nilo.
Escavações recentes em Wadi Gawasis podem indicar que
o comércio marítimo do Egito começou no Mar Vermelho e
não exigia um canal. As evidências parecem indicar sua
existência por volta do século 13 aC, durante a época de
Ramsés II.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 46 ]
Canais escavados por Necho, Dario I e
Ptolomeu

Restos de um antigo canal oeste-leste através das
antigas cidades egípcias de Bubastis, Pi-Ramsés e Pithom
foram descobertos por Napoleão Bonaparte e seus
engenheiros e cartógrafos em 1799.

De acordo com as Histórias do historiador grego
Heródoto, por volta de 600 aC, Necho II comprometeu-se
a cavar um canal oeste-leste através do Wadi Tumilat entre
Bubastis e Heroópolis, e talvez o tenha continuado até o
Golfo Heroopolita e o Vermelho Mar. Independentemente
disso, Necho é relatado como nunca tendo concluído seu
projeto.

Heródoto foi informado de que 120.000 homens
morreram neste empreendimento, mas este número é sem
dúvida exagerado. De acordo com Plínio, o Velho, a
extensão de Necho até o canal era de cerca de 92
quilômetros, igual à distância total entre Bubastis e o
Grande Lago Amargo, permitindo serpentear pelos vales.
A extensão que Heródoto conta, de mais de 1.000 estádios
(ou seja, mais de 183 quilômetros), deve ser entendida
como incluindo toda a distância entre o Nilo e o Mar
Vermelho naquela época.

Com a morte de Necho , os trabalhos foram
interrompidos. Heródoto conta que o motivo do abandono
do projeto foi um aviso recebido de um oráculo de que
outros se beneficiariam com sua conclusão bem-sucedida.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 47 ]
A guerra de Necho com Nabucodonosor II provavelmente
impediu a continuação do canal.

[Esta guerra é citada na Bíblia e o profeta Isaias faz
menção dela.]

O projeto de Necho foi concluído por Dario I da
Pérsia, que governou o Antigo Egito depois de ter sido
conquistado por seu antecessor Cambises II. Pode ser que
na época de Dario uma passagem fluvial natural que
existia entre o Golfo Heroopolita e o Mar Vermelho nas
proximidades da cidade egípcia de Shaluf (alt. Chalouf ou
Shaloof), localizado ao sul do Grande Lago Amargo, ficou
tão bloqueado com lodo que Dario precisou limpá-lo para
permitir a navegação mais uma vez. De acordo com
Heródoto, o canal de Dario era largo o suficiente para que
duas trirremes pudessem passar uma pela outra com os
remos estendidos e exigia quatro dias para ser
atravessado. Dario comemorou sua conquista com uma
série de estelas de granito que ergueu na margem do Nilo,
incluindo uma perto de Kabret e outra alguns quilômetros
ao norte de Suez. As inscrições de Suez de Dario, o
Grande, dizem:

O rei Dario diz: Eu sou persa; partindo da Pérsia
conquistei o Egito. Mandei cavar este canal desde o rio que
se chama Nilo e corre no Egito, até o mar que nasce na
Pérsia. Portanto, quando este canal foi escavado como eu
havia ordenado, os navios partiram do Egito através deste
canal para a Pérsia, como eu pretendia. -  Inscrição de
Dario

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 48 ]

Eu muitas vezes ficava contemplativo olhando para
o horizonte do Mar Vermelho e não tem como estar aqui e
não lembrar da história bíblica da travessia do Mar
Vermelho.

O canal saiu do Nilo em Bubastis. Uma inscrição
em um pilar em Pithom registra que em 270 ou 269 aC, foi
novamente reaberto, por Ptolomeu II Filadelfo. Em Arsínoe,
Ptolomeu construiu uma eclusa navegável, com eclusas,
no Golfo Heroopolita do Mar Vermelho, que permitia a
passagem de navios, mas impedia que a água salgada do
Mar Vermelho se misturasse com a água doce do canal.

Na segunda metade do século 19, cartógrafos
franceses descobriram os restos de um antigo canal norte-
sul, passando pelo lado leste do Lago Timsah e terminando
perto da extremidade norte do Grande Lago Amargo. Este
provou ser o canal feito por Dario I, já que sua estela
comemorativa de sua construção foi encontrada no local.
(Este antigo segundo canal pode ter seguido um curso ao
longo da costa do Mar Vermelho quando se estendia para
o norte até o Lago Timsah).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 49 ]


Recuo do Mar Vermelho e o declínio do Nilo

Alguns historiadores acreditam que o Mar
Vermelho recuou gradualmente ao longo dos séculos, sua
costa movendo-se lentamente para o sul, afastando-se do
Lago Timsah e do Grande Lago Amargo. Juntamente com
o acúmulo persistente de lodo do Nilo, a manutenção e o
reparo do canal de Ptolomeu tornaram-se cada vez mais
complicados a cada século que passava.

Duzentos anos após a construção do canal de
Ptolomeu, Cleópatra parece não ter tido nenhuma
passagem hidroviária oeste-leste, porque o braço
pelusíaco do Nilo, que alimentava o canal oeste-leste de
Ptolomeu, já havia diminuído, sendo sufocado com lodo.
Em apoio a esta afirmação, pode-se notar que em 31 aC,
durante uma reversão da sorte na guerra de Marco Antônio
e Cleópatra contra Otaviano, ela tentou escapar do Egito
com sua frota, levantando os navios do Mediterrâneo e
arrastando-os através do istmo de Suez até ao Mar
Vermelho. Depois, segundo Plutarco, os árabes de Petra
atacaram e queimaram a primeira leva destes navios e
Cleópatra abandonou o esforço. (Historiadores modernos,
no entanto, afirmam que seus navios foram queimados
pelas forças inimigas de Malichus I).

Cairo ao Mar Vermelho
O antigo canal foi escavado novamente pelo
imperador romano Trajano no século I dC, que o nomeou
Amnis Traianus em sua homenagem. Ele teria movido sua

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 50 ]
foz no Nilo mais ao sul, no local onde hoje é o Antigo Cairo.
Na época da conquista árabe em 641 DC, este canal havia
caído em desuso. O comandante da força muçulmana,
Amr ibn al-As, ordenou que ela fosse restaurada para
melhorar as conexões entre o Egito e Medina, a capital
muçulmana na época. O canal muçulmano foi escavado
mais ao norte do canal de Trajano, juntando-se ao Nilo
perto do que hoje é o bairro de Sayyida Zaynab, no Cairo.
Este canal supostamente terminava perto da moderna
Suez. O local do antigo canal romano perto do Nilo foi
absorvido pela nova cidade de Fustat.

Um tratado de geografia De Mensura Orbis Terrae
escrito pelo monge irlandês Dicuil (nascido no final do
século VIII) relata uma conversa com outro monge, Fidelis,
que navegou no canal do Nilo ao Mar Vermelho durante
uma peregrinação à Terra Santa no primeira metade do
século VIII.

Diz-se que o califa abássida al-Mansur ordenou o
fechamento deste canal em 767 para evitar que os
suprimentos chegassem aos detratores árabes. A seção
restante do canal perto do Nilo, conhecida como Khalij,
continuou a servir como parte da infraestrutura hídrica do
Cairo até o século XIX. Em períodos posteriores, o canal
foi fechado com dique durante grande parte do ano e
reaberto durante a época das cheias. Alega-se que o califa
fatímida al-Hakim reparou a passagem do Cairo para o Mar
Vermelho, mas apenas brevemente, por volta de 1000 dC,
pois logo "ficou sufocada com areia".

Concepção de Veneza

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 51 ]

A bem-sucedida navegação da África Austral em
1488 por Bartolomeu Dias abriu uma rota comercial
marítima direta para a Índia e as Ilhas das Especiarias, e
mudou para sempre o equilíbrio do comércio
mediterrânico. Um dos perdedores mais proeminentes da
nova ordem, como antigos intermediários, foi o antigo
centro comercial de especiarias de Veneza.

Os líderes venezianos, levados ao desespero,
consideraram cavar um canal entre o Mar Vermelho e o
Nilo – antecipando o Canal de Suez em quase 400 anos –
para trazer novamente as inundações do comércio de luxo
às suas portas. Mas isso continuou sendo um sonho. - 
Colin Thubron, Marinheiros: Os Venezianos (1980), p. 102

Apesar de ter entrado em negociações com os
mamelucos governantes do Egito, o plano veneziano de
construir o canal foi rapidamente posto de lado pela
conquista otomana do Egito em 1517, liderada pelo sultão
Selim I.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 52 ]

Durante nossa peregrinação pelo Egito, saímos do Cairo e
nos dirigíamos para o monte Sinai. No percurso havia um
restaurante muito elegante, que servia de ponto de parada
para os turistas. Na primeira foto vemos três ônibus de três
agências diferentes, sendo que duas delas eram de
brasileiros.


Tentativas otomanas

Durante o século XVI, o grão-vizir otomano Sokollu
Mehmed Pasha tentou construir um canal ligando o Mar
Vermelho e o Mediterrâneo. Isto foi motivado pelo desejo
de ligar Constantinopla às rotas de peregrinação e
comércio do Oceano Índico, bem como por preocupações
estratégicas - à medida que a presença europeia no
Oceano Índico crescia, os interesses mercantis e
estratégicos otomanos eram cada vez mais desafiados, e
o Sublime Porte foi cada vez mais pressionado a afirmar a

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 53 ]
sua posição. Um canal navegável permitiria à Marinha
Otomana conectar suas frotas do Mar Vermelho, do Mar
Negro e do Mediterrâneo. No entanto, este projeto foi
considerado muito caro e nunca foi concluído.

A descoberta de um antigo canal por Napoleão

Durante a campanha francesa no Egito e na Síria
no final de 1798, Napoleão manifestou interesse em
encontrar os restos de uma antiga passagem fluvial. Isto
culminou com um grupo de arqueólogos, cientistas,
cartógrafos e engenheiros vasculhando o norte do Egito.
Suas descobertas, registradas na Description de l'Égypte ,
incluem mapas detalhados que retratam a descoberta de
um antigo canal que se estende para o norte a partir do Mar
Vermelho e depois para o oeste em direção ao Nilo.

Mais tarde, Napoleão, que se tornou imperador
francês em 1804, contemplou a construção de um canal
norte-sul para ligar o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Mas
o plano foi abandonado porque concluiu incorretamente
que a hidrovia necessitaria de eclusas para funcionar, cuja
construção seria dispendiosa e demorada. A crença na
necessidade de eclusas baseava-se na crença errônea de
que o Mar Vermelho era 8,5 m mais alto que o
Mediterrâneo. Este foi o resultado do uso de medições de
pesquisa fragmentárias feitas em tempo de guerra durante
a expedição egípcia de Napoleão.

Ainda em 1861, a antiga rota não navegável
descoberta por Napoleão de Bubastis ao Mar Vermelho
ainda canalizava água para o extremo leste até Kassassin.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 54 ]

História do Canal de Suez

Período provisório


Carta batimétrica, norte do Golfo de Suez, rota
para o Cairo, 1856

Apesar dos desafios de construção que poderiam
ter resultado da alegada diferença nos níveis do mar, a
ideia de encontrar uma rota mais curta para leste
permaneceu viva. Em 1830, o general Francis Chesney
apresentou um relatório ao governo britânico afirmando
que não havia diferença de elevação e que o Canal de
Suez era viável, mas o seu relatório não recebeu mais
atenção. O tenente Waghorn estabeleceu sua "Rota

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 55 ]
Terrestre", que transportava correio e passageiros para a
Índia via Egito.

Barcaças de isolamento para pilotos em
quarentena durante construção do canal de Suez

Linant de Bellefonds, um explorador francês do
Egito, tornou-se engenheiro-chefe das Obras Públicas do
Egito. Além de suas funções normais, pesquisou o Istmo
de Suez e fez planos para o Canal de Suez. Os Saint-
Simonianistas franceses mostraram interesse no canal e,
em 1833, Barthélemy Prosper Enfantin tentou chamar a
atenção de Muhammad Ali para o canal, mas não teve
sucesso. Alois Negrelli, o pioneiro da ferrovia ítalo -
austríaca , interessou-se pela ideia em 1836.

Em 1846, a Société d'Études du Canal de Suez de
Prosper Enfantin convidou vários especialistas, entre eles
Robert Stephenson, Negrelli e Paul-Adrien Bourdaloue
para estudar a viabilidade do Canal de Suez (com a ajuda

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 56 ]
de Linant de Bellefonds). O levantamento do istmo feito por
Bourdaloue foi a primeira evidência geralmente aceita de
que não havia diferença prática na elevação entre os dois
mares. A Grã-Bretanha, no entanto, temia que um canal
aberto a todos pudesse interferir no seu comércio com a
Índia e, portanto, preferiu uma ligação ferroviária de
Alexandria, via Cairo, até Suez, que Stephenson acabou
por construir.

Construção pela Suez Canal Company

Preparativos (1854-1858)


Canal de Suez, 1869

Em 1854 e 1856, Ferdinand de Lesseps obteve
uma concessão de Sa'id Pasha, o quediva do Egito e do
Sudão, para criar uma empresa para construir um canal
aberto a navios de todas as nações. A empresa operaria o

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 57 ]
canal por 99 anos a partir de sua inauguração. De Lesseps
usou seu relacionamento amigável com Sa'id, que
desenvolveu enquanto era diplomata francês na década de
1830. Conforme estipulado nas concessões, de Lesseps
convocou a Comissão Internacional para a perfuração do
istmo de Suez (Comission Internationale pour le percement
de l'isthme de Suez) composta por 13 especialistas de sete
países, entre eles John Robinson McClean, mais tarde
presidente do Instituto de Engenheiros Civis de Londres, e
novamente Negrelli, para examinar os planos
desenvolvidos por Linant de Bellefonds e aconselhar sobre
a viabilidade e a melhor rota para o canal. Após pesquisas
e análises no Egito e discussões em Paris sobre vários
aspectos do canal, onde prevaleceram muitas das ideias
de Negrelli, a comissão produziu um relatório unânime em
dezembro de 1856 contendo uma descrição detalhada do
canal completa com plantas e perfis. A Companhia do
Canal de Suez (Compagnie Universelle du Canal Maritime
de Suez) surgiu em 15 de dezembro de 1858.
O governo britânico se opôs ao projeto desde o
início até a sua conclusão. Os britânicos, que controlavam
tanto a rota do Cabo como a rota terrestre para a Índia e o
Extremo Oriente, favoreciam o status quo, dado que um
canal poderia perturbar a sua supremacia comercial e
marítima. Lord Palmerston, o inimigo mais inabalável do
projeto, confessou em meados da década de 1850 o
verdadeiro motivo da sua oposição: que as relações
comerciais e marítimas da Grã -Bretanha seriam
derrubadas pela abertura de uma nova rota, aberta a todas
as nações, e assim privaria o seu país de suas atuais
vantagens exclusivas. Como uma das medidas
diplomáticas contra o projeto, quando mesmo assim foi

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 58 ]
adiante, desaprovou o uso de "trabalho forçado" para a
construção do canal. O trabalho involuntário no projeto
cessou e o vice-rei condenou a corvéia, suspendendo o
projeto.

Abertura do Canal de Suez, 1869

A opinião internacional foi inicialmente cética e as
ações da Suez Canal Company não venderam bem no
exterior. A Grã-Bretanha, a Áustria e a Rússia não
compraram um número significativo de ações. Com a ajuda
da família de banqueiros Cattaui e a sua relação com
James de Rothschild da Casa Francesa de Rothschild,
títulos e ações foram promovidos com sucesso na França
e noutras partes da Europa. Todas as ações francesas
foram rapidamente vendidas na França. Um cético
britânico contemporâneo afirmou: "Uma coisa é certa...
nossa comunidade mercantil local não presta nenhuma
atenção prática a esta grande obra, e é legítimo duvidar
que as receitas do canal... possam algum dia ser
suficientes para recuperar seu valor e taxa de manutenção.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 59 ]
Em qualquer caso, nunca se tornará uma forma acessível
para um grande navio.

Construção (1859-1869)

As obras começaram nas margens do futuro Port
Said em 25 de abril de 1859.


Desenho de 1881 do Canal de Suez

A escavação durou cerca de 10 anos, com trabalho
forçado (corvéia) sendo empregado até 1864 para escavar
o canal. Algumas fontes estimam que mais de 30.000
pessoas trabalharam no canal em um determinado

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 60 ]
período, que mais de 1,5 milhão de pessoas de vários
países estavam empregadas, e que dezenas de milhares
de trabalhadores morreram, muitos deles da cólera e de
epidemias semelhantes.

As estimativas do número de mortes variam
amplamente, com Gamal Abdel Nasser citando 120.000
mortes após a nacionalização do canal em um discurso de
26 de julho de 1956 e o diretor médico da empresa
relatando não mais do que 2,49 mortes por mil em 1866.
Duplicando essas estimativas com uma suposição
generosa de 50.000 funcionários ativos por ano durante 11
anos colocaria uma estimativa conservadora em menos de
3.000 mortes. Baseando-se mais de perto nos dados
limitados relatados na época, o número seria inferior a
1.000.

[Mulçumanos sempre mentindo e exagerando para
de alguma forma criar má impressão contra o ocidente...]

Cidades da empresa

Desde a sua inauguração até 1925, a Suez Canal
Company construiu uma série de cidades corporativas ao
longo do canal para servir a sua operação. Incluíam portos
e suas instalações, bem como alojamento para
funcionários segregados por raça ou nacionalidade. Estes
foram Port Said (1869) e Port Fuad (1925) na entrada norte
do canal pelo Mediterrâneo, Ismailia (1862) perto do meio
e norte do Lago Timsah, e Port Twefik (1867) na entrada
sul do canal em o mar Vermelho.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 61 ]
Inauguração (17 de novembro de 1869)


Canal de Suez, Egito. Início dos anos 1900.
Coleção de Arquivo Goodyear. Museu do Brooklyn.


O canal foi inaugurado sob controle francês em
novembro de 1869. As cerimônias de abertura começaram
em Port Said na noite de 15 de novembro, com
iluminações, fogos de artifício e um banquete no iate do
quediva Isma'il Paxá do Egito e do Sudão. Os convidados
reais chegaram na manhã seguinte: o imperador Francisco
José I, a imperatriz francesa Eugénia no iate imperial
L'Aigle, o príncipe herdeiro da Prússia e o príncipe Luís de
Hesse. Outros convidados internacionais incluíram o
historiador natural americano HW Harkness. À tarde houve
bênçãos do canal com cerimônias muçulmanas e cristãs,
tendo uma mesquita e uma igreja temporárias sido
construídas lado a lado na praia. À noite houve mais
iluminações e fogos de artifício.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 62 ]


Esta foto eu tirei após várias horas viajando do
Cairo, atravessando o canal de Suez e parando em uma
loja de conveniência as margens do Mar Vermelho. Os pés
estava inchado após tanto tempo sentado no ônibus.


Na manhã de 17 de novembro, uma procissão de
navios entrou no canal, encabeçada pelo L'Aigle. Entre os
navios que o seguiram estava o HMS Newport,
capitaneado por George Nares, que pesquisou o canal em
nome do Almirantado alguns meses depois. O Newport
esteve envolvido em um incidente que demonstrou alguns
dos problemas com o canal. Houve sugestões de que a
profundidade de partes do canal no momento da
inauguração não era tão grande quanto o prometido e que
a parte mais profunda do canal nem sempre estava limpa,
havendo risco de encalhe. O primeiro dia da passagem
terminou no Lago Timsah, 76 quilômetros (41 milhas
náuticas) ao sul de Port Said. O navio francês Péluse

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 63 ]
ancorou perto da entrada, depois girou e encalhou, o navio
e sua corda bloqueando o caminho para o lago. Os navios
seguintes tiveram que ancorar no próprio canal até que o
Péluse fosse retirado na manhã seguinte, dificultando a
sua participação na celebração daquela noite em Ismaília.
Exceto o Newport: Nares enviou um barco para fazer
sondagens e conseguiu contornar o Péluse para entrar no
lago e ali ancorar para passar a noite.


Carta náutica do Canal de Suez publicada logo
após a inauguração, com dados de levantamento do HMS
Newport sob a direção de George Nares.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 64 ]
Ismaília foi palco de mais celebrações no dia
seguinte, incluindo uma “marcha” militar, iluminações e
fogos de artifício, e um baile no Palácio do Governador. O
comboio partiu novamente na manhã do dia 19 de
novembro, para o restante da viagem até Suez. Depois de
Suez, muitos dos participantes dirigiram-se ao Cairo e
depois às Pirâmides, onde uma nova estrada foi construída
para a ocasião.


Da janela do nosso ônibus eu tirei esta foto.
Quando pegamos a estrada que sai das margens do Mar
Vermelho e começamos a entrar no interior da península
do Sinai, as montanhas começam a se destacarem na
paisagem.

Um navio da Anchor Line, o SS Dido , tornou-se o
primeiro a passar pelo Canal de Sul para Norte.

Dificuldades iniciais (1869-1871)

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 65 ]
Embora numerosos problemas técnicos, políticos e
financeiros tenham sido superados, o custo final foi mais
que o dobro da estimativa original.

O quediva, em particular, conseguiu superar as
reservas iniciais dos credores britânicos e franceses,
recorrendo à ajuda da família Sursock, cujas profundas
ligações revelaram-se inestimáveis para garantir muito
apoio internacional ao projeto.

Após a inauguração, a Suez Canal Company
passou por dificuldades financeiras. As restantes obras
foram concluídas apenas em 1871, e o tráfego ficou abaixo
das expectativas nos primeiros dois anos. De Lesseps,
portanto, tentou aumentar as receitas interpretando o tipo
de tonelada líquida referida na segunda concessão
(tonneau de capacité) como significando a capacidade de
carga de um navio e não apenas a tonelagem líquida
teórica do "Sistema Moorsom" introduzido na Grã-Bretanha
pelo Merchant Lei de Navegação em 1854. As atividades
comerciais e diplomáticas que se seguiram resultaram no
estabelecimento de um tipo específico de tonelagem
líquida pela Comissão Internacional de Constantinopla e na
resolução da questão das tarifas em seu protocolo de 18
de dezembro de 1873. Esta foi a origem do Canal de Suez.
Arqueação Líquida e o Certificado de Arqueação Especial
do Canal de Suez, ambos ainda em uso hoje.

Crescimento e reorganização

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 66 ]

Canal de Suez, c. 1914


Participação do Comp. Universelle du Canal
Maritime de Suez, emitido em 2 de junho de 1924

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 67 ]

Um navio navegando pelo Canal de Suez em 1955

O canal teve um efeito imediato e dramático no
comércio mundial. Combinado com a ferrovia
transcontinental americana concluída seis meses antes,
permitiu que o mundo circulasse em tempo recorde.
Desempenhou um papel importante no aumento da
colonização europeia da África. A construção do canal foi
um dos motivos do Pânico de 1873 na Grã-Bretanha,
porque as mercadorias do Extremo Oriente eram, até
então, transportadas em navios à vela ao redor do Cabo da
Boa Esperança e armazenadas em armazéns britânicos. A
incapacidade de pagar suas dívidas bancárias levou o
sucessor de Said Pasha, Isma'il Pasha, em 1875, a vender
sua participação de 44% no canal por £ 4.000.000 (US$
19,2 milhões), equivalente a £ 432 milhões a £ 456 milhões
(US$ 540 milhões a US$ 570 milhões) em 2019, ao
governo do Reino Unido. Os acionistas franceses ainda
detinham a maioria. A agitação local fez com que os
britânicos invadissem em 1882 e assumissem o controle

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 68 ]
total, embora nominalmente o Egito permanecesse parte
do Império Otomano. A representante britânica de 1883 a
1907 foi Evelyn Baring, 1.º Conde de Cromer, que
reorganizou e modernizou o governo e reprimiu rebeliões
e corrupção, facilitando assim o aumento do tráfego no
canal.


Quando viajávamos as margens do Mar Vermelho,
víamos alguns vilarejos. As paisagens de certos lugares
nos remetia a lembrança dos dias bíblicos.


Os países mediterrâneos europeus, em particular,
beneficiaram economicamente do Canal de Suez, uma vez
que tinham agora ligações muito mais rápidas à Ásia e à
África Oriental do que as nações comerciais marítimas da
Europa do Norte e Ocidental, como a Grã-Bretanha, os
Países Baixos ou a Alemanha. O maior beneficiário no
Mediterrâneo foi a Áustria-Hungria, que participou no
planeamento e construção do canal. A maior empresa de
comércio marítimo austríaca, Österreichischer Lloyd,

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 69 ]
experimentou uma rápida expansão após a conclusão do
canal, assim como a cidade portuária de Trieste, então
uma possessão austríaca. A empresa era sócia da
Compagnie Universelle du Canal de Suez, cujo vice-
presidente era o cofundador do Lloyd, Pasquale Revoltella.

Em 1900, um teste de dragagem foi realizado pela
Suez Canal Company para determinar qual navio ajudaria
no alargamento e aprofundamento do canal. Um dos
navios testados na dragagem foi o Hercules, um navio de
propriedade do governo de Queensland na Austrália. O
Hércules dragou depósitos de granito e calcário, mas foi
determinado no final do teste que o Hércules não seria
usado para a dragagem do Canal de Suez. O navio foi
então devolvido a Brisbane, Austrália, em janeiro de 1901.

A Convenção de Constantinopla em 1888 declarou
o canal uma zona neutra sob a proteção dos britânicos, que
ocuparam o Egito e o Sudão a pedido do quediva Tewfiq
para suprimir a revolta Urabi contra o seu governo. A
revolta durou de 1879 a 1882. Os britânicos defenderam a
passagem estrategicamente importante contra um grande
ataque otomano em 1915, durante a Primeira Guerra
Mundial. Sob o Tratado Anglo-Egípcio de 1936, o Reino
Unido manteve o controle sobre o canal. Com a eclosão da
Segunda Guerra Mundial, o canal voltou a ser
estrategicamente importante; As tentativas ítalo-alemãs de
capturá-lo foram repelidas durante a Campanha do Norte
da África, o que garantiu que o canal permanecesse
fechado à navegação do Eixo.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 70 ]
Crise de Suez

Crise de Suez e Fechamento do Canal de Suez
(1956–1957)

A fumaça sobe dos tanques de petróleo ao lado do
Canal de Suez, atingidos durante o ataque anglo-francês
inicial a Port Said, em 5 de novembro de 1956.

Em 1951, o Egito repudiou o tratado de 1936 com
a Grã-Bretanha. Em Outubro de 1954, o Reino Unido
concordou provisoriamente em retirar as suas tropas da
Zona do Canal. Devido às aberturas egípcias em relação à
União Soviética, tanto o Reino Unido como os Estados
Unidos retiraram a sua promessa de apoiar
financeiramente a construção da barragem de Assuão. O
presidente egípcio Gamal Abdel Nasser respondeu
nacionalizando o canal em 26 de julho de 1956 e

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 71 ]
transferindo-o para a Autoridade do Canal de Suez, com a
intenção de financiar o projeto da barragem usando as
receitas do canal. No mesmo dia em que o canal foi
nacionalizado, Nasser também fechou o Estreito de Tiran
a todos os navios israelitas. Isso levou à crise de Suez, na
qual o Reino Unido, a França e Israel invadiram o Egito. De
acordo com os planos de guerra pré-acordados no âmbito
do Protocolo de Sèvres, Israel invadiu a Península do Sinai
em 29 de outubro, forçando o Egito a enfrentá-los
militarmente, e permitindo que a parceria anglo-francesa
declarasse os combates resultantes uma ameaça à
estabilidade no Médio Oriente e entrar na guerra –
oficialmente para separar as duas forças, mas na realidade
para recuperar o Canal e derrubar o governo Nasser.

Para salvar os britânicos do que ele considerava
uma ação desastrosa e impedir a guerra de uma possível
escalada, o Secretário de Estado canadense para
Relações Exteriores, Lester B. Pearson, propôs a criação
da primeira força de manutenção da paz das Nações
Unidas para garantir o acesso ao canal para tudo e uma
retirada israelense da Península do Sinai. Em 4 de
Novembro de 1956, uma maioria nas Nações Unidas votou
a favor da resolução de manutenção da paz de Pearson,
que determinava que as forças de manutenção da paz da
ONU permanecessem no Sinai, a menos que tanto o Egito
como Israel concordassem com a sua retirada. Os Estados
Unidos apoiaram esta proposta pressionando o governo
britânico através da venda da libra esterlina, o que
provocaria a sua desvalorização. A Grã -Bretanha
convocou então um cessar-fogo e mais tarde concordou
em retirar as suas tropas até ao final do ano. Pearson

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 72 ]
recebeu mais tarde o Prêmio Nobel da Paz. Como
resultado dos danos e dos navios afundados sob as ordens
de Nasser, o canal ficou fechado até abril de 1957, quando
foi desobstruído com a ajuda da ONU. Uma força da ONU
(UNEF) foi estabelecida para manter a livre navegabilidade
do canal e a paz na Península do Sinai.

Guerras árabe-israelenses de 1967 e 1973

Fechamento do Canal de Suez (1967-1975)


Veículos egípcios cruzando o Canal de Suez em 7
de outubro de 1973, durante a Guerra do Yom Kippur

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 73 ]

Um tanque israelense M60 / Magach cruza o Canal
de Suez, 1973

Após a Guerra Árabe-Israelense de 1948, o Egito
fechou o Canal à navegação israelense, apesar das
resoluções do Conselho de Segurança da ONU de 1949 e
1951 instarem que não o fizesse, alegando que as
hostilidades haviam terminado com o acordo de armistício
de 1949.

O Egito fechou o Canal novamente durante a Crise
de Suez de 1956.

Em 16 de maio de 1967, Nasser ordenou que as
forças de manutenção da paz da UNEF saíssem da
Península do Sinai, incluindo a área do Canal de Suez.
Tropas egípcias foram enviadas ao Sinai para ocupar o seu
lugar. Israel protestou contra a ordem de Nasser em 21 de
maio de fechar o Estreito de Tiran ao comércio israelense.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 74 ]
Após a Guerra dos Seis Dias de 1967, as forças
israelenses ocuparam a Península do Sinai, incluindo toda
a margem leste do Canal de Suez. Nos anos seguintes as
tensões entre o Egito e Israel intensificaram-se e de março
de 1969 até agosto de 1970, ocorreu uma guerra de
desgaste enquanto o então presidente egípcio, Gamal
Abdel Nasser, tentava retomar os territórios ocupados por
Israel durante o conflito. Os combates cessaram após a
morte de Nasser em 28 de setembro de 1970. Após este
conflito não houve mudanças na distribuição do território,
mas as tensões subjacentes persistiram.

Não querendo permitir que os israelitas utilizassem
o canal, o Egito impôs um bloqueio que fechou o canal a
todos os navios imediatamente após o início da Guerra dos
Seis Dias. O canal permaneceu bloqueado por oito anos.
Não houve previsão deste acontecimento e
consequentemente quinze navios cargueiros, conhecidos
como " Frota Amarela ", ficaram presos no canal,
permanecendo lá até sua reabertura em 1975.

Em 6 de outubro de 1973, durante a Guerra do
Yom Kippur, o Canal foi palco da Operação Badr, na qual
o exército egípcio cruzou para o Sinai ocupado por Israel.
Muitos destroços deste conflito permanecem visíveis ao
longo das margens do canal. Em 22 de outubro de 1973,
as forças israelenses contra-atacaram cruzando o Canal
de Suez para o Egito e avançando em direção à cidade de
Suez, onde permaneceram até depois que Israel e o Egito
assinaram, em 18 de janeiro de 1974, um acordo,
comumente conhecido como Sinai I, com o nome oficial de
Acordo de Separação de Forças do Sinai, que incluía a

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 75 ]
retirada das forças israelenses do lado ocidental do Canal
de Suez.


Acostumado com a paisagem verde e de florestas
exuberantes do Brasil como a floresta da Mata Atlântica e
a floresta Amazônica, eu muitas vezes ficava me
preguntando como os egípcios conseguiam viver em um
lugar tão árido como aqui, as margens do Mar Vermelho.


Operações de remoção de minas (1974–75)

Presidente Anwar Sadat e Ministro da Defesa
Ahmed Ismail na reabertura do Canal de Suez, 5 de junho
de 1975
Após a Guerra do Yom Kippur, os Estados Unidos
iniciaram a Operação Nimbus Moon. O navio de assalto
anfíbio USS Inchon (LPH-12) foi enviado ao Canal,
transportando 12 helicópteros caça-minas RH-53D do

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 76 ]
Esquadrão 12 de Helicópteros de Contramedidas de
Minas. Eles limparam parcialmente o canal entre maio e
dezembro de 1974. Foi substituído pelo LST USS
Barnstable Condado (LST1197). A Marinha Real Britânica
iniciou a Operação Rheostat e o Grupo de Tarefa 65.2
forneceu para a Operação Rheostat One (seis meses em
1974), os caçadores de minas HMS Maxton, HMS
Bossington e HMS Wilton, a Fleet Clearance Diving Team
(FCDT) e HMS Abdiel, um navio de apoio prático de
minelayer/MCMV; e para a Operação Rheostat Two (seis
meses em 1975) os caçadores de minas HMS Hubberston
e HMS Sheraton, e HMS Abdiel. Quando as Operações de
Desminagem do Canal foram concluídas, o canal e seus
lagos foram considerados 99% livres de minas. O canal foi
então reaberto pelo presidente egípcio Anwar Sadat a
bordo de um contratorpedeiro egípcio, que liderou o
primeiro comboio em direção ao norte para Port Said em
1975, ao seu lado estava o príncipe herdeiro iraniano Reza
Pahlavi.

Presença da ONU

O mandato da UNEF expirou em 1979. Apesar dos
esforços dos Estados Unidos, Israel, Egito e outros para
obter uma extensão do papel da ONU na observação da
paz entre Israel e o Egito, conforme exigido no tratado de
paz Egito-Israel de 1979, o mandato não pôde ser
prorrogado devido ao veto da União Soviética no Conselho
de Segurança da ONU, a pedido da Síria. Assim, as
negociações para uma nova força de observadores no
Sinai produziram a Força Multinacional e Observadores
(MFO), estacionada no Sinai em 1981, em coordenação

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 77 ]
com uma retirada faseada de Israel. A MFO permanece
ativa ao abrigo de acordos entre os Estados Unidos, Israel,
Egito e outras nações.

Ignorar expansão


Adições de 2015 ao canal

Em 2014, meses depois de assumir o cargo de
Presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi ordenou a
expansão do desvio de Ballah de 61 metros de largura para
312 metros de largura por 35 quilômetros. O projeto foi
chamado de Novo Canal de Suez, pois permite que navios
transitem pelo canal em ambas as direções
simultaneamente. O projeto custou mais de LE 59,4 bilhões
(US$ 9 bilhões) e foi concluído em um ano. Sisi declarou o
canal expandido aberto a negócios em uma cerimônia em
6 de agosto de 2015.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 78 ]
Incidentes

Em 2004, o canal ficou fechado por três dias
quando o petroleiro Tropic Brilliance ficou preso.

Em 18 de outubro de 2017, o OOCL Japão
encalhou causando uma obstrução que bloqueou o canal
por algumas horas.

Obstrução de 2021


Imagem de satélite do Ever Given bloqueando o
canal em março de 2021
Em 23 de março de 2021, por volta das 05h40 UTC
(07h40 horário local), o Canal de Suez foi bloqueado em
ambas as direções pelo ultragrande navio porta -
contêineres Evergreen classe G Ever Given. O navio,

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 79 ]
operado pela Evergreen Marine, estava a caminho da
Malásia para a Holanda quando encalhou depois que
ventos fortes supostamente tiraram o navio do curso. Ao
encalhar, Ever Given virou de lado, bloqueando
completamente o canal. Embora parte da extensão do
canal seja paralela a um canal mais antigo e mais estreito
que pode ser usado para contornar obstruções, este
incidente ocorreu ao sul, em uma seção do canal onde há
apenas um canal. O local estava localizado em 30,01574°N
32,57918°E.

Quando o incidente começou, muitos economistas
e especialistas em comércio comentaram sobre os efeitos
da obstrução se não fosse resolvida rapidamente, citando
a importância do Suez para o comércio global; o incidente
provavelmente afetaria drasticamente a economia global
por causa das mercadorias presas que deveriam passar
pelo canal. Entre essas mercadorias, os carregamentos de
petróleo foram os mais afetados no rescaldo imediato,
devido a um número significativo ainda bloqueado sem
outra forma de chegar ao seu destino. Referindo-se ao
mercado europeu e americano, alguns espe cialistas
marítimos contestaram a previsão de um efeito drástico no
comércio, dizendo que esta "realmente não é uma rota de
trânsito substancial para o petróleo bruto", de acordo com
Marshall Steeves, analista do mercado de energia da IHS
Marki, e "há estoques existentes" de acordo com Camille
Egloff do Boston Consulting Group e fontes alternativas de
fornecimento, observando que o tráfego apenas
desacelerou e que pode ter impactado apenas setores com
escassez existente (como a indústria de semicondutores .
A Câmara Internacional de Navegação (ICS) estimou que

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 80 ]
até US$ 3 bilhões em carga passam pelo Canal de Suez
todos os dias.


O terreno arenoso ou pedregoso era o que se
destacava as margens do Mar Vermelho, na verdade tanto
de um lado como do outro do Golfo de Suez ou do golfo de
Aqaba, apenas existe um deserto infinito. Quando lemos
sobre a travessia dos hebreus sob a liderança de Moisés
saindo do Egito a Canaã entendemos porque o povo
reclamava tanto. Calor escaldante, falta de água e comida.
Aqui não é para homens comuns...



Foi dito que o bloqueio teria impacto nos
cronogramas de carga em todo o mundo. As companhias
de navegação também estavam a considerar a
possibilidade de desviar os seus navios ao longo da rota
muito mais longa em torno do Cabo da Boa Esperança. O

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 81 ]
primeiro navio porta-contêineres desviado foi o navio irmão
do Ever Given, Ever Greet.

Ever Given foi relançado em 29 de março. Em
poucas horas, o tráfego de carga foi retomado, resolvendo
lentamente o atraso de cerca de 450 navios. O primeiro
navio a passar pelo canal após a recuperação do Ever
Given foi o YM Wish, um navio de carga baseado em Hong
Kong.

Em 2 de abril de 2021, Usama Rabie, presidente
da Autoridade do Canal de Suez do Egito, disse que os
danos causados pelo bloqueio do canal poderiam atingir
cerca de bilhões de dólares. Rabie também revelou que
depois que o Canal de Suez retomou a navegação, a partir
do meio-dia de 31 de março, 285 navios de carga
passaram pelo canal sem problemas. Ele disse que os 175
cargueiros restantes que aguardam para passar pelo canal
passarão todos até 2 de abril.

Após o incidente, o governo egípcio anunciou que
iria alargar as partes mais estreitas do canal. Em 9 de
setembro de 2021, o canal foi brevemente bloqueado
novamente pelo MV Coral Crystal. No entanto, este navio
foi libertado em 15 minutos, apresentando perturbação
mínima para outros comboios.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 82 ]

O mar Vermelho foi um ponto geográfico épico na história
bíblica com a travessia dos hebreus milagrosamente com
o mar se abrindo. No século XX e XXI, o mar Vermelho
também se abriu para o comércio mundial, passando por
suas águas cargueiros transportando mercadorias para
todos os cantos do mundo. Quando olhava para suas
águas, eu sentia o poder que este mar tinha para a
contribuição da história.

Aterramento 2023

Em 25 de maio de 2023, um navio de carga com
bandeira de Hong Kong, desta vez MV Xin Hai Tong 23,
encalhou perto da extremidade sul do canal, mas foi
reflutuado por rebocadores em menos de um dia.

Layout e operação

Quando construído, o canal tinha 164 km de
comprimento e 8 m de profundidade. Após diversas
ampliações, são 193,30 kmde comprimento, 24 m de
profundidade e 205 m de largura. Consiste no canal de

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 83 ]
acesso norte de 22 km, o próprio canal de162,25 km e o
canal de acesso sul de 9 km.

O chamado Novo Canal de Suez, em
funcionamento desde 6 de agosto de 2015, possui
atualmente um novo canal paralelo na parte central, com
extensão superior a 35 quilômetros. Os parâmetros atuais
do Canal de Suez, incluindo ambos os canais individuais
da seção paralela, são: profundidade de 23 a 24 m e
largura de pelo menos 205 a 225 m (essa largura medida
em 11 m de profundidade).

Capacidade

O canal permite a passagem de navios com calado
de até 20 m ou 240.000 toneladas de porte bruto e até uma
altura de 68 m acima do nível da água e uma boca máxima
de 77,5 m sob certas condições. O canal pode lidar com
mais tráfego e navios maiores do que o Canal do Panamá,
já que as dimensões do Suezmax são maiores do que o
Panamax e o Novo Panamax. Alguns superpetroleiros são
demasiado grandes para atravessar o canal. Outros podem
descarregar parte de sua carga em um navio de
propriedade do canal para reduzir o calado, transitar e
recarregar na outra extremidade do canal. Em 15 de abril
de 2021, as autoridades egípcias anunciaram que iriam
alargar a secção sul do Canal de Suez para melhorar a
eficiência do canal. O plano cobre principalmente cerca de
30 quilômetros de Suez ao Grande Lago Amargo. Será

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 84 ]
alargado em 40 metros e a profundidade máxima
aumentará de cerca de 20 metros para cerca de 22 metros.


A costa do Mar Vermelho tem sido explorada pelos pelo
Egito e os seus vizinhos como potencial turístico e de
veraneio.



Navegação

Espera-se que os navios que se aproximam do
canal vindos do mar transmitam um rádio ao porto quando
estiverem a 15 milhas náuticas (28 quilômetros) da bóia
Fairway perto de Port Said. O canal não tem eclusas devido
ao terreno plano, e a pequena diferença no nível do mar
entre cada extremidade não tem consequências para o

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 85 ]
transporte marítimo. Como o canal não tem comportas
marítimas, os portos nas extremidades estariam sujeitos ao
impacto repentino de tsunamis do Mar Mediterrâneo e do
Mar Vermelho, de acordo com um artigo de 2012 no
Journal of Coastal Research.

Há uma rota marítima com áreas de passagem em
Ballah-Bypass perto de El Qantara e no Grande Lago
Amargo. Num dia normal, três comboios transitam pelo
canal, dois no sentido sul e um no sentido norte. A
passagem dura entre 11 e 16 horas a uma velocidade de
cerca de 8 nós (15 km/h; 9 mph). A baixa velocidade ajuda
a prevenir a erosão das margens pelas esteiras dos navios.

Em 1955, cerca de dois terços do petróleo da
Europa passavam pelo canal. Cerca de 8% do comércio
marítimo mundial é realizado através do canal. Em 2008,
21.415 navios passaram pelo canal e as receitas
totalizaram US$ 5,381 bilhões, com um custo médio por
navio de US$ 251.000.

As novas Regras de Navegação entraram em vigor
em 1º de janeiro de 2008, aprovadas pelo conselho de
administração da Autoridade do Canal de Suez (SCA) para
organizar o trânsito dos navios. As alterações mais
importantes incluem permitir a passagem de navios com
calado de 19 metros, aumentar a largura permitida de 32
para 40 metros (após operações de melhoria) e impor
multa às embarcações que utilizam pilotos de fora a SCA
dentro dos limites do canal sem permissão. As alterações
permitem a passagem de navios carregados com cargas
perigosas (como materiais radioativos ou inflamáveis) se

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 86 ]
estiverem em conformidade com as últimas alterações
fornecidas pelas convenções internacionais.

A SCA tem o direito de determinar o número de
rebocadores necessários para ajudar os navios de guerra
que atravessam o canal, para alcançar o mais alto grau de
segurança durante o trânsito.


Navios atracados em El Ballah durante o trânsito


USS America (CV-66), um porta-aviões americano
no Canal de Suez

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 87 ]

Navio porta-contêineres Hanjin Kaohsiung
transitando pelo Canal de Suez

Operação

Antes de agosto de 2015, o canal era demasiado
estreito para o tráfego livre nos dois sentidos, pelo que os
navios tinham de passar em comboios e utilizar desvios.
Os desvios foram de 78 km de 193 km (40%). De norte a
sul, são o desvio de Port Said (entradas) 36,5 km, o desvio
e ancoragem de Ballah 9 km, o desvio de Timsah 5 km e o
desvio de Deversoir (extremidade norte do Grande Lago
Amargo) 27,5 quilômetros. Os desvios foram concluídos
em 1980.

Normalmente, um navio levaria de 12 a 16 horas
para transitar pelo canal. A capacidade 24 horas do canal
era de cerca de 76 navios padrão.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 88 ]
Em agosto de 2014, o Egito escolheu um consórcio
que inclui o exército egípcio e a empresa global de
engenharia Dar Al-Handasah para desenvolver um centro
industrial e logístico internacional na área do Canal de
Suez, e iniciou a construção de uma nova seção do canal
de 60 a 95 km (37 a 59 mi) combinados com expansão e
escavação profunda dos outros 37 km (23 mi) do canal.
Isso permitirá a navegação em ambas as direções
simultaneamente na seção central do canal de 72
quilômetros de extensão. Estas extensões foram
formalmente abertas em 6 de agosto de 2015 pelo
Presidente Al-Sisi.


Pós-aprofundamento, graneleiro capesize se
aproxima da Ponte da Amizade

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 89 ]

O comboio para o norte espera no Grande Lago
Amargo enquanto o comboio para o sul passa, outubro de
2014

Navegação em comboio

Como o canal não atende ao tráfego bidirecional
não regulamentado, todos os navios transitam em
comboios em horários regulares, programados 24 horas
por dia. Todos os dias, um único comboio em direção ao
norte parte às 04:00 EET de Suez. Nos trechos de pista
dupla, o comboio usa a rota leste. Sincronizado com a
passagem deste comboio está o comboio em direção ao
sul. Começa às 03:30 EET de Port Said e passa pelo
comboio em direção ao norte no trecho de duas pistas.

Travessias de canal

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 90 ]


O canal em 2015


De norte a sul, as travessias são:

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 91 ]

A ponte flutuante El Nasr (31,2285°N 32,3042°E),
conectando Port Said a Port Fuad. Inaugurado em 2016,
420 m de comprimento.
A ponte flutuante Abanoub Gerges (30,8436°N
32,3168°E), 1,5 km ao norte da Ponte do Canal de Suez.
A Ponte do Canal de Suez (30,828248°N
32,317572°E), também chamada de Ponte da Amizade
Egípcio-Japonesa, uma ponte rodoviária de alto nível em
El Qantara. Em árabe, al qantara significa “arco”.
Inaugurado em 2001, tem um vão livre de 70 metros sobre
o canal e foi construído com a ajuda do governo japonês e
de Kajima.
A ponte ferroviária El Ferdan (30,657°N 32,334°E)
20 km (12 milhas) ao norte de Ismailia (30°35′N 32°16′E)
foi concluída em 2001 e é a ponte oscilante mais longa do
mundo, com um vão de 340 m. A ponte anterior foi
destruída em 1967 durante o conflito árabe-israelense. A
ponte atual não está mais funcional devido à expansão do
Canal de Suez, uma vez que a rota marítima paralela
concluída em 2015, logo a leste da ponte, carece de uma
estrutura que a atravesse. No entanto, surgiram planos em
2017 para construir uma nova ponte atravessando o canal
paralelo e convertendo a antiga ferrovia de via única no
Ferdan em uma via dupla, que em outubro de 2023 estava
quase concluída.
A ponte flutuante Ahmed el-Mansy (30,6054°N
32,3254°E), um par de pontões que ligam ambos os canais
A ponte flutuante Taha Zaki Abdullah (30,4729°N
32,3502°E), um par de pontões que ligam ambos os
canais.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 92 ]
Oleodutos que levam água doce sob o canal até o
Sinai, cerca de 57 km (35 milhas) ao norte de Suez, em
30°27,3′N 32°21,0′E.
O Túnel Ahmed Hamdi (30°5′9″N 32°34′32″E) ao
sul do Grande Lago Amargo (30°20′N 32°23′E) foi
construído em 1983. Devido a problemas de vazamento,
um novo túnel de água O túnel apertado foi construído
dentro do antigo de 1992 a 1995.
A ponte flutuante Ahmed Omar Shabrawy
(30,0453°N 32,5744°E)
A travessia da linha elétrica aérea do Canal de
Suez (29,996°N 32,583°E) foi construída em 1999.
Uma ferrovia na margem oeste corre paralela ao
canal em toda a sua extensão.

As cinco pontes flutuantes foram inauguradas
entre 2016 e 2019. Elas são projetadas para serem móveis
e podem ser completamente giradas contra as margens do
canal para permitir a passagem do canal, ou então seções
individuais podem ser movidas para criar um canal mais
estreito.

Seis novos túneis para carros e trens também
estão planejados ao longo do canal. Atualmente, o Ahmed
Hamdi é o único túnel que liga Suez ao Sinai.

Impacto econômico

Receita mensal do Canal de Suez em dólares
americanos

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 93 ]
O antigo porto de Trieste, um dos centros
econômicos do século XIX.



Eu e o pastor Márcio fomos companheiros inseparáveis
nesta viagem inesquecível de nossas vidas. Viajamos na
excursão da caravana da Tali Turismo de Ponta
Grossa/Paraná. Eram cerca de 50 peregrinos. Ônibus bem
confortável com excelente ar condicionado e foi uma
experiência inesquecível viajar pelo Egito as margens do
Mar Vermelho.

Economicamente, após a sua conclusão, o Canal
de Suez beneficiou principalmente as potências comerciais

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 94 ]
marítimas dos países mediterrâneos, que agora tinham
ligações muito mais rápidas com o Próximo e Extremo
Oriente do que as nações comerciais marítimas da Europa
do Norte e Ocidental, como a Grã -Bretanha ou a
Alemanha. O principal porto comercial dos Habsburgos,
Trieste, com suas conexões diretas com a Europa Central,
experimentou uma ascensão meteórica naquela época.


Durante uma parada na península do Sinai pela
caravana da Tali para os peregrinos almoçarem, eu preferir
aproveitar aquele tempo para explorar um vilarejo as
margens do Mar Vermelho e contemplar a rala vegetação.


O tempo economizado no século 19 para uma
suposta viagem de navio a vapor de Brindisi e Trieste para
Bombaim foi de 37 dias, de Gênova 32, de Marselha 31, de
Bordéus, Liverpool, Londres, Amsterdã e Hamburgo 24
dias. Naquela época, também era necessário considerar se
as mercadorias a serem transportadas poderiam suportar
a onerosa tarifa do canal. Isto levou a um rápido

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 95 ]
crescimento dos portos do Mediterrâneo com as suas rotas
terrestres para a Europa Central e Oriental. De acordo com
as informações de hoje das companhias marítimas, a rota
de Singapura a Roterdão através do Canal de Suez será
encurtada em 6.000 quilômetros e, portanto, em nove dias
em comparação com a rota ao redor de África. O Canal de
Suez desempenha um papel igualmente importante na
ligação entre a África Oriental e a região do Mediterrâneo.

No século XX, o comércio através do Canal de
Suez esteve várias vezes paralisado, devido às duas
guerras mundiais e à crise do Canal de Suez. Muitos fluxos
comerciais também foram transferidos dos portos do
Mediterrâneo para terminais do Norte da Europa, como
Hamburgo e Roterdão. Só após o fim da Guerra Fria, o
crescimento da integração econômica europeia, a
consideração das emissões de CO2 e a Iniciativa da Rota
da Seda Chinesa , é que os portos mediterrâneos, como o
Pireu e Trieste, estão novamente no centro do crescimento
e do investimento.

O Canal de Suez estabeleceu um novo recorde
com receita anual de US$ 9,4 bilhões em dólares para o
ano fiscal encerrado em 30 de junho de 2023.

Rotas alternativas

Antes da abertura do canal em 1869, as
mercadorias eram por vezes descarregadas de navios e
transportadas por terra entre o Mediterrâneo e o Mar
Vermelho.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 96 ]
Cabo Agulhas

A principal alternativa fica em torno do Cabo das
Agulhas, o ponto mais meridional da África, comumente
referido como rota do Cabo da Boa Esperança. Esta foi a
única rota marítima antes da construção do canal e quando
o canal foi fechado. Ainda é a única rota para navios
grandes demais para o canal. No início do século 21, o
Canal de Suez sofreu com a diminuição do tráfego devido
à pirataria na Somália, com muitas companhias marítimas
optando por seguir a rota mais longa. Entre 2008 e 2010,
estima-se que o canal perdeu 10% do tráfego devido à
ameaça de pirataria e outros 10% devido à crise financeira.
Um petroleiro indo da Arábia Saudita para os Estados
Unidos tem 4.345 km a mais para percorrer ao seguir a rota
ao sul da África, em vez do canal.

Rota do Mar do Norte

Uma comparação gráfica entre a Rota do Mar do
Norte (azul) e uma rota alternativa através do Canal de
Suez (vermelho)
Nos últimos anos, a diminuição do gelo marinho do
Ártico tornou a Rota do Mar do Norte viável para navios de
carga comercial entre a Europa e a Ásia Oriental durante
um período de seis a oito semanas nos meses de verão,
encurtando a viagem em milhares de quilómetros em
comparação com aquela. através do Canal de Suez. De
acordo com investigadores do clima polar, à medida que a
extensão da camada de gelo do Ártico no verão recua, a
rota tornar-se-á transitável sem a ajuda de quebra-gelos
durante um período maior a cada verão.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 97 ]


Durante minha expedição particular durante a
peregrinação pelo Egito, às margens do mar Vermelho, eu
recolhi minérios, areia e até água do mar e trouxe para o
Brasil. Na foto acima estou com uma garrafinha com areia
da praia do Mar Vermelho que hoje esta na minha coleção
de mineralogia.


O Grupo Beluga, com sede em Bremen, afirmou
em 2009 ser a primeira empresa ocidental a tentar usar a
Rota do Mar do Norte sem a ajuda de quebra-gelos,
cortando 6.400 quilômetros da viagem entre Ulsan, na
Coreia , e Roterdã , na Holanda.

Cabo Horn
Os navios à vela, como os windjammers no apogeu
da Grande Corrida de Grãos entre a Austrália e a Europa
durante a década de 1930, muitas vezes preferiam a rota
do Cabo Horn quando iam para a Europa, devido às
direções predominantes do vento, embora seja um pouco

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 98 ]
mais longa de Sydney à Europa desta forma do que
passando pelo Cabo das Agulhas.

Ferrovia do deserto de Negev

Em Fevereiro de 2012, Israel anunciou a sua
intenção de construir uma ferrovia entre o Mediterrâneo e
Eilat através do deserto de Negev para competir com o
canal. Em 2019, o projeto foi suspenso por tempo
indeterminado.

Impacto ambiental

Migração Lessepsiana

A abertura do canal criou a primeira passagem de
água salgada entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho.
Embora o Mar Vermelho seja cerca de 1,2 m mais alto que
o Mediterrâneo oriental, a corrente entre o Mediterrâneo e
o meio do canal nos Lagos Amargos flui para o norte no
inverno e para o sul no verão. A corrente ao sul dos Lagos
Amargos é de maré, variando com a maré em Suez. Os
Lagos Amargos, que eram lagos naturais hipersalinos,
bloquearam a migração de espécies do Mar Vermelho para
o Mediterrâneo durante muitas décadas, mas à medida que
a salinidade dos lagos gradualmente se igualou à do Mar
Vermelho, a barreira à migração foi removida, e plantas e
animais do Mar Vermelho começaram a colonizar o
Mediterrâneo oriental.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 99 ]

As poucas espécies de árvores que resistem ao
clima seco do deserto ao largo do Mar Vermelho, inclui
acácias e palmeira de tamareira. Tive oportunidade de
estar perto de algumas delas.


O Mar Vermelho é geralmente mais salgado e
menos rico em nutrientes do que o Mediterrâneo, de modo
que as espécies da Eritreia muitas vezes se dão bem no
ambiente “mais ameno” do Mediterrâneo Oriental. Pelo
contrário, muito poucas espécies mediterrân eas
conseguiram estabelecer-se nas condições “mais duras”
do Mar Vermelho. A passagem migratória dominante, de
sul para norte, através do canal é frequentemente
chamada de migração Lessepsiana (em homenagem a
Ferdinand de Lesseps) ou "invasão Eritreia". A recente
construção pelo governo egípcio de uma grande extensão
do canal - permitindo o tráfego nos dois sentidos na secção
central do canal e finalmente implementada em 2015 -
suscitou preocupações por parte dos biólogos marinhos,

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 100 ]
que temem que isso aumente a chegada de espécies do
Mar Vermelho. no Mediterrâneo.

Espécies exóticas do Oceano Indo-Pacífico e
introduzidas no Mediterrâneo através do canal desde a
década de 1880 tornaram-se um componente significativo
do ecossistema mediterrâneo. Já impactam a sua ecologia,
colocando em perigo algumas espécies locais e
endêmicas. Desde a abertura do canal, mais de mil
espécies do Mar Vermelho – plâncton, algas marinhas,
invertebrados, peixes – foram registadas no Mediterrâneo,
e muitas outras seguir-se-ão claramente. A mudança
resultante na biodiversidade não tem precedentes na
memória humana e está a acelerar: um estudo de longo
prazo em toda a Bacia realizado pela Comissão Científica
do Mediterrâneo documentou recentemente que nos
primeiros vinte anos deste século mais espécies de peixes
exóticos do Oceano Índico atingiram no Mediterrâneo do
que durante todo o século XX.

Historicamente, a construção do canal foi
precedida pelo corte de um pequeno canal de água doce
chamado Canal de Água Doce, do delta do Nilo ao longo
de Wadi Tumilat até o futuro canal, com um ramal ao sul
para Suez e um ramal ao norte para Port Said. Concluídos
em 1863, estes trouxeram água doce para uma área
anteriormente árida, inicialmente para a construção do
canal e, posteriormente, facilitando o crescimento da
agricultura e dos assentamentos ao longo do canal. No
entanto, a construção da Barragem Alta de Assuão através
do Nilo, que começou a funcionar em 1968, reduziu muito
o influxo de água doce e cortou todo o lodo natural rico em

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 101 ]
nutrientes que entrava no Mediterrâneo oriental no Delta
do Nilo.


Na primeira foto se vê o restaurante onde os
peregrinos de nossa caravana almoçaram as margens do
Mar Vermelho. Na segunda foto podemos contemplar
vários turistas e peregrinos da Terra Santa recolhendo
pedras do Mar Vermelho para levarem como recordação
desta gloriosa experiência.


Zona Econômica do Canal de Suez

Zona Econômica do Canal de Suez (SCZONE)

A Zona Económica do Canal de Suez, por vezes
abreviada para SCZONE, descreve o conjunto de locais
vizinhos do canal onde as taxas alfandegárias foram
reduzidas a zero para atrair investimentos. A zona
compreende mais de 461 km 2 nas províncias de Port Said,
Ismailia e Suez. Os projetos na zona são descritos
coletivamente como Projeto de Desenvolvimento da Área
do Canal de Suez (SCADP).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 102 ]

O plano centra-se no desenvolvimento de East
Port Said e do porto de Ain Sokhna, e espera estender-se
a mais quatro portos em West Port Said, El-Adabiya, Arish
e El Tor.

A zona incorpora as quatro "Zonas Industriais
Qualificadas" em Port Said, Ismailia e Suez, uma iniciativa
americana de 1996 para encorajar os laços econômicos
entre Israel e os seus vizinhos. [3]



MOISÉS ABRIU O MAR VERMELHO

Texto abaixo é de Andrei Tapalago de 16/12/2022:

Cientistas encontraram evidências confirmando
que Moisés dividiu o Mar Vermelho
Existe uma lógica científica por trás dos milagres

O evento bíblico e milagroso de Moisés dividindo
o mar vermelho surpreendeu muitas pessoas. É
considerado um dos milagres mais impressionantes
mencionados na Bíblia. Os israelitas foram conduzidos por
Moisés para fora do Egito e para a Terra Prometida. O
exército do rei do Egito foi atrás deles. Quando os israelitas
chegaram ao Mar Vermelho, Moisés estendeu a mão e fez
com que as águas se abrissem, garantindo sua segurança.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 103 ]
Os egípcios os perseguiram, mas quando Moisés
novamente obedeceu à instrução de Deus de estender a
mão, a água envolveu o exército. O Antigo Testamento
descreve esse evento (Êxodo 14: 19-31).

A divisão do Mar Vermelho é significativa porque
marca o ponto culminante da libertação dada por Deus ao
Seu povo da escravidão egípcia. A abertura do Mar
Vermelho e a saída dos israelitas do Egito são os maiores
atos de redenção do Antigo Testamento e são
freqüentemente usados para ilustrar o poder redentor de
Deus. Como Israel se lembra dos atos redentores de Deus
em sua adoração, os eventos do êxodo - incluindo a
abertura e a travessia do Mar Vermelho - são preservados
nos Salmos (por exemplo, Salmo 66:6; 78:13; 106:9;
136:13) .

Deus profetizou a Abraão que seus descendentes
se tornariam escravos em uma nação estrangeira por 400
anos, mas Deus prometeu libertá-los: “Mas trarei juízo
sobre a nação a que eles servem, e depois sairão com
grandes propriedades” (Gênesis 15:14).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 104 ]




Nas quatro fotos acima, vemos o pastor Marcio
Alves dos Anjos, meu grande companheiro desta viagem
pelo Oriente Médio em oração na praia do Mar Vermelho,
Eu e ele viemos em busca de uma maior conexão com
Deus e tivemos experiências sobrenaturais aqui na Terra
Santa, entre Egito e Israel. Estávamos o tempo todo em
espírito de oração, orando em pensamento ou em voz
baixinha.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 105 ]

De fato eu considero que os hebreus sofreram
muito em peregrinarem pelo deserto do Sinai após
atravessarem o mar Vermelho. A paisagem é muito bonita
para nós que estamos só a passeio, mas viver em uma
região daquela não é para os fracos. Cadê a vegetação
que nós estamos acostumados aqui no Brasil????

A maioria dos incrédulos considera os milagres
mencionados na Bíblia como mito ou símile. No entanto, as
evidências sugerem que pelo menos uma dessas supostas
impossibilidades - a divisão do Mar Vermelho para dar
espaço a Moisés e aos israelitas que escaparam - pode ter
sido possível.

Durante anos, os pesquisadores trabalharam para
descobrir como os israelitas conseguiram fugir dos
cavaleiros dos faraós. Para construir uma interpretação
cinematográfica dos Dez Mandamentos cinquenta anos
atrás, Cecil B. De Mille usou sua própria experiência em
efeitos especiais.

A ponte de terra seca mencionada no Êxodo pode
ter sido criada por várias combinações diferentes de vento

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 106 ]
e onda, de acordo com pesquisadores do Centro Nacional
de Pesquisa Atmosférica (NCAR) e da Universidade do
Colorado em Boulder (CU). Eles agora afirmam ter usado
modelagem de computador para reconstruir essas
possíveis combinações de vento e onda.

A fim de permitir que os israelitas atravessassem
as planícies de lama expostas antes que as ondas
voltassem e engolfassem a cavalaria do faraó, os
pesquisadores teorizaram que um forte vento leste
soprando durante a noite pode ter forçado o recuo das
águas em uma lagoa costeira no norte do Egito.

No final, ele chegou à conclusão de que ventos
consistentes de 63 mph soprando do leste sobre um lago
que havia sido recriado digitalmente ao longo do
Mediterrâneo perto da moderna cidade de Port Said podem
ter levado as águas de volta para as margens ocidentais,
expondo grandes planícies de lama e formando uma ponte
de terra que permaneceria alta e seca por quatro horas.

O rápido recuo e avanço do Mar Vermelho foram
atribuídos a um tsunami em pesquisas anteriores. Mas isso
contradiz a história bíblica das águas se dividindo
gradualmente durante a noite na presença de um forte
vento leste.


Versículos de Mar Vermelho

O Mar Vermelho foi o mar que Deus abriu e o povo
de Israel atravessou a pé, saindo do Egito. A travessia do

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 107 ]
Mar Vermelho foi um dos eventos mais importantes da
história de Israel.

Os judeus estavam encurralados entre o mar e o
exército egípcio. Não havia saída. O povo entrou em
pânico e Moisés clamou a Deus. Então Deus abriu o Mar
Vermelho com um vento forte e o povo todo atravessou. Os
egípcios viram isso e decidiram atravessar o mar também.
Mas quando estavam no meio do caminho Deus fechou o
mar e todos se afogaram. Israel foi salvo.

Nosso Deus é o Deus do impossível. Quando não
vemos solução podemos clamar e Ele pode abrir caminhos
onde não há. Nem o Mar Vermelho o pode parar.

Mar Vermelho na Bíblia

Abaixo alistei todas as passagens da Bíblia que
citam o MAR VERMELHO, quase todas fazem referência a
famosa travessia do Mar Vermelho de forma milagrosa por
Moisés e os hebreus saindo do Egito.

Moisés saiu da presença do faraó e orou ao
Senhor. E o Senhor fez soprar com muito mais força o
vento ocidental, e este en­volveu os gafanhotos e os
lançou no mar Ver­melho. Não restou um gafanhoto sequer
em toda a extensão do Egito. Êxodo 10:18-19

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 108 ]




Meus colegas de peregrinação se espalharam pela
praia do Mar Vermelho em certo momento e cada um fez
sua conexão com o local, uns recolhendo pedras, outros
orando, e quase todos registrado em fotos e vídeos aquele
momento especial.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 109 ]

Quando o faraó deixou sair o povo, Deus não o
guiou pela rota da terra dos filisteus, embora esse fosse o
caminho mais curto, pois disse: "Se eles se defrontarem
com a guerra, talvez se arrependam e voltem para o Egito".
As­sim, Deus fez o povo dar a volta pelo de­serto, seguindo
o caminho que leva ao mar Ver­melho. Os israelitas saíram
do Egito preparados para lutar. Êxodo 13:17-18
Disse o Senhor a Moisés: "Diga aos israelitas que
mudem o rumo e acampem perto de Pi -Hairote, entre
Migdol e o mar. Acam­pem à beira-mar, defronte de Baal-
Zefom. O faraó pensará que os israelitas estão vagando
confusos, cercados pelo deserto. Então endure­cerei o
coração do faraó, e ele os perseguirá. Todavia, eu serei
glorificado por meio do faraó e de todo o seu exército; e os
egípcios saberão que eu sou o Senhor". E assim fizeram
os israelitas. Êxodo 14:1-4


Então Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o
Senhor afastou o mar e o tornou em terra seca, com um
forte vento oriental que so­prou toda aquela noite. As
águas se dividiram, e os israelitas atravessaram pelo meio
do mar em terra seca, tendo uma parede de água à direita
e outra à esquerda. Os egípcios os perseguiram, e todos
os cavalos, carros de guerra e cavaleiros do faraó foram
atrás deles até o meio do mar. Êxodo 14:21-23


Mas o Senhor disse a Moisés: "Es­tenda a mão
sobre o mar para que as águas vol­tem sobre os egípcios,
sobre os seus carros de guerra e sobre os seus cavaleiros".

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 110 ]
Moisés estendeu a mão sobre o mar, e ao raiar do dia o
mar voltou ao seu lugar. Quando os egípcios estavam
fugindo, foram de encontro às águas, e o Senhor os lançou
ao mar. As águas volta­ram e encobriram os seus carros
de guerra e os seus cavaleiros, todo o exército do faraó
que havia perseguido os israelitas mar adentro. Nin­guém
sobreviveu. Êxodo 14:26-28


Então Moisés e os israelitas entoa­ram este
cântico ao Senhor: "Cantarei ao Senhor, pois triunfou
gloriosamente. Lançou ao mar o cavalo e o seu cavaleiro!
O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha
salvação! Ele é o meu Deus, e eu o louvarei; é o Deus de
meu pai, e eu o exaltarei! O Senhor é guerreiro, o seu nome
é Senhor. Ele lançou ao mar os carros de guerra e o
exército do faraó. Os seus melhores oficiais afogaram-se
no mar Vermelho. Águas profundas os encobriram; como
pedra desceram ao fundo. Êxodo 15:1-5


Depois Moisés conduziu Israel desde o mar
Vermelho até o deserto de Sur. Durante três dias
caminharam no deserto sem encontrar água. Êxodo 15:22





Os israelitas partiram de Ramessés no décimo
quinto dia do primeiro mês, no dia seguinte ao da Páscoa.
Saíram, marchando desafiadoramente à vista de todos os

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 111 ]
egípcios, enquanto estes sepultavam o primeiro filho de
cada um deles, que o Senhor matou. O Senhor impôs
castigo aos seus deuses. Os israelitas partiram de
Ramessés e acamparam em Sucote. Partiram de Sucote e
acamparam em Etã, nos limites do deserto. Partiram de
Etã, voltaram para Pi-Hairote, a leste de Baal-Zefom, e
acamparam perto de Migdol. Partiram de Pi-Hairote e
atravessaram o mar, chegando ao deserto, e, depois de
viajarem três dias no deserto de Etã, acamparam em Mara.
Partiram de Mara e foram para Elim, onde havia doze
fontes e setenta palmeiras, e acamparam ali. Partiram de
Elim e acamparam junto ao mar Vermelho. Partiram do mar
Vermelho e acamparam no deserto de Sim. Números 33:3-
11


Quando tirei os seus antepassados do Egito, vocês
vieram para o mar, e os egípcios os perseguiram com
carros de guerra e cavaleiros até o mar Vermelho. Mas os
seus antepassados clamaram a mim, e eu coloquei trevas
entre vocês e os egípcios; fiz voltar o mar sobre eles e os
encobrir. Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu
fiz com os egípcios. Depois disso vocês viveram no deserto
longo tempo. Josué 24:6-7


Pois o Senhor, o seu Deus, secou o Jordão perante
vocês até que o tivessem atravessado. O Senhor, o seu
Deus, fez com o Jordão como fizera com o mar Vermelho,
quando o secou diante de nós até que o tivéssemos
atravessado. Ele assim fez para que todos os povos da
terra saibam que a mão do Senhor é poderosa e para que

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 112 ]
vocês sempre temam o Senhor, o seu Deus". Josué 4:23-
24
No Egito, os nossos antepassados não deram
atenção às tuas maravilhas; não se lembraram das muitas
manifestações do teu amor leal e rebelaram-se junto ao
mar, o mar Vermelho. Contudo, ele os salvou por causa do
seu nome, para manifestar o seu poder. Repreendeu o mar
Vermelho, e este secou; ele os conduziu pelas profundezas
como por um deserto. Salvou-os das mãos daqueles que
os odiavam; das mãos dos inimigos os resgatou. As águas
cobriram os seus adversários; nenhum deles sobreviveu.
Então creram nas suas promessas e a ele cantaram
louvores. Salmos 106:7-12
Pela fé o povo atravessou o mar Vermelho como
em terra seca; mas, quando os egípcios tentaram fazê-lo,
morreram afogados. Hebreus 11:29

Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o
fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob
a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos
eles foram batizados na nuvem e no mar. 1 Coríntios 10:1-
2
"Estabelecerei as suas fronteiras desde o mar
Vermelho até o mar dos filisteus, e des­de o deserto até o
Eufrates. Entregarei em suas mãos os povos que vivem na
terra, os quais vocês expulsarão de diante de vocês. Êxodo
23:31


O rei Salomão também construiu navios em Eziom-
Geber, que fica perto de Elate, na terra de Edom, às
margens do mar Vermelho. E Hirão enviou em navios os

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 113 ]
seus marinheiros, homens experimentados que conheciam
o mar, para trabalharem com os marinheiros de Salomão.
Navegaram até Ofir e de lá trouxeram catorze mil e
setecentos quilos de ouro para o rei Salomão. 1 Reis 9:26-
28

Riviera do Mar Vermelho do Egito





A Riviera do Mar Vermelho, no Egito, é
imensamente popular entre turistas e moradores locais por
vários motivos: a) seu clima quente durante todo o ano, b)
suas praias de areia branca, c) seu mergulho incrível e d)
o fato de estar longe de toda a agitação da vida urbana

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 114 ]
(especialmente se você mora no Cairo, a diferença é noite
e dia).


A maioria dos turistas costuma reservar uma viagem
com tudo incluído para Hurghada ou Sharm el Sheikh
através de uma agência de turismo e, embora isso
obviamente seja um grande momento garantido, seria uma
pena pensar que essa é a extensão do que a Riviera do
Mar Vermelho tem a oferecer.



O que é exatamente a Riviera do Mar Vermelho
do Egito?


Em primeiro lugar, vamos explicar exatamente do
que estamos falando quando dizemos 'Red Sea Riviera'; A
riviera do Egito está dividida entre o Egito continental e a

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 115 ]
Península do Sinai, e inclui os dois golfos do Mar Vermelho,
o Golfo de Suez e o Golfo de Aqaba.
Todas as vilas/cidades/resorts/parques onde você
pode se hospedar na Riviera têm uma coisa importante em
comum: suas praias e clima incríveis. Todo o resto (tipo de
acomodação, atividades, comodidades, etc.) difere de
lugar para lugar.


Os principais locais para ficar na Riviera do Mar
Vermelho do Sinai são:

Ras Sudr, Parque Nacional Ras Mohammed, Sharm
el Sheikh, Dahab, Nuweiba, Ras Shetan e Taba.


Os principais lugares para ficar na Riviera do
Mar Vermelho continental do Egito são:
Ain El Sokhna, El Gouna, Hurghada, Sahl
Hasheesh, Baía Makadi, Baía Soma, Safaga, Marsa Alam
e Deep South.
OK ótimo. Mas, novamente, onde você deve ficar?
Vamos detalhar as principais coisas que você deve saber
sobre cada destino no Mar Vermelho, para que você possa
escolher o que realmente combina com *você* e não
apenas com alguma agência de turismo.



Riviera do Mar Vermelho do Sinai:

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 116 ]



Ras Sudr



Baía de Matarma em Ras Sudr

Ras Sudr (pronuncia-se Ras Sedr) é o primeiro
destino da Riviera do Mar Vermelho que você visitará ao
cruzar do Egito continental para a Península do Sinai. É um

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 117 ]
pequeno trecho de costa na entrada do Golfo de Suez, no
Mar Vermelho, e só recentemente começou a ganhar
popularidade devido às suas condições ideais para o
kitesurf.
Ainda é bastante subdesenvolvido, mas você
encontrará vários hotéis de praia para se hospedar. A
maioria das pessoas passa os dias nos vários centros de
kite, que também funcionam como restaurantes/bares de
praia.
Vá se quiser: praticar kitesurf ou curtir uma praia do
Sinai sem precisar dirigir muito para longe do Cairo

Melhor maneira de chegar lá: fica a cerca de 3
horas de carro do Cairo


Ras Mohammed


Acampamento Bedawi no Parque Nacional Ras
Mohammed
Ras Mohammed é um parque nacional egípcio no
extremo sul do Sinai, onde o Golfo de Aqaba, no Mar
Vermelho, encontra o Golfo de Suez e a mistura de águas

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 118 ]
leva a recifes de corais saudáveis e de cores vivas. Por
causa disso, Ras Mohammed é conhecido por seu
mergulho incrível, então muitas pessoas fazem passeios
de um dia para mergulhar ou fazer snorkel no parque
nacional antes dele. fecha ao pôr do sol.
Há também uma área designada do parque (Marsa
Bareika) que permite acampar durante a noite na praia.

Vá se quiser: mergulhar/snorkel ou acampar na
praia.
A melhor maneira de chegar lá: voe para Sharm el
Sheikh e dirija (cerca de 45 minutos), ou dirija do Cairo
(cerca de 6 horas).


Sharm el-Sheikh




Sharm el Sheikh é um destino de praia internacional
queridinho há décadas, com dezenas de voos diretos
diários entre a Europa e o Aeroporto de Sharm. Além de
seus resorts com tudo incluído, também é mundialmente

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 119 ]
famoso pelo mergulho. De acordo com a Dive Magazine,
"Sharm El Sheikh tem sido, durante muitos anos, o destino
egípcio favorito para mergulhadores, e provavelmente
contribuiu mais para o negócio de mergulho europeu do
que qualquer outro resort no mundo."
Sharm também costumava ser um destino popular
de vida noturna e restaurantes, mas seu apogeu foi antes
de 2015. Agora seu apelo está em seus resorts com tudo
incluído, além de ser uma boa base para viagens às
Montanhas do Sinai, ao Mosteiro de Santa Catarina e ao
Parque Nacional Ras Mohammed.
Vá se quiser: férias na praia em um resort ou uma
viagem de mergulho.
Melhor maneira de chegar lá: voe para o aeroporto
de Sharm el Sheikh.


Dahab



Esta pequena cidade boêmia é mais pequena, mais
calma e menos comercial do que a vizinha da Riviera do
Mar Vermelho, Sharm el Sheikh, mas o mergulho é
igualmente bom. Lar de locais de mergulho de renome
mundial, como o Blue Hole, Dahab atrai seu próprio

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 120 ]
quinhão de turistas, mas aqueles que desejam passar
férias mais descontraídas.
A área principal da cidade é o calçadão à beira-mar,
repleto de restaurantes e lojas locais e de nomes
peculiares. Há também muitos albergues e hotéis
econômicos. Você também pode caminhar e acampar nas
proximidades de Ras Abu Galoum e da Lagoa Azul.
Semelhante a Sharm, Dahab também é uma base popular
para caminhadas nas Montanhas do Sinai e no Mosteiro de
Santa Catarina.
Vá se quiser: ótimo mergulho em uma cidade
praiana casual.
Melhor maneira de chegar lá: voe para Sharm el
Sheikh e dirija até lá, a cerca de uma hora de distância.


Nuweiba/Ras Shetan



Aninhada entre as montanhas e o Golfo de Aqaba,
no Mar Vermelho, está uma faixa costeira chamada Ras
Shetan, entre as cidades de Nuweiba e Taba, na península
do Sinai.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 121 ]
Tanto Nuweiba (uma pequena cidade litorânea)
quanto Ras Shetan são conhecidas por seus
acampamentos de praia para fugir de tudo, geralmente
administrados por beduínos locais. Os acampamentos são
uma mistura de cabanas de praia ou bangalôs simples, e
você pode montar suas próprias barracas na praia. À noite,
costuma haver uma grande fogueira onde os beduínos e
convidados de todo o mundo conversam, tocam
instrumentos e cantam.
Nuweiba e Ras Shetan também são bons lugares
para ficar se você quiser explorar o Colored Canyon e Wadi
Wishwashi nas montanhas vizinhas de Nuweiba.


Vá se quiser: acampar na praia e desconectar.
A melhor maneira de chegar lá: voe para Sharm
El Sheikh e dirija (2 horas) ou dirija do Cairo (6 a 8 horas
de carro).


Taba



A cidade turística mais ao norte da Riviera do Mar
Vermelho, Taba é conhecida por seus resorts serenos e
por sua passagem de fronteira com Eilat, em Israel, onde
os turistas podem passar de um país para outro sem
precisar voar.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 122 ]

A costa do Mar Vermelho de Taba é muito
semelhante à de Nuweiba e Ras Shetan, mas onde esta
última é conhecida por seus acampamentos de praia
esparsos, Taba é conhecida por suas comodidades 5
estrelas, como campos de golfe e spas (então,
basicamente, se você gosta de acampar e praticar
atividades rústicas, fique para Nuweiba e Ras Shetan, e se
o luxo é mais a sua preferência, então Taba é para você).
Taba também oferece mergulho, especialmente
perto da Ilha do Faraó, onde fica a cidadela de Salah El
Din.
Vá se quiser: luxo na costa do Golfo de Aqaba, no
Mar Vermelho.
A melhor maneira de chegar lá: voe para Sharm
El Sheikh e dirija (2,5 horas) ou dirija do Cairo (6 a 8 horas
de carro).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 123 ]
Riviera continental do Mar Vermelho


E estamos de volta ao continente, pessoal. Esses
destinos na Riviera formam uma linha nítida ao longo da
costa quase reta do leste do Egito.





Ain El Sokhna

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 124 ]


O destino mais próximo da Riviera do Mar Vermelho
do Cairo, entre todos os destinos no continente e no Sinai
(pode levar apenas uma hora para chegar a Ain El
Sokhna).
Ain El Sokhna está repleta de complexos
residenciais de praia, mas também uma boa parte de
hotéis. É conhecida por suas águas calmas e cristalinas e
sol o ano todo.


Vá se quiser: um destino de praia conveniente e
próximo do Cairo.
Melhor maneira de chegar lá: dirija do Cairo (1-2
horas).

El Gouna

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 125 ]


El Gouna é uma cidade turística moderna que se
estende por mais de 10 km de costa imaculada do Mar
Vermelho, com lagoas por toda parte, e sua arquitetura é
inspirada nas casas tradicionais egípcias no campo e no
Alto Egito. É uma cidade tão popular entre os egípcios
quanto entre os turistas.
Foi o primeiro destino no Médio Oriente e em África
a receber o Global Green Award, que é atribuído pela ONU
a cidades que realizam esforços, progressos e melhorias
substanciais no domínio da sustentabilidade ambiental.
Embora menor que Hurghada e Sharm el Sheikh, El
Gouna tem uma infinidade de hotéis, restaurantes, bares e
atividades para adultos e famílias.
Vá se quiser: ficar em uma cidade turística limpa e
verde sem abrir mão dos restaurantes e da vida noturna.
A melhor maneira de chegar lá: voe para o
aeroporto de Hurghada (30 minutos de El Gouna) ou dirija
do Cairo (cerca de 4 horas).

Hurgada

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 126 ]




Hurghada, tendo passado os primeiros cem anos de
sua vida como uma pacata vila de pescadores, é agora um
dos destinos mais populares do mundo (não acredita em
nós? Pergunte ao TripAdvisor - Hurghada é
frequentemente um dos 10 destinos mais populares
Destinos no mundo e geralmente tem uma quantidade
enorme de entradas nos 100 melhores locais de mergulho
do mundo da Scuba Travel).


Hurghada é uma mistura eclética de resorts 5
estrelas e hotéis super econômicos, ilhas do Mar Vermelho
e excursões no deserto, passeios turísticos e áreas locais
mais sombrias... há algo para ver e fazer,
independentemente da sua idade ou interesses.

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 127 ]
Vá se quiser: vários centros de mergulho e muitas
opções de hotéis, restaurantes e bares.

Melhor maneira de chegar lá: voe para o aeroporto
de Hurghada ou dirija do Cairo (4,5 horas).


Sahl Hasheesh



Crédito da foto: Omar Refaat (@omar__refaat)

Na maioria dos sites de reservas online, Sahl
Hasheesh e Makadi Bay (abaixo) são agrupados como
'Hurghada'. E embora sejam de fato considerados na 'área'
de Hurghada, são cidades separadas e muito diferentes de
Hurghada propriamente dita.
Sahl Hasheesh é uma cidade turística construída em
uma baía no Mar Vermelho, ao sul de Hurghada, na
década de 1990, e é conhecida por seu belo trecho de
costa e longo calçadão. É o lar de alguns dos resorts de

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 128 ]
praia mais bem avaliados do país, como Oberoi Sahl
Hasheesh e Baron Palace. Sahl Hasheesh não oferece
muito em termos de restaurantes ou vida noturna fora dos
resorts - apenas uma 'Cidade Velha' com um ou dois
pontos.
Outra reivindicação à fama que Sahl Hasheesh tem
é sua cidade submersa artificial - uma cidade parcialmente
submersa que funciona como um recife e atrai tanto a vida
marinha quanto os praticantes de snorkel.

Vá se quiser: ficar em um resort 5 estrelas em uma
praia de classe mundial.
A melhor maneira de chegar lá: voe para o
aeroporto de Hurghada e depois dirija até Sahl Hasheesh
(30 minutos).


Baía de Makadi

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 129 ]
Semelhante a Sahl Hasheesh, Makadi Bay é uma
cidade turística compacta com pouco além dos vários
resorts. Existem alguns resorts, a maioria com praias
imaculadas, várias piscinas e pacotes com tudo incluído.
Makadi Bay também é conhecida por ser uma das
cidades mais familiares da Riviera do Mar Vermelho devido
aos seus parques aquáticos, onde crianças (e adultos)
podem passar dias a fio sem ficar entediados.


Vá se quiser: um resort de férias para toda a
família.
A melhor maneira de chegar lá: voe para
Hurghada e depois dirija até Makadi Bay (45 minutos).


Baía de Soma


Baía de Kempinski Soma

Uma península que se projeta no Mar Vermelho, a
Baía de Soma é semelhante a Sahl Hasheesh e à Baía de
Makadi, mas muito menor. Por estar cercada de mar em

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 130 ]
três lados, Soma Bay é famosa pelos esportes náuticos,
principalmente o kitesurf e o windsurf devido às condições
ideais de vento.
Soma Bay abriga apenas 5 resorts de praia, por isso
é um bom lugar para ir se você quiser evitar as multidões
encontradas em outros destinos populares da Riviera do
Mar Vermelho (Hurghada, Sharm el Sheikh, etc).
Vá se quiser : férias 5 estrelas longe de tudo (e isso
inclui outras pessoas).
A melhor maneira de chegar lá: voe para
Hurghada e dirija até Soma Bay (uma hora ao sul).


Safaga



Crédito da foto: silversea.com

Uma pequena cidade portuária no Mar Vermelho,
Safaga difere dramaticamente do resto dos destinos
continentais da Riviera do Mar Vermelho - embora a

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 131 ]
maioria delas sejam cidades modernas completamente
dedicadas ao turismo, Safaga, como cidade portuária,
existe há mais de 2.000 anos, que remonta aos dias
ptolomaicos, quando era chamada de Philotera.
Safaga hoje em dia é conhecida principalmente pelo
mergulho, sendo que a maioria dos visitantes se hospeda
nos hotéis com o propósito expresso de mergulhar.


Vá se quiser: mergulhar em um ambiente muito
mais vazio do que os destinos do norte do continente na
Riviera do Mar Vermelho.
A melhor maneira de chegar lá: voe até o
aeroporto de Hurghada e dirija (uma hora ao sul).


Marsa Alam




Marsa Alam pode não ser tão conhecida ou visitada
com frequência como Sharm El Sheikh ou Hurghada
quando se trata de mergulho, mas isso não significa que
seja menos impressionante em termos de mergulho (pode

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 132 ]
ser ainda mais!). Esta cidade costeira é mais fora do
comum tanto para egípcios como para estrangeiros, por
isso é um excelente lugar se você quiser relaxar e se
concentrar no mergulho e outras atividades marítimas. As
acomodações são variadas, desde hotéis 5 estrelas até
acampamentos de praia esparsos.
Locais de mergulho famosos como Elphinstone e
Daedalus são imperdíveis para mergulhadores mais
avançados - você pode ver de tudo, desde tubarões-
martelo a raias manta e até tubarões-baleia nesses locais
de mar aberto. Eles são acessíveis por meio de passeios
de um dia saindo de Marsa Alam ou liveaboards.
Mais perto da costa, se você tiver sorte, também
poderá ver os raros dugongos do Egito, primos do peixe-
boi, que vivem nas águas quentes e rasas de Marsa Alam.


Vá se quiser: mergulhar em qualquer época do ano.
Melhor maneira de chegar lá: voe para o aeroporto
de Marsa Alam.


O extremo sul

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 133 ]


Wadi Lahami. Crédito da foto: Safari de Mergulho no
Mar Vermelho
Já se perguntou sobre o trecho do Mar Vermelho
muito abaixo do Sinai e a popular costa de Hurghada, no
Egito continental? É conhecido como Deep South, onde
ficam as pequenas cidades/vilas costeiras de Hamata e
Wadi Lahami, logo antes de chegar às áreas protegidas de
Shalateen e Halayeb. Este trecho imaculado do Mar
Vermelho está completamente intocado.
É conhecido pelo mergulho; a forte corrente da água
leva a incríveis mergulhos à deriva, com uma chance maior
de ver tubarões-martelo, grupos de golfinhos e arraias
manta.


Vá se quiser: para ficar longe de tudo, fique em
acampamentos de praia e passe o dia mergulhando e
fazendo snorkel.
A melhor maneira de chegar lá: voe até o
aeroporto de Marsa Alam e depois siga para o sul (cerca
de uma hora e meia).

O MAR VERMELHO – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 134 ]


Mas no final do dia, não importa onde você fique na
Riviera do Mar Vermelho, no Egito, você se divertirá muito
- ou melhor ainda, passeará de cidade em cidade pela
praia!






REFERÊNCIAS

1- https://historyofyesterday.com/scientists-found-
evidence-confirming-moses-spliting-the-red-
sea/
2- https://en.wikipedia.org/wiki/Red_Sea
3 - https://en.wikipedia.org/wiki/Suez_Canal

LISTA DE LIVROS PUBLICADOS
TEOLOGIA
30 conselhos do sábio Salomão
30 mensagens marcantes de Jesus
Nefilins
Estudo sobre o dilúvio bíblico
Estudo das dez pragas do Egito
Estudo do voto e Jefté
Vinho na Ceia do Senhor
Pastora é antibíblico
95 teses de Lutero explicadas
Refutando o determinismo de
Lutero
Jesus era chato e antipático
Parapsicologia Bíblica
Dicionário de Parapsicologia
Estudo sobre premonição
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico
Dogmatologia
Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Como fundar uma Igreja
Sexologia cristã
Tratado teológico sobre a barba
Mulher não fala na igreja
Espiritismo X Cristianismo
Ilusão espírita Kardecista
APOCRIFOLOGIA
Livro de Enoque com comentários
Livro dos Segredos de Enoque
analisado
Livros de Adão e Eva
Pseudo-epígrafos de Barnabé com
comentários
Apócrifo Pastor de Hermas com
comentários (25)
BIBLIOLOGIA
Canonicidade Bíblica
Comentário bíblico: Gênesis à
Deuteronômio
Comentário bíblico: Josué a II
Crônicas
Comentário bíblico Esdras a Jó
Comentário bíblico – Salmos
Comentário bíblico – Provérbios a
Cantares
Comentário bíblico – Profeta Isaias
Comentário bíblico – Jeremias e
Lamentações
Comentário bíblico - Ezequiel
Os quatro livros biográficos de
Jesus
Comentário bíblico – Ev. de Mateus
Comentário bíblico – Ev. de
Marcos
Comentário bíblico – Ev. De Lucas

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[ 136 ]
Comentário bíblico – Ev. De João
Atos dos apóstolos Explicado
Atos dos apóstolos Comentado e
Ilustrado
Primeira Carta aos Coríntios
comentada
Primeira epístola de Pedro com
comentários
Epístola de Tiago com
comentários
Apocalipse comentado
A Septuaginta
DEMONOLOGIA
O Diabo está ao seu lado
Lugares amaldiçoados
30 lugares sinistros
HAMARTIOLOGIA
O pecado da sensualidade
ESCATOLOGIA
Arrebatamento pré-tribulacionista
Juízo Final
O Fim do Mundo 41
ÉTICA
Bebida alcoólica não é pecado
Como se vestem os santos
Você é invejoso, entenda isso
Salto alto faz mal e é pecado
GEOGRAFIA BÍBLICA
O Mar Vermelho
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
O Jardim do Éden na Bíblia
Basílica da Natividade em Belém
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto
Jericó, a cidade mais antiga do
mundo
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
PATROLOGIA
Cartas de Inácio de Antioquia
ilustradas e comentadas
Vida de Antão com comentários
Clemente de Roma
De Trinitate de Agostinho com
comentários
As vestimentas na Igreja Primitiva
- Tertuliano
Hexamerão de Ambrósio ilustrado
e explicado
Didascalia Apostolorum com
comentários
DEVOCIONÁRIO E SERMÕES
Cristo e eu de C Spurgeon
A imitação de Cristo de Tomás de
Kempis com comentários

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[ 137 ]
O peregrino de John Bunyan
ilustrado e explicado
Experimentando Jesus através da
Oração (com comentários) –
Madame Guyon
Pecadores nas mãos de um Deus
irado comentado
Autoridade Espiritual com
comentários
Motivos para agradecer
TANATOLOGIA
O céu é de verdade com
comentários
Uma prova do céu – analisado
Vida após a vida com comentários
COLEÇÃO DO EX -PADRE ANIBAL
PEREIRA DOS REIS
Senhora Aparecida com
comentários
Essas Bíblias católicas [com
comentários]
A virgem Maria [com comentários]
A imagem da Besta [com
comentários]
Anchieta, santo ou carrasco? [com
comentários]
As aventuras do cardeal [com
comentários]
A guarda do sábado [com
comentários]
O cristão e o seu corpo {com
comentários]
Será que todas as religiões são
boas? [Com comentários]
A Senhora de Fátima [com
comentários]
O mais importante sinal da vinda
de Cristo [com comentários]
Cartas ao Papa João Paulo II [com
comentários]
O Diabo [com comentários]
Crente leia a Bíblia! [Com
comentários]
A Missa [com comentários]
Pedro nunca foi Papa! [com
comentários]
O Vaticano e a Bíblia com
comentários
COLEÇÃO REFLEXÕES DO
ESCRIBA DE CRISTO
Reflexões vol 1, Reflexões vol 2
Reflexões vol 3, Reflexões vol 4
CIÊNCIAS ESPACIAIS
Mitologia sobre o planeta Marte
Missões ao planeta Marte
ISS – Estação Espacial
Internacional – Maravilha de Deus

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[ 138 ]
Terra plana dos insensatos
Terra Plana e os satélites
geoestacionários
Terra Plana e os ônibus espaciais
Os astronautas e a terra plana
Ciências X Terra Plana
Globo X Terra Plana – Volume 1
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra plana – Volume 3
Globo X Terra Plana – 100 lições
CIÊNCIAS NATURAIS
Catálogo de mineralogia
Ricardo Felício e o aquecimento
Global
Cactos e suculentas, maravilhas
de Deus
Biologia, O mito da Evolução
Baleias, maravilhas de Deus
A sabedoria das formigas
Formigas, maravilhas de Deus
Pôr do sol, maravilha de Deus
Abelha sem ferrão, maravilha de
Deus
As palmeiras, maravilhas de Deus
Orquídeas, maravilhas de Deus
Camelos e dromedários,
maravilhas de Deus
101 maravilhas de Deus, Volume 1
101 maravilhas de Deus, Volume 2
101 maravilhas de Deus, Volume 3
101 maravilhas de Deus, Volume 4
101 maravilhas de Deus, Volume 5
101 maravilhas de Deus, Volume 6
101 maravilhas de Deus. Volume 7
101 maravilhas de Deus, Volume 8
Botânica Bíblica
Produção de plantas
GASTRONOMIA
Licores, maravilhas da
humanidade
SAÚDE PÚBLICA
Medicina Psicossomática
Doenças na Humanidade
História das pandemias
Pestes na Antiguidade
Tratamentos contra a Covid-19
Coronavírus e a histeria coletiva
Coronavírus e a imunidade
Coronavírus e as causas de morte
Revolta da Vacina e o Coronavírus
Coronavírus – Isolamento ou
distanciamento?
Coronavírus e os efeitos
econômicos
Virologia do Coronavírus
9 de abril de 2020 – pico do
coronavírus

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[ 139 ]
Coronavírus – Conspiração
Chinesa
Coronavírus e o plano chinês
Coronavírus em cada nação
Coronavírus e suicídio
UFOLOGIA
Eram os deuses astronautas (Com
anotações)
A Bíblia da Ufologia
DIREITA
CONSERVADORA
CRISTÃ
COLEÇÃO: MENTES
BRILHANTES
Guilherme Fiúza, mente brilhante
Rodrigo Constantino, mente
brilhante
Augusto Nunes – mente brilhante
Allan dos Santos – mente brilhante
Luciano Hang – mente brilhante
Roberto Jefferson – mente
brilhante
Alexandre Garcia, mente brilhante
Olavo de Carvalho, mente brilhante
Bernardo Küster, mente brilhante
Caio Coppolla, mente brilhante
Deltan Dallagnol, mente brilhante
Gustavo Gayer, mente brilhante
Adrilles Jorge, mente brilhante
Magno Malta, mente brilhante
ESTADOS UNIDOS
Governo Glorioso de Donald
Trump
CONSERVADORISMO
Deus é Conservador e o Diabo é
progressista
ESQUERDA
Os tentáculos malignos da
Esquerda
JUDICIÁRIO
Ministro Gilmar Mendes, o juiz
iníquo
CORRUPÇÃO
Planilha de propina da Odebrecht
explicada
SERIE: LULA
Os amigos de Lula
Todos os telefones do presidente
Lula
Lula e o caso do triplex 21
Lula X ACM
SÉRIE BOLSONARO

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[ 140 ]
Jair Bolsonaro, presidente do
Brasil
Bolsodória – o perfil de mau
caráter
Bolsonaro X João Dória
Bolsonaro – traidor da Direita
SÉRIE: Presidente Moro 2022
– O caso do triplex
- Sigilo telefônico do Lula
COMUNISMO
Comunismo em Cuba
Genocídio Comunista no Camboja
U.N.E. – A serviço do comunismo
PARTIDO DOS
TRABALHADORES [PT]
Memorial criminoso do PT –
Volume I
Memorial criminoso do PT –
Volume II
PT X Cristianismo
NAZISMO
Minha Luta de Adolf Hitler com
comentários
O lado bom do nazismo
DEMOCRACIA
Liberdade e democracia de Mentira
O fracasso da democracia
GEOPOLÍTICA
A China e o Anticristo
OMS à serviço da China
Antissemitismo na Alemanha pré-
nazista
Estatuto do Hamas com comentários
COMUNICAÇÃO
A Era das Fake News
Globolixo em charge
Globovírus
FEMINISMO
Homem é cabeça da mulher
Deus é machista 36
CIÊNCIA MILITAR
Manual do guerrilheiro urbano de
Marighella com comentários
A arte da Guerra com comentários
DIREITO
Direito Divino ao Trabalho
Direito Divino a Legítima Defesa
O instituto divino da Pena de Morte
ESCRIBA DA
HISTÓRIA
ARTE E LITERATURA
O Talmud Desmascarado [analisado]
A vitória do judaísmo sobre o
germanismo com comentários.

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[ 141 ]
1984 de George Orwell ilustrado e
comentado
Jesus segundo os artistas
As pinturas de Benedito Calixto
As pinturas de Akiane Kramarik
Pinturas de Caravaggio
As músicas diabólicas de Raul
Seixas
Hamlet de Shakespeare com
comentários
A arte poética de Aristóteles
comentada
Minha Luta de Adolf Hitler com
comentários
O Guarani, ilustrado e comentado
A Revolução dos Bichos
comentada e ilustrada
A Guerra dos Mundos – Livro I com
comentários
A Guerra dos Mundos – Livro II
HISTÓRIA
Código Hamurabi e a Lei de Moisés
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
Museu Egípcio do Cairo
Museu Egípcio de Curitiba
Museu do Automóvel de Curitiba
História Eclesiástica de Eusébio de
Cesaréia
História do Universo comentada
História do Cristianismo
comentada
História da cidade de Jerusalém
O anjo de quatro patas
A Epopéia de Gilgamesh
O livro dos Mártires com
comentários
Dragões existiram
História de Itabaiana
HISTÓRIA ECLESIÁSTICA
O que é Igreja Católica Romana?
Finanças da Igreja Católica
Entenda a CCB – Volume I
Entenda a CCB – Volume II
História da Igreja Deus é Amor
A cúpula do Vaticano é homossexual
BIOGRAFIA
Jacó em férias de 2022
Maria de Lourdes – Mulher
coragem
Cronologia da Vida do apóstolo
Paulo
Vida de Antão com comentários
Vida de Constantino comentada
capítulo a capítulo
David Ben-Gurion – Herói de Israel
Galileu Galilei X Igreja Católica
Lutero era antissemita

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[ 142 ]
GEOGRAFIA
Dubai, maravilha da humanidade
Vila Inglesa de Paranapiacaba
AVIAÇÃO
Os acidentes aéreos no Brasil
Aeroporto Guarulhos, maravilha
da humanidade
Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha
da humanidade
CIÊNCIAS SOCIAIS
Os quatro temperamentos
Educação Financeira
Como ser feliz
Onde estão as moedas [com
comentários]
Controle Populacional ou o caos
O Estado Judeu de Israel
Os beduínos
COLEÇÃO SERVOS DE DEUS
Jerônimo de Belém da Judéia
Charles Finney –Vol 1
Charles Finney – Vol 2
FILOSOFIA
Anticristo de Nietzsche comentado
ACADEMIA DE
POLÍCIA
CIÊNCIAS POLICIAIS
A perigosa vida de travestis
Escrivão de Polícia é cargo técnico
científico
Manual de Necropsia
Plantão policial
Ocorrências Policiais
Sátiras Policiais
Anedotas policiais
HERÓIS DA POLÍCIA
Sargento Tonny Santos – Herói...
Gabriel Monteiro – Herói da p...
EM OUTROS IDIOMAS
Guide Study Bible [Ingles]
Creationist Biology vol 1 {inglês}
Creationist Biology vol 2 {inglês}
Creationist Biology vol 2 {inglês}
Diary Christopher Columbus
(Inglês)
Alcoholic drink is not sin (Inglês)
The Dress in the early church
(Inglês)
Biology, the myth of Evolution
(Inglês)
The Four-legged Angel (Inglês)
Life of Constantine (Inglês)
Last Judgment (inglês)
ArchéologieBiblique (Francês)
Guide d’etude biblique [Francês]

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[ 143 ]
Juicio Final (Espanhol)
Guia de estudio de la Biblia
Indossare il velo (Italiano)
Guida allo studio della Bibbia
Leitfaden zum Bibelstudium
[German]
生物学–進化の神話 (Japonês)
ليلد ةسارد باتكلا سدقملا [arabe]
Biblia Studa Gvidilo [Esperanto]
Gids Voor Bijbelstudie [Holandês]
Bybelstudiegids [Afrikkaner]
313 livros publicados